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APOSTILA sgc pc mg 2014 investigador direito administrativo 01 a 20

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Roteiro de Estudos 
Lei 8.112/90 
(principais pontos) 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Provimento: prover é ocupar. 
a) Originário: é o primeiro provimento na carreira, não no serviço público. Só 
existe um na Lei 8.112/90: a nomeação. 
 
Cuidado! A investidura no cargo se dá com a posse, o provimento com a 
nomeação. 
 
Cuidado! Uma vez nomeado tem o prazo máximo de 30 dias para tomar 
posse, inclusive com procuração com poderes específicos. Tomou posse, 
então tem até 15 dias para entrar em exercício. 
 
Cuidado! Se foi nomeado e não tomou posse? Nomeação fica sem efeito. 
 
Cuidado! Se tomou posse e não entrou em exercício? Será exonerado. 
 
b) Derivado: decorre da existência de um provimento originário anterior na 
carreira – ver Súmula 685 do STF. 
 
Cuidado! A transferência e ascensão foram declarados inconstitucionais. 
 
b.1) Promoção: alternadamente por antiguidade e merecimento. Progressão e 
promoção não se confundem. 
 
b.2) Readaptação: é o provimento horizontal e ocorre quando o servidor sofrer 
limitação na capacidade física ou mental. 
 
Cuidado! A readaptação não depende de cargo vago, pois fica como 
excedente. 
 
b.3) Reversão: é a volta do servidor aposentado. O máximo da reversão é a 
idade de 70 anos. 
 
b.4) Reintegração (tem que ser estável): é o retorno do cargo público do 
servidor em razão da anulação do ato de demissão. A reintegração gera direito 
de indenização. 
 
b.5) Recondução (tem que ser estável): pode ocorrer em caso de reintegração 
ou quando reprovar no estágio probatório de outro cargo. 
 
Cuidado! Na recondução não existe indenização. 
 
b.6) Aproveitamento (tem que ser estável): é o retorno daquele que estava em 
disponibilidade. 
 
 
2. Vacância 
A promoção e a readaptação são hipóteses de vacância e, também, de 
provimento. 
 
3. Acumulação 
 
Cuidado! Como regra não pode acumular, na mesma esfera ou não, na 
Administração Pública Direta ou Indireta. 
 
As exceções são, desde que com compatibilidade de horário e com respeito ao 
teto remuneratório do STF: 
a) 2 cargos de professor; 
b) 2 cargos da área da saúde, com profissão regulamentada; 
c) 1 técnico/científico + 1 de professor; 
d) 1 juiz (é cargo técnico) + 1 professor 
e) 1 juiz (é cargo técnico) + 1 professor 
f) 1 servidor + 1 vereador 
 
4. Deslocamento do servidor público 
a) Remoção: pode ser de ofício ou a pedido, o deslocamento ocorre dentro do 
mesmo quadro da carreira, com ou sem mudança de sede. Como regra a 
remoção é sempre discricionária. 
 
Cuidado! Existem 3 exceções em que a remoção a pedido será vinculada, 
independentemente da vontade da Administração: 
 
a.1) deslocamento do cônjuge do servidor que foi deslocado de ofício no 
interesse da Administração. 
a.2) em razão da saúde do próprio servidor, do cônjuge ou de dependente 
econômico dele. 
a.3) Concurso de remoção interno 
 
b) Redistribuição: é o deslocamento do cargo dentro do mesmo Poder, sempre 
feita no interesse da Administração, ou seja, de ofício! 
 
5. Remuneração: é a soma do vencimento básico do cargo + todas as 
vantagens pecuniárias do cargo. 
a) Garantias: 
a.1) princípio da irredutibilidade de vencimentos (que é nominal) 
a.2) revisão geral anual da remuneração (37, X, CF). 
 
b) Vantagens: não há vantagem permanente na Lei 8112/90. Lembrar que as 
Vantagens são GAI (gratificação, adicional e indenização). 
 
6. Licenças: existem licenças que podem ser concedidas durante o estágio 
probatório (EP) e outras que não podem. 
 
Cuidado! Se do término de uma licença para o início de outra da mesma 
natureza, não transcorrer 60 dias, a 2ª é considerada como prorrogação da 1ª. 
 
a) Licença por motivo de doença familiar/em pessoa da família: pode ser 
concedida durante o ESTÁGIO PROBATÓRIO. O servidor tem direito a licença 
em virtude de uma pessoa da família dele estar doente. Suspende o tempo de 
contagem do estado probatório. 
 
Cuidado! A licença será de até 60 dias com remuneração e, depois, mais 90, 
porém sem remuneração. 
 
b) Licença em razão do afastamento do cônjuge: pode ser concedida durante o 
ESTÁGIO PROBATÓRIO. Acompanha o cônjuge pelo tempo que precisar. 
Suspende o tempo de contagem do estado probatório. 
Cuidado! Não tem prazo e não tem remuneração. 
 
c) Licença para atividade política: pode ser concedida durante o ESTÁGIO 
PROBATÓRIO. É o servidor que deseja ser candidato. 
 
Cuidado! Da escolha do partido (em convenção partidária) até a véspera do 
registro da candidatura, terá direito à licença sem remuneração. 
 
d) Licença para prestação de serviço militar: pode ser concedida durante o 
ESTÁGIO PROBATÓRIO. Terminada a licença o servidor tem até 30 dias para 
retornar para a Administração. 
 
e) Licença por motivo de interesse particular: não pode ser concedida no 
estágio probatório. 
 
f) Licença para capacitação: substituiu a licença prêmio. A concessão é no 
interesse da Administração e o servidor fará um curso de capacitação 
profissional de até 3 meses a cada 5 anos de efetivo exercício no serviço 
público federal. 
 
g) Licença para o exercício de mandato classista: é o servidor eleito para dirigir 
ou representar sua carreira ou entidade de classe. 
 
7. Espécies sancionatórias 
 
a) Demissão: aplicada para as ilicitudes/irregularidades de extrema gravidade. 
Não confundir abandono de cargo com inassiduidade habitual. 
A competência é do chefe do poder ao qual o servidor está vinculado. 
A prescrição ocorre após 5 anos. 
 
b) Cassação de aposentadoria/disponibilidade: ocorrerá contra o servidor 
aposentado ou em disponibilidade que, na ativa, praticou uma infração punida 
com demissão. 
A prescrição ocorre após 5 anos. 
 
c) Suspensão: o prazo máximo de suspensão é de 90 dias e o Administrador, 
devidamente justificando, aplicará tal sanção. 
A prescrição ocorre em 2 anos do momento em que a Administração Pública 
tomou conhecimento do fato. 
 
