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RESUMO DE FISIOLOGIA 1 - SISTEMA ENDÓCRINO

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Sistema Endócrino
Estudo da comunicação intercelular e extracelular através de mensageiros químicos chamados hormônios. 
Hormônios:
São substâncias químicas produzidas por glândulas, tecidos ou células especializadas, que se acoplam aos receptores de tecidos-alvos, gerando um efeito fisiológico (resposta reguladora). 
	Adipocinas: Proteína secretada pelo Tecido Adiposo Branco (TAB) e outros tecidos que influencia não só a função adipocitária, mas, como é liberada em níveis séricos, afeta muitas vias metabólicas. Causam destruição (efeitos deletérios) do sistema vascular. Ex. Leptina: hormônio produzido pelo tecido adiposo que atua no centro da fome/saciedade: quanto menor a fome, maior a saciedade. 
Tipos:
Anorexigênicos: diminuem ou inibem o apetite; ex. leptina
Orexigênicos: estimulam o apetite; geram sensação de fome. 
Esses hormônios atuam no balanço energético. Ex. insulina e glucagon
Desbalanço energético: uso das energias armazenadas (perda de massa gorda) o que gera uma inapetência; alimentação não é capaz de suprir a demanda energética.
Funções:
Integrador: se relaciona com o sistema nervoso
Regulador: regula processos fisiológicos (metabolismo, crescimento e reprodução).
Ex: estímulos = stress e frio; atuam no hipotálamo ativando hormônios que atuarão na adrenal onde ocorrerá a liberação de cortisol. Quanto mais estímulos, maior a produção de hormônios.
Classificação:
Quanto à natureza química:
- derivados de AA: Tem como precursor o aminoácido tirosina; fazem parte deste grupo: catecolaminas (hidrofílicas) e hormônios tireóideos (lipofílicos).
- proteínas (maioria), peptídeos e glicoproteínas: peptídeos e proteínas conjugadas com glicídeos; são hidrofílicos.
- esteróides (a partir de AG, cortisol) – drogas esteroidais: possuem efeitos de hormônios, porém não são; derivam-se do colesterol; fazem parte: adrenocorticais e hormônios sexuais; são lipofílicos. 
- ácidos graxos.
Eixo hipotalâmico-hipofisário:
Hormônios hipotalâmicos: atuam ou são armazenados na hipófise; liberam os hormônios adenohipofisários
Gonadotrofina – RH (Gn-RH): hormônio liberador de gonadotrofina; estimula a secreção de ambos os gonadotrofos: FSH e LH.
Corticotrofina – RH (CRH): hormônio liberador de corticotrofina
Somatoliberina – RH (GH-RH, GRH): hormônio liberador de somatoliberina
Somatostatina (GH-IH, SIH): hormônio inibidor de somatostatina; inibe a secreção do GH
Tireoloberina (TSH-RH,TRH): hormônio liberador de hormônio tireotrófico
Fator liberador da prolactina (PRF)
Prolactostatina (PIH, PIF): hormônio inibidor da prolactina ou dopamina; inibe a secreção lactotrópica da PRLe secreção tireotrópica de TSH.
Hormônios adenohipofisários:
 Adrenocorticotrófico (ACTH): tropismo pela região cortical da adrenal
Tireotrófico (TSH): hormônio estimulante da tireóide; 
Folículo-estimulante (FSH): relacionado com a gametogênese
Luteinizante (LH): mantém o corpo lúteo após sua formação; no macho atua nas células de Leydig (produção e liberação de testosterona) 
Hormônio do crescimento (GH) 
alfa-melanocortina: animais de hábitos diurnos entram em estados de latência
Hormônios da neurohipófise: neurônios com origem no hipotálamo e com axônios projetados para a neurohipófise; hormônios são armazenados em vesículas, ou seja, podem agir em locais distantes de onde foi produzido.
Oxitocina: atua no útero (parto) e glândula mamária (leite) 
Anti-diurético (ADH) ou vasopressina: aumenta a retenção de água pelos rins.
Fora do eixo hipotalâmico-hipofisário:
Tireóide: hormônios tireoideanos (T3 e T4) e calcitonina
Paratireóide: paratormônio
Pâncreas Endócrino: insulina e glucagon
Adrenal: catecolaminas (adrenalina e noraepinefrina – produzido na região medular), glicocorticóides (cortisol), mineralocorticóides e hormônios sexuais (produzidos na região cortical).
