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FISIOLOGIA ENDÓCRINA

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Módulo 4: 
 
FISIOLOGIA ENDÓCRINA 
Nathan Joseph - 157 
 
Sistema Endócrino: Introdução 
Hormônios 
● São moléculas mensageiras liberadas por um tecido 
que seguem pela corrente sanguínea e atuam em 
células-alvo (célula com receptor para o hormônio) 
● Hormônios são importantes para a comunicação 
intercelular em um organismo pluricelular 
● Ação endócrina se dá pelo transporte do hormônio 
pelo sangue 
● Definição funcional de hormônio 
○ Secreção regulada 
○ Atuação em célula alvo 
○ Secreção endócrina 
■ Produto de secreção atua em células distantes via corrente sanguínea 
■ Tem que ter ação endócrina 
■ Pode haver outros tipos de ações (não obrigatórias) 
● Secreção parácrina 
○ Produto de secreção atua em células próximas, via interstício 
● Secreção autócrina 
○ Produto da secreção atua sobre a própria célula que o secretou 
■ Se não houver ação endócrina, mas houver ação parácrina ou autócrina não é 
considerado hormônio e, sim, um fator/substância reguladora 
■ Existem hormônios que dependendo do tecido atuam como neurotransmissores além 
da função endócrina (ex: noradrenalina) 
 
Glândulas endócrinas clássicas 
● Hipófise 
● Tireoide 
● Paratireoide 
● Ilhotas pancreáticas 
● Adrenal 
● Gônadas (testículos e ovários) 
● Placenta 
 
Órgãos com funções endócrinas 
● Qualquer tecido pode produzir hormônios endócrinos (até neurônios) 
○ Cérebro 
○ Coração 
○ Fígado 
○ Trato gastrointestinal 
○ Rim 
○ Tecido adiposo 
 
 
Efeitos dos hormônios 
● Crescimento e desenvolvimento 
● Balanço de água e íons 
● Disponibilidade de energia 
● Resposta ao estresse 
● Manutenção do equilíbrio do meio interno (homeostasia) 
● Reprodução 
 
Mecanismos celulares 
● Receptores hormonais 
○ Determinam 
■ Especificidade 
■ Tipo de resposta celular 
● Receptores de membrana 
○ 2º mensageiros (AMPc, GMPc, Ca2+) 
○ Canais iônicos 
○ Atividade enzimática 
○ Amplificação do sinal hormonal 
○ Regulação da atividade de enzimas 
○ Resposta rápida 
● Receptores intracelulares 
○ Interação com o DNA 
○ Transcrição gênica 
 
Hormônios protéicos e peptídicos 
● Ex: insulina 
● Síntese 
○ Transcrição gênica 
○ No retículo endoplasmático rugoso temos um pré-pró-hormônio (resultado da transcrição) que 
é maior que o hormônio ativo; depois ele vira pró-hormônio que a partir de clivagem de 
aminoácidos, aí vai para o aparato de Golgi e ficam em vesículas secretoras (onde ainda 
 
ocorrem clivagens ou alterações no pró-hormônio) que serão liberados pelo processo de 
extrusão das vesículas 
○ Armazenamento em vesículas lipídicas de secreção 
○ Alguns hormônios podem ser liberados como pró-hormônio ou como hormônio 
● Hidrofílicos 
○ Transportados livres na circulação 
○ Não atravessam a barreira hematoencefálica por difusão simples, mas alguns penetram por 
meio de receptores e transportadores 
○ Para entrar na célula dependem de receptores de membrana 
○ Receptores na membrana celular 
■ EX.: Receptores acoplado à proteína G, receptores ionotrópicos e receptores que 
alteram o citoesqueleto 
■ Resposta por meio de segundos mensageiros: efeito cascata -> amplificação do sinal e 
regulação da atividade de enzimas 
■ Efeito rápido 
 
Hormônios esteróides 
● Ex: hormônios sexuais, cortisol, aldosterona, vitamina D 
● Síntese 
○ Derivados do colesterol 
○ Não são derivados de transcrição gênica diretamente, mas sim de uma sequência de reações 
enzimáticas (transcrição gênica indireta) 
○ Não são armazenados, sendo liberados conforme são produzidos, justamente por serem 
lipofílicos 
○ Núcleo esteroide intacto:​ hormônios gonadais e adrenais 
■ Aldosterona 
■ Cortisol 
■ Estradiol: um estrógeno 
■ Testosterona: um andrógeno 
○ Núcleo esteroide não intacto (secoesteroide)​: vitamina D (calciferol) 
■ Vitamina D: calciferol 
● Lipofílicos 
○ Transporte no sangue ligado à proteínas plasmáticas 
○ Atravessam a barreira hematoencefálica (por difusão simples) 
○ Por ser lipofílico, eles difundem pela membrana plasmática das células alvo e se ligam a 
receptores que estão no citoplasma ou mesmo no núcleo – é mais complexo que isso, hoje se 
sabe que há alguns receptores de hormônios na membrana também 
○ Receptores intracelulares 
■ Sua ativação e desligamento das chaperonas 
● Os receptores nucleares são geralmente protegidos por chaperonas ou conjunto 
de proteínas que impedem a ligação delas e assim há a “não possibilidade” do 
receptor sozinho atuar como fator de transcrição: pra ter ação, é preciso ligação 
do hormônio, desligar as chaperonas e aí sim ele irá atuar como fator de 
transcrição 
■ A regulação é direta, pelo DNA. Ocorre alteração da expressão gênica 
■ Interagem com o DNA estimulando a síntese proteica 
■ Efeito lento (horas) 
 
Hormônios derivados de aminoácidos 
● Ex: Catecolaminas (noradrenalina, adrenalina, dopamina, serotonina) 
● Síntese 
○ Tirosina (precursor das catecolaminas), triptofano (precursor da melatonina) 
 
○ Sequência de reações enzimáticas 
○ Síntese depende de disponibilidade de aminoácidos e atividade das enzimas-chave 
● Hidrofílicos 
○ Transportados livres na circulação 
○ Não atravessam a barreira hematoencefálica por difusão simples, mas alguns penetram por 
meio de receptores e transportadores 
○ Para entrar na célula dependem de receptores de membrana 
○ Receptores na membrana celular 
■ EX.: Receptores acoplado à proteína G, receptores ionotrópicos e receptores que 
alteram o citoesqueleto 
■ Resposta por meio de segundos mensageiros: efeito cascata -> amplificação do sinal e 
regulação da atividade de enzimas 
■ Efeito rápido 
 
Hormônios tireoidianos 
● Síntese 
○ 2 tirosinas (precursor) 
○ Ganha iodo na estrutura (se torna lipossolúvel 
○ Sequência de reações enzimáticas 
● Lipofílicos 
○ Transporte no sangue ligado à proteínas plasmáticas 
○ Atravessam a barreira hematoencefálica (por difusão simples) 
○ Por ser lipofílico, eles difundem pela membrana plasmática das células alvo e se ligam a 
receptores que estão no citoplasma ou mesmo no núcleo – é mais complexo que isso, hoje se 
sabe que há alguns receptores de hormônios na membrana também 
○ Receptores intracelulares 
■ Sua ativação e desligamento das chaperonas 
● Os receptores nucleares são geralmente protegidos por chaperonas ou conjunto 
de proteínas que impedem a ligação delas e assim há a “não possibilidade” do 
receptor sozinho atuar como fator de transcrição: pra ter ação, é preciso ligação 
do hormônio, desligar as chaperonas e aí sim ele irá atuar como fator de 
transcrição 
■ A regulação é direta, pelo DNA. Ocorre alteração da expressão gênica 
■ Interagem com o DNA estimulando a síntese proteica 
■ Efeito lento (horas) 
Regulação dos receptores hormonais 
● Dessensibilização 
○ Redução do número de receptores de membrana com o excesso de hormônio 
● Sensibilização 
○ Aumento do número de receptores de membrana com a falta de hormônio 
 
Mecanismo de controle da secreção hormonal 
● Retroalimentação negativa 
○ Células produtoras de hormônio respondem a um estímulo que irá induzir essa produção. A 
célula alvo irá inibir o estímulo após a atuação hormonal, causando uma retroalimentação 
negativa (feedback negativo), participando do controle de secreção 
○ Resposta fisiológica. Ex. insulina 
■ o feedback negativo se dá pela captação de glicose circulante pela célula alvo, 
diminuindo o estímulo 
■ A resposta/efeito do hormônio inibe sua produção 
○ Eixo endócrino. Ex. TRH, TSH 
■ A presença do hormônio inibe os anteriores. Não necessita do efeito 
 
● Retroalimentação positiva 
○ Exceção 
○ Existem mecanismos de retroalimentação positiva, uma vez que a célula alvo irá aumentaro 
estímulo após a atuação hormonal. Mecanismo de descontrole da secreção (busca a explosão 
hormonal) 
○ Descontrole da secreção 
○ EX.: Secreção de ocitocina durante o parto. A dilatação do cérvix uterino (estímulo), pela 
cabeça do feto durante o parto, manda sinais nervosos para a neurohipófise, induzindo a 
liberação de ocitocina (contrai a musculatura uterina, empurra ainda mais o feto em direção ao 
cérvix). O feedback positivo acaba com a finalização do parto 
● Neural 
○ Pensando em estímulo de estresse 
■ A inflamação leva ao recrutamento de células imune que liberarão IL1-beta, essa irá 
estimular liberação de prostaglandina E2 pelo epitélio vascular cerebral que atua no 
núcleo do trato solitário e principalmente em neurônios que liberam noradrenalina, a 
noradrenalina faz sinapse em neurônios hipotalâmicos que liberam CRH, que atuam na 
hipófise anterior e liberam ACTH, atuando no córtex da adrenal que irá liberar cortisol 
 
Sistema Hipotálamo-Hipófise 
● Hipófise 
○ Apresenta inter-relação anatômica e funcional com o hipotálamo 
○ Adenohipófise ou hipófise anterior 
■ Assoalho do diencéfalo se aprofunda. Derivado do sistema nervoso. A adenohipófise 
tem origem ectodérmica (bolsa de Rathke). É uma glândula endócrina de origem 
epitelial 
■ Células endócrinas 
■ Acidófilas 
● Somatotrofos (45%): GH 
● Lactotrofos (15% ou 30% na gestação): prolactina 
■ Basófilas 
● Gonadotrofos: FSH e LH 
● Corticotrofos (20%): ACTH 
● Tireotrofos (5%): TSH 
○ Neurohipófise ou hipófise posterior 
■ Teto da cavidade bucal se projeta. A evaginação do assoalho do 3° ventrículo forma a 
■ neurohipófise, sendo esta uma extensão do tecido neural 
■ Não produz hormônios 
■ É um centro de liberação de hormônios produzidos por neurônios hipotalâmicos 
■ (magnocelulares) 
● Liberados na neuro-hipófise por terminações neurais, sendo neuro-hormônios 
de 9 resíduos de aminoácidos, se diferindo em apenas dois aminoácidos 
● Os hormônios liberados na neuro-hipófise são sintetizados no hipotálamo. Esses 
neurônios estão localizados no núcleo paraventricular e no núcleo supraóptico 
● Os hormônios são produzidos e empacotados no corpo celular do neurônio. As 
vesículas são transportadas ao longo das células. As vesículas contendo os 
hormônios são armazenadas na neuro-hipófise. Os hormônios são liberados no 
sangue em capilares fenestrados em resposta a estímulos específicos 
● Dentro das vesículas esses hormônios são armazenados na sua forma de 
pró-hormônio 
○ Hipófise intermediária 
■ Em humanos é vestigial 
● Hipotálamo 
 