Cuidado! A competência altera de acordo com o prazo da suspensão. Para 
suspensão de até 30 dias basta o chefe da repartição. Em caso de suspensão 
com mais de 30 dias, somente a autoridade imediatamente inferior daquela que 
aplica demissão. 
 
d) Destituição de Cargo em Comissão e de Função de Confiança: será 
destituído o servidor que praticar qualquer conduta apenada com demissão ou 
suspensão. 
A prescrição é de 5 anos da ciência do fato. A competência é da própria 
autoridade que nomeou. 
 
e) Advertência: é cabível para as infrações mais leves. 
 
Roteiro de Estudos 
Agentes Públicos 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Conceito: será agente público toda e qualquer pessoa que atuar em nome 
do Estado. 
 
2. Classificação 
 
a) Agentes Políticos: aqueles que exercem função política. 
 
Cuidado! Para os agentes políticos não se aplica a súmula vinculante n.º 13. 
 
b) Agentes Administrativos / Servidores Estatais: 
b.1) Celetista: o vínculo é contratual e os direitos e obrigações estão 
estabelecidos no contrato de emprego. Não adquirem estabilidade. A súmula 
390 do TST não é aplicada. Detentores de EMPREGO PÚBLICO. 
 
b.2) Estatutário: o vínculo é legal. Não tem direito adquirido, mas podem 
adquirir estabilidade. Detentor de CARGO PÚBLICO. 
 
Cuidado! O prazo de validade do concurso público é de ATÉ 2 anos, 
prorrogável uma única vez, por igual período. 
 
b.3) Temporários: contratados com base no artigo 37, IX, CF. Detentor de 
FUNÇÃO PÚBLICA. 
 
c) Particulares em colaboração com o Estado: não possuem vínculo político ou 
administrativo com o Estado, mas são considerados agentes públicos porque 
atuam em nome do Estado, ainda que de forma temporária e exporádica. Ex: 
mesário, jurados... 
 
3. Vitaliciedade e estabilidade 
 
A vitaliciedade é uma garantía atrelada ao cargo, requer 2 anos de estágio 
probatório e se perde por sentença judicial transitada em julgado. 
A estabilidade é uma garantía atrelada aoserviço, requer 3 anos de estágio 
probatório e se perde por setença judicial transitada em julgado, PAD, 
avaliações periódicas de desempenho e corte de despesa pública (artigo 169, 
§4º, CF). 
 
Roteiro de Estudos 
Atos Administrativos 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Introdução: é a declaração de vontade de administração ou de quem lhe 
faça às vezes, sob o regime de direito público e no exercício da função 
administrativa, sempre em complemento à lei. Não se confunde com ato 
político, ato privado ou ato material. 
 
2. Elementos/Requisitos – FiFoCOM (artigo 2º, Lei da Ação Popular) 
a) Finalidade: é sempre pública. 
 
b) Forma: é o meio pela qual o ato se exterioriza. 
 
c) Competência: é o poder, sendo irrenunciável (artigo 11 e ss. da Lei 
9.784/99). 
 
d) Objeto: é o conteúdo material do ato. 
 
e) Motivo: é pressuposto de fato e de direito que deu ensejo a prática do ato 
administrativo. 
 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no 
artigo anterior, nos casos de: 
a) incompetência; 
b) vício de forma; 
c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade. 
 
Cuidado! A publicação é requisito de eficácia dos atos administrativos. 
 
3. Atributos/Características 
a) presunção de legitimidade/veracidade: será sempre em favor do Estado e 
relativa, pois admite prova em contrário. 
 
b) Tipicidade: todo ato administrativo deve estar previamente tipificado em lei. 
 
c) Imperatividade: a Administração pode, unilateralmente, impor a obrigação 
ao particular. 
 
d) Exigibilidade: a Administração pode criar uma obrigação, unilateralmente, 
ao particular. Ex: multa. 
 
e) Executoriedade: é o desconstituir materialmente uma irregularidade. 
Coerção direta. 
 
4. Classificação/Espécies de atos administrativos 
a) atos vinculados: não há margem de liberdade. 
b) atos discricionários: existe margem de liberdade, porém ela é fixada 
previamente pela lei. Não se confunde com arbitrariedade. 
 
c) atos gerais: recai diante de destinatários indeterminados; 
 
d) atos individuais: recai diante de destinatário (s) indeterminado (s); 
 
e) atos de império: são praticados de forma imperativa pela Administração 
Pública; 
 
g) ato simples: o ato existe, é válido e produz efeitos com uma única vontade, 
um único órgão. 
 
h) ato composto: o ato existe e é válido, porém, só produz efeitos com a 
condição de exequibilidade. 
 
i) ato complexo: o ato somente existirá, será válido e produzirá efeitos com 
duas vontades ou dois órgãos. 
 
5. Extinção dos atos administrativos 
a) Extinção natural 
 
b) Anulação: ocorre sempre que o ato tiver um vício de legalidade. 
 
c) Revogação: é feita a partir de uma análise de mérito, pois o ato é lícito, 
válido, mas, não existe interesse da administração para que produza todos os 
efeitos esperados. 
 
d) Cassação: ocorre nos casos em que o particular deixa de cumprir, ao 
menos, um requisito básico do ato. 
 
e) Caducidade: é a lei nova que altera uma situação consolidada no passado. 
Roteiro de Estudos 
Bens Públicos – Artigo 98 e ss. do CC 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Bem público: é aquele pertencente à pessoa jurídica de direito público. Aqui 
estão encaixados os bens dos entes políticos (administração pública direta), 
bem como os bens das autarquias e fundações públicas de direito público – 
sentido legal. 
 
Cuidado! O bem da pessoa jurídica de direito privado só terá a mesma 
proteção do bem público se este bem estiver diretamente atrelado à prestação 
do serviço público (pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço 
público). 
 