Gônadas: feminina – estrogênio e progesterona; masculina – testosterona e inibina
Fígado: somatomedinas e angiotensinogênio
Transportes no sangue:
Os hormônios hidrofílicos são transportados na forma livre (dissolvidos). Os lipofílicos são transportados associados a uma proteína transportadora.
Classificação dos hormônios quanto ao local de ação:
Endócrina: distribuição pela corrente sanguínea. Ex. ACTH (da hipófise para a adrenal pelo sangue).
Parácrina: atua sobre células adjacentes. Ex. hormônios das mucosas dos órgãos = gastrina
Autócrina: atua sobre a própria célula.
Classificação dos hormônios quanto ao tempo de ação:
Rápidos (adrenalina) e lentos.
Atuação sobre os receptores na célula efetora:
Receptores transmembrânicos: ocorre ativação de uma via de sinalização, como AMPc (ACTH, CRH, FSH, LH, PTH, TSH, Secretina, Somatostatina, Vasopressina (receptor V1), Calcitonina e Catecolaminas (receptores -adrenérgicos).) e IP3 (Gn-RH, GH-RH, TRH, Ocitocina, Angiotensina II, Catecolaminas (receptores -adrenérgicos) e Vasopressina (receptor V2)).
Receptores citoplasmáticos: se liga no receptor no citoplasma e depois entra na célula.
Receptores nucleares: hormônio entra no núcleo para encontrar seu receptor. Ex. T3.
	Radioimunoensaio (RIA ou RIE): técnica usada para determinação hormonal sérica (soro) ou plasmática (plasma). Utilizando um radionuclídeo como marcador. 
Ex. em um tubo de RIE com T3 marcado com I125 adiciona-se T3 frio. Os dois competirão pelo mesmo anticorpo. A parede do tubo estará repleto de Ac+T3 e Ac+ T3*. Leva-se o tubo a um aparelho de radioatividade que conta a radiação do tubo. O resultado é dado em contagem/minuto. Quanto maior a [T3*], menor a [T3] na amostra e vice-versa. 
	T1
	5 000
	T2
	7 000
	T3
	3 000
	T4
	1 000
	T5
	10 000
Se os valores normais são entre 5 000 e 7 000, o T3 e o T4 são casos de hipertireoidismo. Assim, o T5 será um caso de hipotereoidismo. 
Hipotálamo: 
Forma o assoalho do 3º ventrículo onde se encontram importantes centros reguladores. Ele recebe influência do sistema límbico (ex. stress). Participa da biossíntese de hormônios. É formado por um tecido neurossecretor.
Vaso porta hipotalâmico-hipofisário: TODOS os hormônios chegam nela, exceto ADH e OCITOCINA que chegam por neurônios.
Os neurônios se dividem em 2 núcleos: núcleo paraventricular onde ocorre a produção de ADH e núcleo supraóptico onde ocorre a produção de ocitocina.
Ação do ADH/ VASOPRESSINA:
O aumento da concentração de eletrólitos pela diminuição de água no organismo (desidratação) estimula os osmorreceptores que é percebido no hipotálamo e nas carótidas. A queda da pressão sanguínea, por hemorragia, estimula os barorreceptores que é percebido pela carótida e pela aorta. As respostas do hormônio ocorrem em diferentes locais: nas veias e artérias, o ADH promove vasoconstricção. Nos rins e nas glândulas sudoríparas, ocorre a reabsorção de água.
Ação da OCITOCINA:
O movimento de sucção das glândulas mamárias e a contração do útero ativa vias neuronais que chegam no hipotálamo onde promove respostas enviadas pelo sangue. 
Adenohipófise:
Hormônio Estimulante da Tireóide (TSH):
É produzido no tireótrofo e atua na tireóide. Está envolvido na biossíntese de hormônios tireóideos (T3 e T4) e também é responsável pela secreção dos hormônios tireóides da tireóide.