○ Centro integrador. Controle de temperatura, metabolismo energético, volume sanguíneo, 
estresse 
○ Integração dos sinais recebidos dos osmorreceptores e barorreceptores estimulam os 
neurônios produtores de ADH por exemplo 
○ Neurônios magnocelulares: originam-se na região hipotalâmica e os axônios terminam na 
neurohipófise 
○ Neurônios parvocelulares: liberam na eminência mediana. Caem no sistema 
hipotálamo-hipofisário e agem na adenohipófise 
 
 
Modelo de Geofrrey Harris 
● Hipotálamo produz hormônios que atuam na hipófise, que por sua vez irão produzir outros 
hormônios que irão atuar em uma glândula periférica, produzindo os hormônios finais 
● Regulado pelo hipotálamo, o qual está conectado ao cérebro que utiliza as informações 
internas e externas na secreção hormonal 
● Hormônio final é o mais importante 
● Hormônio final exerce feedback negativo 
 
Caracterísitcas dos eixos endócrinos 
● Ponto de equilíbrio 
○ Estimulação pelo hipotálamo 
■ Inibição por retroalimentação negativa 
● Hormônio produzido pela célula alvo induz o feedback negativo na 
adenohipófise e no hipotálamo 
■ Regulação dinâmica 
● Ponto de equilíbrio pode ser alterado por fatores endógenos ou ambientais 
■ Autonomia em relação aos efeitos fisiológicos produzidos 
● A simples presença do hormônio induz o feedback negativo, independente se 
está ocorrendo resposta fisiológica, diferente da insulina, por exemplo, que não 
é um hormônio de eixo endócrino 
● Variação temporal da secreção hormonal 
○ Circadiana 
■ Ciclos em torno de 24h 
■ Sincronizada com o ciclo claro-escuro 
■ Relógio biológico (núcleo supra-quiasmático) 
○ Ultradiana 
■ Ciclos com frequência maior que 24h 
● Várias vezes ao dia 
■ Secreção pulsátil 
■ Todos do eixo hipotálamo-hipófise. Estes também apresentam regulação circadiana 
○ Infradiana 
■ Ciclos com frequência menor que 24h 
■ Ciclo menstrual 
● Disfunções da secreção hormonal 
○ Hiperfunção ou Hipofunção 
■ Baseado no hormônio função 
○ Primária 
■ Origem na glândula endócrina periférica 
■ Aumentos e reduções hormonais vão no sentido contrário entre os hormônios 
hipofisários e finais 
○ Secundária 
■ Origem na hipófise 
 
■ Aumentos e reduções hormonais vão no mesmo sentido entre os hormônios 
hipofisários e finais 
○ Terciária 
■ Origem no hipotálamo 
 
Hormônios da neuro-hipófise 
● Conexão neural 
○ Plexo hipotálamo-hipofisário 
○ Neurônios magnocelular 
○ Síntese: hipotálamo (PVN, SON) 
○ Secreção: neuro-hipófise 
● Hormônios 
○ Antidiurético (ADH, vasopressina) 
■ Estímulos para secreção: aumento da osmolaridade plasmática (líquido extracelular, 
LEC) (~1%), redução da pressão arterial (5-10%) 
● Aumento da osmolaridade - Líquido Extracelular (LEC) (~1%) 
○ Osmolaridade maior que 280 mOsm ativa osmorreceptores 
hipotalâmicos 
○ Neurônios recebem informações de regiões em que a barreira 
hematoencefálica não existe, no terceiro ventrículo, rica em receptores 
que detectam a variações da osmolaridade e inervam o núcleo 
paraventricular e supraóptico 
○ Aumento da Osmolaridade no LEC, induz um aumento da atividade no 
PVN e SON, consequentemente, um aumento da secreção de ADH, 
resultando em uma maior reabsorção de água 
● Redução da Pressão Arterial (5-10%) 
○ A redução da pressão sanguínea é percebida pelos barorreceptores 
carotídeo e aórtico 
○ A redução do estiramento atrial devido ao baixo volume sanguíneo é 
percebida por receptores atriais de estiramento 
○ Menor Volume Sanguíneo e PAM induz um aumento da atividade no 
PVN e SON, consequentemente, um aumento da secreção de ADH, 
resultando em uma maior reabsorção de água 
■ Função: Controle da osmolaridade do LEC. aumento da reabsorção de H20 no néfron 
distal, aumento da vasoconstrição 
■ Principal alvo do ADH 
● Células principais do túbulo distal e coletor 
● ADH estimula a inserção de canais de água (aquaporina-2) na membrana apical 
pela interação com o receptor V2 
● Receptor do ADH é acoplado à proteína G, levando a um aumento de AMPc, 
aumentando PKA, o qual induz um movimento dos canais de aquaporinas 
envisiculados no citoplasma, os quais serão inseridos na membrana plasmática 
apical 
● Água é reabsorvida por osmose 
● Concentração de urina máxima é de 1400 mOsm 
■ Diabetes insipidus 
● Diabetes: urina abundante. Aumento do volume urinário (poliúria) e aumento da 
ingestão de água (polidipsia) 
● Central ou neurogênico 
○ Falha na secreção de ADH 
○ Tratamento: administração de ADH 
○ Osmolaridade plasmática alta e osmolaridade urinária baixa 
 
● Nefrogênico 
○ Falha no rim: no receptor V2 ou na aquaporina 2 
○ ADH alto (devido à osmolaridade plasmática elevada) ou normal (quando 
bebe água, inibe secreção de ADH) 
■ Polidipsia primária 
● Distúrbio psíquico 
● Ingestão excessiva de água e sede 
● Redução da secreção de ADH 
 
○ Ocitocina 
■ Estímulos para secreção: ativação de mecanorreceptores (estriamento do colo 
uterino/canal vaginal; relação sexual e sucção do mamilo);estímulos sociais 
■ Função: ​Durante o parto: expulsão do feto, contração da musculatura uterina; Durante 
lactação: ejeção do leite, contração das células mioepiteliais do alvéolo mamário; 
formação de relações sociais e casais 
■ Retroalimentação positiva 
● Reflexo neuroendócrino 
● Via aferente: mecanorreceptores, neurônios somato-sensoriais, medula espinal 
● Integração: SNC 
● Via eferente: neurônios hipotalâmicos 
Hormônios adeno-hipófise 
● Conexão vascular 
○ Vasos porta-hipofisários 
■ Conexão de dois plexos capilares 
● Hipotálamo 
○ Hormônios liberadores (RH) 
■ GnRH (FSH e LH) 
■ GHRH (GH) 
■ TRH (TSH) 
■ CRH (ACTH) 
○ Hormônios inibidores 
■ SS (GH) 
■ DA (PRL) 
● Hormônios 
○ Tróficos 
 
■ Tróficos porque stimulam e controlam outras glândulas endócrinas 
■ Adrenocorticotrófico (ACTH) 
● Controla a atividade do córtex da glândula suprarrenal 
■ Estimulante da tireoide (TSH) 
● hormônio que estimula e regula a atividade da tireoide na produção dos 
hormônios T3 e T4 
■ Luteinizante (LH) 
● Hormônio que regula as atividades das gônadas masculinas e femininas, como 
a produção de testosterona nos testículos, indução da ovulação e formação do 
corpo lúteo 
■ Folículo estimulantes (FSH) 
● Hormônio que atua na produção dos folículos, nos ovários; e dos 
espermatozoides, nos testículos 
○ Hormônios não tróficos 
■ Prolactina (PRL) 
● Estímulo positivo:​ fator liberador de prolactina 
● Estímulo negativo: ​dopamina 
● Função: atua promovendo a produção de progesterona nos ovários femininos e 
também na produção de leite nas glândulas mamárias, durante a gravidez e a 
amamentação 
● Na gravidez, prolactina aumenta. Dopamina local diminui 
■ Hormônio do crescimento (GH) ou Somatotrofina 
● Produzido pelos somatotrofos adenohipofisários 
● Somatotrofos representam mais de 1/3 da adenohipófise, de tal forma que 
quantidades significativas de GH (5 a 10mg) são encontradas na glândula 
● O GH faz parte do eixo endócrino hipotálamo/hipófise/fígado 
● Há várias formas de GH circulantes. A forma com 191 aminoácidos (22 kDA) 
perfaz 75 % do total 
● O receptor de membrana para GH é da família JAK/STAT (autofosforilação 
similar ao receptor da prolactina). A porção N-terminal externa deste receptor 
encontra-se solúvel no plasma e ligada ao GH, funcionando como uma proteína 
transportadora, que pode regular a biodisponibilidade do GH 
● Secreção 
○ Padrão de secreção ultradiana (pulsátil) 
○ Padrão de secreção circadiana (maior liberação durante a noite) 
○ O perfil é diferente entre homens e mulheres, o que leva a valores de 
referência diferentes: 
■ homem: igual ou inferior a 3 ng/ml 
■ mulher: igual ou inferior a 8 ng/ml 
○ A secreção de GH decai com a idade 
 
● Regulação da secreção de GH 
○ Regulação positiva 
■ Fator hipotalâmico +: GHRH (peptídeo liberador de GH) 
■ Efeito sinérgico da testosterona e leptina sobre a secreção de GH 
no ​hipotálamo 
■ Jejum, hipoglicemia, glucagon, arginina, leucina e leptina 
estimulam a ​hipófise ​a liberar GH 
■ A grelina liberada pelo estômago também participa da regulação 
do GH, estimulando tanto a hipófise quanto o hipotálamo a 
produzir o GH. A grelina aumenta o apetite e pode agir como um 
sinal que coordena a aquisição de nutrientes necessários para o 
crescimento 
■ Exercício, estresse 
■ Sono de ondas lentas: "tem que dormir para crescer". No sono de 
ondas lentas, ocorre um estímulo para produção de GH 
○ Regulação negativa 
■ Fator hipotalâmico -: SS, somatotastina 
■ O próprio GH realiza retroalimentação negativa no hipotálamo e 
hipófise 
■ No fígado o GH estimula a liberação de insulin-growth factors 
(IGF). O IGF-I é o mais abundante e exerce retroalimentação 
negativa sobre a hipófise 
■ Ácidos graxos livres e esteróides sexuais no hipotálamo 
■ Hiperglicemia exerce inibição na hipófise 
● Ações diretas 
○ O GH exerce ações em praticamente em todas as células do organismo 
○ Aumentar a síntese proteica e de RNA, garantindo o tamanho dos 
órgãos e em alguns casos o funcionamento desses órgãos 
■ Músculos 
● Produção de IGF 1 -> ação parácrina promovendo 
crescimento tecidual 
● Menor captação de glicose 
● Maior captação de aminoácidos 
● Maior síntese proteica 
■ Tecido Adiposo 
● Menor captação de glicose 
● Lipólise 
■ Ossos 
 