2. Classificação quanto à destinação: 
 
a) Bem de uso comum do povo: também chamado de bem do domínio 
público. Estão à disposição da coletividade, do povo. Ex: ruas, praças, praias, 
estradas... 
 
b) Bem de uso especial/bem do patrimônio administrativo: são os bens 
ligados ao Estado, ou seja, hospitais públicos, escolas públicas, repartições 
públicas, mercados municipais... O Estado conserva e define as condições do 
uso. 
 
c) Bem dominical: não possui finalidade pública, ou seja, o que não for bem 
de uso comum do povo, nem de uso especial, será dominical. Ex: terras 
devolutas, bens móveis inservíveis... 
 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, 
inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito 
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 
3. Regime Jurídico dos Bens Públicos 
 
a) Alienáveis sob condição/alienabilidade condicionada: como regra geral 
os bens públicos são inalienáveis, mas, em algumas condições, é possível 
alienar o bem público. 
 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são 
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei 
determinar. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei. 
 
b) Impenhorabilidade: os bens públicos são impenhoráveis. Os débitos 
judiciais são pagos mediante o regime de precatório – artigo 100 da CF. 
c) Impossibilidade de oneração: não podem ser objeto de oneração (direito 
real de garantia). 
 
d) Imprescritibilidade: os bens públicos não podem ser adquiridos pela 
usucapião. 
 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
4. Gestão dos bens públicos 
 
a) Autorização de uso de bem público: é utilizada no interesse do particular, 
sempre para eventos ocasionais e temporários. É ato unilateral, discricionário e 
precário. 
 
b) Permissão de uso de bem público: é utilizada no interesse da 
coletividade, além do que também é ato unilateral, discricionário e precário. 
 
c) Concessão de uso de bem público: leva em consideração apenas o 
interesse público. É contrato administrativo com prévio procedimento licitatório. 
 
Roteiro de Estudos 
Contratos Administrativos 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Introdução: 
No contrato administrativo vigora um regime jurídico de direito público, de 
desigualdade jurídica e todo contrato administrativo possui cláusula 
exorbitante!!! 
 
2. Características do contrato administrativo 
a) Formal – ressalva do artigo 60, parágrafo único da Lei 8.666/93 
b) Contrato de adesão 
c) Intuitu personae – cabível a subcontratação nos termos do artigo 72, 
ressalvado o 13, § 3º 
d) Participação da Adm. em pelo menos um dos polos 
e) Desigualdade entre as partes 
f) Mutabilidade (flexibilização da cláusula pacta sunt servanda) – cabe 
modificação unilateral. 
g) Cláusulas exorbitantes 
 
3. Cláusulas exorbitantes – 54, 56, 3º, §11 e 78, XV 
a) Poder de alterar unilateralmente um contrato - 65 
A alteração pode ser qualitativa (65, I, a) ou quantitativa (65, I, b) 
Como regra geral o limite é de 25%, para mais ou para menos (65, §1º e 2º). 
 
Cuidado! Jamais podem ser alteradas, unilateralmente, as cláusulas 
econômico-financeiras – 58, §§1º e 2º. Só pode alterar unilateralmente as 
chamadas cláusulas regulamentares. 
 
b) Possibilidade de rescisão unilateral do contrato – 58, II c/c 79, I 
 
c) Fiscalização da execução do contrato – 67, 68, 70 
 
d) Aplicação direta de sanções – 86 e 87 
 
e) Ocupação temporária – 58, V, 80, I e II. 
 
f) Exceção de contrato não cumprido – 78, XV e 79, §2º 
 
g) Exigência de garantia – 56 
5% como regra. Se de grande vulto será 10%. 
 
h) Exigências de medidas de compensação – 3º, §11 
 
4. Prazo de duração e prorrogação dos contratos administrativos – 57 
A prorrogação é mera expectativa de direito, pois cabe à Administração 
prorrogar ou lançar nova licitação.Cuidado! Ver artigo 57, §3º, Lei 8.666/93. É vedado o contrato com prazo 
indeterminado. 
 
5. Extinção do contrato 
a) Se por anulação artigos 49 e 59 da Lei 8.666/93 
b) Se por rescisão artigos 78 e 79 da Lei 8.666/93 
 
6. Teoria da imprevisão 
a) Caso fortuito e força maior – 65, II, d 
b) Fato do Príncipe – 65, §5 
c) Fato da administração – 78, XVI 
d) Interferências imprevistas 65, II, d 
 
 
 
Roteiro de Estudos 
Controle da Administração 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Introdução 
A própria noção de competência necessita da noção dos limites. 
O Controle da Administração busca garantir os direitos dos cidadãos, bem 
como assegurar que a Administração alcance os fins públicos para os quais a 
sociedade deseja. 
 
2. Classificação 
2.1. Quanto ao órgão controlador 
a) Controle Legislativo: realizado pelo Parlamento e, também, com o auxílio 
do Tribunal de Contas. 
b) Controle Judicial: pode ser tanto a priori quanto a posteriori e de forma 
concomitante. 
c) Controle Administrativo: ocorre no âmbito interno da própria Administração 
Pública e pode ser realizada tanto de ofício quanto por provocação da parte 
interessada. 
 
2.2. Quanto à extensão 
a) Controle interno: realizado por cada um dos Poderes sobre os próprios 
órgãos. 
b) Controle externo: quando um órgão fiscaliza o outro, sendo que estão em 
âmbitos distintos. 
 
2.3. Quanto à natureza 
a) Controle de legalidade: deve ser exercido tanto pela Administração quanto 
pelo Judiciário. Ver artigo 53 da Lei 9.784/99 
b) Controle de mérito: exercido somente pela Administração Pública. 
 
2.4. Quanto ao âmbito 
a) Controle por subordinação: realizado pela autoridade hierarquicamente 
superior. 
b) Controle por vinculação: não exterioriza subordinação, mas um controle 
finalístico. 
 
3. Tribunais de Contas – artigos 70 e 71 
São auxiliares do Poder Legislativo no controle externo. das atuações 
administrativas. 
Os Tribunais de Contas possuem competência para fiscalizar qualquer pessoa 
jurídica ou civil que utilizem verba pública. 
 
4. Prescrição administrativa 
Como regra o prazo é de cinco anos. 
 
5. Coisa julgada administrativa 
no Brasil não existe a coisa julgada administrativa. 
 
Roteiro de Estudos 
Ética na Administração Pública – Decreto 1.171/94 
Prof.º André Barbieri 
 
 
1. Introdução 
Tendo em vista a forma pela qual é feita a cobrança na prova, destaquei os 
principais pontos cobrados: 
 
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa. 
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e 
indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena 
vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva 
Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares 
de cargo efetivo ou emprego permanente. 
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à 
Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a 
indicação dos respectivos membros titulares e suplentes. 
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° da 
República. 
 