Regulação da secreção de TSH:
O TSH atua na tireóide produzindo e secretando T3 e T4. O aumento de T3 realiza um feedback negativo inibindo o TRH (hormônio liberador de tireotrofina) que inibirá o TSH diminuindo a concentração de T3 e estimulando o hormônio inibidor (SIH). Na adenohipófise o aumento de T3 diminui sua sensibilidade a esse hormônio (tireótrofo fica menos sensível ao TRH = não produz TSH).
EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO-TIREÓIDE
Somatotrofina (GH) – estimulante do hormônio do crescimento (atua no fígado para que ele produza o hormônio – indireto)
É produzido por somatotrofos e está envolvido no crescimento corporal e processos metabólicos, como a síntese protéica. Também é responsável pela síntese de somatomedinas (IGF – produzido pelo fígado).
Ação e regulação do GH:
Uma vez liberado, o GH atuano fígado para produção de IGF. O IGF atua no crescimento de células, ativando mitoses, na síntese protéica e na lipólise. Possui efeito anabólico, ou seja, perde gordura, ganhando massa muscular. 
O aumento da glicose e de ácidos graxos inibe o GH. Já o aumento de aminoácidos estimula sua liberação. 
Ritmo circadiano do GH: picos na manhã e na noite (madrugada)
Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH):
Atua na biossíntese dos substratos hormonais, na secreção de cortisol e na manutenção da região cortical da adrenal.
Regulação do ACTH:
Está sobre regulação do CRH. O aumento de glicocorticóides inibe a secreção de CRH.
Dor, frio, stress e hipoglicemia estimulam o ACTH via sistema límbico.
Hormônios da Tireóide
Triiodotironina (T3), Tetraiodotironina (T4) e Calcitonina.
Microscopia da tireóide: é formada por folículos que possuem células endoteliais com colóide no seu interior. O colóide é repleto de T3 e T4. Circundando os folículos tem-se vasos sanguíneos e a célula parafolicular que produze a calcitonina.
Funções dos hormônios tireóideos:
Regulação do metabolismo: o T3 atua no núcleo das células onde está seu receptor, assim ele atua na transcrição aumentando a quantidade de enzimas e, assim, a atividade enzimática.
 O aumento de T3 aumenta o metabolismo: hipertireoidismo (intolerância ao calor) 
 A diminuição de T3 diminui o metabolismo: hipotireoidismo (intolerância ao frio)
Crescimento; Manutenção do Corpo; 
Reprodução: em caso de baixa nutrição de alimento, os animais focam na manutenção do corpo e não na reprodução/amamentação.
Biossíntese de hormônios tireóideos (HTs):
Ação hormonal; Iodo (falta de iodo prejudica a síntese pois a glândula hipertrofia); Tirosina (globulina que forma a molécula; esqueleto estrutural – tireoglobulina).
Captação de iodo:
O iodo na corrente sanguínea passa para as células foliculares. Ele tem tropismo pelas células foliculares. A entrada ocorre pela proteína cotransportado (NIS) que carrega sódio e iodo. O sódio que saiu do capilar sanguíneo e entrou na célula volta pela bomba de sódio-potássio. Na célula o iodo não integra em nenhuma enzima e entra em contato com a tireoperoxidade (TPO) no colóide que incorpora o iodo a tireoglobulina. Esse processo é chamado de organificação e ocorre dentro do colóide.
Síntese de Tireoglobulinas:
Por ser uma proteína sua formação ocorre pela transcrição. Aminoácidos formam peptídeos pelos ribossomos e são incorporados carboidratos que por exocitose são liberados para o colóide na forma de tireoglobulina.
Biossíntese dos HTs:
Após a entrada de iodo e da tireoglobulina, ocorre a junção das moléculas. Primeiramente forma o resíduo de monoiodotirosil (MIT) que possui uma molécula de iodo. Após a ligação de outra molécula de iodo tem-se o resíduo de diiodotirosil (DIT). A junção de duas moléculas de DIT forma uma molécula com quatro iodos (tetraiodotirosil) e a ligação de um DIT com um MIT forma uma molécula de 3 iodos (triiodotirosil). Pode-se também ocorrer a ligação de duas moléculas MIT formando uma molécula DIT. Uma parte dos produtos será eliminada por endocitose e outra pode voltar para uma nova síntese.
Hormônios da tireóide no plasma:
Os hormônios estarão ligados à proteína transportadora e serão distribuídos para os órgãos. Os hormônios na forma livre estarão disponíveis para uso.