● Produção de IGF 1 -> ação parácrina promovendo 
crescimento tecidual 
● Maior síntese de proteínas e RNA 
● Maior captação de aminoácidos 
● Aumento do colágeno 
● Maior produção de Sulfato de condroitina 
● Maior crescimento linear 
■ Fígado 
● Aumento da síntese de proteínas e RNA 
● Aumento da gliconeogênese 
● Aumento de IGFBP (transportadora de IGF) 
● Ação nos hepatócitos de aumentar os IGFs 
● Ações indiretas por meio do IGF 
○ Potencializa a ação do GH nos músculos, rins pâncreas, Intestinos, 
paratireoides, pele, tecido conjuntivo, ossos, coração e pulmões 
● Efeitos do GH 
○ Anabolizantes 
■ Captação celular de aminoácidos e sua incorporação na forma de 
proteína, além de inibir a proteólise (aumento de massa magra) 
○ Lipolíticos 
■ Estimula a lipase sensível aos hormônios, aumentando a beta 
oxidação de lipídeos no tecido adiposo 
■ Aumenta a captação e oxidação de AGL na musculatura 
esquelética e no fígado 
○ Cetogênicos 
■ Estado em que o corpo produz corpos cetônicos, através da 
quebra de gorduras no fígado 
■ Como resultado do aumento da oxidação dos AGL 
○ Hiperglicêmicos 
■ Ações secundárias ao aumento da metabolização e da oxidação 
de gordura, uma vez que o aumento do AGL sérico inibe a 
captação de glicose no músculo e tecido adiposo 
■ Aumento da produção hepática de glicose (não como resultado 
de aumento de glicogenólise e, sim, de gliconeogênese) 
■ Aumento da gliconeogênese decorrente do aumento da oxidação 
dos AGL, que aumentam a acetilCoenzima A, a qual estimula a 
produção de glicose a partir de lactato e glicerol 
■ GH antagoniza as ações da ​insulina no músculo e do tecido 
adiposo 
● Efeitos do GH no metabolismo energético 
○ Aumento da massa magra, aumento do nível de AGL (ácidos graxos 
livres) no sangue e manutenção da glicemia no sangue (diabetogênico) 
○ Ações decorrente de suas ações no tecido adiposo, fígado e músculo 
■ Fígado 
● Armazenamento de glicogênio no fígado 
○ Glicose -> glicogênio 
● Produção de glicose 
○ Glicogenólise 
■ Glicogênio -> Glicose e aminoácidos 
(jejum) 
○ Gliconeogênese 
■ Lactato, aminoácidos -> Glicose 
 
■ Tecido adiposo 
● Armazena gordura (triglicéride, TG = ác. Graxo Livre, AGL 
+ Glicerol) 
○ AGL -> TG (estado alimentado) 
● Liberam AGL durante o jejum 
○ TG -> AGL 
■ Músculo 
● Armazena Glicogênio e proteínas 
● Converte o glicogênio e a proteína em glicose ou 
intermediários dos combustíveis (p. ex, proteína -> 
aminoácidos), durante o jejum 
● GH no crescimento 
○ Crescimento = adição organizada de um novo tecido que ocorre 
normalmente desde o nascimento até a fase adulta para o aumento do 
tamanho do corpo que vão determinar a altura 
○ O crescimento destes ossos acontecerá por um processo de ossificação 
denominado de ossificação endocondral: 
■ Cartilagem é substituída por osso 
■ Processo ocorre na placa de crescimento, localizado na epífise 
● Dividido na zona de repouso, na qual encontram-se 
células germinativas que se diferenciam em condrócitos, 
pela ação do ​GH​. Estes condrócitos produzem 
mucopolissacarídeos que constituem a matriz da 
cartilagem 
● Na zona proliferativa, na qual ocorre ainda alguma 
diferenciação, mas principalmente, proliferação dos 
condrócitos pela ação doIGF-I (da circulação, ação 
endócrina), ou produzido pelos próprios condrócitos (ação 
parácrina), em resposta a estimulação pelo ​GH 
● Na zona hipertrófica, na qual em resposta ao ​IGFs​, os 
condrócitos se hipertrofiam, formam vacúolos e se 
degeneram 
● Na região de calcificação da matriz, na qual a invasão de 
vasos sanguíneos e migração de osteoblastos 
progenitores (vindo da medula óssea) resultando na 
substituição de cartilagem por osso 
 
 
 
 
 
 
○ GH NÃO atua no desenvolvimento do feto, isto é na hiperplasia 
(aumento do número de células) 
 
○ GH: hormônio mais importante, isoladamente para o crescimento normal 
○ GH atua como o principal facilitador da expressão do potencial genético, 
influenciando a estatura humana final em torno de 30% do seu potencial 
genético, ficando na sua ausência, o crescimento muito limitado. Isso é, 
uma pessoa destinada, por sua carga genética, a atingir a altura final de 
1,8 metros poderá atingir uma estatura de cerca de 1,2 metro mesmo na 
ausência de GH, e é pouco provável que ultrapasse 2,4 metros de altura, 
mesmo com a secreção elevada de GH, desde o nascimento 
○ Fases do crescimento 
■ Vida intrauterina até o nascimento: crescimento rápido (~18 
cm/ano) 
● Papel do IGF-II 
● Insulina fetal. Tem papel anabólico nos tecidos do feto 
● T3/T4 
● Andrógenos fetais 
■ Infância até pré-púbere:​ crescimento lento (~5 cm/ano) 
● GH, IGFs, Insulina e T3/T4 
■ Puberdade: ​crescimento rápido (~8-10 cm/ano) 
● Andrógenos e estrógenos 
● Meninas: 11-13 anos. Estirão nas meninas 2 anos antes 
dos meninos. Papel dos andrógenos da adrenal. 
Estrógenos promovem fechamento das epífises, por isso 
as meninas têm, em geral, menor estatura que os 
meninos 
● Meninos: 14-16 anos. Testosterona testicular responsável 
pelo estirão nos meninos 
■ Adultos 
● Somatopausa 
○ Fatores genéticos 
■ Diferenças no crescimento entre os sexos 
○ Outros hormônios regulam o crescimento ao longo da vida (IGFs, GH, 
T3, Hormônio Gonadais e Insulina) 
■ Participação destes hormônios ao longo dos estágios de 
crescimento é variado 
■ A falta desses hormônios em qualquer um destes estágios podem 
comprometer a estrutura final de um indivíduo 
■ Esses hormônios atuam no crescimento endocondral, 
estimulando ou inibindo esse processo 
■ Hormônios da Tireóide (T3 e T4) 
● T4 converte em T3 para ter essas ações 
● Aumenta a síntese de GH 
● Aumenta a ação do GH 
● Aumenta a síntese de proteínas da matriz pelos 
condrócitos na zona proliferativa 
■ Cortisol 
● Inibe o crescimento 
● Diminui a proliferação dos condrócitos 
● Aumenta a apoptose dos condrócitos 
● Diminui a expressão de receptores para GH 
■ Estradiol 
● Inibe o crescimento 
 
● Aumenta a maturação e diferenciação de célula 
germinativa da cartilagem, acelerando sua depleção 
● Antagoniza as ações do GH 
● Deficiências envolvendo GH 
○ Nanismo 
■ Baixo nível de GH, GHBP ou de IGFs na infância 
■ Insensibilidade ao GH 
■ Pigmeus africanos: baixa expressão do receptor de GH 
● População de Itabaininha: mutação no receptor do GH 
■ Síndrome de Laron: mutação no gene do receptor de GH 
(autossômica recessiva). Trata com IGF! 
■ Nesse caso, tem GH mas esse não exerce efeito, pois não há 
receptor. Assim, IGF está baixo 
■ Testes de diagnóstico: dosagens de IGFs e testes provocativos 
(insulina e arginina) 
○ Gigantismo (infância) e acromegalia (fase adulta) 
■ Alto nível de GH, GHBP ou de IGFs 
■ Comorbidade da diabetes mellitus 
● Efeito diabetogênico é só do GH. Não do IGF-1 
● Exaustão das células beta; aumento da glicose 
■ Aumento dos triglicérides e diminuição do HDL 
■ Aumento da gliconeogênese, da VLDL e do IGF-1 
■ Aumenta lipólise, diferenciação de adipócitos, diminui captação 
de glicose 
■ Aumenta oxidação de AGL, síntese protéica, diminui proteólise 
 
Adrenal 
● Hormônios das adrenais – papel fundamental nas respostas adaptativas do organismo ao estresse 
(​reação de luta ou fuga​), manuntenção do equilíbrio da água/sal do corpo e da pressão arterial 
● Principais hormônios: catecolaminas, glicocorticóides, aldosterona e di-idroepiandrostenidiona (DHEA) 
 
 
 
 
● Dividida em ​Área Cortical e Medular 
○ São constituídas de dois componentes diferentes, de origens embriológicas distintas 
○ As zonas glomerulosa, fascilulata e reticularis constituem o córtex e secretam hormônios 
esteróides 
○ A medula secreta as catecolaminas, como ​adrenalina/noradrenalina 
○ 
 
