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Resumo de Fisiologia – Prova 2 – 01/12 Fisiologia do Sistema Nervoso Parte I Homeostase: controlada pelo sistema endócrino e nervoso Nervo: feixes/prolongamentos de neurônios no SNP Trato: feixes/prolongamentos de neurônios no SNC Fibras Aferentes: levam informações para o SNC Fibras Eferentes: levam informações do SNC para células efetoras Sistema Nervoso Somático: conexão entre o músculo esquelético e o SNC Sistema Nervoso Visceral: conexão entre músculo liso, cardíaco, glândulas e o SNC. Funções: Sensorial: responsável por sensações gerais e especiais; envolve as fibras aferentes. Motora: responsável pelas contrações musculares voluntárias ou involuntárias (reflexas); envolve fibras eferentes. Integradora: coordenação das funções de vários órgãos (secreção e contração). Adaptativa: responsável pela adaptação dos animais às variações do ambiente. Classificação dos Neurônios: Quanto à velocidade Tipo A: neurônios alfa, beta e gama; fibras mielinizadas e de grande calibre (maior diâmetro = mais rápido porque a resistência é menor). Ex. alfarreceptores (proprioceptores dos músculos esqueléticos), betarreceptor (receptores da pele/tato) e gamarreceptores (nociceptor -dor- e termorreceptor - frio). Tipo B: médio calibre (receptores pré-ganglionares do SNA) Tipo C: pequeno calibre (pós-ganglionares do SNA) Quanto à forma: Bipolar - Interneurônio Unipolar – neurônio sensorial Multipolar - motoneurônio Célula Piramidal Circuitos Neurais: Convergente: as vias aferentes se convergem em um ponto. Divergente: amplifica o sinal; lesões no cérebro prejudicam maiores áreas. Paralelo: divergente especial; ex. bíceps Reverberante: o sinal fica indo e voltando (retroalimentação); uma vez alimentado o sinal ele é autoperpetuante. Sinapses: Podem ser elétricas ou químicas. Nas elétricas a corrente iônica flui entre as células pré e pós- sinápticas como mediador para a transmissão da sinalização. Já as sinapses químicas são mediadas por mensageiros químicos. Estes, liberados nas terminações pré-sinápticas difundem-se para a membrana pós-sináptica, onde se liga a receptores. Essa ligação gera um potencial pós-sináptico. Além dessas existem outras classificações: Quanto à função, podem ser inibitórias ou excitatórias. Quanto à conexão podem ser dendro-dendríticas, axo-dendríticas, axo-somática e axo-axônica. Quanto à localização podem ser central ou periférica. Neurotransmissores: São classificados em: Classe I: Acetilcolina – excitatório no encéfalo e músculo esquelético e inibitório no SNP. atua sobre receptores nicotínicos e muscarinos (colinérgicos); atua no parassimpático; no coração e no músculo liso. Classe II: Adrenalina – excitatório; medula da adrenal e no cérebro. Dopamina – inibitório; gânglios da base. Serotonina – tronco encefálico, encéfalo e medula; inibitório das vias de dor. Noradrenalina - excitatório em neurônios pós-ganglionares do SNS, tronco encefálico e hipotálamo. Classe III: Aminoácidos – glicina -> inibitórios; medula espinhal glutamato -> terminações pré-sinápticas sensoriais – SNC; excitatório. Classe IV: Peptídeos hipotalâmicos, hipofisários, de ação intestinal e cerebral, dentre outros; classe dos hormônios = via de transmissão é pelo sangue, não nervosa. Não Peptídeos -> Óxido Nítrico: comportamento e memória de longo prazo; altera a excitabilidade neuronal. Receptores: Classificação quanto à localização: Exteroceptores: estão localizados na superfície externa do corpo e são sensibilizados pela modificação de temperatura e pressão. São os receptores dos sentidos especiais. R. de Krause= Frio; R. de Ruffini = calor. Interoceptores: sensíveis às modificações interna do corpo; estão localizados nas vísceras e em vasos sanguíneos. Responsáveis pelas sensações de fome, sede e libido. Sensíveis à diferença de pressão sanguínea, concentração osmolar e no equilíbrio do corpo. Proprioceptores: localizados profundamente nos músculos esqueléticos, tendões, fáscias, ligamentos e cápsulas articulares. Originam impulsos proprioceptivos conscientes ou inconscientes. Consciente: geram PA que atingem o córtex cerebral permitindo perceber a posição do corpo. Responsáveis pelos sentidos de posição e movimento (cinestesia). Inconsciente: geram PA que fazem ajustes automáticos através dos arcos-reflexos de forma involuntária (inconsciente). Classificação quanto à ação: Nociceptores: dor Mecanorreceptores: tato, pressão, sonoro e equilíbrio Fotorreceptores: eletromagnéticos Termorreceptores: do frio e do calor Quimiorreceptores: olfato, gustação, sensação vomeronasal, pressão parcial de O2 e CO2, contração osmolar. Parte II Córtex Cerebral: dividido em Córtex somático sensitivo ou somestésico: localizado no lobo parietal; sistema de entrada de neurônios no cérebro; envolve o sistema límbico (recebe informações variadas e emite respostas para as regiões do cérebro; responsável pela consolidação da memória (hipocampo), alterações ambientais e para defesa de animais. Córtex Motor: localizado na região do sulco cruzado; envolve o sistema piramidal e extrapiramidal; possui estruturas associadas às funções sensitivas e motoras superiores à consciência; onde se inicia o movimento consciente ou subconsciente; constituem-se de neurônios motores (neurônios motores superiores) que influenciam no funcionamento do neurônio motor inferior; associado às informações processadas no cerebelo (marcha coordenada, por ex.), no sistema vestibular (equilíbrio) e outros núcleos cerebrais; todo comando motor que sai do córtex cerebral influência os neurônios motores do córtex motor. Sistema Piramidal: fibras motoras superiores passam pela pirâmide do bulbo; responsáveis por movimentos hábeis e aprendidos. - Vias axônicas (eferentes): Trato corticoespinhal: as fibras partem do córtex motor para a medula espinhal influenciando neurônios motores inferiores espinhais; neurônios do lado esquerdo do cérebro comprometem o lado direito do corpo (vice-versa). Trato corticopontinocerebelar: as fibras motoras do córtex motor realizam sinapse com um neurônio da ponte que parte para o cerebelo contra-lateral. O cerebelo faz os ajustes necessários do movimento pretendido; cerebelo recebe informações da propriocepção e emite informações. Trato corticobulbar: as fibras motoras partem do córtex até o bulbo onde realizam sinapses com outros neurônios motores nos núcleos motores do tronco encefálico que por sua vez influenciam os neurônios motores inferiores para músculos da cabeça. Sistema Extrapiramidal: fibras motoras superiores não passam pela pirâmide; responsável pelo tônus postural, anti-gravitacional e subconsciente. Está envolvido também com movimentos dos olhos e da cabeça frente a um estímulo visual ou sonoro. - Vias axônicas (eferentes): Trato retículoespinhal: as fibras motoras que partem da formação reticular no mesencéfalo influenciam os neurônios motores inferiores para músculos proximais e responsáveis pelo tônus postural. A formação reticular também está envolvida com a ativação do córtex cerebral de modo que sua completa remoção leva ao coma. Trato vestibuloespinhal: as fibras motoras que iniciam no núcleo vestibular, responsável pelo equilíbrio, influenciam os neurônios motores inferiores para músculos proximais e distais. Trato tetoespinhal: as fibras motoras iniciam no teto visual e terminam na medula cervical onde influenciam os neurônios motores inferiores responsáveis pelos movimentos da cabeça, pescoço e olhos em direção ao estímulo visual e sonoro. Trato rubroespinhal: fibras motoras superiores que têm origem no núcleo rubro e se estendem até os neurônios motores inferiores para músculos distais. Responsável por movimentos involuntários instintivos nos animais inferiores. Cerebelo: Funções: Coordenação do movimento – controlado pelo vestibulocerebelo; ajusta a coordenação dos reflexos vestibulares; conhecido como arquicerebelo. Aprendizado motor – o cerebelo é bastante ativo durante o aprendizado de uma nova sequência de movimentos, mas não tanto quando esse movimento se tornarelativamente automático. Isso sugere que o cerebelo está envolvido na transição da necessidade de concentração ao aprendizado de uma nova habilidade motora. Ajustes no comando motor – controlado pelo espinocerebelo; pode ajustar a duração e a coordenação do movimento e o tônus muscular; conhecida como paleocerebelo. Divisão Funcional: Vestibulocerebelo ou arquicerebelo: recebe e envia informações para o núcleo vestibular. Envolvido com a coordenação do equilíbrio e dos movimentos oculares. Espinocerebelo ou paleocerebelo: recebe informações da periferia, através da medula espinhal. Auxilia na coordenação do movimento estereotipado (locomoção e reações posturais), além do tônus muscular, a partir de sinais eferentes para os núcleos motores extrapiramidais do tronco cerebral. Cerebrocerebelo