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Empregador, Terceirização, Grupo econômico - Direito do Trabalho Nova CLT

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Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
1 
 
Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de empregador, consórcio 
de empregadores, sócio retirante 
 
1. Empregador – temas: 
1.1. Terceirização; 
1.2. Grupo econômico; 
1.3. Sucessão de empregador; 
1.4. Consórcio; 
1.5. Sócio retirante. 
2. Empregador 
2.1. Previsão: 
a Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, 
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a 
prestação pessoal de serviço. 
b § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação 
de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as 
associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que 
admitirem trabalhadores como empregados. 
2.2. Logo, será toda pessoa física ou jurídica ou ente despersonalizado que 
contrata empregado. 
2.3. No âmbito da administração pública, poderá ocorrer da relação de trabalho 
ser celetista, ex.: 
a Administração pública direta e indireta definirá seu regime único. Logo, 
pode ocorrer de um município ser celetista; 
 CF, Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e 
planos de carreira para os servidores da administração pública direta, 
das autarquias e das fundações públicas. 
b Sociedade de economia mista e empresa pública obrigatoriamente será 
celetista. 
 CF, Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A 
lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade 
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação 
de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) II - a sujeição ao regime jurídico 
próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
3. Terceirização 
3.1. Previsões: 
a Lei 6019/ 74 - Dispõe sobre o Trabalho Temporário nas Empresas Urbanas, 
e dá outras Providências. 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
2 
 
3.2. Terceirização (no sentido amplo – lato sensu) - espécies: 
a Contrato de prestação de serviços (terceirização no sentido estrito): 
contratante transfere atividade para a empresa prestadora de serviços; 
b Contrato de trabalho temporário: intermediação de mão de obra; 
colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas 
temporariamente. 
3.3. Terceirização lícita 
a Contrato de prestação de serviços (terceirização no sentido estrito): 
contratante transfere atividade para a empresa prestadora de serviços; 
 SUM-331 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALI-DADE III - 
Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de 
serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação 
e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-
meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a 
subordina-ção direta. 
b Contrato de trabalho temporário: intermediação de mão de obra; 
colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas 
temporariamente. 
 SUM-331 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALI-DADE I - A 
contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, 
formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, 
salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). 
c Efeitos: 
 obs.1: SUM-331 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALI-
DADE IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte 
do em-pregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador 
dos ser-viços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado 
da rela-ção processual e conste também do título executivo judicial 
 exceção: 
 Súmula 331 - V - Os entes integrantes da Administração Pública 
direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas 
condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no 
cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, 
especialmente na fiscalização do cum-primento das obrigações 
contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A 
aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das 
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente 
contratada. 
 Lei 8666 de 1993 - Art. 71. O contratado é responsável pelos 
encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais 
resultantes da execução do contrato. 
 § 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos 
trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração 
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o 
objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e 
edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
3 
 
d VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas 
as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação 
laboral. 
e obs2.: subempreitada: 
 Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá o 
subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho 
que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de 
reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento 
daquelas obrigações por parte do primeiro. 
 Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos 
termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a 
retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das 
obrigações previstas neste artigo. 
 exceção: 
 exceção: OJ-SDI1-191 CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA 
OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE (nova re-
dação) - Res. 175/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato 
de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o 
empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária 
nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo 
sendo o dono da obra uma empresa construtora ou 
incorporadora. 
3.4. Terceirização ilícita 
a Contrato de prestação de serviços (terceirização no sentido estrito): 
contratante transfere atividade para a empresa prestadora de serviços; 
 se existente a pessoalidade e a subordinação direta. 
b Contrato de trabalho temporário: intermediação de mão de obra; 
colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas 
temporariamente. 
 A contratação de trabalhadores por empresa interposta que não seja 
de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). 
c Efeitos: 
 responsabilidade solidária; 
 forma vínculo com tomadora, exceção: 
 SUM-331 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALI-
DADE II - A contratação irregular de trabalhador, mediante 
empresa inter-posta, não gera vínculo de emprego com os 
órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional 
(art. 37, II, da CF/1988). 
 OJ-SDI1-383 TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA 
PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONO-MIA. ART. 
12, “A”, DA LEI Nº 6.019, DE 03.01.1974 (mantida) - Res. 
175/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 A 
contratação irregular de trabalhador, mediante empresa 
interposta, não gera vínculo de emprego com ente da 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórciode empregadores 
 