● Córtex adrenal 
○ Hormônios esteroides. Todos derivados do colesterol 
○ Enzima colesterol-desmolase: ativada pelo ACTH 
○ Características das células que realizam esteroidogênese: 
■ As enzimas esteroidogênicas residem no interior da ​membrana mitocondrial ou da 
membrana do retículo endoplasmático liso 
■ As células esteroidogênicas contêm alto teor de mitocôndrias e de retículo 
endoplasmático liso 
■ Estas células também contêm gotículas de lipídeo, que contém um estoque de ésteres 
de colesterol 
■ A especificidade enzimática de cada célula de cada zona, induzirá a produção de 
hormônios diferentes a partir do mesmo substrato (colesterol) 
● Zona glomerulosa 
○ Rica em retículo endoplasmático liso em quantidade abundante e 
constitui a única fonte do mineralocorticoide aldosterona 
● Zona fasciculada 
○ Possui quantidades abundantes de gotículas lipídicas e produz os 
glicocorticoides (cortisol e corticosterona)​, bem como os 
androgênios: di-idroepiandrostenidiona (DHEA) e ​sulfato de DHEA 
(DHEAS) 
○ Glicocorticóides 
■ Resposta adaptativa ao estresse 
■ Regula metabolismo energético 
■ Diminui resposta imunológica 
■ Realiza retroalimentação negativa 
● Zona reticular 
○ Desenvolve-se na vida pós-natal e jápode ser identificada com cerca de 
três anos; também produz glicocorticoides e androgênios 
■ Síntese hormonal 
● Da molécula de colesterol derivam todos os hormônios esteróides 
● Fontes de colesterol 
○ Lipoproteínas de baixa densidade (​LDL, dentro das células em 
endossomas​) e de alta densidade (​HDL, estocada dentro da célula 
em gotas de lipídeos – Lipid droplet​) 
○ Produção celular (de ​novo synthesis​) a partir do retículo endoplasmático 
● A entrada das lipoproteínas dependem de receptores presentes na membrana 
da célula esterodogênica 
● Colesterol esterase​: Libera colesterol das lipoproteínas dos endossomas 
● ACAT​: Acyl-CoA:cholesterol transferase promove esterificação e estocagem da 
HDL na gotícula de lipídio intracelular. É também uma colesterol esterase 
● HSL​: Lipase hormônio Sensível libera colesterol das gotículas de lipídeos 
● STArD4:​ Proteínas transportadores 
 
● STAR​: Proteína reguladora aguda dos esteróides: tranporta coleterol para 
membrana interna da mitocôndria (etapa ​limitante de velocidade na síntese dos 
hormônios esteróides 
○ A proteína StAR possui vida curta e é rapidamente ativada 
pos-transducional (fosforilação) e transcricionalmente pelos hormônios 
tróficos pituitários 
○ Pacientes com mutações que inativam a proteína StAR: execesso de 
lipídeos na zona fasciculada - “lipoide” - e hiperplasia da glândula 
adrenal 
○ Isso acontece porque o colesterol NÃO consegue chegar ao local onde 
se encontra as enzimas P450scc 
● 450scc: Enzima de clivagem da cadeia lateral do citocromo P450​, presente na 
membrana mitocondrial interna das células esteroidogênicas: colesterol → 
pregnenolona 
 
○ Controle da secreção desses hormônios corticais e eixo endócrino 
■ A secreção dos hormônios do córtex da adrenal é regulada pelo eixo endócrino 
hipotálamo/hipófise 
● Hipotálamo-> CRH -> Hipófise -> ACTH -> Zona fasciculada -> Cortisol 
● Após tratamento crônico com análogos do cortisol, este eixo pode estar inibido, 
levando a atrofia da glândula 
○ O cortisol faz feedback negativo, inibindo o ACTH e CRH. É o principal 
regulador do eixo 
● Liberação de CRH: estresse físico e emocional, hipoglicemia, etc. 
● ACTH interage com um receptor de membrana MC2R, que desencadeará em 
um aumento dos níveis de AMPc intracelular, resultando em respostas 
fisiológicas 
○ Efeitos imediatos 
■ Aumento dos níveis de colesterol esterase, transporte de 
colesterol para mitocôndria, aumento da proteína StAR, aumento 
de pregnenolona, etc. 
 
○ Efeitos a curto prazo (subsequente) 
■ Transcrição gênica de enzimas das esteroidogênese, como 
P450scc, além de aumentar receptores que colocam colesterol 
para dentro da célula 
○ Efeitos a longo prazo 
■ Aumento do tamanho e da complexidade funcional das organelas 
e aumento do tamanho e número de células 
○ ACTH é um hormônio protéico e sintetizado na sua forma 
pré-pro-hormônio derivado do gene da proopiomelanocortina, o qual 
poderá ser clivado em vários pontos, podendo gerar diferentes 
hormônios (ACTH, ​MSH​, endorfina, beta endorfina). 
■ Sabe-se que o principal componente da formação de melanina é 
os raios ultravioletas agindo nos queratinócitos 
■ Em níveis elevados de ACTH, pode-se observar a atuação dele 
em diferentes receptores, possibilitando a síntese e dispersão da 
melanina e escurecimento da pele 
○ Embora a zona reticular responda ao ACTH, levando ao aumento da 
liberação de androgênios, estes hormônios não realizam 
retroalimentação sobre o eixo hip/hipófise, diferente do cortisol 
■ O ACTH estimula uma maior liberação de glicocorticóides e 
andrógenos, entretanto possui pouco efeito na zona glomerulosa 
(aldosterona) 
● Aldosterona é regulada por um eixo fisiológico 
○ Menor volume sanguíneo induz uma maior 
produção de angiotensina II devido à produção de 
renina. A angiotensina II, por fim, terá ações na 
regulação e controle da aldosterona 
■ O cortisol apresenta, além do perfil pulsátil de liberação, uma 
alteração no perfil de liberação ao longo do dia, no qual a sua 
liberação é maior nas primeiras horas do dia 
● Proteínas do relógio (CLOCK e BMAL1) observada em 
células do nosso organismo agem como fatores de 
transcrição gênica, transcrevendo a StAR, aumentando a 
disponibilidade de colesterol para a formação de 
hormônios esteroidais. Essas proteínas estão aumentadas 
nas primeiras horas do dia, o que explica o perfil 
circadiano do cortisol. Também contribui para o ritmo 
circadiano o fato do Núcleo supraquiasmático do 
hipotálamo, que recebe informações da retina, inervar o 
Núcleo paraventricular hipotalâmico que secreta o CRH 
(controlador do ACTH) 
 
○ Cortisol 
■ Cortisol é o principal glicocorticoide encontrado nos líquidos biológicos 
■ lipossolúvel 
■ No sangue encontra-se conjugado a ​transcortina ou globulina de ligação do cortisol 
[CBG, de cortisol-binding globulin]) (90%), carreador específico do cortisol ou a 
albumina (10%) 
■ A síntese hepática da CBG éestimulada pelos estrógenos e inibida na cirrose hepatica 
■ A meia-vida do cortisol éde 70 a 90 minutos (longa para um hormônio) 
 
■ A conversão do cortisol em cortisona (forma inativada do hormônio) é de importância 
crítica para prevenir a atividade mineralocorticoide excessiva que resulta da ligação do 
cortisol ao receptor de mineralocorticoides 
■ Uso crônico de colesterol -> supressão do eixo endócrino e atrofia córtex da adrenal 
(principalmente da zona fasciculada). 
● Síndrome Adrenal Aguda: produção de cortisol endógena ainda está muito baixa 
=> choque hipoglicêmico 
● Para parar tem que fazer desmame do cortisol exógeno 
■ Estímulo de secreção: 
● Fatores estressantes (tanto físicos como psicológicos) são capazes de aumentar 
a secreção de cortisol pelo cortex da adrenal 
○ EX: 
■ 1- Desafio agudo ao sistema imunológico: inflamação 
■ 2- Células imunes ativadas: IL1beta 
■ 3- Epitélio vascular cerebral: Prostaglandina E2 
■ 4- Núcleo do trato solitário: Noradrenalina que se comunicam 
com a região do hipotálamo produtora de CRH (ou CRF) 
● Neurônios parvocelulares do hipotálamo são estimulados 
por estresse (físico, emocional, hipoglicêmico) a produzir 
CRH 
■ Mecanismo de ação do cortisol 
● 1- Translocação rápida do complexo cortisol-GR (complexo receptor-cortisol) 
para o núcleo 
○ Receptores intracelulares: ficam na região citoplasmática, associado a 
complexo de proteínas (não no núcleo, como para os hormônios 
tireoidianos) 
○ Receptores dimerizam ou heterodimerizam, podem regular transcrição 
positiva ou negativa 
● 2- Dimerização e ligação aos e​lementos de resposta glicocorticóides 
(GREs)​, próximos aos promotores basais de genes regulados pelo cortisol 
● 3- Recrutamento de ​proteínas coativadoras e associação de fatores gerais de 
transcrição levando a aumento da transcrição dos genes-alvo 
○ Genes estimulados: ​enzima que converte noradrenalina em adrenalina 
○ Genes inibidos: ​genes de citocinas pró-inflamatórias, ACTH, e CRH 
■ Ações do cortisol 
● Integra ações GH (gliconeogênese hepática. Exceção: síntese proteica), 
Glucagon (lipólise e glicemia) e Adrenalina (lipólise e glicemia) 
● Antagoniza ações Insulina 
○ Aumenta receptores para glucagon 
● Aumento de gliconeogênese hepática 
○ Aumento de enzimas 
● Aumento de proteólise (efeito catabólico) 
● Aumento da lipólise, ​ cetogênese (​hidrólise triglicerídeos) 
○ Aumento de receptores beta-adrenérgicos no fígado 
● Aumento da glicemia 
○ Redução da utilização glicose músculos e tecido adiposo e sensibilidade 
à insulina, aumento a sensibilidade por glucagon 
● Aumento do apetite e ingestão calórica: aumento da síntese NPY e receptores 
no hipotálamo 
● Diminuição da formação óssea: apoptose e osteoblastos e osteócitos; redução 
da absorção de cálcio (vitamina D) 
 
● Ações anti-inflamatórias e imunossupressoras do cortisol 
○ Inibição síntese de PG, NO, LT, TX, devido à inibição síntese ácido 
araquidônico 
○ Redução da expressão gene COX-2 e gene ​NO sintase 
○ Estabilização lisossomas → menor liberação enzimas proteolíticas 
○ Inibição quimiotaxia e proliferação de leucócitos 
○ Redução taxa linfócitos T → inibe imunidade celular 
○ Inibição IL-1, IL-2, IL-6, INFg 
○ Redução resposta febril à infecções: inibição IL-1 
 