ou neocerebelo: ajuda a coordenar a programação de movimentos dos membros estando relacionado com movimentos não estereotipados como aqueles resultantes de ensinamentos e treinamentos. Emitem eferentes para o córtex motor através do tálamo. Córtex Somatosensorial: Funções: Percepção sensorial Controle somestésico Controle do sono/vigília Sistema Límbico: Circuitos neuronais que controlam o comportamento emocional; Envolvido em reações instintivas para garantir a sobrevivência das espécies; Intimamente integrado a outras regiões encefálicas, especialmente hipotálamo; Controle somestésico; Consolidação da memória. Parte III Sistema Nervoso Periférico (SNP): Nervos Espinhais: Componentes sensoriais Fibras Aferentes Somáticas: Exteroceptivas: temperatura, dor, pressão e tato. Proprioceptivas: Consciente -> sensação de posição e movimento de uma parte do corpo. Inconsciente -> regulação reflexa da atividade do cerebelo, reflexo miotático. Fibras Aferentes Viscerais: para impulso sensitivo das visceras Componentes viscerais Fibras Eferentes Somáticas: para músculo estriado esquelético Fibras Eferentes Viscerais: fibras autônomas para glândulas e músculo cardíaco e liso. Feixes Piramidais e Extra-Piramidais Eixo Central: medula Acima do eixo central: nervos aferentes Abaixo do eixo central: nervos motores Arco Reflexo Resposta do sistema nervoso a partir de um estímulo que ocorre de forma invariável e involuntária. É de fundamental importância para assegurar a locomoção e o tônus postural. Contém 5 componentes fundamentais: Receptor Sensorial: iniciam todos os reflexos; transformam energia em uma resposta celular que produz PA’s em um neurônio sensorial direta ou indiretamente. Ex. receptores da retina transferem a luz; os da pele transferem calor/frio/pressão; etc. Um receptor primário é um neurônio com uma região especializada na transdução de estímulos (ex. fotorreceptores). Um receptor secundário é uma célula não nervosa especializada em transdução de estímulos que liberam neurotransmissores em um neurônio (células capilares do vestíbulo) – realizam sinapses. Neurônio Sensorial (SNC aferente): transmitem PA’s, resultantes da ativação do receptor, ao SNC; se ligam à medula espinhal através das raízes dorsais ou ao cérebro através dos nervos cranianos. Sinapse: ocorre no SNC; na maioria dos arcos-reflexos ocorrem mais de uma sinapse – polissinápticos -, porém alguns são monossinápticos – originados do fuso muscular. Nos reflexos polissinápticos, nos quais existem um ou mais neurônios entre a estimulação do SNC pelo neurônio sensorial e a resposta do neurônio motor, estes neurônios intermediários são chamados de intermediários. Neurônio motor (SNC eferente): transmite PA’s do SNC ao órgão efetor; deixam a medula espinhal através das raízes ventrais, e o cérebro através dos nervos craniais. Órgão-alvo (efetor): causou o reflexo; geralmente é um músculo. Reflexo Patelar: monossináptico Quando a perna do indivíduo encontra-se flexionada e suspensa (como ao sentarmos com a perna pendurada, sem tocar o chão), uma pancada no joelho, abaixo da região patelar leva à extensão da perna, colocando o joelho em posição mais protegida. Tal tendão possui terminações dendríticas de neurônios sensoriais modificadas para funcionarem como receptores de pressão (em outros casos há modificações também para receptores térmicos, por exemplo). Eles enviam impulsos para a região cinzenta (interna) da medula espinhal onde ocorrem sinapses com neurônios associativos e, em seqüência, com os motores. Estes últimos levam impulsos aos órgãos efetores, neste caso, os músculos extensores da perna. O neurônio aferente leva o estímulo ao SNC que sofre uma resposta pelo neurônio aferente. Esse neurônio se divide e uma via passa o estímulo por um interneurônio que gera PPSI e as duas pontas da via eferente levam uma resposta excitatória (extensor) e o outro uma inibitória (flexor). Nervos Cranianos: - 12 pares localizados no tronco encefálico, diencéfalo e telencéfalo - Formados por fibras sensitivas e/ou motoras - Função sensitiva e/ou motora (somática/visceral) - III, VII, IX e X integram o sistema nervoso autônomo parassimpático (SNA) Nervo craniano e suas funções: I-OLFATÓRIO: sensitiva; Percepção do olfato; desenvolvido em carnívoros; quimiorreceptores II-ÓPTICO: sensitiva; Percepção visual; fotorreceptores/receptores eletromagnéticos localizados na esclera. A luz chega