ANEXO 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal 
CAPÍTULO I 
Seção I 
Das Regras Deontológicas 
 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios 
morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no 
exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da 
vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes 
serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos 
serviços públicos. 
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético 
de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o 
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, 
mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras 
contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. 
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção 
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o 
bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do 
servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. 
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos 
pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se 
exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no 
Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, 
erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade. 
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade 
deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como 
cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado 
como seu maior patrimônio. 
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, 
se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos 
verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer 
ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais 
ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem 
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da 
lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de 
eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético 
contra o bem comum, imputável a quem a negar. 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la 
ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa 
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou 
estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da 
mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a 
de uma Nação. 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço 
público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que 
paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano 
moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao 
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui 
apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a 
todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, 
suas esperanças e seus esforços para construí-los. 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que 
compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de 
longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não 
caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas 
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. 
XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus 
superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a 
conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios 
tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência 
no desempenho da função pública. 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho 
é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz 
à desordem nas relações humanas. 
XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, 
respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode 
receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o 
crescimento e o engrandecimento da Nação. 
 
Seção II 
Dos PrincipaisDeveres do Servidor Público 
 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego 
público de que seja titular; 
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo 
fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, 
principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na 
prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim 
de evitar dano moral ao usuário; 
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu 
caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e 
a mais vantajosa para o bem comum; 
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da 
gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; 
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o 
processo de comunicação e contato com o público; 
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se 
materializam na adequada prestação dos serviços públicos; 
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a 
capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, 
sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, 
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, 
dessa forma, de causar-lhes dano moral; 
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar 
contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o 
Poder Estatal; 
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, 
interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou 
vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e 
denunciá-las; 
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da 
defesa da vida e da segurança coletiva; 
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência 
provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o 
sistema; 
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou 
fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; 
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os 
métodos mais adequados à sua organização e distribuição; 
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria 
do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum; 
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da 
função; 
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a 
legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; 
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções 
superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com 
critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem. 
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; 
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe 
sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos 
interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados 
administrativos; 
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou 
autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que 
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação 
expressa à lei; 
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a 
existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. 
 
Seção III 
Das Vedações ao Servidor Público 
 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e 
influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de 
cidadãos que deles dependam; 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou 
infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de 
direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do 
seu conhecimento para atendimento do seu mister; 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou 
interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os 
jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou 
inferiores; 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda 
financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer 
espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua 
missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para 
providências; 
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em 
serviços públicos; 
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer 
documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; 
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de 
seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a 
honestidade ou a dignidade da pessoa humana; 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
CAPÍTULO II 
DAS COMISSÕES DE ÉTICA 
 
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública 
Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou 
entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser 
criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar 
sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e 
com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de 
imputação ou de procedimento susceptível de censura. 
XVII (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos 
encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros 
sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e 
para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público. 
XIX (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
XX (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
XXI (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a 
de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, 
assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. 
XXIII (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por 
servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato 
jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, 
ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente 
a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, 
as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia 
mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. 
XXV (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) 
 
Roteiro de Estudos 
Improbidade Administrativa – Lei 8.429/92 
Prof.º André Barbieri 
 
 
1. Âmbito – artigo 1º 
 
2. Quem pode ser réu na ação de improbidade administrativa? 
A regra é o agente público, seja ele concursado ou não, remunerado ounão, 
com vínculo duradouro ou não. 
 
Cuidado! O particular somente responderá se estiver acompanhado do agente 
público, seja com benefício direto ou indireto. 
 
3. Quem pode promover a ação de imporbidade administrativa? 
Ou será a pessoa jurídica lesada ou o Minitério Público. 
 
Cuidado! A participação do Ministério Público é obrigatória, seja como fiscal da 
lei ou como autor da ação, sob pena de nulidade processual. 
 
4. Grupos de improbidade administrativa 
a) Artigo 9º - Eriquecimento ilícito – requer dolo 
 
b) Artigo 10 – Dano ao Erário – requer culpa 
 
c) Artigo 11 – Ofensa aos princípios da Administração Pública – requer dolo 
 
Cuidado! Não existe condenação por improbidade administrativa a partir da 
responsabilidade objetiva do agente. 
 
Cuidado! Os grupos que definem a improbidade administrativa trazem 
condutas meramente exemplificativas. 
 
5. Sanções 
Um único ato de improbidade administrativa pode gerar sanção civil, sanção 
penal e sanção administrativa e isso não gera bis in idem. 
 
Cuidado! A perda do cargo e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam 
com o trânsito em julgado da condenação. 
 
Cuidado! Mesmo tendo a possibilidade de ser aplicada três esferas 
sancionatórias, a natureza da ação de improbidade é civil. 
 
Roteiro de Estudos 
Introdução ao Direito Administrativo 
Prof.º André Barbieri 
 
 
1. Introdução 
É ramo do direito público que estuda os princípios e as normas quanto ao 
exercício da atividade administrativa. 
 
2. Administração gerencial 
O atual modelo da Administração Pública brasileira é gerencial, pois está 
fundamentada no princípio da eficiência, busca atingir as metas e os resultados 
e passou a aser aplicada a partir da EC 19/98. 
 
3. Características do Direito Administrativo 
a) ramo do direito público: prepondera uma relação jurídica desigual 
b) não existe uma codificação: não existe um código que abrange todo o Direito 
Administrativo, pois toda a legislação é esparsa 
c) Presunção de legitimidade: é sempre favorável ao Estado, porém relativa, 
pois o particular pode provar o contrário. 
 
4. Estado 
Para que exista o Estado precisamos reunir alguns elementos: 
a) povo 
b) território 
c) soberania 
d) finalidade 
 
5. Sentido da palavra Administração Pública 
a) Administração Pública em sentido subjetivo ou orgânico: é todo o conjunto 
de agetes, órgãos e entidades públicas que exercem a função administrativa. 
 
b) Administração Pública em sentido objetivo, material ou funcional: é a 
administração pública (com letras minúsculas) em que se resume na prestação 
concreta na defesa do interesse público. 
 
