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Epidemiologia e Saúde Pública Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Sérgio Ricardo Boff Revisão Textual: Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família • Saúde do Trabalhador • Saúde da Criança e do Adolescente • Saúde da Mulher • Saúde do Homem • Saúde do Idoso • Saúde Mental • Estratégia de Saúde da Família · Discutir as ações de promoção, proteção, vigilância e assistência à saúde. · Compreender o contexto histórico do surgimento e da implantação de políticas que objetivam a garantia da saúde da criança e do adolescente, da mulher, do homem, do idoso e da saúde mental. · Compreender a estratégia de reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica, ilustradas na Estratégia da Saúde da Família. · Para maiores informações sobre estes assuntos e para aprofundar seus conhecimentos, a sugestão é sempre estar buscando atuali- zações no portal da saúde, site disponibilizado pelo do ministério da saúde. OBJETIVO DE APRENDIZADO Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família Saúde do Trabalhador Programas de Atenção à Saúde O Ministério da Saúde possui políticas e ações com o objetivo de promover a saúde dos diversos segmentos da população brasileira. Todas essas políticas têm como base os princípios do Sistema Único de Saúde de integralidade e universalidade. São diversos os segmentos: seja uma criança, uma pessoa com deficiência ou um trabalhador, entre outros perfis que serão abordados individualmente. https://goo.gl/KBwRqa Ex pl or A Saúde do Trabalhador é a área responsável pelo estudo, prevenção, assistência e vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho, portanto, em resumo pode-se dizer que são as relações entre o trabalho e o processo saúde doença. Em 1990, através das Leis Orgânicas da Saúde (LOS) é atribuído as três esferas do SUS (federal, estadual e municipal) um olhar especial aos usuários trabalhadores, visando a integralidade da atenção dispensada. Mais tarde em 2002, foi criada a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST), por meio da portaria 1679/GM com objetivo de disseminar as ações de vigilância, prevenção e de promoção de saúde do trabalhador. Recentemente pela portaria 1.823 , de 23 de agosto de 2012, através do artigo 1º: “Fica instituída a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.”, que tem como finalidade o que está expresso em seu Art. 2º “A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos” A Atenção primária a saúde é responsável pelo cuidado integral à saúde dos trabalhadores que deve ser realizada através de: • Análise da situação de Saúde do Trabalhador; • Planejamento das ações através do estabelecimento de prioridades para atua- ção, dispensando maior atenção aos problemas de saúde de maior frequência, risco e vulnerabilidade; • Assistência ao trabalhador vítima de acidente ou doenças relacionadas ao trabalho; • Ações educativas de promoção da saúde e orientação dos usuários trabalhadores. 8 9 Trabalho X Adoecimento Algumas enfermidades ou acidentes podem ter estreita relação com a atividade desenvolvida durante a execução de um trabalho, estas atividades somadas aos outros fatores de risco (estilo de vida, sexo, idade, perfil genético) podem determinar o perfil de adoecimento ou morte dos membros de uma sociedade. Schilling (1984) classifica as doenças relacionadas ao trabalho de acordo com três grupos: Categoria CategoriaCLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS SEGUNDO SUA RELAÇÃO COM O TRABALHO Exemplos I - Trabalho como causa necessária II - Trabalho como fator contributivo, mas não necessário I - Trabalho como provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida • Intoxicação por chumbo • Silicose • Doenças pro�ssionais legalmente reconhecidas • Doença coronariana • Doenças do aparelho locomotor • Câncer • Varizes dos membros inferiores • Bronquite crônica • Dermatite de contato alérgica • Asma • Doenças mentais Figura 1: Classifi cação das doenças segundo sua relação com o trabalho Fonte: Adaptado de Schiling, 1984 Ao observar a figura pode-se concluir que o trabalho é considerado um fator de ris- co, ou seja, um aumento da probabilidade de ocorrência de uma doença, e nem sem- pre um fator causal. A eliminação dos fatores de risco reduz a incidência da doença. Os fatores de risco para a saúde e segurança dos trabalhadores, presentes ou relacionados ao trabalho, podem ser classificados em cinco grandes grupos: