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1 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Fisiologia endócrina Introdução Sistema endócrino é uma rede integrada de múltiplos órgãos que liberam hormônios, que são substancias químicas capazes de conduzir determinadas informações entre células; os quais exercem variados efeitos em células-alvo próximas ou distantes, com o objetivo de garantir a homeostase. No mecanismo há: - Uma célula secretora, a qual será responsável pela síntese e secreção do hormônio - Uma célula-alvo que irá, por meio de receptores hormonais (R) específicos, reconhecer o hormônio e mudar alguma função celular em resposta. TIPOS DE COMUNICAÇÃO CELULAR: - Endócrina: hormônio será transportado pela corrente sanguínea para atingir a célula-alvo - Parácrina: hormônio atua em uma célula vizinha no mesmo tecido - Exemplo: efeito da insulina na secreção das células beta do sangue - Autócrina: hormônio atua na mesma célula que o produziu - Fatores de crescimento - Neuroendócrina: hormônio é produzido por um neurônio e irá atuar em outra célula - Epinefrina, acetilcolina Os hormônios podem ser: - Proteicos ou peptídicos: maioria dos hormônios, como gonadotrgina, GH, tireotrogina, insulina, glucagon - Este ro i de s: de r i va dos do co le ste ro l; sintetizados no córtex da suprarrenal, nas gôndolas e na placenta - De r i va do s de am in oác i do s (am ina s) : sintetizados a partir da tirosina, como as catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) e hormônios tireoidianos Órgãos e seus respectivos hormônios 2 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Hormônios atuam somente em células com receptores para eles; - alguns tem distribuição ubíqua, ou seja, estão presentes em praticamente todas as células, como o hormônio de crescimento - Possuem saturabilidade: há um número limitado de receptores - Reversibilidade - São sempre cons i derados o pr imeiro mensageiro, o qual em seguida pode desencadear uma série de respostas Os receptores para os hormônios podem ser: Na membrana (superfície celular): serve para hormônios proteicos ou hidrofílicos, os quais não conseguem entrar na membrana - Receptores acoplados à proteína G: nesse caso, a ligação do hormônio ao receptor acoplado à proteína G causa uma mudança de conformação, libera GTP no lugar de GDP - TSH, a vasopressina, ou hormônio antidiurético, e as catecolaminas. Enzimas que interagem com a proteína G: - Adenilato ciclase: leva a produção de AMPc- aumento do AMPc ativa proteína quinase, a qual fosforila as proteínas efetoras, produzindo a resposta celular - Fosfolipase C (PLC): leva a produção de trifosfato de inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG). DAG ativa proteína quinase; IP3 liga-se nos canais de cálcio no retículo endoplasmático - Receptores de proteína tirosina quinase: pr incipalmente insu lina e fatores de crescimento; Dentro da célula (intracelulares) - Hormônios lipossolúveis: tireoidianos e esteroides - O hormônio + receptor intracelular formam o complexo hormônio-receptor; vão translocar/entrar para o núcleo e se ligar a elementos respondidos ao hormônio no DNA, resultando no aumento ou na diminuição da transcrição cênica. REGULAÇÃO DOS RECEPTORES DE HORMÔNIOS Up regulation: quando os níveis do hormônio estão baixos, ocorre aumento dos receptores, pois com mais receptores, há mais chances do hormônio ser captado O receptor é inibidor; quando o hormônio se liga, converte-se em ativador 3 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Down regulation: quando há muito hormônio disponível, há uma diminuição dos receptores; diminuindo a sensibilidade dos tecidos ao efeito do estimulo hormonal CONTROLE DA LIBERAÇÃO DOS HORMÔNIOS C o n t r o l e n e u r a l : m e d i a d o p e l o s neurotransmissores- hipotálamo Exemplos: regulação simpática da glândula suprarrenal; recebe influxo neural direto do sistema nervoso simpático; Controle hormonal: regulação de um hormônio é controlada por outro hormônio; regulação por retroalimentação negativa- hormônios tróficos, todos são liberados pela adeno- hipófise Exemplo de controlados: g l â n d u l a t i r e o i d e e suprarrenal Controle por