à retina onde ficam os fotorreceptores. Os neurônios geram um PA que se propaga pelo nervo óptico até o SNC. III-OCULOMOTOR: motora; Controle da movimentação do globo ocular, da pupila e do cristalino. IV-TROCLEAR: motora; Controle da movimentação do globo ocular. V-TRIGÊMEO: mista; Controle dos movimentos da mastigação (ramo motor); Percepções sensoriais da face, seios da face e dentes (ramo sensorial). VI-ABDUCENTE: motora; Controle da movimentação do globo ocular. VII-FACIAL: mista; Controle dos músculos faciais – mímica facial (ramo motor); Percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial). VIII-VESTÍBULOCOCLEAR: sensitiva; Percepção postural originária do labirinto (ramo vestibular); Percepção auditiva (ramo coclear). IX-GLOSSOFARÍNGEO: mista; Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da faringe, laringe e palato; percepção da alteração da pressão sanguínea. X-VAGO: mista; Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação das vísceras torácicas e abdominais. XI-ACESSÓRIO: motora; Controle motor da faringe, laringe e palato XII-HIPOGLOSSO: motora; Controle dos músculos da faringe, da laringe e da língua. REFLEXO AUTONOMO Sistema Nervoso Autônomo: Porção não controlada conscientemente; definido como sistema motor periférico que inerva músculos lisos, cardíacos e alguns tecidos glandulares; regula funções do organismo realizadas inconscientemente, como pressão sanguínea, taxa de batimentos cardíacos, motilidade intestinal e diâmetro da pupila. Parassimpático Tem origem crâniossacral; composto por axônios pré-ganglionares longos e pós-ganglionares curtos; os pré-ganglionares deixam o SNC através dos pares de nervos cranianos III, VII, IX e X e de diferentes nervos espinhais sacrais; os axônios longos passam para o gânglio parassimpático no, ou próximo ao, órgão-alvo, onde realizam sinapses com os axônios curtos. Tem efeitos mais discretos e age em órgãos específicos. Simpático Tem origem toracolombar; composto por axônios pré-ganglionares curtos e pós ganglionares longos; os pré-ganglionares deixam a medula espinhal através das raízes ventrais; os axônios pré-ganglionares passam pelas raízes ventrais, depois por um ramo comunicador para então entrar no tronco simpático onde a maioria realiza sinapse com o neurônio pós-ganglionar. Neurônios pós-ganglionares parassimpáticos secretam acetilcolina; sinapses que secretam acetilcolina são denominadas colinérgicas. Neurônios pós-ganglionares simpáticos (maioria) secretam norepinefrina, porém aqueles que inervam vasos sanguíneos de músculos esqueléticos e glândulas sudoríparas secretem acetilcolina promovendo a vasodilatação; as sinapses que liberam norepinefrina são denominadas adrenérgicas. Neurônios pré-ganglionaresque inervam a medula supra-renal liberam acetilcolina, mas os pós-ganglionares vestigiais existentes liberam epinefrina e alguma norepinefrina diretamente na corrente sanguínea. Ação do SNA no tecido-alvo Receptores Adrenérgicos Alfa1: Ações: relaxamento da musculatura lisa do tecido glandular pela liberação de K+; contração da musculatura lisa dos vasos sanguíneos, esfíncteres e miométrio pela liberação de Ca+2. Agonistas: fenilefrina, adrenalina e noradrenalina Antagonista: prazosina Receptores Adrenérgicos Alfa2: Ação: inibição da secreção salivar e diminuição da secreção da insulina pela liberação de K+. Agonistas: clonidina, adrenalina, noradrenalina e xilazina Antagonista: loimbina Receptores Adrenérgicos Beta1: Ações: efeito cronotrópico, dromotrópico e inotrópico no coração; aumento da secreção de renina pelos rins. Agonistas: isoprenalina, adrenalina e noradrenalina Antagonistas: atenolol e propanolol Receptores Adrenérgicos Beta2: Ações: vasodilatação e bronquidilatação Agonistas: isoprenalina, adrenalina e noradrenalina Antagonistas: salbutamol e propanolol Receptores Antagonistas Colinérgicos: D-tubucurarina – receptores nicotínicos do músculo esquelético; bloqueio neuromuscular Trimetafano – receptores nicotínicos nos gânglios Atropina/Homatropina/Escopolamina – receptores muscarínicos; relaxamento ou inibição Pirenzepina (M1) – diminuição da secreção da glândula salivar. Receptores Agonistas Colinérgicos: Pilocarpina – receptores muscarínicos Metacolina – receptores muscarínicos e nicotínicos Inibidoras da acetilcolinesterase na junção neuromuscular – neostigmina, piridostigmina e ambenônio.
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