6. Fontes do Direito Administrativo 
A grande fonte do Direito Administrativo (fonte primária) é a lei. As demais 
fontes são: doutrina, jurisprudência e constumes. 
 
Cuidado! Não se admite costume contrário à lei. 
 
Roteiro de Estudos 
Licitação – Artigo 37, XXI, CF; Lei 8.666/93 e Lei 10.520/02 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Introdução: é um procedimento administrativo formal em que as finalidades 
são: 
a) buscar a melhor proposta para o Estado; 
b) dar tratamento isonômico aos participantes e; 
c) promover o desenvolvimento nacional. 
 
Cuidado! Licitação é procedimento administrativo, uma vez que se materializa 
numa sequência lógica e concatenada de atos. 
 
2. Princípios específicos: 
a) sigilo das propostas: a licitação é pública, mas as propostas devem ser 
sigilosas até o momento da abertura dos envelopes. 
 
b) vedação à oferta de vantagem: as propostas devem ser individualizadas, 
não se admitindo que um participante vincule sua proposta ao outro. 
 
c) vinculação ao instrumento convocatório: tanto a Administração Pública 
quanto os participantes estão vinculados ao instrumento convocatório. 
 
d) julgamento objetivo: a busca pela melhor proposta à Administração 
Pública deve ser aferida com julgamento objetivo, ou seja, aquele que está nos 
termos da lei e do edital. 
 
e) adjudicação compulsória: o vencedor da licitação tem o direito de receber 
o objeto licitado, porém, a contratação com o poder público é tão somente uma 
expectativa de direito. 
 
3. Contratação direta 
 
a) Licitação inexigível: ocorre quando for “impossível” licitar, quer seja por 
exclusividade do produto/fornecedor, artista consagrado ou serviço de alta 
especialidade. O rol é exemplificativo e o dever de não licitar é vinculativo, nos 
termos do artigo 25 da Lei 8.666/93. 
 
b) Licitação dispensável: cabe, no caso concreto, a decisão do administrador, 
uma vez que é possível, ou não, licitar (decisão discricionária), mas o rol é 
taxativo, nos termos do artigo 24 da Lei 8.666/93. 
 
c) Licitação dispensada: não cabe qualquer análise do administrador, pois o 
rol é taxativo e o dever de não licitar é vinculativo, conforme artigo 17 da Lei 
8.666/93. 
 
Cuidado! O artigo 17 se desdobra nos incisos I e II, razão pela qual a 
alienação do bem móvel não exige autorização legislativa. 
 
4. Tipos de licitação 
a) Menor preço: aplicada ao pregão. 
b) Melhor técnica: dentre as várias técnicas, escolhe-se a que for a mais 
adequada, nos termos da lei e do edital. 
c) Técnica e preço: aplicada para serviços e bens de informática. 
d) Maior lance: aplicada ao leilão. 
 
5. Modalidades 
a) Concorrência: destinada para compras de grande vulto e 
“hierarquicamente” superior às demais, tendo em vista ser sempre possível sua 
aplicação. 
 
b) Tomada de preço: destinada às compras de médio vulto em que os 
participantes estão previamente cadastrados. 
 
c) Convite: voltada para compras de pequeno vulto em que não se fala de 
edital, mas da carta-convite. 
 
Cuidado! O prazo mínimo no convite é de 5 dias úteis. 
 
d) Concurso: busca escolher trabalhos técnicos, científicos ou artísticos com a 
entrega de prêmios ou remuneração ao vencedor. 
 
e) Leilão: modalidade utilizada para alienação e bens móveis, imóveis, bens 
inservíveis para a Administração Pública e produtos legalmente apreendidos. 
 
f) Pregão: modalidade da Lei 10.520/02, sempre na aquisição de bens e 
serviços comuns, ou seja, aqueles que podem ser objetivamente descritos – 
padrões de desempenho e qualidade – pelo edital. 
 
Cuidado! No pregão há uma dupla inversão de fases: habilitação com 
classificação e julgamento, além da homologação com a adjudicação 
compulsória. 
 
Cuidado! Registro de preço não é modalidade licitatória, mas procedimento 
que a Administração pode se utilizar para compras rotineiras; a seleção é feita 
mediante concorrência. 
 
Roteiro de Estudos 
Organização da Administração Pública – Artigo 37, XIX, CF e Decreto-lei 
200/67 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Desconcentração e descentralização: desconcentração ocorre no contexto 
de uma pessoa jurídica, razão pela qual existe hierarquia e subordinação. Já, a 
descentralização ocorre no contexto de duas pessoas jurídicas e a relação é de 
controle finalístico/vinculação. 
 
Cuidado! Entre a Administração Pública direita e a Administração Pública 
indireta não existe relação de hierarquia ou subordinação, mas controle 
finalístico. 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: 
(...) 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, 
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação 
 
2. Características da Administração Pública Direta: 
a) é formada pela União, Estado, DF e Municípios; 
b) são pessoas políticas, assim, é formada por pessoas jurídicas de direito 
público, com competências legislativas; 
c) devem licitar; 
d) devem realizar concurso públicopara contratar; 
e) bens públicos; 
f) regime dos precatórios; 
g) prazos processuais dilatados. 
 
3. Administração Pública Indireta 
a) possuem personalidade jurídica própria; 
b) patrimônio próprio; 
c) não possuem finalidade lucrativa 
c) possuem capacidade de autoadministração; 
d) possuem autonomia financeira, administrativa e técnica. 
 
4. Espécies da Administração Pública Indireta 
a) Autarquia: pessoa jurídica de direito público, criada e extinta por lei na 
prestação de um serviço típico de Estado. São espécies de autarquias: 
a) autarquias em regime especial; 
b) autarquias geográficas; 
c) autarquias fundacionais e; 
d) conselhos profissionais. 
 
Cuidado! A OAB não é uma autarquia, mas uma entidade sui generis. 
 
b) Fundação pública: podem ser pessoas jurídicas de direito público ou de 
direito privado, sendo um patrimônio personalizado destinado a aspectos 
culturais, científicos, sempre com finalidade específica. 
 
c) Empresa pública: pessoa jurídica de direito privado formada por capital 
exclusivamente público, podendo prestar um serviço público ou explorar 
atividade econômica, sob qualquer tipo societário. 
 
d) Sociedade de economia mista: pessoa jurídica de direito privado, pode 
prestar serviço público ou explorar atividade econômica. O Estado possui a 
maior parte do capital, tem que ser AS. 
 