Riscos físicos Riscos químicos Riscos biológicos Riscos decorrentes da organização do trabalho Riscos mecânicos e de acidentes Ruído, vibrações, pressões anormais, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes (microondas, ultrassom, radiofrequências, raio laser etc.), temperaturas extremas (calor e frio). Agentes e substâncias químicas sob a forma de líquidos, gases, vapores, névoas, neblinas, fumos, poeiras, �bras. Bactérias, vírus, protozoários, fungos e parasitas em geral. Jornadas de trabalho longas, trabalho penoso, ritmo intenso de trabalho, trabalho noturno ou em rodízio de turnos, monotonia, excesso de responsabilidade, demandas excessivas por produtividade, relações de trabalho autoritárias, falhas no treinamento e na supervisão de trabalhadores, equipamentos, máquinas ou mobiliários inadequados, más condições de ventilação e conforto, exigênciasde posturas e posições desconfortáveis. Inadequação em arranjo físico, ordem e limpeza do ambiente, proteção de máquinas, sinalização de máquinas e áreas perigosas, rotulagem de produtos químicos, proteção de instalações elétricas e outras situações que podem levar a acidentes de trabalho. 9 UNIDADE Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família Acidente de Trabalho Sempre que ocorrer um acidente de trabalho deve-se adotar algumas condutas com o objetivo de dar uma devida atenção ao trabalhador que foi a vítima, dentre essas condutas destacamos, que além de encaminhar o trabalhador ao Centro de Referência de Saúde para atendimento no âmbito do SUS, deve-se: • Emitir Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), nos casos de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho dos que possuem carteira assinada, em até 24 horas. O preenchimento é de responsabilidade do empregador, mas em caso de recusa tanto o serviço de saúde, como o próprio trabalhador, seus familiares, podem realizar essa notificação. • Notificar o SINAN- Sistema de informação de agravos de notificação, sempre que for confirmado caso de agravo relacionado ao trabalho de notificação compulsória. Dentre eles: Tabela 1 AGRAVOS DE NOTIFICACÃO COMPULSÓRIA I Acidente de Trabalho Fatal. II Acidentes de Trabalho com Mutilações. III Acidente com Exposição a Material Biológico. IV Acidentes do Trabalho em Crianças e Adolescentes. V Dermatoses Ocupacionais. VI Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados). VII Lesões por Esforços Repetitivos (LER), Distúrbios Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT). VIII Pneumoconioses. IX Perda Auditiva Induzida por Ruído – PAIR. X Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho. XI Câncer relacionado ao Trabalho. A ficha de notificação está disponível em todos os postos e centros de saúde Importante! No 20º Congresso Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho 2014, em Frankfurt, na Alemanha foi relatado que há 2,3 milhões de mortes por ano por acidentes e doen- ças do trabalho, e em torno de 860 mil pessoas sofrem algum tipo de ferimento todos os dias no mundo. E que só o Brasil registra-se cerca de 700 mil acidentes de trabalho por ano, o que o coloca em 4º Lugar no ranking mundial (atrás apenas da China, Índia e Indonésia) de acidentes fatais, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Você Sabia? Vigilância da Saúde do Trabalhador (VISAT) A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é um dos componentes do Sis- tema Nacional de Vigilância em Saúde. Visa à promoção da saúde e a redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações 10 11 que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos. Segundo a Secretaria de Vigilância em saúde as ações da VISAT são: • Vigilância da situação de saúde dos trabalhadores - levantamentos, monitora- mentos de risco à saúde dos trabalhadores e de populações expostas, acom- panhamento e registro de casos, inquéritos epidemiológicos e estudos da situ- ação de saúde a partir dos territórios. • Intervenção nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da popula- ção trabalhadora - Inspeção Sanitária. • Monitoramento da intervenção. • Divulgação sistemática de informações. • Educação em saúde do trabalhador. Saúde da Criança e do Adolescente Um período que merece destaque no desenvolvimento do ser humano é a infância, todas as ações para essa faixa etária devem buscar um futuro aumento das potencialidades humanas, porém qualquer alteração negativa poderá acarretar em graves consequências para indivíduos e comunidades. Os documentos que tratam da infância também abordam a adolescência, portanto esses dois ciclos de vida serão tratados juntos, e ao serem colocados em uma linha do tempo algumas datas merecem destaques: 1959 Declaração dos Direitos da Criança, a criança passou a ser vista como sujeito de direitos (nela estão contidos os direitos e liberdades de toda e qualquer criança). 