Ex. de proteínas transportadoras: globulina transportadora de tiroxina (TGB), albumina e pré-albumina fixadora de tiroxina.
Atividade dos HT’s:
T3: forma ativa do hormônio
T4: pró-hormônio que pode ser transformado em T3 pela enzima desiodase.
A remoção do iodo é chamado de desiodação pela enzima desiodase que atua no carbono 5 e 5’. O T4 cujo carbono foi removido do carbono 5’ formará o T3 ativo. Se o iodo for removido do carbono 5, forma o T3 inativo, chamado de T3 reverso. O T3 ativo pode sofrer ação da enzima, novamente, no carbono 5 formando o T2. O T3 reverso também perde o iodo do carbono 5’ formando o T2.
Existem 3 isoformas de desiodases:
	D1:desioda do carbono 5 e 5’
	D2: desioda do carbono 5’ (forma T3 ativo)
	D3: desioda do carbono 5 (forma T3 inativo)
Gl. Mamária: animais lactante ingerem apenas leite, assim o leite transporta T3 ativo para o recém-nascido usar, sendo assim as enzimas D1 e D2 estarão mais ativas. A mãe diminui sua produção de T3 e aumenta a do filhote. No final da lactação, as enzimas estarão menos ativas e ocorrerá a inversão: a mãe aumenta sua produção e diminui a produção para o filhote.
Regulação do eixo hipotalâmico-hipofisário-tireóide:
T3 e T4 atua tanto no hipotálamo e na hipófise inibindo os hormônios TSH e TRH.
Pâncreas Endócrino:
Hormônios secretados: insulina (células B), glucagon (células alfa), somatostatina (células D) e polipeptídeo pancreático (células PP).
Biossíntese da insulina:
Ocorre pela transcrição no núcleo. Ocorre a tradução do RNAm formando a pré-pró-insulina que pela remoção de peptídeos forma a pró-insulina. A pró-insulina forma pontes dissulfídicas formando a insulina.
 GLUT-2: não está sob regulação da insulina.
GLUT-4: insulina exerce efeito sobre ele; é expressado pelo GLUT-4.
Ações da insulina:
Aumenta a captação de glicose no músculo e tecido adiposo (aumenta a glicogênese);
Aumenta a síntese de glicogênio nos tecidos hepático, muscular e adiposo;
Diminui a glicogenólise nos tecidos hepático, muscular e adiposo;
Diminui a neoglicogênese hepática e muscular;
Aumenta a lipogênese e diminui a lipólise nos tecidos adiposo e hepático;
Aumenta a absorção de aa e a síntese protéica no músculo;
Diminui a proteólise;
Efeito anorexigênico (sensação de saciedade).
Fatores que estimulam a secreção de insulina:
Hiperglicemia
Gastrina (estômago e ID)
Secretina – liberação de HCL e pepsinogênio
Polipeptídico inibidor gástrico – inibe secreções gástricas (duodeno)
Colecistocinina (ID) – liberação da vesícula; atua no pâncreas exócrino
Ativação colinérgica do parassimpático = estimulação do nervo vago
Aminoácidos
Ácidos Graxos
Fatores que inibem a secreção da insulina:
Hipoglicemia
Somatostatina – produzido no pâncreas endócrino e hipotálamo
Leptina – produzido no tec. Adiposo
Atividade adrenérgica do simpático
Aspectos clínicos envolvendo a insulina:
Deficiência na produção de insulina: diabetes mellitus (tipo I; insulino dependente = aplicação de insulina)
Insulina perde a capacidade hipoglicimiante: diabete melito tipo II (produz insulina, mas não consegue atuar na célula devido a problemas no receptor.
Glucagon:
Polipeptídeo derivado do pró-glucagon e armazenado na forma de grânulos ou liberado por exocitose. Ativa a via do AMPc.
Ações do Glucagon:
Aumento da glicogenólise hepática
Aumento da neoglicogênese hepática
Ativação da lipólise.
Secreção do glucagon:
A baixa glicemia na célula alfa estimula a secreção do glucacon.
Hormônios do trato gastrointestinal –TGI- (colecistocinina, gastrina e GIP) também estimulam sua secreção.
O estímulo simpático e parassimpático também estimula.
Somatostatina:
Peptídeo semelhando ao SIH do hipotálamo que pode ser produzido no TGI também.
