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PROCESSO DE ENFERMAGEM NANDA – NOC-NIC Profa Alba Otoni Divinópolis 2015 Processo de enfermagem Metodologia de assistência baseada em preceitos\EVIDÊNCIAS científicas Todos os enfermeiros têm que aplicar o Processo de Enfermagem? EM SÍNTESE... Resolução COFEN 358/2009 Art. 1º - O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. RESOLUÇÃO 429\2012 Art. 2º Relativo ao processo de cuidar, e em atenção ao disposto na Resolução nº 358/2009, deve ser registrado no prontuário do paciente: a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; b) os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos diagnósticos de enfermagem identificados; d) os resultados alcançados como consequência das ações ou intervenções de enfermagem realizadas. EXISTE UMA PADRONIZAÇÃO MUNDIAL DOS REGISTROS DAS FASES DO PROCESSO DE ENFERMAGEM??? PADRONIZAÇÃO SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO Ex: Na prática médica CID Sistemas de Classificação em Enfermagem “Classificar em enfermagem consiste numa tentativa de desenvolver uma linguagem que possa descrever os julgamentos clínicos pelos quais os enfermeiros são responsáveis” CHIANCA (2004, p. 98) Sistemas de Classificação em Enfermagem NANDA –NOC – NIC CIPE – CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM CIPESC - CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA TODAS AS FASES DO PE TÊM CLASSIFICAÇÃO???? 1ª fase – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem- cofen 358\2009) Instrumento de coleta de dados... Existe uma Classificação de Enfermagem para a primeira fase do PE? Myra E. Levine Modelo Wanda horta Modelo Wanda horta 2ª ETAPA: DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM “Julgamentos clínicos sobre as respostas do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de saúde reais ou potenciais, e proporcionam as bases para as seleções de intervenções de enfermagem para se alcançarem resultados pelos quais os enfermeiros são responsáveis”. (NANDA, 2010) EXISTE CLASSIFICAÇAO PARA DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM???.... 2ª ETAPA: DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM • Os diagnósticos devem estar embasados em taxonomias ou sistemas de classificação. North American Nursing Diagnosis Association 3ª ETAPA: PLANEJAMENTO dos resultados esperados ( de enfermagem\358\09) • Plano de ações para se alcançarem resultados esperados em relação a um diagnóstico de enfermagem; • Estabelecimento de prioridades para os problemas diagnósticos. Muitas vezes é trabalhada apenas no virtual e não no registro concreto.... 3ª ETAPA: PLANEJAMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS • DE: Hipertermia relacionada a doença caracterizada por aumento da temperatura corporal acima dos parâmetros normais (39º C) , pele quente ao toque, taquipneia, pele avermelhada.. • Exemplo dos resultados esperados: - O cliente apresentará melhora nos padrões de temperatura em até 1 hora. 3ª ETAPA: PLANEJAMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS • DE: Integridade da pele prejudicada relacionada a emagrecimento, imobilização física, idade avançada, circulação alterada evidenciada por hiperemia na região sacral • Exemplo dos resultados esperados: - O cliente apresentará melhora da integridade da pele na região sacral em até 7 dias. EXISTE CLASSIFICAÇAO PARA RESULTADOS ESPERADOS ??... TAXONOMIA NOC • A NOC é uma classificação abrangente e padronizada de RESULTADOS a serem alcançados pelos pacientes (indivíduo, família ou comunidade) a partir das intervenções de enfermagem. • Visa auxiliar por meio de análise de indicadores, a obtenção dos dados referentes à melhora ou não do estado de saúde dos clientes, através da pontuação obtida com a utilização de escalas. NURSING OUTCOME CLASSIFICATION • A NOC contribui para a etapa da avaliação do processo de enfermagem, uma vez que os enfermeiros poderão analisar os efeitos das intervenções de enfermagem realizadas em suas unidades de saúde. • Contém os resultados esperados para cada DE da NANDA NOC TAXONOMIA NOC Avalia o estado real em um determinado momento. Escala de medida de cinco pontos – Indicadores De um a cinco = Quinto ponto (ponto terminal) = condição ideal em relação ao resultado esperado para o paciente. • Para cada resultado há uma lista de indicadores e cabe ao enfermeiro avaliá-lo e pontuá-lo da maneira mais adequada. INDICADORES • AUMENTO DA TEMPERATURA DA PELE • FREQUÊNCIA RESPIRATORIA • MUDANÇA DA COLORAÇÃO DA