1989 Convenção sobre os Direitos da Criança, documento que foi o�cializado no ano seguinte como lei internacional. Promulgada pelo governo brasileiro, por meio do Decreto no 99.710, de 21 de novembro de 1990. 2000 Foram estabelicidas as metas do milênio (ODM) pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a quinta meta é a de reduzir a mortalidade infantil. 2015 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 1990 Aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. 11 UNIDADE Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família Saiba mais sobre os objetivos de desenvolvimento do milênio acessando: https://goo.gl/c7xYbiEx pl or Maior destaque será dado à PORTARIA Nº 1.130, DE 5 DE AGOSTO DE 2015 que Institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Para fins da PNAISC, considera-se: • Criança: pessoa na faixa etária de 0 (zero) a 9 (nove) anos, ou seja, de 0 (zero) a 120 (cento e vinte) meses; e • Primeira infância: pessoa na faixa etária de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, ou seja, de 0 (zero) a 72 (setenta e dois) meses. Parágrafo único. Para fins de atendimento em serviços de pediatria no SUS, a PNAISC contemplará crianças e adolescentes até a idade de 15 (quinze) anos, ou seja, 192 meses, sendo este limite etário passível de alteração de acordo com as normas e rotinas do estabelecimento de saúde responsável pelo atendimento. Tabela 2 Princípios da PNAISC Diretrizes da PNAISC I - Direito à vida e à saúde; I - Gestão Inter federativa das ações de saúde da criança; II - Prioridade absoluta da criança; II - Organização das ações e serviços na rede de atenção; III - Acesso universal à saúde; III - promoção da saúde; IV - Integralidade do cuidado; IV - Fomento à autonomia do cuidado e da corresponsabilidade da família; V - Equidade em saúde; V - Qualificação da força de trabalho do SUS; VI - Ambiente facilitador à vida; VI - Planejamento e desenvolvimento de ações; VII - Humanização da atenção VII - Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento; VIII Gestão participativa e controle social. VIII - Monitoramento e avaliação; e IX – intersetorialidade. Art. 6º A PNAISC se estrutura em 7 (sete) eixos estratégicos, com a finalidade de orientar e qualificar as ações e serviços de saúde da criança no território nacional, considerando os determinantes sociais e condicionantes para garantir o direito à vida e à saúde, visando à efetivação de medidas que permitam o nascimento e o pleno desenvolvimento na infância, de forma saudável e harmoniosa, bem como a redução das vulnerabilidades e riscos para o adoecimento e outros agravos, a prevenção das doenças crônicas na vida adulta e da morte prematura de crianças, a seguir relacionados: 12 13 Saúde Integral da Criança Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno Atenção à saúde de crianças com de�ciência ou em situações especí�cas e de vulnerabilidade Atenção humanizada e quali�cada: na gestação, no parto, ao recém-nascido Atenção integral à criança em situação de violências Promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral da criança Políticas e Programas de Saúde da Criança Abaixo são colocadas algumas políticas de saúde para a infância e a adolescência. • O Pacto de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal • Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança - PAISC • Programa Nacional de Imunizações – PNI • Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Infância– AIDPI • Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Infância no período Neonatal- AIDPI • Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC • Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE • Política de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso - Método Canguru • Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil: • Rede Amamenta Brasil • Programa Saúde na Escola (PSE) • Brasil Carinhoso • Saúde do Adolescente e do Jovem O Ministério da Saúde através Secretaria de Atenção à Saúde formulou uma agenda de compromissos para a saúde integral da criança e redução da mortalida- de infantil. 