nutrientes ou íons: o hormônio regula a concentração do nutriente ou íon no plasma; como insulina sendo regulada pela glicose AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO ENDÓCRINA - Imunoensaios (plasma, soro, urina) - Levar em consideração o contexto do paciente; ritmo circadiano, estado alimentado, idade - SEMPRE avaliar hormônio com o fator regulador - O excesso de hormônio-alvo deve ser avaliado com o hormônio trófico apropriado para excluir a possibilidade de produção hormonal ectópica, que em geral é causada por um tumor secretor de hormônio. TRANSPORTE DE HORMÔNIOS A ligação de um hormônio a uma proteína prolonga sua meia vida. - hormônios peptídicos e proteicos - maioria livres hormônios esteroides ou tireoideos- ligados a proteínas plasmáticas. Exemplos: - albumina e pré-albumina - globulina ligadora de tiroxina (TBG) - CBG (cortisol) Taxa de secreção afetada pelo nível do hormônio livre Hipotálamo e neuro-hipófise Hipotálamo: região do cérebro envolvida na coordenação das respostas fisiológicas de diferentes órgãos 4 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Dois mecanismos: - Liberação de neuropeptídeos hipotalâmicos sintetizados dos neurônios hipotalâmicos e transportados até a neuro-hipófise - Controle neuroendócrino da adeno-hipófise por meio da liberação dos peptídeos que medeiam a liberação dos hormônios adeno- hipofisários ANATOMIA FUNCIONAL Tipos de neurônios: Sistema par vicelular- neurônios que se relacionam com a adeno-hipófise: neurônios curtos, corpos celulares difusamente distribuídos no hipotálamo e se projetam para a eminência mediana Sistema magnocelular- núcleos supra ópticos e para-ventricular: neurônios se projetam para a neuro- NEUROPEPTÍDEOS HIPOTALÂMICOS - Estimulam a hipófise anterior a liberar seus hormônios - Os hormônios hipofisários são transportados no sangue venoso que drena a hipófise penetrando no seio intracavernoso e na veia jugular interna para a circulação sistêmica 5 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B ADENO-HIPÓFISE ou HIPÓFISE ANTEIOR produz/libera: ACTH- hormônio adrenocorticotrófico - Estimulado pelo CRH hipotalâmico - Estimula secreção de mineralocorticóides, glicocorticóides e esteróides androgênicos - Regulação via neuropeptídeos hipotalâmicos e Feedback negativo - Crescimento do córtex adrenal: cortisol, aldosterona (estresse) LH/FSH- gonadotrifinas - LH: importante na ovulação; nas células da teca (ovár ios) estimula a síntese de precursores androgênicos - FSH: crescimento e maturação dos folículos ovariano; crescimento dos testículos e espermatogênese - Regulados por feedback negativo TSH- hormônio tireoestimulante - atua na tireoide para produção de T3 e T4; atua em todas as etapas da síntese - Regulação se da por feedback negativo através dos hormônios tireoidianos e fatores hipotalâmicos - Secretado em pulso a cada 2/3h - Regulado por TRH Prolactina- produção de leite - é inibido pela dopamina - Estimulado pelo TRH GH- hormônio do crescimento - Produzido pela hipófise e hipotálamo produz fatores que estimulam (GHRH) e inibem (somatostina); GHIH também estimula pois inibe a somatostatina - Primeiro alvo é o fígado: irá produzir a IGF ou somatomedinas, exercendo os efeitos do GH já que ele possui meia vida muito curta - efeito geral: crescimento; é anabilizante; - Efeito mais especifico: - Aumenta síntese proteica - Aumenta transporte de aminoácidos - Aumenta síntese de RNA - Aumenta atividade dos osteoblastos - No metabolismo de carboidratos e lipídeos: 6 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - DIMINUI utilização de glicose pelos tecidos - AUMENTA LIPÓLISE - Efeito antagônico à insulina - Estimulado pela hipoglicemia, jejum, privaçãoprotéico-calórica (pois causam diminuição do IGF-I), sono - GH alto: inibir hipotálamo - GH baixo: estimulo do hipotálamo para produzir fatores de regulação Anormalidades na secreção de GH Pessoas adultas: acromegalia (aumento das extremidades), hiperglicemia, tumores no fígado Crianças: gigantismo Questões: Qual das seguintes alternativas DIMINUI a secreção de GH? Escolha uma opção: a. Somatomedinas b. Dieta hiperproteíca c. Hipoglicemia d. Sono A secreção de GH estaria mais