Cuidado! Agência executiva é apenas uma qualificação atribuída às autarquias 
ou fundações públicas que celebram um contrato de gestão com a 
Administração, tendo em vista um aumento da eficiência. 
 
Cuidado! O órgão público não possui personalidade jurídica. Quem possui tal 
personalidade é a pessoa jurídica da qual o órgão faz parte. 
 
 
 
Roteiro de Estudos 
Parceria Público-Privada – Lei 11079/04 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Conceito: são as chamadas concessões patrocinadas e as concessões 
administrativas. 
 
Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria 
público-privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
Parágrafo único. Esta Lei se aplica aos órgãos da Administração Pública direta, 
aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas 
públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas 
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
2. Concessões especiais 
a) Concessão patrocinada: recebe remuneração do Estado e do usuário. 
b) Concessão administrativa: a usuária do serviço é a própria Administração 
Pública. 
 
Art. 2o Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na 
modalidade patrocinada ou administrativa. 
§ 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras 
públicas de que trata a Lei no 8.987/95, quando envolver, adicionalmente à tarifa 
cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro 
privado. 
§ 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva 
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
 
3. Regras aplicáveis às PPPs 
a) Duração do contrato: mínimo de 5 e máximo de 35 anos; 
b) Valor: mínimo de 20 milhões de reais; 
c) Objeto do contrato: pode executar obra, entregar mão de obra ou outro 
objeto, desde que necessariamente tenha a prestação de um serviço público; 
lembra que a prestação do serviço público é uma exigência, mas não 
necessariamente um único objeto. 
 
§ 3o Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida 
a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei 
no 8.987/95, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público 
ao parceiro privado. 
 
d) Parceiro público e parceiro privado: existe uma relação entre o parceiro 
público e parceiro privado (muda apenas a terminologia) e, aqui, a 
responsabilidade do Estado é solidária, não mais subsidiária. 
e) Arbitragem: a arbitragem é admitida tanto nas PPPs quanto nas 
concessões simples. 
 
§ 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: 
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de 
reais); 
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou 
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o 
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
 
4. Sociedade de Propósito Específico 
a) Conceito: é a pessoa responsável pela gestão imparcial da PPP. Sendo 
assim, deve gerir a PPP, há capital público e privado e o Estado não pode ser o 
acionista majoritário. 
 
Roteiro de Estudos 
Poderes da Administração 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Poderes da Administração: são instrumentos utilizados para o poder 
público atingir o interesse da coletividade. 
 
Cuidado! Os poderes da administração são concebidos como “poder-dever”, 
não sendo uma mera faculdade. 
 
2. Características: 
2.1) irrenunciáveis, 
2.1) condicionados aos termos da lei e; 
2.3) voltados ao interesse da coletividade. 
 
3. Espécies 
a) Poder hierárquico: exterioriza-se em delegar, avocar, fiscalizar, dar ordem 
e rever atos. Poder amplo e permanente. 
b) Poder disciplinar: é resumido no punir ou não punir. Pode, 
excepcionalmente, recair contra o particular, desde que este tenha um vínculo 
específico com a Administração Pública. 
c) Poder regulamentar: revestido no artigo 84, incisos IV e VI, da CF. É poder 
atrelado ao chefe do Poder Executivo. 
d) Poder de polícia: é uma restrição aplicada sempre no interesse da 
coletividade. São características deste poder: 
d.1) discricionário (como regra); 
d.2) coercitível/imperativo. 
d.3) autoexecutável (exigibilidade e executoriedade). 
 
Cuidado! Não se confunde a polícia administrativa com a polícia judiciária. 
 
Cuidado! Em casos de licença administrativa o poder de polícia deixará de ser 
discricionário e passará a ser vinculado. 
 
4. Abuso de poder 
O uso normal do poder é uma prerrogativa, porém, utilizar de forma exagerada 
configura abuso, razão pela qual ofende a lei e o ato será nulo. O abuso de 
poder pode afetar o elemento competência do ato administrativo quando 
ocorrer excesso; ou, atingir a finalidade quando, mesmo competente, o agente 
público desvia da finalidade pública. 
 
 
Roteiro de Estudos 
Princípios do Direito Administrativo 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Princípios constitucionais do Direito Administrativo (artigo 37, caput, 
da Constituição Federal) “L-I-M-P-E” 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
(...) 
 
a) Legalidade: a legalidade pública é restritiva, ou seja, o administrador só 
pode fazer o que a lei permitir. O administrador está subordinado à lei. 
Administrar é aplicar a lei de ofício. 
 
b) Impessoalidade: é a não discriminação, ou seja, o Estado deve tratar todos 
os cidadãos da mesma forma, com igualdade. A impessoalidade impõe três 
reflexos: 
b.1) não privilegiar ou prejudicar ninguém; 
b.2) proibir que o agente público se autopromova com a coisa pública e; 
b.3) na responsabilidade civil, o dano praticado pelo agente público, no 
exercício da função, gera a responsabilidade do Estado, no primeiro momento. 
 
c) Moralidade: é a probidade, honestidade, boa-fé objetiva. Cuidado que a 
moralidade administrativa não se confunde com a moralidade social/comum. 
 
d) Publicidade: é a regra na Administração Pública. A publicidade exterioriza: 
possibilidade de controle do ato administrativo, eficácia do ato (a produção de 
efeitos perante o cidadão) e a contagem do prazo. São exceções da 
publicidade:d.1) a segurança do Estado; 
d,2) a segurança da sociedade; 
d.3) a privacidade/intimidade do indivíduo/das partes. 
 
e) Eficiência: incluída expressamente na Constituição Federal com a Emenda 
Constitucional n.º 19/98. A eficiência será sempre o alcance do máximo de 
resultado com o menor custo possível. 
 
Cuidado! Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade não estão 
expressos na Constituição Federal, mas são princípios implícitos. 
 