13 UNIDADE Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família Fonte: Ministério da Saúde No portal da Saúde do Ministério da Saúde é possível encontrar: • Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde; • Caderneta da Saúde do (a) adolescente; • Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em conflito com a lei, em regime de internação provisória; • Plano de Ação Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens. Neste espaço do Portal Saúde, você encontra também, informações voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde de jovens e adolescentes. Entre os dados disponíveis, destacam-se aqueles sobre crescimento e desenvolvimento; saúde sexual e reprodutiva; e redução da mortalidade por violência e acidentes. Saúde da Mulher O primeiro programa com foco nas mulheres foi o Programa “Assistência Integral à saúde da Mulher, que era focado no controle da natalidade, devido à explosão de- mográfica em 1983. Esse documento foi considerado histórico, pois, anteriormente só haviam programas destinados as mulheres, relacionados com a amamentação. Em 2003 teve início a construção da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher que foi lançada em 2004 e construída a partir da proposição do SUS e respeitando as características da nova política de saúde. 14 15 O PAISM tem como princípios norteadores a reforma sanitária, a idéia de descentralização, hierarquização, regionalização, equidade na atenção, bem como de participação social. Confere maior autonomia e controle da saúde, do corpo e da vida às mulheres, além disso o Saúde das Mulheres aborda desde o pré-natal, puerpério e aleitamento materno, até o planejamento reprodutivo, climatério e atenção às mulheres em situação de violência doméstica e sexual. Contempla, ainda, a abordagem dos problemas/queixas e a prevenção dos cânceres que mais acometem a população feminina. As estratégias e atuações para cada área da saúde da mulher descrito na PNAISM são: • Promoção da atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, com ênfase na redução da morte materna, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras e previsto em lei para mulheres e adolescentes, tendo como estratégia a Rede Cegonha. • Promoção, conjuntamente com o PN-DST/AIDS/ MS, da prevenção e do controle das doenças sexualmente transmissíveis, da infecção pelo HIV/aids e Hepatites Virais nas mulheres. • Redução da morbimortalidade por câncer na população feminina. • Implementação da saúde sexual e reprodutiva, no âmbito da atenção integral à saúde da mulher. • Implementação da saúde da mulher Idosa, no âmbito da atenção integral à saúde da mulher. • Apoio na Implementação das ações no campo da Saúde no Programa Mulher Viver sem Violência. Importante! Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, divulgada pelo IBGE em 2013, indicam que no Brasil há 103,5 milhões de mulheres, o equivalente a 51,4% da população, e que as mulheres procuram mias o atendimento médico do que os homens, o índice foi de 78%, contra 63,9% dos homens. Você Sabia? Em 2016, o ministério da Saúde pública os protocolos da Atenção Básica – Saúde da mulher, que em síntese é um compacto das ações para uma abordagem integral da mulher, com conteúdo que abrange desde o acolhimento até as ações de promoção e atenção integral. Trata-se de um instrumento potente para a implementação de boas práticas e deve funcionar efetivamente como material de consulta no dia a dia dos profissionais de saúde, podendo ser adotado em sua íntegra ou adaptado pelos gestores locais. A publicação conta com diversos protocolos e em todos eles são considerados os aspectos biológicos, psíquicos, socioeconômicos, culturais, espirituais e ambientais exercem determinação sobre o processo saúde-doença dos indivíduos. 15 UNIDADE Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família A questão da saúde da mulher não deve se resumir às questões gineco-obstétricas. A mulher ocupa hoje uma posição social e cultural que foi alcançada com muita luta política, portanto a questão da saúde da mulher deve ser compreendida como parte da construção de um mundo fraterno e solidário. Ex pl or Saúde do Homem Em 2009, ano em que se comemora 20 anos do SUS, o Ministério da Saúde lança a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNSAIH), que visa qualificar a saúde da população masculina reconhecendo os agravos do sexo masculino e resguardando a integralidade da atenção. Muitas doenças podem ser prevenidas quando