PELE NOC DE- Hipertermia relacionada a doença caracterizada por aumento da temperatura corporal acima dos parâmetros normais. (39º C), pele quente ao toque, taquipneia( 26), pele avermelhada . . RESULTADO ESPERADO: TERMORREGULAÇÃO INDICADORES • AUMENTO DA TEMPERATURA DA PELE • FREQUÊNCIA RESPIRATORIA • MUDANÇA DA COLORAÇÃO DA PELE Como avaliar se os RE irão ser alcançados NOC 5 = NÃO COMPROMETIDO 4 = LEVEMENTE COMPROMETIDO 3=MODERADAMENTE COMPROMETIDO 2 =MUITO COMPROMETIDO 1 = SEVERAMENTE COMPROMETIDO . RESULTADO ESPERADO: TERMORREGULAÇÃO INDICADORES AUMENTO DA TEMPERATURA DA PELE deverá passar de 2 muito comprometido para 5 não comprometido em até 1 hora FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA deverá passar de 3 muito comprometido para 5 não comprometido em até 1 hora MUDANÇA DA COLORAÇÃO DA PELE deverá passar de 3 muito comprometido para 5 não comprometido em até 1 hora NOC • 1º - Localizo a ligação NANDA – NOC – NO SUMÁRIO • 2º Vou á página indicada no sumário e vejo os possíveis RE para aquele DE. • 3º Escolho o RE que atende a minha demanda • 4º Volto ao Sumário da taxonomia de RESULTADOS e localizo o que escolhi • 5º Vou até a página com o RE que escolhi • 6º Verifico quais os indicadores são adequados para o DE • 7º Pontuo os resultados e faço a proposta de alcance de RE NOC EXEMPLO Compreendendo melhor... • Paciente admitida no pronto atendimento do Hospital Santa Lúcia com queixa de cefaleia intensa, rigidez de nuca, escotomas visuais, diplopia, vômitos de início súbito, em jato, há cerca de três dias. • Evoluiu num período de aproximadamente 8 horas com crise convulsiva, rebaixamento do nível de consciência e ECG= 9 (Ao=3; MRM=5; MRV=1). CASO CLÍNICO Escala de Coma de Glasgow 1 2 3 4 5 Ocular Não abre os olhos Abre os olhos em resposta a estímulo de dor Abre os olhos em resposta a um chamado Abre os olhos espontaneamente N/A Verbal Emudecido Emite sons incompreensíveis Pronuncia palavras desconexas Confuso, desorientado Orientado, conversa normalmente Motor Não se movimenta Extensão a estímulos dolorosos (descerebração) Flexão anormal a estímulos dolorosos (decorticação) Flexão inespecífica (normal)/ Reflexo de retirada a estímulos dolorosos Localiza estímulos dolorosos • Ainda no pronto atendimento, foi submetida a TCC que evidenciou hemorragia subaracnóidea secundária a rompimento de aneurisma cerebral. • Foi encaminhada ao bloco cirúrgico para drenagem do hematoma subaracnóideo e em seguida, ao CTI. Evoluiu no 1 DPO com hidrocefalia, sendo necessário nova intervenção cirúrgicapara realizar drenagem ventricular externa (DVE) e instalar cateter intraventricular para monitorização da Pressão Intracraniana (PIC). CASO CLÍNICO • Paciente encontra-se: • comatosa (ECG=4), com pupilas midriáticas (8 mm), sem fotorreação, PIC oscilando entre 07 e 25 mmHg várias vezes em curto espaço de tempo. CASO CLÍNICO • CONHECIMENTO DE CLÍNICA, FISIOPATOLOGIA... DE: Capacidade adaptativa intracraniana diminuída relacionada a lesões cerebrais caracterizada curvas da PIC com grande amplitude . DEFINIÇÃO(Apenas para ter certeza do DE feito- não se registra): Os mecanismos da dinâmica dos fluidos intracranianos que normalmente compensam os aumentos nos volumes intracranianos estão comprometidos, resultando em repetitivos aumentos desproporcionais da PIC em resposta a uma variedade de estímulos nocivos e não nocivos COMO USAR taxonomia??? Como Raciocinar para planejar? • # Para este diagnóstico existe uma lista de resultados esperados, sendo que cada resultado esperado possui uma definição, e indicadores de avaliação e uma escala de medida de 5 pontos Estado Neurológico: extensão em que os sistemas nervoso periférico e central recebem, processam e respondem a estímulos internos e externos. Estado Neurológico Extrem. Comprometido Subst. Comprometido Moderad. Comprometido Leve. Comprometido Não Comprometido Consciência 1 2 3 4 5 PIC 1 2 3 4 5 Tamanho das pupilas 1 2 3 4 5 Reatividade pupilar 1 2 3 4 5 Planejamento\NOC Consciência –Deverá passar de 2 severamente comprometido para 3 Moderadamente comprometido em 4 dias PIC - Deverá passar de 2 Moderadamente comprometido para 4 Levemente comprometido em 2 dias Tamanho de Pupila - Deverá passar de 2 Moderadamente comprometido para 4 Levemente comprometido em 2 dias Reatividade Pupilar - Deverá passar de 1 severamente comprometido para 3 Moderadamente comprometido em 4 dias • Plano pronto... Próxima etapa 4ª ETAPA: IMPLEMENTAÇÃO (PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM\ações) • Implementar significa colocar em prática, executar o que antes era uma proposta (SOUZA et al., 2008); • Stanton, Paul e Reeves (1993) vêm a implementação da assistência de enfermagem como as ações prescritas e necessárias para a obtenção dos resultados esperados; • Baseiam-se no fator relacionado e nas características definidoras do DE; • Definirão os cuidados necessários a serem executados pela equipe de enfermagem. 