Ação da somatostatina:
Diminui a atividade digestiva (capacidade de absorção e a motilidade do TGI)
Inibe a secreção de insulina e glucagon
Inibe a secreção de gastrina
Auto-regulação: o aumento de somatostatina faz com que ele atue no pâncreas diminuindo sua secreção.
Secreção da somatostatina:
Na presença de glicose, AA, glucagon, insulina, atividade simpática e parassimpática.
Polipeptídeo pancreático (PP):
Polipeptídeo com 36 AA, produzido pelas células PP ou F.
A ingestão de proteínas aumenta a quantidade de AA na célula, aumenta a estimulação do ID e aumenta a estimulação vagal.
Ação do PP:
Inibe a secreção de enzimas pancreáticas no final da digestão – quando o suco gástrico chegga no ID as enzimas pancreáticas se inativam devido ao ph baixo do estômago.
Inibe a contração da vesícula biliar
Atua junto com os hormônios do TGI
Gl. Adrenal:
Localizada adjacente aos rins e formada por 3 tipos celulares.Possui região cortical e medular bem definida.
Mineralocorticóides, glicocorticóides e hormônios sexuais – hormônios secretados pela região cortial
Catecolaminas (adrenalina) – secretado na região medular
Ações neuroendócrinas sobre a adrenal: sofre ação do ACTH
Ações dos hormônios da adrenal:
Hormônios da região medular: aumenta a atividade adrenérgica; está envolvido em reações de fuga ou luta; participa do metabolismo de glicose e lipídeos.
Hormônios da região cortical: Mineralocorticóides (aldosterona) – regulação de Na e K no sangue.
			 Glicocorticóides (cortisol) – ação anti-inflamatória; ação no metabolismo de glicose, proteína e lipídeos.
			 Hormônios sexuais – responsável pelas características sexuais secundárias.
Biossíntese de catecolaminas: 
Tirosina é o precursor da adrenalina. 
Secreção de catecolaminas:
Aumento da atividade simpática – provoca taquicardia imediata
Hipoglicemia – sinaliza que precisa de energia
Ação das catecolaminas:
No metabolismo intermediário: aumenta glicogenólise, neoglicogênese e lipólise.
No sistema cardiovascular: aumenta FC, débito cardíaco, pressão arterial. Provoca efeito cronotrópico, dromotrópico e inotrópico positivos. Provoca vasoconstricção em vasos periféricos, vasodilatação em arteríolas de músculos esqueléticos, coronárias e veias.
Biossíntese de hormônios adrenocorticais:
O colesterol é o precursor. Ele sofre quebra da cadeia lateral de carbono por uma enzima formando o primeiro esteróide chamando de pregnenolona que fará parte da origem de todos os corticóides originados da adrenal. A partir daí, ocorrerá inúmeras hidroxilações liberando diferentes compostos.
Mecanismo de ação dos hormônios esteróides:
O hormônio esteróide entra na célula e se acopla a um receptor citosólicos no citoplasma. Esse complexo é transferido para o núcleo resultando na transcrição de um gene (mRNA). O mRNA vai ser incorporado ao ribossomo junto com uma molécula de tRNA derivada da tradução de AA e produzirá uma proteína que irá para a célula responsável.
Ação do cortisol:
No metabolismo de carboidratos: o aumento da gliconeogênese pelo fígado diminui a utilização da glicose pelas células resultando no aumento de glicose no fígado. Causando a diabetes adrenal.
No metabolismo lipídico: a baixa concentração de glicose nas células do tecido adiposo provoca a mobilização de AG pela enzima LHS que quebra o TAG. Com o aumento de AG livres no plasma aumenta a sua utilização para fornecimento de energia no tecido hepático.
(o efeito direto sobre o tecido adiposo aumenta a taxa de lipólise e redistribui a gordura no fígado e no abdômen)
No metabolismo protéico: o cortisol age no músculo aumentando a proteólise e diminuindo a síntese de proteínas. Os aminoácidos liberados irão para o fígado atuar na síntese de proteínas ou ficarão concentrados no plasma.
No sistema imune: o cortisol inibe o ácido araquidônico, diminui a liberação de enzimas proteolíticas no local da adesão e diminui a migração leucocitária.