4 
 
Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio 
da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas 
verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles 
contratados pelo tomador dos servi-ços, desde que presente a 
igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da Lei 
nº 6.019, de 03.01.1974. 
 SUM-363 CONTRATO NULO. EFEITOS (nova redação) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A contratação de servidor 
público, após a CF/1988, sem prévia apro-vação em concurso 
público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente 
lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação 
pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, 
respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores 
referentes aos depósi-tos do FGTS 
 Exceção - OJ-SDI1-321 VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM A 
ADMINIS-TRAÇÃO PÚBLICA. PERÍODO ANTERIOR À CF/1988 
(nova redação) - DJ 20.04.2005 Salvo os casos de trabalho 
temporário e de serviço de vigilância, previstos nas Leis nºs 
6.019, de 03.01.74, e 7.102, de 20.06.83, é ile-gal a contratação 
de trabalhadores por empresa interposta, formando-se o 
vínculo empregatício diretamente com o tomador dos serviços, 
inclusive ente público, em relação ao período anterior à 
vigência da CF/88. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
5 
 
4. Detalhes da terceirização (em sentido estrito) – contrato com empresa prestadora 
de serviços; ou quarteirização 
4.1. Sujeitos da relação terceirização: 
a Contratante (tomadora de serviços); 
b Art. 5o-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato 
com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas 
atividades, inclusive sua atividade principal. 
 obs.: contratante de empresa de trabalho temporário: somente 
empresa; 
c § 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades 
distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa 
prestadora de serviços. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
d § 2o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações 
físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre 
as partes. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
e § 3o É responsabilidade da contratante garantir as condições de 
segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for 
realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em 
contrato. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
f § 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas 
obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação 
de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará 
o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 
1991. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
4.2. Empresa prestadora de serviços. 
a Art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência 
feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, 
inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado 
prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com 
a sua execução. 
b § 1o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o 
trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras 
empresas para realização desses serviços. (Incluído pela Lei nº 
13.429, de 2017) 
 Hipótese de quarteirização 
c § 2o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou 
sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu 
ramo, e a empresa contratante. 
d Art. 4o-B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação 
de serviços a terceiros: (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
e I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica 
(CNPJ); (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
6 
 
f II - registro na Junta Comercial; (Incluído pela Lei nº 13.429, de 
2017) 
g III - capital social compatível com o número de empregados, observando-
se os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 13.429, de 
2017) 
h a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 
(dez mil reais); (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
i b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de 
R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); (Incluído pela Lei nº 
13.429, de 2017) 
j c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital 
mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); (Incluído 
pela Lei nº 13.429, de 2017) 
k d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital 
mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e (Incluído pela Lei nº 
13.429, de 2017) 
l e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). (Incluído pela Lei 
nº 13.429, de 2017) 
m Art. 5o Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a 
ela equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário 
com a empresa definida no art. 4o desta Lei. (Redação dada pela 
Lei nº 13.429, de 2017) 
n Art. 5o-C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4o-A 
desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos 
dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de 
empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os 
referidos titulares ou sócios forem aposentados. 
4.3. Empregado 
a Art. 5o-D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços 
para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa 
prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, 
contados a partir da demissão do empregado. 
b Direitos do empregado da terceirizada: 
 Art. 4o-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora 
de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto 
os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da 
contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as 
mesmas condições: I - relativas a: a) alimentação garantida aos 
empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; b) 
direito de utilizar os serviços de transporte; c) atendimento médico 
ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local 
por ela designado; d) treinamento adequado, fornecido pela 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
7 
 