4ª ETAPA: IMPLEMENTAÇÃO (PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM) 4ª ETAPA: IMPLEMENTAÇÃO (PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM) • Incompleto: - Aspirar vias aéreas de 3/3 horas. • Completo: - Aspirar secreção do TOT, naso e orofaringe (nesta ordem) quando perceber roncos durante ausculta pulmonar. Hiperoxigenar o cliente aumentando a FiO2 para 100% antes da aspiração. Anotar aspecto e quantidade estimada a cada aspiração. Atentar para queda de saturação (Se baixar < 92% interromper aspiração e retornar o cliente para VM). CLASSIFICAÇÃO?????? ?? TAXONOMIA NIC TAXONOMIA NIC 4ª Fase implementação da assistência de enfermagem Intervenção de enfermagem: MONITORAÇÃO NEUROLÓGICA (Definição: coleta e análise de dados do paciente para prevenir ou minimizar complicações neurológicas) MONITORAÇÃO NEUROLÓGICA(IE) ATIVIDADES: (á partir daqui elaboro as prescrições) Monitorar o tamanho, a forma, a simetria e a reatividade da pupila Monitorar o Nível d consciência Monitorar a PIC Evitar atividades que aumentam a PIC Espaçar as atividades diárias de enfermagem que aumentam a PIC Instituir protocolos de emergência Prescrições de Enfermagem Avaliar o tamanho da pupila por meio do pupilômetro de 4 em 4 horas e comunicar plantonista quando a variação for maior que 2 mm. ( Enfermeiro) Realizar o teste de fotoreatividade de 4 em 4 horas e comunicar plantonista quando houver reatividade.( Enfermeiro) Realizar a Escala de Glasgow de 4 em 4 horas e comunicar plantonista quando houver mudança de padrões. ( Enfermeiro) NIC\4ª EDIÇÃO • 1º - Localizo a ligação NANDA – NIC – NO SUMÁRIO • 2º Vou á página indicada no sumário e vejo as possíveis Intervenções para aquele DE. • 3º Escolho a Intervenção que atende a minha demanda • 4º Volto ao Sumário da taxonomia de Intervenções e localizo a que escolhi • 5º Vou até a página com a Intervenção que escolhi • 6º Verifico quais as atividades são adequados para o DE • 7º Transformo as atividades em Prescrições Encerradas as atividades de assistência???? 5ª ETAPA: AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Acompanhamento das respostas do cliente aos cuidados prescritos; • Pode ser feita: - Observação direta -Anotações em prontuários ou locais próprios por colegas profissionais; - Pelo relato do paciente. (Tanure e Gonçalves, 2008) 5ª ETAPA: AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • O enfermeiro avalia o progresso do cliente, institui medidas corretivas, e revê o plano de cuidados (prescrição de enfermagem), S/N (Tanure e Gonçalves, 2010); • A avaliação cuidadosa, deliberada e detalhada de vários aspectos do atendimento ao cliente é a chave para a excelência no fornecimento do atendimento de saúde (Alfaro-LeFevre, 2005 apud Tanure e Gonçalves, 2008). 5ª ETAPA: AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Classificação????? Alguns países, sim... No Brasil... O alcance dos resultados esperados estão, em geral, subentendidos na evolução... 5ª Etapa Avaliação Registro em forma de evolução 5ª ETAPA: Avaliação Registro: em forma de evolução Data Hora: Paciente encontra-se em coma ( Glasgow 7. Pupilas fotorreativas, isocóricas ( 5mm). PIC estabilizada em 8mmHg. Pele íntegra, normocorada, anictérica. Em ventilação mecânica e monitoramento cardíaco, padrões dentro do esperado. Mantendo Acesso venoso central em subclávia D, SNE funcionante. Eliminações urinárias e intestinais presentes e espontâneas em fraldas. REFERÊNCIAS • Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2009-2011. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 456. • DOCHTERMAN, Joanne McCloskey; BULECHEK, Gloria M. Classificação das intervenções de enfermagem (NIC). 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 988 p. • MOORHEAD, Sue; JOHNSON, Marion; MAAS, Meridean (orgs.). Classificação dos resultados de enfermagem (NOC). 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 880 p. • TANNURE, Meire Chucre; GONÇALVES, Ana Maria Pinheiro. SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara
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