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POLÍTICAS PÚBLICAS Atenção à Saúde do Adulto Profª Kellen Coelho Envelhecimento Populacional taxas de mortalidade e fecundidade esperança de vida. 3 Projeção da Pirâmide Etária Relativa, Brasil 2010-2050 Envelhecimento Populacional 2015 – para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos, havia 34,2 idosos de 60 anos ou mais de idade. Envelhecimento Populacional Expectativa de vida no Brasil 2000 69,8 anos 2010 73,9 anos 2020 76,7 anos 2030 78,6 anos 2040 79,9 anos 2050 80,7 anos 2060 81,2 anos EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER - 2000/2060 Fonte: IBGE 7 Perfil da Saúde no Brasil Transição Demográfica Transição Epidemiológica Transição Nutricional Globalização Envelhecimento populacional acelerado e urbanização. Mortalidade por DCNT supera doenças transmissíveis Dupla carga de doenças. Mudanças na alimentação e redução da atividade física. Difusão rápida de hábitos e padrões de comportamento. POLÍTICA PÚBLICA “ Podemos dizer que política pública é a materialização da ação do Estado.” (Figueiredo, 2005) Programas, ações e atividades Participação de entes públicos ou privados Assegurar direito de cidadania Seguimento social, cultural, étnico ou econômico POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE POLÍTICA DE SAÚDE: • Um conjunto de princípios, propósitos, diretrizes e decisões de caráter geral voltados para a questão saúde; • Uma proposta de distribuição do poder no setor; • As formas de intervenção do Estado sobre a organização social das práticas de saúde e sobre os problemas de saúde da população. POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE O Sistema de Saúde do país vem sofrendo constantes mudanças desde o século passado, acompanhando as transformações econômicas, socioculturais e políticas da sociedade brasileira. POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL A Constituição Brasileira de 1988 reconhece a saúde como direito de todos e dever do Estado, garantindo acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL POLÍTICA PÚBLICA No caso da saúde, temos políticas públicas que se materializam na forma de Programas de Atenção à Saúde. PROGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PAISC – Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança Ações básicas de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, aleitamento materno e orientação para o desmame, controle de doenças diarreicas, de infecções respiratórias agudas e de doenças que se podem prevenir por imunização. PROGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PROSAD – Programa de Atenção à Saúde do Adolescente, Áreas prioritárias como o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento, a sexualidade, a saúde bucal, a saúde mental, a saúde reprodutiva, a saúde do escolar, a prevenção de acidentes, o trabalho, o lazer e o esporte. PROGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PAISM – Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher Atividades de assistência clínico- ginecológica, assistência pré-natal e assistência ao parto e puerpério imediato. PROGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PAST – Programa de Atenção à Saúde do Trabalhador Ações que objetivam a promoção, proteção, recuperação e reabilitação de todos os trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. PROGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PAISI – Programa de Assistência Integral à Saúde do Idoso, Ações voltadas para promoção, prevenção e recuperação da saúde ou manutenção de uma qualidade de vida, com a finalidade de atingir um máximo de vida ativa, na comunidade, junto à família, com o maior grau possível de independência funcional e autonomia. PROGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PAISA – Programa de Atenção Integral à Saúde do Adulto Ações voltadas para a promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos à saúde e recuperação e reabilitação, principalmente no que tange a hipertensão arterial, diabetes mellitus, tuberculose, hanseníase, saúde do homem. PACTO PELA SAÚDE I - atenção à saúde do idoso; II - controle do câncer de colo de útero e de mama; III - redução da mortalidade infantil e materna; IV- fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, aids; V - promoção da saúde; VI - fortalecimento da atenção básica; VII - saúde do trabalhador; VIII - saúde mental; IX - fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência; X - atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; XI - saúde do homem. ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO Promoção e proteção da saúde Recuperação da saúde (diagnóstico, tratamento, reabilitação, manutenção) Prevenção de agravos da saúde Qualidad e de vida Velhice ativa e saudável Políticas de saúde direcionadas à assistência integral à saúde do adulto: ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO Focos principais: Hipertensão arterial, Diabetes mellitus, Tuberculose, Hanseníase, Saúde do trabalhador, Saúde do homem. Articulação de ações de caráter individual e coletivo ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO REDE DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS No cenário nacional, as doenças cardiovasculares, que têm a hipertensão e diabetes como um importante fator de risco para seu desenvolvimento, representam a principal causa de mortalidade no país. (OPAS, 2010) Destaque para a Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO DOENÇAS CRÔNICAS Apresentam início gradual, de prognóstico usualmente incerto, com longa ou indefinida duração, apresentando curso clínico que muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de agudização, que podem gerar incapacidades. Além da mortalidade, as doenças crônicas apresentam forte carga de morbidades relacionadas, pois são responsáveis por um número expressivo de internações e também estão entre as principais causas de amputações e de perdas de mobilidade e de outras funções neurológicas, o que leva a perda significativa da qualidade de vida, aprofundando-se à medida que a doença se agrava. (BRASIL, 2013) ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) Objetivo: promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção, o controle e o cuidado das DCNT e seus fatores de risco. Para tanto, foi proposto em 2012, a construção da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas, instituída pela Portaria nº 252, de 19 de fevereiro de 2013. ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO Principais objetivos Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas: Fomentar a mudança do modelo de atenção à saúde, fortalecendo o cuidado às pessoas com doenças crônicas; Garantir o cuidado integral às pessoas com doenças crônicas; Impactar positivamente nos indicadores relacionados às doenças crônicas; Contribuir para a promoção da saúde da população e prevenir o desenvolvimento das doenças crônicas e suas complicações. Princípios e diretrizes da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas Princípios e diretrizesda Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas Componentes da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas Serviços de Atenção Básica/Atenção Primária. Serviços de Atenção Especializada: Ambulatórios especializados; Hospitalar; Serviços de urgência e emergência. Sistemas de apoio. Sistemas logísticos. ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO AÇÕES DE VIGILÂNCIA NA SAÚDE DO ADULTO CONTROLE DE TUBERCULOSE E HANSENÍASE Ações de prevenção e controle destas doenças; Diagnóstico e tratamento das pessoas doentes, visando à interrupção da cadeia de transmissão. ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO AÇÕES DE VIGILÂNCIA NA SAÚDE DO ADULTO SAÚDE DO TRABALHADOR Atividades destinado à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM (PNAISH) Ministério da Saúde, em 2008; Atenção integral à saúde dos indivíduos do sexo masculino, com idade entre 20 e 59 anos. Aborda aspectos determinantes da saúde do homem, por meio de ações de promoção e prevenção, além da recuperação. ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM (PNAISH) Objetivo: Promover a melhoria das condições de saúde da população masculina do Brasil, contribuindo, de modo efetivo, para a redução da morbidade e mortalidade dessa população, através do enfrentamento racional dos fatores de risco e mediante a facilitação ao acesso, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM Sensibilizar e empoderar homens para o reconhecimento e a enunciação de suas condições sociais e de saúde, para que se tornem sujeitos protagonistas de suas demandas, consolidando seu exercício dos direitos de cidadania. A mobilização da população masculina brasileira para a luta pela garantia de seu direito social à saúde. DESAFIO Política Nacional de Promoção da Saúde Objetivo dessa política: Promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes: modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e serviços essenciais. Política Nacional de Promoção da Saúde Apresenta como ações específicas: alimentação saudável, prática corporal/atividade física, prevenção e controle do tabagismo, redução da morbimortalidade em decorrência do uso de álcool e outras drogas, redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da violência, estímulo à cultura da paz. PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE À DENGUE – visa diminuir a incidência do número de casos de dengue no país. PROGRAMA NACIONAL DE DST/AIDS – prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV. OUTROS PROGRAMAS E PROJETOS DESENVOLVIDOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE OUTROS PROGRAMAS E PROJETOS DESENVOLVIDOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE BRASIL SORRIDENTE – Programa cujas ações têm por objetivo melhorar as condições de saúde bucal da população brasileira. FARMÁCIA POPULAR – visa ampliar o acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. CARTÃO NACIONAL DE SAÚDE – objetiva facilitar o atendimento ao usuário (marcação de consultas, realização de exames). PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA – Programa de reintegração social de pessoas acometidas de transtornos mentais egressas de longas internações. OUTROS PROGRAMAS E PROJETOS DESENVOLVIDOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO E OUTROS FATORES DE RISCO DE CÂNCER Tem como objetivo a prevenção de doenças na população através de ações que estimulem a adoção de comportamentos de estilos de vida saudáveis e que contribuam para a redução da incidência e mortalidade por câncer e doenças tabaco- relacionadas no país. OUTROS PROGRAMAS E PROJETOS DESENVOLVIDOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE HUMANIZASUS – proposta de uma nova relação entre o usuário, os profissionais que o atendem e à comunidade. Visa agilizar o atendimento e melhorar a qualidade dos serviços. QUALISUS – conjunto de mudanças que visa proporcionar maior conforto para o usuário, atendimento de acordo com o grau de risco, atenção mais efetiva pelos profissionais de saúde e menor tempo de permanência no hospital. OUTROS PROGRAMAS E PROJETOS DESENVOLVIDOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE CONSIDERAÇÕES FINAIS OBRIGADA! BIBLIOGRAFIA FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de (Org.). Ensinando a cuidar em Saúde Pública. São Caetano do Sul: Difusão Enfermagem, 2004, p. 255 – 339. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde do homem: princípios e diretrizes. Brasília, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministério. Portaria nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008. Estabelece prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as orientações, prazos e diretrizes para a sua pactuação. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 fev. 2008. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Especialização em Saúde da Família – Modalidade a Distância. Saúde do adulto: enfermagem [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina, Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos... [et al] – Florianópolis, 2010. Universidade Federal do Maranhão. UNA-SUS/UFMA Saúde do adulto e a Saúde da Família: atenção integral à saúde do adulto/Paola Trindade Garcia; Wanessa Cristina Filgueiras Fonsêca (Org.) - São Luís, 2014. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. 2006. 38 f. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 252, de 19 de fevereiro de 2013. Institui a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 fev. 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância em saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase,NMalária, Tracoma e Tuberculose. 2. ed. rev. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. 3. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010. 60 p. (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde 2006; v. 7). BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011