contratada, quando a atividade o exigir. II - sanitárias, de medidas de 
proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações 
adequadas à prestação do serviço. 
 § 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim 
entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário 
equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros 
direitos não previstos neste artigo. 
 Logo, salários não precisam ser equivalentes. 
 § 2o Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da 
contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos 
empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos 
empregados da contratada os serviços de alimentação e 
atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual 
padrão de atendimento, com vistasa manter o pleno funcionamento 
dos serviços existentes.” 
4.4. Vedações de contratações e quarentena: 
a Art. 5o-C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4o-A 
desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos 
dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de 
empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os 
referidos titulares ou sócios forem aposentados. 
b Art. 5o-D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços 
para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa 
prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, 
contados a partir da demissão do empregado. 
4.5. Contrato de prestação de serviços 
a Art. 5o-B. O contrato de prestação de serviços conterá: (Incluído 
pela Lei nº 13.429, de 2017) 
b I - qualificação das partes; (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
c II - especificação do serviço a ser prestado; (Incluído pela Lei nº 
13.429, de 2017) 
d III - prazo para realização do serviço, quando for o 
caso; (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
e IV - valor. 
 5º-A - § 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em 
atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a 
empresa prestadora de serviços. 
4.6. Responsabilidades: 
a 5º - A - § 3o É responsabilidade da contratante garantir as condições de 
segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for 
realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em 
contrato. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
8 
 
b § 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas 
obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação 
de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará 
o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 
1991. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
9 
 
5. Detalhes do Contrato de trabalhado temporário 
5.1. Previsão: lei 6019/73 - Dispõe sobre o Trabalho Temporário nas Empresas 
Urbanas, e dá outras Providências. 
5.2. Conceito: 
a Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física 
contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à 
disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à 
necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à 
demanda complementar de serviços. (Redação dada pela Lei nº 
13.429, de 2017) 
5.3. Sujeitos: 
a contratante (empresa tomadora de serviços); obs.: não cita pessoa física; 
b empresa de trabalho temporário (pessoa jurídica 
c trabalhador temporário (pessoa física). 
5.4. Hipóteses de contratação e vedações: 
a substituição transitória de pessoal permanente; 
b demanda complementar de serviços: 
 fatores imprevisíveis ou 
 demanda complementar de serviços (natureza intermitente, 
periódica ou sazonal). 
 “PIS” – periódica, sazonal ou intermitente. 
c Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física 
contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à 
disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à 
necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à 
demanda complementar de serviços. 
d § 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição 
de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em 
lei. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
e § 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda 
de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, 
tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. (Incluído pela 
Lei nº 13.429, de 2017) 
f obs.: vedação de contratação no porto organizado - 
 Lei 12 815 de 2013 - Dispõe sobre a exploração direta e indireta pela 
União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades 
desempenhadas pelos operadores portuários; 
 Art. 40. O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de 
carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos 
portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários com 
vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores 
portuários avulsos. 
 cccbev 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
10 
 
 § 3o O operador portuário, nas atividades a que alude o caput, não 
poderá locar ou tomar mão de obra sob o regime de trabalho 
temporário de que trata a Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974. 
5.5. Empresa tomadora de serviços 
a Empresa. 
b Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física 
contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à 
disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à 
necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à 
demanda complementar de serviços. 
5.6. Empresa de trabalho temporário e requisitos: 
a PJ e capital social de no mínimo 100 mil; 
b Art. 4o Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente 
registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de 
trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente. 
c Art. 6o São requisitos para funcionamento e registro da empresa de 
trabalho temporário no Ministério do Trabalho: I - prova de inscrição no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), do Ministério da Fazenda; II - 
prova do competente registro na Junta Comercial da localidade em que 
tenha sede; III - prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ 
100.000,00 (cem mil reais). 
5.7. Contrato da tomadora de serviços e empresa de trabalho temporário: 
a Art. 9o O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a 
tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade 
fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: I - 
qualificação das partes; II - motivo justificador da demanda de trabalho 
temporário; III - prazo da prestação de serviços; IV - valor da prestação de 
serviços; V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, 
independentemente do local de realização do trabalho. § 1o É 
responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de 
segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for 
realizado em suas dependências ou em local por ela 
designado. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
b § 3o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o 
desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas 
na empresa tomadora de serviços. (Incluído pela Lei nº 
13.429, de 2017) 
5.8. Contrato de trabalho do trabalhador temporário com a empresa de trabalho 
temporário: 
a Trabalhador temporário tem contrato de trabalho com empresa de 
trabalho temporário. Embora exista subordinação para empresa de 
trabalho temporário e empresa tomadora de serviços. Logo: 
 relação de emprego com empresa de trabalho temporário; 
 relação de trabalho com tomadora. 
b Art. 17 - É defeso às empresas de prestação de serviço temporário a 
contratação de estrangeiros com visto provisório de permanência no País. 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador,consórcio de empregadores 
 