os homens procuram os serviços de saúde regularmente. Portanto, um dos objetivos dessa PNSAIH é incentivar os homens a irem rotineiramente às unidades de saúde, pois segundo dados do Ministério da Saúde dos homens que participaram de um inquérito telefônico realizado pela Vigitel, em 2015, 31% deles não têm o hábito de ir ao médico. Desses que não vão, 55% afirmam que não precisam. A Política de Atenção Integral à Saúde do Homem é destinada a população masculina na faixa etária de 25 a 59 anos, e está alinhada com a Política Nacional de Atenção Básica e em consonância com os princípios do SUS. Nota- se que aproximadamente 75% das enfermidades e agravos dessa popu- lação estão concentradas em 5 (cinco) grandes áreas especializadas: Cardiologia, Urologia, Saúde mental, Gastroenterologia e Pneumologia. Além disso, o ho- mem é mais vulnerável à violência, onde os óbitos atingem o dobro em relação as mulheres. Os Principais fatores de risco que acometem a saúde do homem, segundo os dados do Vigitel 2015, são a obesidade (57%), o alcoolismo (25%), o tabagismo (13%). E as principais causas de morte entre os homens, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade, são as causas externas, como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. Em segundo lugar estão as doenças do aparelho circulatório (como infarto agudo do miocárdio), seguida das neoplasias (brônquios e pulmões). Ex pl or Para atingir o seu objetivo geral de promover a melhoria das condições de saúde da população masculina adulta – 20 a 59 anos – do Brasil, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) é desenvolvida a partir de cinco (05) eixos temáticos: 16 17 Eixos temáticos da PNAISH Prevenção de Violências e Acidentes Doenças prevalentes na população masculina Saúde Sexual e Reprodutiva Paternidade e Cuidado Acesso e Acolhimento Merecem destaques, alguns avanços no SUS que têm permitido a maior parti- cipação do homem: • Lei do Acompanhante (11.108/2005): garante o direito a acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto. • Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257/2016): ampliação da licença paternidade para 20 dias, direito a acompanhamento de consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez da esposa ou companheira e a garantia de um dia por ano para acompanhar filho de até seis anos em consulta médica. • Em janeiro de 2017, o Ministério da Saúde passa a disponibilizar a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos narotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Saúde do Idoso Uma das maiores conquistas culturais de um povo é o envelhecimento de sua população o que reflete uma melhoria das condições de vida. De acordo com projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações) “uma em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos ou mais, e estima-se um crescimento para 1 em cada 5 por volta de 2050”. 17 UNIDADE Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família Fonte: www.ibge.gov.br Importante! No Brasil é considerado idoso a pessoa com 60 anos ou mais, enquanto que nos países desenvolvidos idoso é aquele que tem 65 anos ou mais (OMS). Você Sabia? Dois Marcos Legais Nacionais merecem destaque, por favorecer a questão do envelhecimento: a Constituição Federal de 1988 e a Política Nacional do Idoso, estabelecida em 1994 (Lei 8.842). Em uma linha do tempo pode-se conhecer um pouco da trajetória das Políticas de Saúde voltadas à pessoa idosa: 1994 Política Nacional do Idoso – Lei 8.842Garante os direitos sociais e amplo amparo legal ao idoso e estabelece as condições para promover sua integração, autonomia e participação efetiva na sociedade. Objetiva atender às necessidades básicas da população idosa como: a educação, saúde, habitação e urbanismo, esporte, trabalho, assistência social e previdência, justiça, direitos sociais à pessoa idosa, autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e rea�rmando o direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS. 1999 Portaria Ministerial nº 1.395/99 Determina que os órgãos do Ministério da Saúde promovam a elaboração ou a adequação de planos, projetos e ações em conformidade com as diretrizes e responsabilidades estabelecidas na Política Nacional do Idoso. 