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08/03/2018 Provas OAB 2ª Fase Direito Civil - JurisWay https://www.jurisway.org.br/provasoab/oab2aetapa.asp?id_questao=733 1/2 Questão 4 Danilo ajuizou ação cominatória com pedido de reparação por danos morais contra a financeira Boa Vida S/A, alegando ter sofrido dano extrapatrimonial em virtude da negativação equivocada de seu nome nos bancos de dados de proteção ao crédito. Danilo sustenta e comprova que nunca atrasou uma parcela sequer do financiamento do seu veículo, motivo pelo qual a negativação de seu nome causou-lhe dano moral indenizável, requerendo, liminarmente, a retirada de seu nome dos bancos de dados e a condenação da ré à indenização por danos morais no valor de R$5.000,00. O juiz concedeu tutela provisória com relação à obrigação de fazer, apesar de reconhecer que não foi vislumbrado perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo; contudo, verificou que a petição inicial foi instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, não havendo oposição do réu capaz de gerar dúvida razoável. Em sentença, o juiz julgou parcialmente procedentes os pedidos, condenando a ré à obrigação de retirar o nome do autor dos bancos de dados de proteção ao crédito, confirmando a tutela provisória, mas julgando improcedente o pedido de indenização, pois se constatou que o autor já estava com o nome negativado em virtude de anotações legítimas de dívidas preexistentes com instituições diversas, sendo um devedor contumaz. Em face do exposto, responda aos itens a seguir. A) À luz da jurisprudência dos tribunais superiores, é correta a decisão do juiz que julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais? (Valor: 0,65) B) Poderia o advogado requerer a tutela provisória mesmo constatando-se a inexistência de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo? (Valor: 0,60) Obs.: O examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. Padrão de Resposta FGV Para ver o Padrão de Resposta usado pela FGV para correção, role a tela mais um pouco... Padrão de Resposta / Espelho de Correção A) Sim; com apoio na jurisprudência consolidada no Superior Tribunal de Justiça, “da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento”. É o que dispõe o teor da Súmula 385 do STJ. B) Sim. Trata-se de tutela provisória de evidência, que dispensa a prova de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando “a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável”, nos termos Art. 311, inciso IV, do CPC/15. Tabela de Pontos ITEM PONTUAÇÃO 08/03/2018 Provas OAB 2ª Fase Direito Civil - JurisWay https://www.jurisway.org.br/provasoab/oab2aetapa.asp?id_questao=733 2/2 A) Sim, pois há entendimento jurisprudencial consolidado segundo o qual a anotação irregular em banco de dados não gera dano moral indenizável quando preexistente legítima inscrição (0,55), conforme dispõe a Súmula 385 do STJ (0,10). 0,00/0,55/0,65 B) Sim, porque se trata de tutela provisória de evidência (0,50), nos termos do Art. 311, inciso IV, do CPC/15 (0,10). 0,00/0,50/0,60
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