11 
 
c Art. 11 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho 
temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma 
empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele 
deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores 
por esta Lei. 
d Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, 
proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente 
ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela 
empresa de trabalho temporário. 
 obs.: todos pagamentos serão realizados pela empresa de trabalho 
temporário. 
5.9. Direitos do trabalhador temporário: 
a Art. 9o § 2o A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de 
trabalho temporário o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de 
refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da 
contratante, ou local por ela designado. 
b Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes 
direitos: 
c a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma 
categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, 
garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; 
d b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não 
excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento); 
 CF/88 - 7º, XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; 
e c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de 
setembro de 1966; 
f d) repouso semanal remunerado; 
g e) adicional por trabalho noturno; 
h f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do 
contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; 
i g) seguro contra acidente do trabalho; 
j h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da 
Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 
de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de 6 de 
setembro de 1973). 
k § 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do 
trabalhador sua condição de temporário. 
l § 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa 
de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
12 
 
assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, 
para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a 
prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporário. 
m Art. 18 - É vedado à empresa do trabalho temporário cobrar do 
trabalhador qualquer importância, mesmo a título de mediação, podendo 
apenas efetuar os descontos previstos em Lei. 
n Parágrafo único. A infração deste artigo importa no cancelamento do 
registro para funcionamento da empresa de trabalho temporário, sem 
prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis. 
o obs.: inaplicabilidade das indenizações dos artigos 479 e 480 da CLT: 
 CONTRATO1 DE TRABALHO TEMPORÁRIO. RESCISÃO 
ANTECIPADA. INDENIZAÇÃO DO ART. 479 DA CLT . O entendimento 
que vem se cristalizando nesta Corte Superior, sobretudo nesta 
Colenda Turma, é no sentido de que, em razão da existência de 
norma específica dispondo sobre o contrato de trabalho temporário, 
não é cabível a aplicação do disposto no art. 479 da CLT nos casos de 
rescisão antecipada do pacto laboral. 
5.10. Prazo do contrato de trabalho temporário (180) e prorrogação (de 90 
dias): 
a total de 270 dias (incluída a prorrogação); 
b Art. 10. § 1o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo 
empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, 
consecutivos ou não. 
c § 2o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, 
consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, 
quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. 
d § 4o Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora 
de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 
445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-
Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. 
5.11. Nova contratação do trabalhador temporário e quarentena (90 dias): 
a Artigo 10, § 5o O trabalhador temporário que cumprir o período 
estipulado nos §§ 1o e 2o deste artigo somente poderá ser colocado à 
disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, 
após noventa dias do término do contrato anterior. (Incluído 
pela Lei nº 13.429, de 2017) 
b § 4o Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora 
de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 
 
1
 Tribunal Superior do Trabalho TST - RECURSO DE REVISTA : RR 8362620135150114. Disponível em: 
https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=Indeniza%C3%A7%C3%A3o+do+Artigo+479+da+Clt+.+Trabalho+
Tempor%C3%A1rio&c= 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
13 
 
445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-
Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. 
 Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá 
ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 
451. Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder 
de 90 (noventa) dias. 
c § 6o A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo 
caracteriza vínculo empregatício com a tomadora. 
5.12. Responsabilidade da empresa contratante (tomadora): 
a Artigo 9º, § 1o É responsabilidade da empresa contratante garantir as 
condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando 
o trabalho for realizado em suas dependências ou em local por ela 
designado. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
b § 2o A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho 
temporário o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição 
destinado aos seus empregados, existente nas dependências da 
contratante, ou local por ela designado. 
 obs.: em relação trabalhador da empresa prestadora de serviços com 
situação semelhante: 
 Art. 4o-C. São asseguradas aos empregados da empresa 
prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, 
quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer 
uma das atividades da contratante, forem executados nas 
dependências da tomadora, as mesmas condições: 
 I - relativas a: 
 a) alimentação garantida aos empregados da contratante, 
quando oferecida em refeitórios; 
 b) direito de utilizar os serviços de transporte; 
 c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas 
dependências da contratante ou local por ela designado; 
 d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a 
atividade o exigir. 
 II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança 
no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. 
c Artigo 10, § 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas 
obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho 
temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará 
o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 
1991. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
d Art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a 
empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo 
recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em 
que o trabalhador esteve sob suas ordens,assim como em referência ao 
mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. 
5.13. Extinção do contrato de trabalho temporário por falta grave: 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
14 
 