2002 Portaria GM/MS nº 702/2002Em seu Art. 2º “Determinar às Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios em Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde que, de acordo com as respectivas condições de gestão e a divisão de responsabilidades de�nida na Norma Operacional de Assistência à Saúde - NOAS/2002, a adoção das providências necessárias à implantação das Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso e à organização/habilitação e cadastramento dos Centros de Referência que integrarão estas redes.” 2003 Estatuto do Idoso, considerado uma das maiores conquistas sociais da população idosa em nosso país, ampliando a resposta do Estado e da sociedade às necessidades da população idosa.Art 15." É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos." 2006 Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, representando, assim a atualização da antiga portaria (nº 1935/94). Com objetivo de “recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse �m, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais de idade.” 2006 Pacto pela Saúde que contempla o Pacto pela Vida. Neste documento, a saúde do idoso aparece como uma das seis prioridades pactuadas entre as três esferas de governo sendo apresentada uma série de ações que visam, em última instância, à implementação de algumas das diretrizes da Política Nacional de Atenção à Saúde do Idoso. 2009 Decreto nº 6.800A Coordenação da Política Nacional do Idoso passa a ser de responsabilidade da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. 18 19 Merecem destaques, algumas conquistas relacionadas com o público de idosos: • Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa » Onde é possível identificar todas as situações de risco da saúde do idoso • Caderno de Atenção Básica » Protocolos clínicos em relação à saúde da pessoa idosa de forma a facilitar a prática diária dos profissionais que atuam na Atenção Básica. • Produção de material gráfico para Programa Chapéu de Palha “Atenção à Saúde do Idoso: Manual do Agente Comunitário de Saúde” E só em 2016, é possível encontrar no site da Fiocruz diversas ações destinadas a esse público alvo dentre elas: Saúde da pessoa idosa – Boas práticas https://goo.gl/unff qU Ex pl or • Serviço especializado de geriatria e gerontologia vinculado à atenção primária à saúde. • Núcleo de atenção gerontológica (nag) • Alfabetização para idosos: ferramenta na construção do processo de saúde • Ações para obtenção do selo inicial do programa hospital amigo do idoso • Adequação do cuidado aos idosos e as pessoas portadoras de deficiência • Alfabetização para idosos: ferramenta na construção do processo de saúde • Amigos, o grupo da digna idade • Assistência integral à saúde do idoso - estratégias preventivas e de promoção da saúde • Atendimento odontológico ao idoso • Autocuidado: teorias e práticas do bom envelhecer. Saúde Mental De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar- se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. Durante muitos anos a realidade pessoas com transtornos mentais eram passar a vida em manicômios, realidade essa rompida com a criação da Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02 que busca uma mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade. Entre os equipamentos substitutivos ao modelo manicomial podemos citar: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência (Cecos), as Enfermarias de Saúde Mental em hospitais gerais, as oficinas de geração de renda, entre outros. Portanto, A RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), instituída com a Portaria nº é dividida pelos seguin- tes componentes: 19 UNIDADE Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família Tabela 3 Componente Pontos de atenção Atenção Básica em Saúde Unidade Básica de Saúde Núcleo de Apoio a Saúde da Família Consultório na Rua Apoio aos Serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório Centros de Convivência e Cultura Atenção Psicossocial Estratégica Centros de Atenção Psicossocial, nas suas diferentes modalidades Atenção de Urgência e Emergência SAMU 192 Sala de Estabilização UPA 24 horas e portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde Atenção Residencial de Caráter Transitório Unidade de Acolhimento Serviço de Atenção em Regime Residencial Atenção Hospitalar Enfermeira especializada em Hospital Geral Serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas Estratégias de Desinstitucionalização Serviços Residenciais Terapêuticos Programa de Volta para Casa Estratégias de Reabilitação Psicossocial Iniciativas de Geração de Trabalho e Renda Empreendimentos Solidários e Cooperativas Sociais Fonte: www.portalsaude.saude.gov.br