 
○ Aldosterona 
■ A quantidade total de aldosterona liberada é acentuadamente menor que a dos 
glicocorticoides: Aldosterona (0,006 a 0,010 μg/dL # Cortisol (13,5 μg/dL) 
■ A ligação da aldosterona às proteínas plasmáticas é mínima, resultando em meia-vida 
plasmática curta de cerca de 15 a 20 minutos. Esse fato é relevante para os efeitos 
mediados pelos receptores de mineralocorticoides e de glicocorticoides e sua 
especificidade, conforme discutido adiante 
■ A aldosterona é metabolizada, no fígado, e excretada na urina 
■ Principal secretagogo para a aldosterona é a Angiotensina II, esta se liga a um receptor 
de membrana que desencadeará uma cascata de sinalização intracelular que regulará 
a StAR 
● Redução da pressão sanguínea (PA) -> produção de renina pelas células 
justaglomerulares nas arteríolas aferentes dos néfron -> renina => conversão de 
angiotensinogênio em AngI -> a AngI é convertida em AngII (pela ECA - 
produzida principalmente pelo pulmão) 
● AngII -> controle da volemia e PA -> Vasoconstrição de arteríolas,vasoconstrição periférica, aumenta FC e DC, estímula ADH (aumenta volemia), 
estimula sede (no hipotálamo), aumenta aldosterona (aumenta reabsorção de 
sódio) ===> aumenta volemia, função cardiovascular e aumenta PA 
■ Níveis concentração de K+, Na+ e volume de água também são secretagogos para 
aldosterona 
■ O ACTH tem efeito secundário como regulador da aldosterona (ativa colesterol 
desmolase) 
■ Mecanismo de ação 
● Os receptores de mineralocorticoides (MCs) e de glicocorticoides (GCs) 
compartilham 57% de homologia no domínio de ligação do ligante e 94% no 
 
domínio de ligação do DNA. Importante, pois por exemplo, análogos de 
glicocorticóides terá efeitos práticos colaterais mineralocorticóides e vice-versa 
○ Receptores são classificados em dois tipos: 
■ tipo I​ (liga preferencialmente ​Aldosterona​) 
■ tipo II ​(liga preferencialmente ​glicocorticoide​) 
● O cortisol liga-se MR (receptores mineralocorticoides) com alta afinidade e pode 
produzir efeitos semelhantes aos MCs (retenção de sódio) 
● Cortisona possui baixa afinidade a MR 
● A conversão do cortisol em cortisona (CS) diminui a afinidade pelo receptor. A 
atividade diminuída da 11β-hidroxiesteroidedesidrogenase tipo II (​11β-HSD2​) 
leva a uma redução da conversão do cortisol em CS e um aumento da atividade 
dos MCs 
■ Ações da aldosterona 
● RINS (células principais dos túbulos distais e ducto coletor): 
○ Célula intercalada: aumento do pH sanguíneo (alcalose - excreção de 
H+) 
○ Célula principal: bomba Na+/K+ ATPase, reabsorção de Na+/secreção 
de K+ 
■ Aumento da expressão canais de Na+ e aumento do nº 
co-transportadores Na+-Cl- 
● Aumento da atividade Na+-K+-ATPase 
● Aumento da reabsorção de Na+ 
● Aumento do Volume LEC 
● Pressão arterial 
 
○ DHEAS 
■ Os androgênios adrenais são convertidos em androstenediona e, a seguir, em 
androgênios ou estrogênios potentes nos tecidos periféricos 
■ Para homens: pouca importância 
■ Para mulheres: principal fonte de andrógenos. Estão associados a libido, por exemplo 
■ Antes da puberdade, aumenta a produção de andrógenos pela adrenal. Estes são 
responsáveis pelas primeiras características, como crescimento dos pelos 
 
● Medula Adrenal 
○ Estímulos de naturezas diferentes são integrados no hipotálamo, levando a estimulação dos 
neurônios pré-autonômicos, os quais são a origem do braço simpático do Sistema Nervoso 
Autônomo 
■ É estimulada pelo SN Simpático (estresse, luta e fuga, exercício físico, hipoglicemia, 
trauma, 
○ medo, ansiedade, jejum) 
○ Via inter-neurônios do tronco cerebral (ponte e bulbo) e a medula espinhal chegam até as 
glândulas adrenais e liberam acetilcolina 
○ A acetilcolina estimula as células cromafins a liberar ​adrenalina (também chamada de 
epinefrina) 
■ Cromogaminas: ​são substâncias associadas às vesículas de noradrenalina e 
adrenalina que evitam o choque osmótico e dão a coloração às células (cromafins) 
○ Na circulação sistêmica, a adrenalina atua como hormônio em alvos a distância 
○ Vascularização da medula se dá por vasos localizados na superfície do córtex da adrenal que 
emitem ramos que irriga a medula. A síntese da adrenalina podem ser estimuladas, não só 
pela estimulação simpática, mas também pelo ACTH e do cortisol, graças a essa anatomia 
○ Síntese 
 
■ Catecolaminas são derivadas de aminoácidos (tirosina). Logo, são hidrossolúveis, 
atuam em receptores de membranas, que são alfa e beta adrenérgicos 
■ Tirosina - DOPA - Dopamina - NOR- Adrenalina 
● Conversão Tirosina- XDOPA e Dopamina - Noradrenalina são estimuladas pelo 
simpático 
● Conversão NOR - Adrenalina é por estimulação do cortisol 
○ Resposta da medula adrenal à hipoglicemia 
■ Hipoglicemia (injeção de insulina): 3X aumento de noradrenalina e 50X aumento de 
adrenalina 
○ Mecanismo de Ação das Catecolaminas 
■ Agem em receptores de membrana nos tecidos 
 
○ Principais ações das catecolaminas 
■ Respostas adaptativas ao estresse 
■ Ações metabólicas e fisiológicas 
■ Reações de luta ou fuga 
■ Aumento da glicemia 
● Aumento da gliconeogênese, aumento da ​glicogenólise, diminuição da utilização 
glicose músculo e tec. Adiposo 
■ Diminui secreção de insulina 
■ Lipólise: por ação da LHS (lipase hormônio sensível), libera AGL e glicerol 
■ Aumento da síntese protéica 
● No músculo tem ação anabólica, protegendo a massa muscular, necessária 
para a luta ou fuga. Evitam a ação danosa do cortisol no músculo 
■ Aumento da sudorese e termogênese 
■ Dilatação das pupilas 
■ Broncodilatação (adrenalina) 
■ Contração de esfíncteres 
■ Aumento da frequência e contratilidade cardíaca 
● Na clínica, a frequência com a noradrenalina diminui (apesar de ativar os 
receptores adrenérgicos B1 no coração) por ativação de barorreceptores com o 
grande aumento da PA, diferente da adrenalina que aumenta pouco a PA 
■ Aumento de vasoconstrição periférica 
■ Aumento da Pressão Arterial 
 
■ Resistência vascular periférica total 
● Adrenalina: Reduz 
● Noradrenalina: Aumenta 
■ Adrenalina 
● É amplificadora do simpático 
● Ações no metabolismo da glicose 
● Vasoconstrição: órgãos internos e periferia (em grandes quantidades a 
adrenalina perde seletividade por receptores B2 do músculo liso vascular, 
ativando a2, causando vasoconstrição) 
● Vasodilatação: ​músculos 
● Os contrarreguladores são liberados para evitar hipoglicemia 
○ Glucagon: atua sobretudo no fígado. Pouco papel na periferia 
○ Catecolaminas 
○ GH 
○ Cortisol 
● Insulina: contrapõe a hiperglicemia. Ações anabólicas - síntese e 
armazenamento 
 
● Alteração da função Adrenal 
○ Hipofunção 
■ Menor reabsorção de sódio 
■ Hipovolemia: estimula liberação de ADH e sede 
■ Hipoglicemia: pela falta de cortisol 
○ Doença de Addison 
■ Insuficiência adrenocortical 
■ Causas: tumores, infecções, auto-imune 
■ Redução do cortisol, redução da aldosterona 
● Aumento do K+ plasmático 
● Diminuição nas concentrações de Na+ e reabsorção Diminuição dos níveis 
plasmáticos de glicose 
● Diminuída PAM 
● Diminuída resistência ao estresse 
● Maior risco de falência renal 
■ Sintomas: hiponatremia, hipotensão, diminuição do volume sanguíneo, 
hiperpigmentação, acidose metabólica, fraqueza muscular 
■ Diagnóstico: níveis de ACTH elevados 
■ Acantose (manchas na pele): aumento da ​ secreção de MSH 
○ Síndrome de Cushing 
■ Hipercortisolismo 
■ Origem adrenal: Síndrome de Cushing (patologia primária) 
■ Origem hipófise: Doença de Cushing 
■ Tumores ectópicos secretores de ACTH, tratamento crônico com glicocorticóides 
■ Sintomas: hiperglicemia, obesidade central, face “lua cheia”, braços e pernas finos, 
atrofia muscular, deficiência de cicatrização, pele fina, equimoses, estrias arroxeadas, 
osteoporose 
○ Síndrome adrenogenital 
■ Principal causa: tumores secretores de andrógenos 
■ Mulheres: características de masculinização 
■ Homens pré-púberes: desenvolvimento precoce dos órgãos genitais 
○ Hiperplasia adrenal congênita: deficiência de 21-hidroxilase 
■ Não produz cortisol 
■ Aumenta CRH, ACTH 
 
■ A via de síntese é desviada para os andrógenos 
■ Masculinização de fetos femininos (genitália externa) 
■ Puberdade precoce em meninos 
○ Síndrome de Conn 
■ Hiperaldosteronismo primário 
■ Tumor secretante de aldosterona 
■ Sintomas: hipertensão, hipocalemia, alcalose metabólica 
■ Tratamento: Espironolactona (antagonista de aldosterona) 
 
 
 
Glândula Tireoide 
 
● Localizada sobre a traquéia, na porção anterior do pescoço, pesa 10 a 25 g e consiste de um lobo 
direito e um lobo esquerdo conectados pelo istmo 
● A principal função: ​síntese e armazenamento dos hormônios tireoidianos: ti​roxina(T4) e 
triiodotironina (T3) 
● Aporte sanguíneo: carótida externa e subclávia, garante a chegada de iodo para a síntese dos 
hormônios tireoideanos 
○ Altamente vascularizada 
○ O aporte sanguíneo é regulado pelo Sistema Nervoso autonômico (Simpático = aumento do 
fluxo sanguíneo) 
● Histologia: folículos cheios de coloide cheio de tireoglobulina (ao redor camada de células cúbicas) e 
associação com Células C (calcitonina) 
● Composta por folículos, constituídos de células epiteliais foliculares, parafoliculares e tecido conectivo 
● O Folículo é a unidade secretora funcional da glândula, que consiste de uma camada de células 
epiteliais dispostas ao redor de uma grande cavidade central repleta de colóide (rico em tirioglobulina) 
● O colóide corresponde ~30% da massa total e contém a proteína tireoglobulina (TG) – fundamental 
para a síntese dos hormônios T3 e T4 
● Os produtos de secreção da glândula são as iodotironinas, uma classe de hormônios formada pelo 
acoplamento de duas moléculas de tirosinas iodadas 
○ ~ 90% da produção: 3,5,3’,5’-tetraiodotironina (tiroxina ou T4). O T4 é um ​pró-hormônio ​que 
dará origem ao T3 e rT3 
○ ~ 10% da produção é de 3,5,3’-triiodotironina (T3), a​ forma ativa 
○ ~1% da produção é de 3, 3’,5’-triiodotironina (T3 reverso ou rT3), ​uma forma inativa 
● A conversão periférica converte T4 em T3 pela ação das enzimas ​desiodases ​é essencial para 
garantir a biodisponibilidade do hormônio 
○ Desiodase tipo 1 presente em tecidos com alto fluxo sanguíneo e rápida troca plasmática como 
o fígado, rins e musculatura esquelética 
○ Desiodase tipo 2 presente no cérebro e na hipófise (sensor de T4 na hipófise, papel importante 
para regulação por retroalimentação negative da produção de TSH, ver adiante) 
○ Desiodase tipo 3 converte o T4 numa forma inativa do hormônio 
○ Excesso de HT na circulação -> aumenta desiodase tipo 3 -> gera mais T3 reverso (sem 
efeito biológico) 
○ Hipotireoidismo => aumento de D2 -> dentro da célula tenta compensar convertendo o pouco 
T4 que tem em T3 (+ efeito biológico tireoidiano). 
■ Pelos efeitos clássicos o T4 se converte em T3 para exercer efeito biológico 
● O iodo é obtido da dieta e encontra-se armazenado na tireóide 
○ O termo "iodo" se refere a molécula, ao iodo inorgânico (I-) e aquele ligado à tirosina por 
ligação covalente (organificado) 
○ O termo "iodeto" se restringe ao íon I 1- 
 