2. Princípios infraconstitucionais do Direito Administrativo (artigo 2º, 
parágrafo único, da Lei 9.784/99) 
 
a) Supremacia do interesse público sobre o privado: O Estado pode 
restringir direitos individuais em benefício da coletividade. Assim, o Estado 
possui prerrogativas não estendidas ao particular. 
 
b) Indisponibilidade do interesse público: o limite da supremacia do 
interesse público é encontrado na indisponibilidade do interesse público, pois 
este impõe limitações à atuação estatal. 
 
c) Devido processo legal (contraditório e ampla defesa): no Direito 
Administrativo a ampla defesa e o contraditório, assim como no direito 
processual, são perfeitamente aplicados. Porém, vale lembrar que a defesa 
técnica também faz parte da ampla defesa, porém, no processo administrativo, 
a ausência do advogado não viola tal princípio, nos termos da súmula 
vinculante n.º 05, porque o advogado passou a ser prescindível. 
 
d) Autotutela: a Administração tem o poder de controlar os seus próprios atos, 
independentemente de ser provocada. Lembrar que o ato inconveniente ou 
inoportuno será revogado e o ato ilegal será anulado. Da revogação os efeitos 
são ex nunc, da anulação os efeitos são ex tunc. Ver súmula 473 do STF e 
artigo 53 da Lei 9.784/99. 
 
e) Motivação: é o poder-dever que a Administração tem de fundamentar os 
atos praticados, ou seja, essa é a regra. A motivação deve ser anterior ou 
concomitante ao ato, jamais posterior ao ato. Motivar é apresentar os 
fundamentos de fato e de direito. 
 
f) Proporcionalidade: relação entre os meios e os fins. PS: lembrar do “jantar 
com massas e frutos do mar”. 
 
g) Razoabilidade: é a relação de equilíbrio, decisões extremadas ferem a 
razoabilidade. 
 
h) Segurança jurídica: novas interpretações não podem retroagir, porque 
possuem efeitos apenas ex nunc. 
 
Cuidado! O que ocorre se um princípio for descumprido? Existirá a 
possibilidade de se tipificar um ato de improbidade administrativa, nos termos 
do artigo 11, da Lei 8.429/92. 
Roteiro de Estudos 
Processo Administrativo – Lei 9.784/99 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Considerações constitucionais 
a) Devido processo legal – 5º, LIV. 
b) Contraditório e ampla defesa – 5º, LV. 
c) Duração razoável do processo. 
d) Proibição de provas ilícitas. 
 
2. Aplicação 
Pode ser aplicada no âmbito do Poder Legislativo e do Poder Judiciário quando 
no exercício de função atípica. 
 
3. Princípios 
a) Legalidade: a legaidade é restritiva 
b) Finalidade: atendimento a fins de interesse geral. 
c) Impessoalidade: vedada a promoção pessoal do agente. 
d) Moralidade: é sinônimo de honestidade, probidade, ética e decoro 
e) Publicidade: é a regra na Administração Pública 
f) Razoabilidade: equilíbrio 
g) Proporcionalidade: meios e fins 
h) Obrigatória motivação: os pressupostos de fato e de direito devem ser 
indicados na decisão. 
i) Segurança jurídica: veda a aplicação retroativa de nova interpretação. 
j) Informalismo: o conteúdo prevalece, como regra, sobre a forma. 
k) Gratuidade: toda e qualquer cobrança de despesas processuais é proibida, 
salvo ressalvada hipótese legal. 
l) Oficialidade: a autoridade deve, por impulso oficial, tomar as medidas 
necessárias, sem prejuízo da atuação do interessado. 
m) Devido processo legal: engloba a análise do contraditório e da ampla 
defesa. 
 
4. Conceitos elementares 
a) Órgão: unidade de atuação integrante da estrutura da Administração Pública 
Direta ou Indireta. 
b) Entidade: unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. 
c) Autoridade: é o agente que possui poder de decisão. 
 
5. Direitos e deveres do administrado 
São direitos do usuário – artigo 3º; 
São deveres do usuário – artigo 4º. 
 
6. Instauração do processo 
A Administração Pública sempre pode agir de ofício, ao contrário do Poder 
Judiciário – artigo 5º 
 
7. Legitimados para o processo administrativo 
a) Titulares dos direitos e interesses: podem ser pessoas físicas ou jurídicas 
que vão iniciar o processo; 
b) 3ºs interessados: mesmo não tendo iniciado o processo, possuem direitos 
ou interesses que possam ser afetados pela decisão; 
c) Organizações e associações representativas: estão atrelados aos direitos 
e interesses coletivos; 
d) Pessoas ou associações legalmente constituídas: interesses difusos. 
 
8. Competência 
Artigo 11. Como regra a competência administrativa é irrenunciável e deve ser 
exercida pelo órgão competente. 
8.1. Não podem ser objeto de delegação: 
a) edição de atos com caráter normativo; 
b) decisão de recursos administrativos; 
c) matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
9. Tempo dos atos 
Salvo disposição em lei, os atos devem ser praticados no prazo de cinco dias. 
 
10. Intimação e revelia 
No Processo Administrativo não existem os efeitos da revelia, mas o instituto 
da revelia existe. 
 
11. Instrução processual 
A instrução é promovida de ofício. 
São inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos. 
Encerrada a instrução o interessado terá o direito de se manifestar no prazo 
máximo de dez dias. 
Encerrada a instrução deve ser elaborado o relatório e encaminhado para a 
autoridade competente para decidir. 
 
Cuidado! A autoridade tem o dever de decidir, jamais sendo possível não fazer 
para que o Judiciário a faça. 
 
Encerrada a instrução a Administração tem o prazo de até 30 dias para decidir, 
salvo por prorrogação expressamente motivada. 
 
12. Recursos administrativos 
O recurso deve ser dirigido à autoridade que proferiu a decisão para que, se 
não reconsiderar no prazo de 5 dias, deverá encaminhar as razões do recurso 
para a autoridade superior. 
O recurso administrativo tramitará por no máximo 3 instâncias – artigo 57. 
 
Cuidado! O prazo para interpor recurso administrativo é de 10 dias, devendo 
ser decidido em até trinta dias. 
 
13. Revisão x Recurso (contexto da reformatio in pejus) – artigo 64. 
Não há reformatio in pejus na revisão do processo administrativo, porém, no 
recurso administrativo ela existe, pois a decisão em grau de recurso 
administrativo pode ser agravada. 
 