São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: Tabela 4 Direitos Da Pessoa Portadora De Transtorno Mental I - Ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; II - Ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; III - Ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; IV - Ter garantia de sigilo nas informações prestadas; V - Ter direito à presença médica,em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; VI - Ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; VII - Receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; VIII - Ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; IX - Ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. A Rede de Cuidados em Saúde Mental, Crack, Álcool e outras Drogas objetiva ampliar a atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde, tem como objetivo promover o vínculo entre os usuários de crack, álcool e outras drogas e suas famílias, além de garantir a atenção à saúde por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências. 20 21 Estratégia de Saúde da Família A Estratégia Saúde da Família é definida pelo Ministério de Saúde como uma forma de expansão, qualificação e consolidação de uma atenção básica mais resolutiva e humanizada. A família é a escolhida por assumir um papel importante na promoção da saúde e controle de doenças, influenciando conceitos e comportamentos ligados à saúde. Alguns antecedentes históricos da Atenção em Saúde com foco na família merecem destaque: 1963 OMS – Informe Técnico nº 257- formação do médico da família. Retrata a preocupação c/ a superespecialização do trabalho médico, o que acarreta um alto custo �nanceiro e a deterioração da relação humana com os pacientes. 1969 EUA – medicina familiar – especialidade médica. 1970 54 programas de residência aprovados. Década de 1970 Expansão do modelo no Canadá, México e alguns países Europeus. 1984 Implantação em escala nacional do programa médico de família em Cuba , onde toda a população é atendida, no nível primário, em policlínicas organizadas a partir das especialidade médicas e odontológicas básicas. 1991 Foi criado, no Brasil, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACs) tendo a família como unidade de ação programática. Esse programa melhora os indicadores de saúde, principalmente a redução dos índices de mortalidade infantil e impulsiona a criação do PSF. 1994 Criação do Programa de Saúde da Família (PSF). O termo Programa de Saúde da família foi utilizado até o ano de 2006, quando associaram o termo “Programa” como sendo de enfoque reducionista, desenvolvido de forma centralizada e vertical. E passou-se a utilizar a denominação “Estratégia” por ser considerada reorganização do processo de trabalho, com plena aplicação dos princípios do SUS (universalidade, integralidade, equidade e controle social). A Estratégia da Saúde da Família (ESF) realiza ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas, de forma integral e contínua. O atendimento deve ser sempre realizado por uma equipe multiprofissional e segue alguns princípios básicos dentre eles: • Caráter substitutivo » Não significa a criação de novas estruturas de serviços, exceto em áreas des- providas, e sim a substituição das práticas convencionais de assistência por um novo processo de trabalho, cujo eixo está centrado na vigilância à saúde. • Integralidade e hierarquização » A Unidade de Saúde da Família está inserida no primeiro nível de atenção, ou seja, na Atenção Básica. A população será encaminhada para os outros níveis do sistema, sempre que for requerida maior densidade tecnológica para re- solução de problemas identificados na atenção básica, garantindo-se assim a atenção integral às famílias do território sob responsabilidade de cada equipe. 21 UNIDADE Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família • Territorialização e cadastramento da clientela » As atividades serão desenvolvidas para atender a população residente em um território de abrangência. Sendo a equipe responsável pelo cadastramento e acompanhamento da população. Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas. O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por equipe. Ex pl or • Equipe multiprofissional 1 Auxiliar de Enfermagem 4 a 6 Agentes Comunitários de Saúde 1 Médico Generalista (ou médico de família) 1 Enfermeiro Equipe Ampliada Equipe Mínima Equipe mínima 1 Cirurgião-dentista 1 Auxiliar de Saúde Bucal (ASB)* 1 Técnico em Saúde Bucal (TSB)* 22 23 Importante! Cada profi ssional de saúde pode ser cadastrado em apenas 01 ESF, exceção feita somente ao profi ssional médico que poderá atuar em no máximo 02 (duas) ESF e com carga horária total de 40 (quarenta) horas semanais. Você Sabia? Bases De Atuação da Estratégia Saúde da Família I. Planejamento das ações “...desenvolver habilidade de conhecer o território estando atento também para descobrir os aspectos positivos e o potencial da comunidade para resolver os problemas de saúde. ” II. Saúde, promoção e vigilância à saúde. “...é fundamental entender a saúde como produção social...e como um processo de responsabilidade compartilhada das ações, incluindo a articulação entre diferentes e a população. ” III. Trabalho interdisciplinar em Equipe “...buscar a possibilidade da prática de um profissional se reconstruir na prática de outro, transformando ambas...” IV. Abordagem integral da família “...ver as pessoas em seus contextos socioeconômico e cultural, com ética, compromisso, respeito...conceber o ser humano como sujeito social capaz de traçar seus próprios projetos...” Estimular a participação da comunidade no planejamento, execução e avaliação das ações de saúde. “O êxito das ações de uma ESF depende em grande parte, das suas inte- rações com a comunidade, o que implica não somente em boa assistência clínica, mas também no uso apropriado de tecnologias relacionais”. Pa- tussi et al., 2008. 23 UNIDADE Programas de Saúde: Saúde do Trabalhador, da Criança, do Adolescente, da Mulher, do Homem, do Idoso e Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Vídeo do Conecta SUS sobre a Saúde do Trabalhador https://youtu.be/PUnVIrMk5qg Linha de Cuidado para Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias https://youtu.be/_a0YoTPzra0 Vídeo do Conexão SUS sobre a Estratégia de Saúde da Família https://youtu.be/lT3VmVbdxsU Vídeo da Rede SP Saudável - Saúde em Ação: Conheça o Programa Estratégia Saúde da Família https://youtu.be/wvDtTHdTrzM Leitura Saúde do Trabalhador Cadernos de Atenção Básica – Saúde do trabalhador. https://goo.gl/Ptc4UN Saúde da Criança Síntese de evidências para políticas de saúde: promovendo o desenvolvimento na pri- meira infância. https://goo.gl/xIRRUK Saúde da Mulher Protocolos da atenção básica: saúde das mulheres. http://bit.ly/2l3bT6Q Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes https://goo.gl/OeER7y Saúde do Homem CNSH - Coordenação Nacional de Saúde dos Homens. https://goo.gl/MxiJO6 Saúde do Idoso Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Cadernos de Atenção Básica. http://bit.ly/1iUGItV Saúde Mental Cadernos da Atenção Básica: Saúde Mental. http://bit.ly/2lyQqVc Estratégia da Saúde da Família Guia Prático do Programa de Saúde da Família. https://goo.gl/P5xG9H 24 25 Referências ________. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Saúde da Comunidade. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: Ministério da Saúde, 1997. p. 36. ________. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas da Saúde. Departamento de Atenção Básica. A implantação da Unidadede Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. p. 44. ________. Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para serviços de saúde. Série A. Normas e Manuais Técnicos; n114. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. p. 580. ________. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. 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Saúde da Família: uma abordagem multidisciplinar. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2009. GOMES; S.; MUNHOL; M. E.; DIAS; E. Políticas públicas para a pessoa idosa: marcos legais e regulatórios. Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social. Fundação Padre Anchieta, 2009. LIMA; T. J. V. D., ARCIERI; R. M., GARBIN; C. A. S.; MOIMAZ; S. A. S. Huma- nização na atenção à saúde do idoso. Saúde Soc., v.19, n.4, p.866-877, 2010. MENDONÇA; C. S. Saúde da família, agora mais do que nunca. Ciência e Saúde coletiva, v. 14, Supl. 1, p. 1493- 1497, 2009. PAIM, J.; TRAVASSOS, C.; ALMEIDA, C.; BAHIA, L.; MACINKO, J. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. v. 377, n. 9779, p. 1778-97, 2011. PATUSSI, M. P. et al. A influência do capital social no contexto da Estratégia Saúde da Família. In: MOYSÉS, S. T.; KRIGER, L.; MOYSÉS, S. J. (orgs.). Saúde Bucal das Famílias: trabalhando com evidências. Artes Médicas, p.207- 215, 2008. ROSA; W. A. G.; LABETE; R. C. 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