Regulação da secreção do cortisol:
Situações como stress atuam no hipotálamo estimulando a produzir o hormônio liberador de corticotrofina que estimulará a adrenal a produzir o cortisol. Níveis altos de cortisol e o ritmo circadiano atuarão no hipotálamo inibindo-o e inibindo a hipófise anterior a produzir corticotrofina.
Eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal
Aldosterona:
Atua na reguação de Na e K no plama, participa da regulação da volemia e fluxo urinário e faz parte do sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Ação e regulação da secreção de aldosterona:
A regulação da secreção de aldosterona não é controlada por hormônios tróficos da gl. Hipófise. Os principais fatores controladores são produzidos no órgão-alvo, o rim. As células do aparelho justoaglomerular renal produzem a renina, uma enzima em resposta à redução na pressão arterial. Ela atua sobre o angiotensinogênio resultando na produção da angiotensina I que forma angiotensina II. Esta estimula a zona glomerular a produzir aldosterona.
Hormônios que participam da regulação de cálcio e fosfato no plama:
Paratormônio: produzido nas células principais da paratireóide; hormônio peptídeo com 84 AA
Calcitonina: produzido nas células parafoliculares ou C da gl. Tireóide; hormônio peptídeo com 32 aa com ligações dissulfífidicas.
Biossíntese do paratormônio (PTH):
O hormônio pré-pró-PTH é sintetizado no RER e clivado formando o pró-PTH. Uma parte deste é removida formando o PTH que é metabolizado pelo fígado e pelos rins. 
Secreção do PTH:
Controlada pelas concentrações de Cálcio livre no sangue. Reduções nos níveis de cálcio estimulam a secreção de PTH e aumentos no cálcio inibem a secreção. Ambas as ações são mediadas por um efeito no metabolismo de AMPc. 
A epinefrina estimula a secreção do PTH pela estimulação de receptores Beta-adrenérgicos. O magnésio afeta a secreção do PTH da mesma forma do cálcio, mas seu impacto fisiológico é menor. O sono também afeta a secreção, seus valores são menores ao despertar.
Ação do PTH:
Aumentar a concentração sérica de cálcio na hipocalcemia.
Diminuir a concentração de fosfato no LEC;
Aumento da reabsorção óssea;
Aumenta a reabsorção de cálcio nos néfrons;
Diminui a reabsorção de fosfatos nos néfrons;
Estimula a absorção de cálcio no ID através da vitamina D
A importância da vitamina D:
É importante para a absorção de cálcio no intestino. Toda vitamina D é produzida na pele pelas células epiteliais que sintetizam o precursor imediato (7-desidrocolesterol). A molécula de vitamina D é inativa devendo ser transformada pelo fígado e pelos rins antes de ser ativada. 
A vitamina D estimula a síntese protéica nas células mucosas, o que auxilia a etapa limitadora da velocidade da absorção do cálcio. Embora a estimulação da síntese protéica seja relacionada com o transporte ativo co cálcio, a vitamina D também estimula a transferência passiva dessa molécula. 
A vitamina D atua nos ossos, promovendo a movimentação de íons cálcio para o líquido extracelular e a reabsorção óssea, além de aumentar os efeitos do PTH no metabolismo ósseo de cálcio. 
Secreção de Calcitonina:
Hipercalcemia: concentrações elevadas de cálcio levam a uma maior secreção de calcitonina e inibição de PTH
Gastrina, colecistocinina, secretina e glucacon: estimulam a secreção, sendo a gastrina o mais potente. Limitam a hipercalcemia pós-prandial.
Ação da calcitonina:
Atua de forma contrária ao PTH, pois causa hipocalcemia e hipofosfatemia.Atua no tecido ósseo diminuindo a reabsorção óssea por meio de um efeito inibitório nos osteoclastos. Diminui a concentração sérica de cálcio na hipercalcemia e mobiliza o fosfato para a matriz óssea. 
Hormônios da reprodução:
• FSH
• LH (=ICSH)
• PRL
• OCITOCINA
• ANDRÓGENOS
• ESTROGÊNIOS
Regulação da calcemia: to procurando ainda. Se alguém puder me passar agradeço!
Beeijos, bons estudos e amanhã: FÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIAS! Hahah
:***
ps: até feveeereiro! kk

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