14. Prazos – artigos 66 e 67 
Exclui o dia do começo e inclui o do fim. 
Como regra os prazos não se suspendem. 
 
15. Verdade sabida 
Era a hipótese da autoridade administrativa impor uma pena quando 
presenciava uma irregularidade. A partir da CF/88 não mais se aplica este 
instituto, porque ofende o devido processo legal, o contraditório e a ampla 
defesa. 
Roteiro de Estudos 
Responsabilidade Civil do Estado - artigo 37, §6º, CF 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Introdução: a chamada responsabilidade civil do Estado também é 
conhecida como responsabilidade extracontratual. 
 
2. Artigo 37, §6º, CF: a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito 
público e das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços 
públicos é objetiva. A responsabilidade do agente público será sempre 
subjetiva. 
 
“Artigo 37, CF 
(...) 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa.” 
 
Cuidado! A responsabilidade subjetiva do Estado ainda é aplicada, porém de 
forma excepcional, sempre nos casos em que a omissão do Estado causar um 
dano ao particular. Essa responsabilidadesubjetiva também é conhecida como 
culpa invisível ou culpa administrativa. 
 
3. Modalidades da responsabilidade objetiva 
Dentro da responsabilidade objetiva a regra é a modalidade do risco 
administrativo, ou seja, são admitidas as excludentes (culpa exclusiva da 
vítima, forma maior e culpa de terceiro). Todavia, quando se tratar de dano 
ambiental e de dano nuclear será caso de risco integral, em que não há 
excludente. 
 
4. Principais casos concretos em destaques 
a) Ato lícito: o ato lícito gera responsabilidade objetiva do Estado, porém, o 
particular que sofreu o dano terá a indenização fundamentada no princípio da 
igualdade. 
 
b) Preso foragido que, tempos depois, praticou um novo crime: o preso 
foragido que, tempos depois, praticou novo crime, não gera o dever de 
indenizar do Estado, uma vez que entende o STF que não há nexo causal. 
 
c) Concessionária de serviços públicos: a pessoa jurídica de direito privado 
prestadora de serviço público responde objetivamente perante os danos 
causados a 3º (usuários ou não usuários), sendo que a responsabilidade do 
Estado é subsidiária. 
 
d) Agente público: a responsabilidade do agente público é sempre subjetiva. 
Contudo, se ele exercia a função e causou o dano ao particular o Estado será 
responsabilizado. Porém, se o agente público não exercia a função e, ainda 
assim, causou um dano ao indivíduo, o Estado não terá qualquer 
responsabilidade. 
 
5. Princípio da dupla garantia 
O agente público que, no exercício da função, causar dano ao particular tem a 
garantia de, primeiramente, a ação ser proposta em face do Estado e, se este 
for condenado, na ação regressiva, deverá provar que o agente público agiu 
com dolo ou culpa. 
Em que pese ser tema que não está pacificado na doutrina, a posição 
dominante é que o particular tem o prazo de 5 anos para ingressar com a ação 
de indenização contra o Estado. Uma vez que o Estado foi condenado e tal 
sentença transitou em julgado, caberá agora uma ação de regresso contra o 
real causador do dano, vez que a Administração Pública é obrigada a mover a 
ação de regresso contra o agente. Todavia, quanto ao prazo, lembrar que, na 
ação regressiva, aplica o artigo 37, §5º, da CF, vez que é imprescritível a ação 
para ressarcimento dos cofres públicos. 
 
 
Roteiro de Estudos 
Serviços Públicos – Lei 8987/95 
Prof.º André Barbieri 
 
 
1. Conceito 
a) Substrato material: comodidade ou utilidada. Serviço público é sempre 
prestação material. 
b) Elemento formal: prestado pelo regime de Direito Público. 
c) Elemento subjetivo: necessariamente prestada pelo Estado (direta ou 
indiretamente). 
 
1.1. Serviço público e obra pública: obra pública tem início, meio e fim. Obra 
pública e estática, serviço público é dinâmico. 
 
1.2. Serviço público e poder de polícia: poder de polícia é uma restrição. 
 
1.3. Serviço público exploração de atividade econômica: é feita com base 
no regime de direito privado. 
 
2. Princípios 
a) Generalidade/Universalidade: serviço público deve ser prestado a maior 
quantidade de pessoas possíveis. 
 
b) Modicidade: as tarifas, na prestação dos serviços, devem ser módicas. 
Não se confunde com gratuidade. 
 
c) Atualidade/Adaptabilidade: os serviços públicos devem ser prestados com 
a tecnologia do momento. 
 
d) Cortesia: a prestação do serviço público deve ser cortês. 
 
e) Isonomia: devem ser prestados de forma insonômica a todos os cidadãos. 
 
f) Continuidade: a prestação do serviço deve ser contínua, como regra. 
Excepcionalmente pode ser interrompido nos casos de emergência, melhoria 
do sistema e de inadimplência. 
 
3. Classificação dos serviços públicos 
a) Individuais/ uti singuli: são prestados a todos, porém, é possível 
individualizar o quanto cada pessoa utiliza. Ex: energia elétrica, transporte 
público, telefonia... São cobrados mediante taxas ou tarifas. 
 
b) Gerais/ uti universi: são prestados a toda coletividade, mas sem 
individualização do consumo de cada usuário. Ex: iluminação pública, limpeza 
pública... São cobrados mediante impostos. 
 
c) Serviço público exclusivo indelegável: prestados pelo Estado de forma 
direta! Ex: administração dos tributos... 
 
d) Serviço público exclusivo delegável: prestados pelo Estado de forma 
direta ou indireta (mediante delegação). Ex: telefonía… 
 
e) Serviço público exclusivo de delegação obrigatória: prestado pelo 
Estado, mas obrigatoriamente delegável ao particular... Ex: rádio e televisão. 
 
f) Serviço público não exclusivo/impróprio/serviço de utilidade pública: o 
Estado presta e o particular também, independentemente de delegação. Ex: 
saúde, educação, previdência... 
 
4. Diferenças entre a concessão e a permissão 
 
a) o contrato de permissão pode ser celebrado com pessoas jurídicas ou 
pessoas físicas, já a concessão jamais será celebrada com pessoa física. 
b) o contrato de concessão a modalidade licitatória é sempre será a 
concorrência, independentemente do valor do contrato, na permissão não há 
essa obrigatoriedade. 
c) a concessão requer lei específica que a autorize, a permissão não requer tal 
exigência. 
 
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