a Art. 13 - Constituem justa causa para rescisão do contrato do trabalhador 
temporário os atos e circunstâncias mencionados nos artigos 482 e 483, 
da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorrentes entre o trabalhador e a 
empresa de trabalho temporário ou entre aquele e a empresa cliente 
onde estiver prestando serviço. 
5.14. Inaplicabilidade para serviços de vigilância e transporte de valores: 
a Art. 19-B. O disposto nesta Lei não se aplica às empresas de vigilância e 
transporte de valores, permanecendo as respectivas relações de trabalho 
reguladas por legislação especial, e subsidiariamente pela Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de 
maio de 1943. 
b Lei 7102/83 - Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, 
estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas 
particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de 
valores, e dá outras providências. 
c Art. 3º A vigilância ostensiva e o transporte de valores serão 
executados: (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 1995) 
d I - por empresa especializada contratada; ou (Redação dada pela Lei nº 
9.017, de 1995) 
e II - pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e 
preparado para tal fim, com pessoal próprio, aprovado em curso de 
formação de vigilante autorizado pelo Ministério da Justiça e cujo sistema 
de segurança tenha parecer favorável à sua aprovação emitido pelo 
Ministério da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 1995) 
f Parágrafo único. Nos estabelecimentos financeiros estaduais, o serviço de 
vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a 
critério do Governo da respectiva Unidade da Federação. (Redação dada 
pela Lei nº 9.017, de 1995) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
15 
 
6. Grupo econômico 
6.1. Previsões: 
a CLT - Artigo 2º, § 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, 
cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, 
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando 
cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis 
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. 
b § 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo 
necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse 
integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das 
empresas dele integrantes.” 
c Lei 5889 de 1974 - § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo 
cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, 
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando 
cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, 
serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação 
de emprego. 
6.2. Conceito 
a empresas sob a direção, controle ou administração de outra e 
b com a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de 
interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes; 
 CLT - Artigo 2º § 3o Não caracteriza grupo econômico a mera 
identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do 
grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão 
de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.” 
 Logo, não basta ser sócio-quotista. 
6.3. Efeitos 
a Solidariedade passiva: 
 Responsabilidade solidária das empresas do grupo pelas obrigações 
decorrentes da relação de emprego. 
b Solidariedade ativa: 
 SUM-129 CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A prestação de 
serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, 
durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência 
de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em con-trário. 
6.4. Exceção – sucessão de empregador no grupo econômico: 
a OJ-SDI1-411 SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA 
PERTENCENTE A GRUPO ECONÔMICO. RES-PONSABILIDADE SOLIDÁRIA 
DO SUCESSOR POR DÉBI-TOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
16 
 
ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) O 
sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de 
empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da 
empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era 
solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou 
fraude na sucessão. 
7. Sucessão trabalhista 
7.1. Previsões: 
a CLT. Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não 
afetará os direitos adquiridos por seus empregados. 
b CLT, Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da 
empresa não afetará os contratos de trabalho dos 
respectivos empregados. 
c Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores 
prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, 
inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a 
empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. 
d Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a 
sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. 
7.2. Conceito: 
a Instituto trabalhista que transfere direitos e obrigações trabalhistas para 
sucessora. 
b Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores 
prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, 
inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a 
empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. 
c OJ-SDI1-261 BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA (inserida em 27.09.2002) 
As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os 
empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabi-
lidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as 
agências, os direitos e deveres contratuais, caracterizando típica sucessão 
trabalhista. 
d Natureza jurídica: imposição de crédito e débitos; 
7.3. Requisitos: 
a Substituição do empregador; 
b Continuidade da atividade empresarial (sem mudança drástica). 
7.4. efeitos: 
a Instituto trabalhista que transfere direitos e obrigações trabalhistas para 
sucessora. 
7.5. Exceções: 
a Fraude: responsabilidade é solidária 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
17 
 