provavelmente suprimida sob que condição? a.sono profundo b.gigantismo c.acromegalia d.hiperglicemia D u r a n t e o e x e r c í c i o prolongado, as necessidades c a l ó r i c a s d o m ú s c u l o esquelético podem ser obtidas por: a.liberação de ácidos graxos do tecido adiposo pela ação do GH e glucagon b.aumento da lipogênese pela ação da insulina e do cortisol c.a e b corretas d. aumento na glicogenólise h e p a t i c a p e l a a ç ã o d o glucagon NEURO HIPÓFISE ou HIPÓFISE POSTERIOR - Hormônios peptídicos: ocitocina e vasopressina (ADH) Ocitocina: ejeção do leite- contração das células mioepitelias; contração da musculatura lisa uterina durante a parturição Vasopressina (ADH)- hormônio anti-diurético - rins: aumenta a reabsorção de água por um aumento da permeabilidade de agua nos túbulos convolutos distais e nos custos coletores medulares do rim- receptores V2 - Vasos: vaso constritor; aumenta a pressão (aumento da resistência vascular)- receptores V1 Estimulo do hipotálamo para produção - desidratação; exercício (pela sudorese); hipovolemia; redução da pressão Ou seja, quando a diminuição da água corporal, há aumento da osmolaridade do sangue, estimulando o hipotálamo a produzir ADH para aumentar a reabsorção de água 7 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Também é estimulada por uma redução da PA superior a 10% Fatores que diminuem a secreção do ADH - baixa osmolaridade sérica, etanol ( efeito mediado pelos opiáceos endógenos) Fatores que aumentam a secreção do ADH - Aumento da osmolaridade sérica - Contração de volume - Náuseas, Nicotina, opiáceos em altas doses, agentes antineoplásicos Considerações clínicas: - Diabetes insipidus: - Urina e sede excessiva - Falta de ADH: maior quantidade de urina, ou seja, maior perda de água causando aumento da osmolaridade plasmática - Pode ocorrer HIPERNATREMIA (aumento do sódio) - Osmolaridade urinária baixa (pois esta excretando somente água) - Síndrome da secreção inapropriada de ADH - Excesso de ADH - Reabsorve muita água: baixa osmolaridade plasmática - Hiponatremia - Osmolaridade urinária alta - Pode resultar de lesão cerebral ou da produção tumoral de ADH Exemplo de questão: Um paciente apresenta diabetes insípido nefrogênico, consequentemente os rins não respondem ao ADH ocorrendo diluição da urina e perda de água. Dentre as seguintes opções, qual desfecho seria esperado ou qual intervenção seria sugerida? Escolha uma opção: a . Desfecho esperado: concentração plasmática de sódio diminuída b. Desfecho esperado: concentração plasmática de sódio aumentada c. Desfecho esperado: urina concentrada rica em sódio d. Intervenção sugerida: restrição hídrica PINEAL Produz melatonina: secreção aumentada a note; regulada pelo ritmo circadiano Menanócito estimulante POMC: peptídeo que da origem ao ACTH, MSH estimula o melanócito a produzir melatonina TIREOIDE Possui 2 lobos unidos por um istmo; Função: síntese e armazenamento dos hormônios tireoidianos Tipos celulares: - células foliculares (epiteliais): envolvidas na síntese dos hormônios da tireoide 8 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - Células endoteliais: revestem os capilares responsáveis pelo suprimento sanguíneo - Células parafoliculares ou C: envolvidas na síntese de calcitonina, hormônio que atua na síntese de cálcio - Fibroblastos, linfócitos, adipócitos Folículos: unidade secretora ou funcional da glândula; Tireoglobulina: proteína fundamental Eixo hipotalâmico-hipofisário-tireoidiano Hipotálamo produz TRH o qual estimula a h i p ó fi s e a p r o d u z i r T S H - h o r m ô n i o tireoestimulante TSH estimula a tireoide a produzir T3 e T4; Também regulada pelo iodo da dieta Regulação: retroalimentação negativa do eixo TSH é inibido pelo aumento de T3 (produzido pela conversão de T4 em T3) fora do eixo: - estimulo: estado alimentado (hiperglicemia- estimula hipotálamo); frio; - redução: jejum; estresse; Síntese dos hormônios da tireoide - Depende do IODO (iodeto) - é absorvido no TGH e reduzido a iodeto - Peroxidase (oxidação, organificação do iodo, acoplamento das iodotirosinas; controlada pelo TSH) - H2O2 (fonte de poder oxidativo para o funcionamento da peroxidase) - Tireoglubulina ( TG- secretada junto com a peroxidase e controlada pelo TSH) Etapas: 1: captação ativa de iodeto catalisada por um co- transportador Na+- I- (NIS), regulado pelo TSH da tireoide 2: organificação do iodeto - Iodeto é oxidado pela peroxidase (oxida o iodeto) e o une à cadeia da tirosina (na TG), unindo-os por uma ligação covalente na membrana apical da célula folicular - Peroxido de hidrogênio doa oxigênio para oxidação do iodeto - Incorporação pela tirosina - Formação das IODOTIROSINAS- DIT e MIT 3: acoplamento - Catalisada pela peroxidase - União de duas moléculas de iodotirona (ainda na TG) 9 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - MIT+ DIT= T3 tri-iodotironina - Hormônio biologicamente ativo - DIT+ DIT= T4 tetraiodotironina/tiroxina - Reservatório hormonal 4: secreção - Hidrolise da tireoglobulina por micropinocitose de formação de vesículas endocíticas - Digestão endossomos; - Liberação dos hormônios - Difusão simples de T3 e T4 na borda basolateral D e s i o d i n a s e s : c o m p le x o e n z i m á t i c o extratireoidiano; reguladas por níveis de T3; fatores metabólicos e ambientais - Conversão de T4- T3: desiodinase tipo 1 (80%) e 2 - Tipo I: presentes em quase todos os tecidos; - Estimulada pelo TSH; converte T4 a T3 - INIBIDA por drogas como propiltiouracil e agentes contrastes iodados - Tipo II: expressa no cérebro, hipófise, tecido adiposo marrom, placenta, musculo estriado - Produz T3 Conversão de T4 a T3 reverso- tipo 3 Tipo III: cérebro, placenta, pele - converte T4 em T3r (reverso) inativando-o T3 reverso é uma forma de inativar o T3 em situações de provação calórica: jejum, estresse, cirurgias; situações onde é necessário poupar energia Os hormônios tireoidianos penetram na célula por carregadores específicos que favorecem a entrada (proteínas de membrana) - No núcleo, T3 se liga ao receptor - Receptor está na região promotora do gene - Aumenta a transcrição do gene (síntese proteica) - No metabolismo celu lar: aumenta mitocôndrias; aumento do consumo de oxigênio e consequentemente, aumenta o metabolismo - Transcr ição da Na+/K+-ATPase da membrana celular, levando a um aumento no consumo de oxigênio. 10 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - T r a n s c r i ç ã o d a p r o t e í n a d e desacoplamento, aumentando a oxidação dos ácidos graxos e a geração de calor s em pr o d u ç ã o d e t r ifo s fato d e adenosina.- termogênese - Síntese e degradação das proteínas, contribuindo para o crescimento e a diferenciação. - metabolismo proteico - Glicogenólise induzida pela adrenalina, e síntese de glicogênio e utilização da glicose induzidas pela insulina. - Síntese do colesterol e regulação do receptor de lipoproteínas de baixa densidade.- síntese do colesterol Efeitos específicos: Osso: crescimento e desenvolvimento dos ossos pela ativação dos osteoclastos e osteoblastos Sistema cardiovascular: efeito inotrópico, cronotrópico positivo; aumentando débito cardíaco e volume do sangue Tecido adiposo: aumenta a lipólise mediada pelas catecolaminas;aumento da atividade da lipase sensível a hormônio Fígado: regula o metabolismo dos triglicerios e do colesterol Hipófise: regulam a síntese dos hormônios hipofisários; estimulam GH e inibem TSH T3 estimula ossificação, crescimento linear ósseo e maturação das placas de crescimento ósseo T3 aumenta a maturação e atividade dos condrócitos- aumento da produção de somatomedina IMPORTANTE: - excesso de iodo satura o sítio de ligação, reduzindo a organificação: efeito de wolf- chaikoff - Há redução da organificação do iodo pelo excesso de iodo - Deficiencia de iodo na dieta- hipotiroidismo secundário: hipertrofia da glândula= bócio Doença de basedow ou graves: HIPOTIREOIDISMO HIPERDIREOIDISMO Cansaço, fadiga, intolerância ao frio Intolerância ao calor Aumento de peso mesmo com dieta normal Perda de peso Redução dos batimentos (bradicardia) Aumento dos batimentos (taquicardia); tremores Pode aumentar perfil lipídico Pessoa fica ansioso Exames: TSH alto e T3/T4 baixo (clássico) Aumento de T4 e TSH baixo Causas: Mais comum em mulheres Excesso endógeno- pessoa tomando remédio sem indicação Doença autoimune (tireoidite de Hashimoto) Adenomas (tumors benignos) Falta de iodo Doença de basedow- graves 11 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B - doença autoimune mais comum em homens - Possui anticorpo antiredutor de TSH; ele imite o efeito do TSH, hiperestimulando a glândula BOCIO PODE SER HIPO OU HIPER Hipotireoidismo neonatal/fetal/infância - retardo mental - atraso no desenvolvimento esquelético/motor Anticorpos O diagnóstico é feito através da dosagem nos exames de sangue para: o funcionamento da tireoide (TSH e T4 livre) e para a identificação de anticorpos: - dosagem de Anti-TPO (anticorpo anti peroxidase ou anticorpo antimicrossomal) - Bloqueia síntese dos hormônios - anti-tireoglobulina (comum T. hashimoto) - Altera a síntese da tireoglobulina - anti receptor TSH (TRAB)(comum D. graves) - Hiperestimula a glândula; imita ação do TSH METABOLISMO DO CÁLCIO E FOSFATO- PTH E CALCITONINA Importante para função normal das células; Calcio: - contração muscular - Propagação do estímulo nervoso - Exocitose de hormônios - Atividade enzimatica - Coagulação sanguínea - Manutenção das junções apertadas - Estabilidade da membrana Fosfato: - mineralização ossea - Metabolismo energético - Armazenamento e decodificação do código genético 12 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Paratideoides - células principais sintetizam e secretam PTH; - Função na regulação dos níveis de cálcio e da massa óssea, participa da excreção renal de fosfato, ativação da vitamina D É estimulado pela diminuição dos níveis de cálcio:; efeito: - Em minutos: aumenta a reabsorção renal de cálcio e diminui a de fosfato - Horas: aumenta a reabsorção de cálcio no osso- osteoblastos; libera cálcio do osso - Dias: aumento da absorção intestino através da vitamina Fosfato e magnésio também regulam a secreção de PTH: - diminuição de magnésio- estimula PTH - Concentrações de magnésio geralmente refletem as de cálcio - Elevação dos níveis de fosfato- aumentam PTH Calcitonina- oposta ao PTH; também regulada pelos níveis de cálcio - tireoide - aumento de calcio: libera calcitonina efeito oposto ao PTH - minutos: rim- diminui a reabsorção de cálcio - no osso: aumenta a deposição de cálcio/ síntese da matriz óssea - intestino: diminui absorção intestinal hiperparatireoidismo � Primário � Produção excessiva de PTH � n PTH, n Ca, p�P � Secundário � Complicações fora das paratireóides. Doença renal crônica- IRC � Causa do hiperpartireoidismo secundário- p�Ca++ plas, e vit D= n PTH as membranas das células excitáveis se tornam menos permeáveis ao sódio, o que reduz a excitabilidade da mesma. Letargia, constipação, anorexia, fraqueza muscular, cálculos renais 13 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B vitamina D - para ser sintetizada precisa da pele, fígado e rins - pela ação da 1 alfa hidroxilase que produz a vitamina ativa - síntese é regulada pelo PTH efeito: principal hormônio de ação do interósseo calcio baixo: PTH aumenta síntese de vit D vitamina D em excesso: bloqueia a enzima; reduz produção endógena; o que bloqueia PTH - hipocalcemia: perde cálcio na urina por hipervitaminose ADRENAIS OU SUPRARRENAIS Estão localizadas no colo superior de cada rim - direita: formato triangular - Esquerda: semilunar Estão separadas do rim por suas capsular Apresentam duas porções distintas córtex (camada periférica) e medula (parte interna) - No córtex que há o estimulo do ACT Córtex separado em 3 camadas: - Zona glomerulosa: mais externa; exclusivamente aldosterona, pois não possui enzima para produção de cortisol e androgênio - Responde a angiotensina II com aumenta na sua secreção - Zona fasciculada: produção de glicocorticóides; camada mais espessa - Zona reticulares: predominio da produção de androgênicos Todos os hormônios do córtex da adrenal são hormônios esteróides, ou seja, tem como precursor o colesterol (LDL) Síntese: - clivagem do colesterol pelo citocromo P450cc em prognenolona, esta pode seguir várias vias para síntese dos glicocorticóides, mineral e andrógenos - Enzima colesterol desmolase; estimulada pelo ACTH hipoparatireoidismo � Hipoparatireiodismo � remoção das glândulas p Ca, p PTH- tetania hipocalcêmica as membranas celulares se tornam excessivamente