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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DA BAHIA
Autos n° xxxx
INÁCIO GUERRA, já devidamente qualificado nos autos do processo de número em epígrafe, cuja parte adversa é GERALDO SILVA, também devidamente qualificado, vem, respeitosamente, por seu advogado subscritor, à Vossa Excelência, com fundamento no art. 1.022 do Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015), opor os presentes EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, em face da decisão de fls. (número da fl. da decisão embargada), pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas. 
I – DA SÍNTESE PROCESSUAL E DA DECISÃO EMBARGADA
O embargante contestou a Ação promovida embargado de Resilição de Contrato e Restituição de valor, que deu causa a enriquecimento ilícito, na Vara Cível de Vitória de Conquista/ BA, domicílio de ambas as partes, onde o contrato e onde o negócio seria concretizado. O M.M reconheceu que o valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais), foi pago por Geraldo a título de arras, e que portanto, poderia ser integralmente retido por Inácio como indenização, entretanto a senteçã não dispos nada acerca das perdas e danos no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) requerida por Inácio. 
Contudo, data venia, houve omissão na referida decisão, devendo portanto ser sanada. Deste modo, não restou alternativa ao embargante senão a oposição dos presentes embargos de declaração.
DA OMISSÃO
Como é cediço em Direito, para alcançar o fim a que se destina, é necessário que a tutela jurisdicional seja prestada de forma clara e completa, sem obscuridade, omissão ou contradição. No caso dos autos, entende a embargante, permissa venia, que deixou a decisão proferida de se manifestar, expressamente, sobre pontos importantes levantados na contestação (fundamentos de direito), a respeito dos quais, evidentemente, deveria ter-se pronunciado.
Nos termos do artigo 1.022 do CPC/2015, cabem embargos de declaração quando, em qualquer decisão judicial, houver obscuridade, omissão ou contradição. Além disso, o inciso III do referido artigo traz a possibilidade de manejo do presente recurso para o efeito de corrigir erro material.
Ainda, o parágrafo único, inciso II do artigo 1.022 estabelece que é omissa a decisão judicial não fundamentada, em que o Julgador “deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento” artigo 489, § 1º, VI do CPC .
 Portanto, com esses argumentos, nos parágrafos retro, o v. despacho não reportou-se ao pedido inicial, que remeteu para a liquidação de sentença a apuração de valores decorrente de eventual condenação por danos materiais, o que deve ser mantido. 
DA CONCLUSÃO
Assim, a interposição dos presentes Embargos de Declaração justifica-se pela TOTAL OMISSÃO da r. sentença quanto aos fundamentos constantes nos autos, configurando, tal situação, motivo de nova entrega da prestação jurisdicional.
ISTO POSTO, requer o embargante sejam os presentes embargos recebidos em seus efeitos suspensivos e modificativos/infringente, bem como, desde logo, seja corrigida/reformada a r. sentença, para o fim de sanar a omissão apontada e, por consequência, julgar improcedente todos os pedidos da parte autora.
Nestes termos, pede deferimento
Vitória da Conquista- BA, 24 de outubro de 2018
Advogado
OAB

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