 Art. 448-A. Parágrafo único. A empresa sucedida responderá 
solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na 
transferência. 
b OJ-SDI1-92 DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS. RES-PONSABILIDADE 
TRABALHISTA (inserida em 30.05.1997) Em caso de criação de novo 
município, por desmembramento, cada uma das novas entidades 
responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em 
que figurarem como real empregador 
c OJ-SDI1-225 CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚ-BLICO. 
RESPONSABILIDADE TRABALHISTA (nova reda-ção) - DJ 20.04.2005 
Celebrado contrato de concessão de serviço público em que uma empresa 
(primeira concessionária) outorga a outra (segunda conces-sionária), no 
todo ou em parte, mediante arrendamento, ou qualquer outra forma 
contratual, a títulotransitório, bens de sua propriedade: I - em caso de 
rescisão do contrato de trabalho após a entrada em vi-gor da concessão, a 
segunda concessionária, na condição de sucesso-ra, responde pelos 
direitos decorrentes do contrato de trabalho, sem prejuízo da 
responsabilidade subsidiária da primeira concessionária pelos débitos 
trabalhistas contraídos até a concessão; II - no tocante ao contrato de 
trabalho extinto antes da vigência da concessão, a responsabilidade pelos 
direitos dos trabalhadores será exclusivamente da antecessora. 
d Na recuperação judicial e na falência: 
 efeito: arrematante estará livre de qualquer ônus; 
 Art. 60. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver 
alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do 
devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no 
art. 142 desta Lei. 
 Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer 
ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do 
devedor, inclusive as de natureza tributária, observado o disposto no 
§ 1o do art. 141 desta Lei. 
 Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da 
empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades 
de que trata este artigo: 
 I – todos os credores, observada a ordem de preferência 
definida no art. 83 desta Lei, sub-rogam-se no produto da realização 
do ativo; 
 II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não 
haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, 
inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do 
trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho. 
 § 1o O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica 
quando o arrematante for: 
 I – sócio da sociedade falida, ou sociedade controlada pelo 
falido; 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
18 
 
 II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, 
consangüíneo ou afim, do falido ou de sócio da sociedade falida; ou 
 III – identificado como agente do falido com o objetivo de 
fraudar a sucessão. 
 § 2o Empregados do devedor contratados pelo arrematante 
serão admitidos mediante novos contratos de trabalho e o 
arrematante não responde por obrigações decorrentes do contrato 
anterior. 
e Empregador doméstico 
 LC 150 de Aplicação subsidiária da CLT, mas considerando as 
peculiaridades do emprego doméstico: logo, considerando não ser 
empresa e sem finalidade lucrativa, não ocorrerá a sucessão de 
empregadores. 
 Art. 19. Observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, a ele 
também se aplicam as Leis nº 605, de 5 de janeiro de 1949, no 4.090, 
de 13 de julho de 1962, no 4.749, de 12 de agosto de 1965, 
e no 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e, subsidiariamente, a 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei 
nº 5.452, de 1º de maio de 1943. 
7.6. Observação: 
a Penhora antes da sucessão pela administração pública: 
 OJ-SDI1-343 PENHORA. SUCESSÃO. ART. 100 DA CF/1988. 
EXECUÇÃO (DJ 22.06.2004) É válida a penhora em bens de pessoa 
jurídica de direito privado, re-alizada anteriormente à sucessão pela 
União ou por Estado-membro, não podendo a execução prosseguir 
mediante precatório. A decisão que a mantém não viola o art. 100 da 
CF/1988. 
b Sucessão de instituição em liquidação extrajudicial – juros de mora 
 SUM-304 CORREÇÃO MONETÁRIA. EMPRESAS EM LIQUIDA-ÇÃO. 
ART. 46 DO ADCT/CF (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 e republicada DJ 25.11.2003 Os débitos trabalhistas das 
entidades submetidas aos regimes de interven-ção ou liquidação 
extrajudicial estão sujeitos a correção monetária desde o respectivo 
vencimento até seu efetivo pagamento, sem interrupção ou sus-
pensão, não incidindo, entretanto, sobre tais débitos, juros de mora. 
 “a fluência dos juros moratórios deve ser suspensa após o decreto de 
liquidação extrajudicial da instituição financeira, devendo ser 
computados e pagos somente após a satisfação do passivo aos 
credores habilitados, e desde que haja ativo que os suporte, 
observada a ordem do quadro geral dos credores do artigo 26 da Lei 
6.024/74”.2 
 