○ Na dieta ocidental com suplementação de iodo no sal, um adulto ingere cerca de 500 μg de 
iodo/dia, na forma orgânica e inorgânica 
○ Na circulação: pool de ~ 250 μg de iodeto que é absorvido é destinado preferencialmente para 
a tireóide e menor parte é eliminada na urina 
○ A tireoide concentra em torno de 8.000 μg de iodo, e 90% ligados ao aminoácido tirosina 
(organficado) e 10% como iodeto. O turnover do iodo da glândula émuito lento, por volta de 1% 
ao dia 
○ Já o clearance renal do iodo é de 30 a 40 mL/ min (~500 μg são eliminados pela urina) 
○ Autorregulação feita pelo iodo 
■ Excesso de iodo gera hipotireoidismo transitório: Efeito de Wolff-Chaikoff 
● Diminui expressão da NIS (transportador importante na captação de iodo) 
● Diminui expressão do TPO (enzima responsável pela oxidação e organificação 
do iodeto) 
● Diminui expressão da pendrina 
● Assim, após ingestão de excesso de iodo, tem-se um bloqueio da glândula 
tireóide. Porém, após certo tempo, ocorre um escape do efeito e a atividade das 
enzimas, por ação do TSH, volta a aumentar 
■ Excesso crônico de Iodo 
● Ingestão crônica -> iodo restante começa a gerar lesão tecidual, inflamação 
(tireoidite) - iodo muito reativo -> perda de células funcionais e entra em um 
quadro de ​hipotireoidismo 
 
● Síntese do T3 e T4: 
○ I. Incorporação do iodo pela célula folicular 
■ Mecanismo de concentração do iodeto pela glândula 
● 1- Iodeto é transportado para o citosol da célula folicular por um transportador 
do tipo simporte 2Na+/Iodeto (NIS) 
● 2- Na+ move-se a favor do seu gradiente de concentração, que é mantido pela 
Na+/K+-ATPase, a qual bombeia constantemente o Na+ para fora do citoplasma 
● 3- O iodeto alcança o colóide através do canal de iodeto (​pendrina​) 
 
 
 
○ II. Organificação 
■ Na luz folicular, os resíduos de tirosina dentro da matriz de tireoglobulina (TG) são 
iodados pelo iodo (I+), formado pela oxidação do iodeto pela enzima tireoperoxidase 
(TPO). A​ TPO​ é um complexo enzimático que atravessa a membrana apical 
● A TPO catalisa três reações: oxidação dos íons I-, iodação da tireoglobulina e 
acoplamento das iodotireosinas 
■ O oxidante (aceptor de elétrons) da reação é o peróxido de hidrogênio (H2O2). O 
mecanismo de geração do H2O2 na tireoide envolve a ​NADPH oxidase (ThOx)​, 
também localizada na membrana apical 
■ O iodo liga-se ao carbono 3 ou ao carbono 5 dos resíduos de tirosina da TG, em um 
processo conhecido como ​organificação do iodo 
■ Essa iodação de tirosinas específicas localizadas na TG produz resíduos de tirosina 
monoiodada (MIT, de monoiodinated tyrosine) e de tirosina diiodada (DIT, de 
diiodinated tyrosine), que são enzimaticamente acoplados para formar a tri-iodotiro- 
nina (T3) ou a tetraiodotironina (T4) 
■ O acoplamento dos resíduos de tirosina iodada, seja como dois resíduos de 
di-iodotirosina ou um resíduo de monoiodotirosina e um de diiodotirosina, é catalisado 
pela enzima ​TPO 
● Modoiodotironina (MIT) + Diiodotironina (DIT)= T3 
● DIT + DIT= T4. O T4 é o HT prevalente em humanos 
○ III. Secreção 
■ A secreção hormonal envolve a endocitose do coloide contendo TG, seguida de 
degradação da TG, por ação de proteases, e, então, ocorre a liberação de 
tetraiodotironina (T4) e tri-iodotironina (T3) 
■ Parte da T4 produzida é desiodada no folículo da tireoide a T3, que é então liberada na 
corrente sanguínea, reciclando parte do iodeto para a participação na síntese de novo 
hormônio 
■ Transportadores que levam os hormônios para a corrente sanguínea (passivo!) 
● MCT8​: para o T3 
● OACTP1​: para o T4 
○ IV. Transporte 
■ T3 e T4 (característica lipofílica) circulam ligados a proteínas plasmáticas, a principal é 
a tiroglobulina ligado de tiroxinas (​TBG​, tyroxine-binding globulin​) carrega ~70 % dos 
hormônios da tireóide. Assim, alterações nas concentrações plasmáticas de TBG tem 
grande impacto nas ações biológicas do T3 e T4 
■ O fato de estar ligado à proteína possui a vantagem de diminuir a depuração 
■ Mas existem outras, conforme a tabela abaixo 
 
■ Há uma pequena quantidade dos hormônios tireoidianos que esta livre e age nos 
tecidos, é metabolizado e excretado -> realiza feedback negativo => com ​hipotálamo e 
hipófise 
 
● Mecanismo de ação 
○ A tireoide libera mais quantidades de T4 do que de T3, de modo que as concentrações 
plasmáticas de T4 são 40 vezes maiores que as de T3 (90 versus 2 nM). A maior parte do T3 
circulante é formada na periferia por desiodação da T4. Por conseguinte, T4 atua como ​pró- 
hormônio do T3 
○ T3 atua como fator de transcrição modulando, dessa forma, a transcrição gênica 
■ HT se liga ao receptor (receptor dentro da célula) -> normalmente já no gene 
responsivo -> transcrição de inúmeras proteínas ligadas a taxa metabólica basal, 
sistema cardiovascular e metabolismo 
■ Age em nível pós-transcricional .: mais rápido 
■ Inibem TRH e TSH => inibe transcrição do RNA mensageiro deles e a secreçãodeles 
○ Ações não genômicas: se liga a proteínas de membrana e desencadeia fosforilações, 
modulação de citoesqueleto etc ~ ações muito mais rápidas do que as clássicas/genômicas 
 
● Ações biológicas 
○ Os hormônios da tireoide atuam em praticamente todas as células do organismo 
○ Ações no sistema cardiovascular: ​aumento do débito cardíaco 
■ Estimula miosina pesada alfa (contração rápida) 
■ Aumenta força de contração e frequência (inotropismo e cronotropismo positivo) 
■ Hipertrofia do coração 
■ Aumenta receptores beta-adrenérgicos 
○ Os hormônios da tireóide aumentam a taxa basal de consumo de oxigênio e produção de calor 
(taxa metabólica basal) 
■ Exerce este efeito porque aumenta as proteínas desacopladora mitocondriais (UCPs) 
■ A ​termogênese ​aumenta com a utilização do O2, de tal maneira que variações na 
temperatura corpórea são paralelas à disponibilidade dos hormônios da tireoide 
 
■ Hipertermia, entretanto, não é observada porque existe um aumento compensatório na 
perda de calor pelo aumento apropriado do ​fluxo sanguíneo, sudorese e respiração, 
processos mediados pelo hormônio tireóideo 
■ O hipertireoidismo é acompanhado por intolerância ao calor​, enquanto o 
hipotireoidismo é acompanhado pela intolerância ao frio 
○ FETO: 
■ Crescimento do córtex e cerebelo 
■ Aumento das proteínas ligadoras (produção pelo fígado), redução da fração livre 
(feedback para 
■ aumentar a produção) 
■ IGF-2​:​ ​Hormônio do crescimento fetal 
■ Hipotireoidismo congênito: avaliado pelo teste do pezinho. TSH marcado 
■ Hormônios tireoidianos tem papel no desenvolvimento neural e também na produção de 
surfactante 
■ Desenvolvimento e maturação alveolar 
○ ATÉ OS 2 ANOS: 
■ Proliferação de axônios, ramificação de dendritos e mielinização 
■ Desenvolvimento e erupção dos dentes 
○ CRIANÇA E ADULTO: 
■ Crescimento ósseo (ossificação endocondral) 
● T3 estimula produção de GH, que, por sua vez, estimula a produção de IGFs 
pelo fígado. O IGF-1 estimula a proliferação de condrócitos, aumenta a 
hipertrofia dos condrócitos no disco epifisário, fazendo crescimento linear 
■ Altura 
■ Idade mental 
■ Estado de alerta 
■ Resposta a estímulos externos 
■ Percepção da fome 
■ Memória 
■ Capacidade de aprendizagem 
■ Reflexos nervosos 
■ Frequência respiratória 
■ Ausência dos hormônios tireoidianos durante a gestação ou até 2 anos induzirá a 
patogenia do ​cretinismo 
● Retardo mental, atraso no crescimento, baixa estatura, deficiência de 
desenvolvimento ósseo, baixa atividade metabólica, obesidade 
● Tratamento com tiroxina na infância 
○ Recuperação das funções metabólicas, retomada do crescimento normal 
○ Deficiência neurológica é irreversível 
■ Carboidratos: 
● ↑Captação glicose (aumento da insulina) 
● ↑Oxidação da glicose 
● ↑Gliconeogênese e ↑Glicogenólise (aumenta o substrato para o aumento do 
metabolismo) 
● ↑ secreção insulina 
■ Lipídeos: 
● ↑Síntese de ácidos graxos: ↑ acetil-CoA carboxilase e ↑ ácido graxo sintase 
● Intensifica a lipólise: ↑ receptores β-adrenérgicos 
● ↑Depuração de quilomícrons 
● ↑Turnover de lipídios: ↑ liberação de ácido graxos e sua oxidação) 
■ Proteínas: 
● Glicogênio muscular e fosfocreatina são diminuído por excesso de T3 
 