permeáveis aos íons sódio. O aumento na permeabilidade ao sódio torna as membranas mais excitáveis. Contrações musculares, convulsões, espasmos da laringe � Pseudo hipoparatireoidismo � Resposta anormal ao PTH- defeito no receptor- baixa estatura, anormalidades ósseas 14 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B PANCREAS ENDÓCRINO Drena para veia porta hepática- alvo primário: fígado Inervação parassimpática (estimula insulina, glucagon, SS e PP) e simpática (inibe insulina e estimula glucagon e PP) Síntese: - Pré-pro-insulina sofre clivagem - Pró insulina (cadeia alfa carboxitermina e um peptídeo C); é processada no retículo endoplasmático- cliva o pep. C - A insulina e o pep. C são acondicionados em grânulos secretores no aparelho de Golgi - Liberação rápida (5%) - Liberação lenta (95%) A insulina de forma livre possui uma meia vida de 3-8 minutos e depois é degradada pelo fígado; já o peptídeo C possui uma meia vida maior, entre 35 minutos; - Faz liberação do pep.C ser utilizada como índice de capacidade secretora do pâncreas endócrino Células beta: Atuam como integradores neuroendócrinos que respondem a alterações nos níveis de substrato energético (glicose e aminoácidos), hormônios e neurotransmissores; aumentando ou diminuindo a liberação de insulina - Estimulação da liberação da insulina pela glicose resulta do metabolismo da glicose pela célula beta; - A glicose penetra na célula por difusão através do GLUT 2 - Hormônios gastrointestinais, como a colecistocinina também estimulam - possui liberação pulsátil e ritmica, importante para obter o efeito fisiológico: - Imediatos: modulação do transporte de íons k+ e de glicose na célula - Min uto s: regu lação da at i v i da de enzimática metabólica - Horas: modulação da síntese das enzimas - Dias: efeitos sobre crescimento e diferenciação celular (mitogênica) 15 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B É anabolizante Receptores: Numero de receptores é modulado pelo exercício, dieta, pela insulina e outros hormônios; Exposição cronica a níveis elevados de insulina- downregulation: receptores diminuem; caso dos pré-diabéticos Exercício e inanição- upregulation: aumenta receptores e responsividade à insulina GLUTs Fígado: estimula a síntese proteica; síntese de lipídeos e captação de glicose; - aumenta produção de malonil-coae diminui a taxa de entrada de ácidos graxos nas mitocôndrias e produção de corpos cetônicos No músculo: protegênico; síntese de glicogênio; favorece a síntese de proteínas GLUCAGON- efeito antagonista a insulina Inibido: hiperglicemia, somatostatina, refeições ricas em carboidratos Estimulado: hipoglicemia, adrenalina Efeito: reduz a captação da glicose e aumenta a síntese de glicogênio hepático 16 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B Somatostatina Estimulada por refeições ricas em gordura e carboidratos, sendo inibida pela insulina Efeito inibitório generalizado em praticamente todas as funções gastrintestinais e do pâncreas Polipeptídeo pancreático Liberado na circulação após ingestão de alimento, exercício e estimulação vagal. Seus efeitos consistem em inibição da secreção pancreática exócrina, contração da vesícula biliar, modulação da secreção de ácido gástrico e motilidade gastrintestinal. O polipeptídeo pancreático atravessa a barreira hematoencefálica, e foi postulado que ele desempenha um papel na regulação do comportamento alimentar. Do e n ç a s a s s o c i a d a s a o s h o r môn i o s pancreáticos Diabetes melito Tipo 1: insulino dependente; indivíduo precisa fazer uso de insu lina para compensar; desenvolvimento de cetoacidose na ausência de insulinoterapia - Perda excessiva de sódio e água: poliria - Sede: polidipsia - Fome: polifagia Tipo 2: redução da sensibilidade do receptor; down regulation Tratamento sulfonilureias (diabinese)- aumentam a liberação de insulina pelo fechamento dos canais de K+- ineficaz para DM1 • Biguanidas (metformina)- aumentam a captação de glicose e reduzem a gliconeogênese • Análogos do GLP-1 ( liraglutida, semaglutida)- amplifica a liberação de insulina, inibe glucagon, esvaziamento gástrico e ingesta alimentar.
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