2
 RECURSO ESPECIAL Nº 1.102.850 - PE (2008/0274300-0) RELATORA : MINISTRA MARIA ISABEL 
GALLOTTI RECORRENTE : BANCO BANORTE S/A - EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL ADVOGADOS : NILTON 
DA SILVA CORREIA EDUARDO LACERDA SIQUEIRA CAMPOS ARAÚJO E OUTRO(S) RECORRIDO : USIBRITA 
USINA DE BRITAGEM LTDA ADVOGADO : JOSÉ CARLOS DE LIRA ALBUQUERQUE E OUTRO(S) 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
19 
 
 OJ-SDI1-408 JUROS DE MORA. EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO 
EXTRAJUDICIAL. SUCESSÃO TRABALHISTA. (DEJT di-vulgado em 22, 
25 e 26.10.2010) É devida a incidência de juros de mora em relação 
aos débitos traba-lhistas de empresa em liquidação extrajudicial 
sucedida nos moldes dos arts. 10 e 448 da CLT. O sucessor responde 
pela obrigação do sucedido, não se beneficiando de qualquer 
privilégio a este destina-do. 
c Sucessão no caso de privatização e convalidação de contrato: 
 SUM-430 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. CONTRATA-ÇÃO. 
AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE. ULTERIOR 
PRIVATIZAÇÃO. CONVALIDAÇÃO. INSUBSIS-TÊNCIA DO VÍCIO - Res. 
177/2012, DEJT divulgado em 13, 14 e 15.02.2012 Convalidam-se os 
efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência 
de concurso público, quando celebrado original-mente com ente da 
Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua 
privatização. 
8. Consórcio de empregadores 
8.1. Previsão: 
a Lei 8212/91 - Art. 25A. Equipara-se ao empregador rural pessoa física o 
consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união de 
produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para 
contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, 
exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em 
cartório de títulos e documentos. (Incluído pela Lei nº 10.256, 
de 2001). 
b § 1o O documento de que trata o caput deverá conter a identificação de 
cada produtor, seu endereço pessoal e o de sua propriedade rural, bem 
como o respectivo registro no Instituto Nacional de Colonização e 
Reforma Agrária - INCRA ou informações relativas a parceria, 
arrendamento ou equivalente e a matrícula no Instituto Nacional do 
Seguro Social – INSS de cada um dos produtores rurais. (Incluído 
pela Lei nº 10.256, de 2001). 
c § 2o O consórcio deverá ser matriculado no INSS em nome do empregador 
a quem hajam sido outorgados os poderes, na forma do 
regulamento. (Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001). 
d § 3o Os produtores rurais integrantes do consórcio de que trata o caput 
serão responsáveis solidários em relação às obrigações 
previdenciárias. (Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001). 
8.2. Conceito: 
a união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles 
poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de 
serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento 
registrado em cartório de títulos e documentos. 
Direito do Trabalho – 6. Empregador – Terceirização, grupo econômico, sucessão de 
empregador, consórcio de empregadores 
 
20 
 
8.3. Efeitos: 
a Responsabilidade solidária pelas contribuições previdenciárias; 
b Responsabilidade das verbas trabalhistas: 
 1ª corrente: não; não há previsão expressa de responsabilidade 
solidária. Logo, cada produtor responde pela sua quota na prestação 
deserviços. 
 CC Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou 
da vontade das partes. 
 2ª corrente: responsabilidade solidária. 
9. Sócio retirante 
9.1. Previsão: 
a CLT, Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas 
obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou 
como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de 
averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de 
preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios 
retirantes. Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente 
com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária 
decorrente da modificação do contrato 
9.2. Desconsideração da personalidade jurídica: 
a SeçãoIV - Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica 
b CPC - Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da 
Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil. 
c § 1o Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente: I - na 
fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1o do art. 
893 desta Consolidação; II - na fase de execução, cabe agravo de petição, 
independentemente de garantia do juízo; III - cabe agravo interno se 
proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente no 
tribunal. 
d § 2o A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de 
concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 
301 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).’

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