● O aumento do ​turnover de proteínas ​(O turnover proteico é um fenômeno onde 
a síntese e degradação acontecem em simultâneo, havendo a renovação da 
proteína corporal): liberação de aminoácidos do músculo, degradação de 
proteínas e, em menor intensidade, síntese proteica e formação de ureia 
 
● Eixo Endócrino Hipotálamo-Hipófise 
○ Controle da função tireoidiana 
○ Neurônio hipotalâmicos liberam o TRH no sistema porta-hipofisário 
■ Estimulação dos tireotrofo (5% de células da adeno-hipófise) pelo TRH a liberar o TSH, 
também estimula o lactotrofo a liberar prolactina 
● Aumenta os pseudópodos 
○ Endocitose do colóide e incorporação da tireoglobulina organificada com 
a incorporação do iodo 
● Aumenta a formação de colóide e a formação de gotículas de colóides no 
citoplasma 
○ Síntese proteica de tireoglobulina (proteína chave para produção de T3 e 
T4) 
● Síntese de pendrina, de NIS e de megalina 
○ T3 exerce retroalimentação negativa sobre neurônios hipotalâmicos e sobre a hipófise 
 
● Hipotiroidismo 
○ Diminui T3, T4. Aumenta TRH e TSH 
○ Sintomas 
■ Redução do metabolismo basal; ganho de peso; reduz produção de calor 
■ Redução da função cardíaca (bradicardia, redução do débito cardíaco) 
■ Letargia 
■ Problemas com memória, constipação, depressão 
■ Mixedema: aumento extracelular de mucopolissacarídeos 
■ Alta produção de colesterol 
○ Hiportireoidismo Primário 
■ 95% dos casos: ​disfunção da glândula 
■ in utero → grave deficiência mental ou cre<nismo 
■ Adultos → diminuição ou a um aumento no tamanho da glândula tireoide 
■ A diminuição do tecido da tireoide costuma ser causada por doença autoimune, levando 
à destruição do parênquima da glândula; entretanto, pode resultar também de cirurgia 
ou de tratamento com iodo radioativo 
■ ↑ tireoide → bócio: (1) infiltração linfocítica e anticorpos autoimunes que inibem o 
transportador NIS (​↓ T3 e T4​) - ​doença de Hashimoto​; (2) deficiência dietética de iodo 
○ Hiportireoidismo secundário 
■ ↓ secreção do TSH → ​distúrbios da adenohipófise ou do hipotálamo e, algumas 
vezes, pode ocorrer em associação a outras anormalidades dos hormônios 
adenohipofisários 
■ O hipotireoidismo secundário → falta de estimulação do receptor de TSH em virtude da 
redução da liberação de TSH 
■ Não há a formação de bócio 
○ Hipotireoidismo terciário 
■ Menos de 1% dos casos 
■ Problema envolvendo o TRH 
○ Resistência ao hormônio tireoidiano (rara) 
○ Bócio endêmico: geralmente deficiência do iodo; 
■ Crescimento da tireoide -> aumenta TSH -> mas não produz HT -> Hipotireoidismo 
○ Tratamento 
 
■ Triiodotironina (T3): liotironina. Meia vida de 2-5 dias. Tratamentos de emergência 
■ Tetraiodotironina (T4): tiroxina, levotiroxina. Meia vida de 6 dias. Droga de escolha 
 
● Hipertireoidismo 
○ Altos níveis de T3 e T4. Baixa no TSH e TRH 
○ Exoftalmia: protrusão dos olhos. Ocorre devido ao aumento da massa de tecido adiposo que 
existe atrás dos olhos 
○ Pode apresentar bócio, perda de cabelo, perda de peso, depressão ansiedade e hiperatividade 
○ ↑ atividade funcional da glândula <tireoide → ↑metabolismo basal e distúrbios do sistema 
nervoso autônomo 
○ A incidência é maior nas mulheres (2%) do que nos homens (0,02%). 
○ Várias afecções podem levar ao hipertireoidismo: 
■ Bócio tóxico difuso ou doença de Graves 
● Anticorpos se ligam ao receptor de TSH 
● Tratamento 
○ Iodo radioativo 
○ Retirada cirúrgica da tireoidie 
○ Drogas antireoideanas 
■ Bócio nodular tóxico 
● Decorrente de neoplasia benigna 
● Não apresenta exolftalmia 
● Tratamento: iodo radioativo, retirada cirúrgica da tireoide 
■ Adenoma tóxico 
■ Hipertireoidismo induzido por terapia (p. ex., reposição excessiva de T4 ou T3) 
■ Ingestão excessiva de iodo 
■ Tireoidite 
■ Carcinoma folicular e tumor hipofisário produtor de TSH 
○ Entretanto, a causa mais comum de hipertireoidismo em adultos é o bócio tóxico difuso ou 
doença de Graves (autoimune) 
 
Pâncreas 
 
Regulação Energética 
● Estoque de ATP -> inviável, por isso é necessário estocar uma forma de energia que produza ATP => 
glicose e ácido graxo 
● Gasto energético diário médio: 2300 kcal 
● Uso da energia: 
○ Cérebro, hemácias , leucócitos e músculos -> uso de glicose plasmática 
○ Músculos e adipócitos disponibilizam piruvato/lactato/aminoácidos/glicerol como fonte 
energética (gliconeogênese) 
 
Utilização de substratos energéticos 
● Fontes básicas de energia:gorduras, carboidratos 
○ Oxidação de 1 molécula de carboidrato: 38 ATP 
○ Oxidação de 1 molécula de lipídeo: 129 ATP 
● Carboidrato: ​glicogênio hepático e muscular e glicose extracelular. 
○ Glicogênio hepático: reserva é ativada rapidamente​ e se esgota em +- 2 horas. 
○ Reserva menor mas de fácil mobilização. 
○ O fígado contém a glicose-6-fosfatase 
○ Glicogênio muscular:​ não é mobilizado como fonte energética 
 
○ O músculo não exporta energia sobre a forma de glicose​: músculo não possui a enzima 
(glicose-6- fosfatase) que retira o fosfato da molécula e permite que a glicose atravesse 
membranas biológicas, por isso, a reserva de glicose no músculo é para o músculo 
○ A disponibilização de energia pelo músculo só ocorre pelo lactato 
○ Neurônios, hemácias e regiões de baixa perfusão utilizam exclusivamente glicose. Não 
possuem a maquinaria necessária para utilização de ácidos graxos. Para utilizar lipídeos, 
precisa de muito O2, gerado pela cadeia respiratória. As hemácias não têm mitocôndrias e os 
neurônios possuem poucas 
○ Na mitocôndria, o rendimento metabólico é de cerca de 50%. Logo, parte da energia é 
dissipada como calor 
○ Regiões de baixa perfusão: glicose produz ATP fora da mitocôndria em escala menor, com 
rendimento menor. O processamento dos ácidos graxos é na mitocôndria. 
○ Cérebro: ​é extremamente sensível a altas temperaturas e por isso não pode usar ácidos 
graxos, pois não suporta a intensa produção de calor, além disso a dissipação é difícil. 
○ Vantagem: a molécula de glicose é facilmente encontrada e sua estrutura é relativamente 
comum 
○ Desvantagem de armazenar glicose como fonte de energia: a glicose está presente no 
glicogênio muscular principalmente. Para estocar a glicose no músculo é necessário água e 
tem metade das kcal de uma molécula de gordura -> reserva a base de glicose é pesada 
(inviável). 
● Gorduras:​ triglicerídeo muscular, triglicerídeo do tecido adiposo, triglicerídeos no plasma 
○ Vantagem ​do estoque de energia no formato de gordura: estocar forma de energia mais leve 
(menos densa), que gera mais energia 
○ Desvantagem: ​a quebra é lenta e precisam de oxigênio (a molécula de gordura precisa do 
dobro de oxigênio para ser oxidada -> gera + calor sem produzir ATP) 
○ Fosfatos: acaba em 6-8 segundos quando a reserva está alta 
○ Proteínas musculares: menos importante como fonte energética 
Lipídios 9,1kcal/g vs. Carboidrato 4,2 kcal/g -> armazenamento em gordura é evolutivo. 
 
● Treinamento físico aeróbico -> aumenta a quantidade de mitocôndrias e aumenta a eficiência 
metabólica 
○ Maratonista, por exemplo, não precisa estocar tanta energia porque usa a molécula energética 
com maior eficiência 
 
Regulação da glicose 
● Feita por hormônios de ação rápida e ação lenta. Hormônios são CONTROLADOS, enquanto a 
glicose é a variável REGULADA. Esta deve permanecer em uma faixa de segurança 
● São muitos os mecanismos que evitam a hipoglicemia​, vista que a baixa de glicose é mais grave 
que a hiperglicemia. A hipoglicemia é de difícil diagnóstico e é causa frequente de morte súbita 
○ GH 
○ Glicocorticoides: cortisol tem ação mais longa 
○ Adrenalina, NOR 
○ Glucagon: age sobretudo no fígado. Não tem ação periférica significativa 
○ Possuem efeito sinérgico, isto é, aumento da glicose sanguínea causado pelo glucagon, 
cortisol e epinefrina sozinhos< glucagon+epinefrina < cortisol+glucago+epinefrina 
● Mecanismo que evita hiperglicemia 
● Liberação de insulina 
● Consequências da glicemia elevada: glicose é um açúcar redutor, que faz reações não enzimáticas, 
como a glicação de proteínas. Liga-se ao radical -NH2 e proteína perde a função 
● Sensor metabólico que aciona o sistema de controle 
○ Sensor metabólico intracelular: músculo 
 
■ AMPkinase -> uso de glicose sem atuação da insulina -> aumento da AMPc resultante 
da quebra do ATP, aumenta a quantidade de Ca++ e transloca o GLUT na membrana 
favorecendo a entrada da glicose. Além disso, aumenta a quebra do glicogênio 
■ As células musculares tem sensor para utilização de ácidos graxos e troca de substrato 
energético conforme necessidade (ácido graxo/glicose). 
○ Sensor metabólico sistêmico: células beta 
■ O sensor é constituído do GLUT2, uma enzima fosforiladora de glicose e um 
mecanismo de liberação de insulina 
■ GLUT2: transportador de glicose constitutivo (constantemente aberto) 
■ Enzima fosforiladora: glicokinase (não-saturável [≠ hexokinase - facilmente saturável]) 
■ Mecanismo de liberação de insulina: abertura/fechamento dos canais de K+ 
■ Funcionamento: glicokinase fosforila a glicose que entra constantemente pelo GLUT2, 
mantendo o fluxo de glicose na célula -> proporção ATP/ADP: 
● Alta proporção (metabolismo alto ~glicemia alta) -> influxo de K+ por canais de 
potássio ATP-dependente 
● Baixa proporção (metabolismo baixo ~glicemia baixa) -> canal de K+ fechado 
 
 
Glândula pancreática 
● É uma glândula exócrina e endócrina que desempenha papel fundamental na digestão e no 
metabolismo energético 
● Produtos exócrinos: líquido alcalino rico em enzimas digestivas, secretado no intestino delgado para 
ajudar no processo digestivo 
● Produtos endócrinos: ~1a 2% da massa pancreática é composta por células que compõem as 
ilhotas, as quais secretam os hormônios: 
○ Células beta (60%): Insulina e Amilina (co-secretada com a insulina pelas células beta do 
pâncreas, é um inibidor da ingestão alimentar) 
○ Células alfa (25%): Glucagon 
○ Células F (<10%): Polipéptido Pancreático (PP) 
○ Células Delta (<10%): Somatostatina 
○ Células produtoras de Gastrina (1%): Gastrina (secreção ácida estomacal) 
● O fluxo sanguíneo através das ilhotas passa pelas células beta, que predominam no centro da ilhota, 
então, para as células alfa e delta, que predominam na periferia. Consequentemente, as primeiras 
células afetadas pela insulina circulante são as células alfa, nas quais, a insulina inibe a secreção de 
glucagon 
● Este fluxo é controlado pela inervação simpática aos capilares sanguíneos 
● Localização do pâncreas: “lugar certo”: drenagem pela circulação porta-hepática -> hormônios atingem 
primeiro o fígado 
○ Fígado: maiores concentrações => cerca de metade da insulina liberada é metabolizada e já 
gera seus efeitos anabólicos (aumenta síntese proteica/do glicogênio hepático) 
○ Circulação sistêmica: a concentração da insulina é reduzida e mais diluída e, assim, 
observa-se um menor estímulo à captação periférica da glicose + maior disponibilidade para o 
cérebro (GLUT insulino-dependente) 
○ Além disso, pela veia porta porta passam os componentes hidrossolúveis que são absorvidos 
pelo intestino (carboidratos e aminoácidos). 
● O parassimpático inerva diretamente a célula beta pancreática (veremos adiante que isso é importante 
para o controle da secreção de insulina) 
○ Insulina 
■ Produzida pelas células beta (60% da ilhota) 
■ A insulina é pleiotrópica (pode se ligar a diferentes receptores) -> cada receptor possui 
uma via de sinalização, variando de acordo com a célula em que o receptor está 
■ Síntese: 
 
● Hormônio proteico 
● Ribossomos: o RNAm maduro inicia a síntese do peptídeo sinal N-terminal (S), 
seguida pelas cadeias B, C e A 
● O sinal é degradado durante o curso da finalização da molécula de pró-insulina. 
Esta última é dobrada em uma conformação que permite a formação de ligações 
dissulfeto entre as cadeias A e B 
● Complexo de Golgi e dos vesículas secretórias: enzimasconversoras 
removem a cadeia C, conhecido como ​peptídeo C​, dessa forma completando a 
síntese de insulina 
● A insulina e o peptídeo C livre são acondicionados em grânulos secretores no 
aparelho de Golgi, sendo liberados juntos 
● Esses grânulos acumulam-se no citoplasma em dois reservatórios: um de 
liberação rápida (5%) e um de armazenamento dos grânulos (mais de 95%, 
exocitose regulada) 
● A sequência de aminoácidos da insulina é altamente conservada entre as 
espécies → no passado, a insulina suína e a bovina eram usadas para tratar 
pacientes com diabetes melitus 
● Na atualidade, dispõe-se de insulina recombinante humana, que substituiu a de 
origem animal, evitando-se, assim, problemas, como o desenvolvimento de 
anticorpos dirigidos contra a insulina não humana 
■ Liberação de insulina 
● Entrada de glicose via GLUT2 é o principal fator para ↑ liberação de insulina 
● O aumento da glicose no citosol leva a oxidação da mesma, formando ATP, o 
qual acumulado induzirá o fechamento de canais que transportam K+ para o 
meio extracelular, desencadeando uma despolarização da célula 
● A despolarização ativa canais de Ca2+ voltagem-dependente, permitindo o 
influxo de cálcio, o qual induzirá a exocitose de grânulos de insulina 
● Outros fatores que aumentam a liberação de insulina: 
○ 1. Oxidação de outros substratos energéticos: ácido graxo livre (AGL) e 
aminoácidos 
○ 2. Peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1, incretinas) 
○ 3. Acetilcolina (Ach) 
○ 4. Glucagon 
● Fatores que inibem a liberação de insulina: 
○ 1. Adrenalina ou noradrenalina 
○ 2. somatostatina 
● A liberação é conjunta da insulina e do polipeptídeo C 
○ Peptídeo C não é prontamente degradado no fígado → meia-vida 
relativamente longa do peptídeo (35 minutos) faz sua liberação ser 
utilizada como índice de capacidade secretora do pâncreas endócrino 
● Por que a insulina sobe rapidamente após refeição rica em carboidrato? 
○ 1a fase: protege o corpo de picos elevados de glicose que poderiam 
ocorrer após as refeições. A absorção da glicose ingerida é rápida. 
Lembrar que a superfície de absorção do intestino delgado é cerca de 70 
m2 
○ 2a fase: menor liberação. 
● Liberação bifásica 
○ Quando estimuladas, as células β liberam insulina de acordo com um 
padrão bifásico: inicialmente do reservatório de liberação rápida, seguido 
pelo reservatório de armazenamento dos grânulos. Apenas uma 
pequena fração das reservas celulares de insulina é liberada, mesmo em 
condições de estimulação máxima 
 
○ A insulina circula em sua forma livre, com meia-vida de 3 a 8 minutos, e 
é degradada predominantemente pelo fígado, com degradação de mais 
de 50% durante sua primeira passagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● Liberação pulsátil 
○ Em resposta a uma refeição, o aumento na liberação de insulina resulta 
de uma maior frequência e amplitude de sua liberação pulsátil. São 
mostradas aqui as concentrações de insulina no sangue porta em 
condições basais (à esquerda) e depois de uma refeição 
■ Mecanismo de ação 
● O receptor de insulina é membro da família receptor tirosinaquinases 
● Composto de sub-unidades α/β, α são externas à membrana celular e contêm 
os sítios de ligação a hormônios. As subunidades β cruzam a membrana e 
contêm tirosinocinase na superfície citosólica. (B) 
● Insulina ligada à subunidade alfa promove autofosforilação das ​subunidades β 
→ recrutam proteínas adaptadoras, dentre elas: 
○ Receptor de insulina (IRSs)​ → IRS são fosforiladas 
○ A ​3-fosfoinositol-cinase (PI3K) é então recrutada para a membrana, 
onde ela fosforila seus substratos e ativa a ​via dependente de 
proteino-cinase B (PKB, também chamada de Akt 
 
■ Sinalização responsável pelo evento importante da capacitação 
desses transportadores de insulina serem recrutados para a 
membrana da célula-alvo à insulina 
● Insulina também promoverá a fosforilação da MAPK, a qual está envolvida nas 
ações mitogênicas da insulina (crescimento) 
■ GLUT 
● GLUT1: captação de glicose geral 
● GLUT2: fígado, célula beta, rim, intestino delgado. O GLUT2 tem km alto e estão 
presentes em células que são sensores 
● GLUT3: cérebro, neurônios 
● GLUT4: músculo, tecido adiposo, coração. Presença em tecidos de alta 
atividade metabólica nos quais a captação de glicose depende de insulina 
■ Ações biológicas da insulina 
● Efeito imediato: ​aumento da captação de insulina 
○ Impede glicação 
○ Aumenta glicogênio periférico 
○ Provir reserva de energia para o momento de emergência/manter 
estoque nas células 
○ Impedir o excesso circulante de glicose 
○ Este efeito é via ↑ GLUT4, principal transportador de glicose responsivo 
à insulina 
○ GLUT4 é expresso predominantemente no ​músculo estriado e no 
tecido adiposo​. De modo diferente das outras isoformas de GLUTs, os 
GLUT4 são sequestrados em vesículas de armazenamento 
especializadas que permacem no interior das células em condições 
basais 
○ A incorporação do GLUT4 (que está no interior da célula em formato de 
grânulos) na membrana é estimulada pela insulina 
○ No músculo 
■ Aumento do transporte de aminoácidos e a síntese protéica, por 
meio da fosforilação de uma serina/treonina proteína-quinase, 
conhecida como alvo de rapamicina de mamíferos (mTOR, de 
mammalian target of rapamycin) 
■ Aumento da síntese de glicogênio via inibição da enzima 
glicogênio fosforilase e estimulação da glicogênio sintase 
■ Favorece o armazenamento de lipídeos no músculo 
○ No tecido adiposo 
■ Aumento do transporte de glicose 
■ Formação de glicogênio a partir de glicose 
■ Transformação do piruvato em acetil-CoA 
■ Aumento da transformação da acetil-CoA em malonil CoA 
(contribui para a inibição da lipólise, cetogênese e da lipase 
hormônio sensível) 
■ Ativação da lipase de lipoproteína com maior captação de ácidos 
graxos das lipoproteínas 
■ Inibição da lipólise e da cetogênese via inibição da enzima lipase 
sensível ao hormônio (HSL), o que leva a inibição da degradação 
dos triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol 
○ No fígado 
■ Glicose entra nos hepatócitos por transportadores GLUT2 
(independentes de insulina, e, sim, da concentração de glicose) 
 
● A entrada da glicose no fígado não acontece por um 
processo regulado pela insulina 
■ Glicose é oxidada e fosforilada (glicose 6-P, não sai da célula). 
Esse processo de fosforilação é mediado pela insulina​, ou seja, 
a insulina controla a glicose que permanece no hepatócito, para 
posterior síntese de glicogênio 
■ Aumento da síntese de glicogênio 
■ Inibe produção de corpos cetônicos (derivado de ácidos graxos) 
■ Inibe gliconeogênese 
■ A enzima bifuncional única (fosfofrutoquinase) 
● A insulina causa desfosforilação da enzima, desta forma 
transformando-a em cinase, que eleva o nível de 
frutose-2,6- bifosfatase. Este intermediário estimula a 
atividade da 6-fosfofrutose cinase e altera o metabolismo 
para piruvato (glicólise). 
● A fosforilação da enzima bifuncional pelo glucagon a torna 
uma fosfatase, que reduz o nível de 
frutose-2,6-bifosfatase e com isso aumenta a atividade da 
frutose-1,6-bifosfatase e altera o metabolismo para glicose 
(gliconeogênese) 
 
 
● Efeitos a longo prazo 
○ A estimulação sustentada da insulina: ↑ síntese de enzimas lipogênicas e 
a repressão de enzimas gliconeogênicas 
○ Os efeitos da insulina na promoção do crescimento e os efeitos 
mitogênicos são respostas a longo

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