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Resumo - Abdome Agudo Traumático

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ABDOME AGUDO TRAUMÁTICO 
 
O trauma abdominal fechado (fAF) pode ter diversas 
origens, sendo atropelamentos, acidentes de trânsito, 
quedas e agressões físicas as etiologias mais comuns. 
 
Algumas considerações iniciais são importantes 
quando tratamos do paciente vítima de TAF: 
 
a) lesões abdominais são responsáveis por 10% dos 
óbitos relacionados ao trauma; 
 
b) 45% dos pacientes com lesão intracavitária podem 
apresentar quadros clínico e laboratorial normais 
 
c) a laparotomia exploradora baseada apenas no 
quadro clínico é negativa em até 20% dos casos 
(laparotomia branca) 
 
d) a ultrassonografia (US) é o método de escolha para 
se detectar líquido livre na cavidade peritoneal, com o 
paciente ainda na sala de emergência (a lavagem 
peritoneal está sendo progressivamente 
abandonada) 
 
e) a TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADa com 
contraste endovenoso (EV) é o principal método de 
diagnóstico para avaliar pacientes 
politraumatizados e hemodinamicamente estáveis. 
 
A avaliação por imagem do paciente vítima de trauma 
abdominal tem evoluído significativamente. 
 
O diagnóstico precoce de lesões pode muitas vezes mudar a 
conduta da equipe de atendimento ao trauma, levando à 
redução da morbidade e mortalidade. 
 
A maneira como a avaliação por imagens é conduzida 
depende em grande parte dos sinais e sintomas 
apresentados pelo paciente. 
 
Pacientes com sinais de instabilidade hemodinâmica 
necessitam de um rápido e ágil atendimento, que determine 
se há ou não sangramento intracavitário. Diversos estudos 
demonstraram que a cada 3 minutos aumenta-se em 1% a 
taxa de óbitos entre pacientes com sangramento ativo para a 
cavidade peritoneal. Para estes pacientes preconiza-se, 
sempre que possível e disponível, a imediata avaliação na 
própria sala de emergência, o que não permite a realização 
de TC ou ressonância magnética (RM). 
 
Essa necessidade levou ao surgimento de condutas de 
avaliação em urgência, mais notadamente o protocolo FAST 
(focused assessment with sonography for trauma) com a 
realização de US na sala de emergência, por vezes sem 
contar com especialistas em diagnóstico por imagem. Este 
protocolo é direcionado exclusivamente para pesquisa de 
líquido livre e realizado durante o atendimento inicial do 
paciente vítima de TAF, frequentemente pelo próprio médico 
assistente do setor de urgência. 
 
 
 
 
 
 
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A e B, Hematoma intraparenquimatoso hepático. Ecografia do 
hipocôndrio direito mostra lesão hipoecogênica, heterogênea, em 
parênquima hepático. 
 
 
 
 
 
A-C, Hematoma intraparenquimatoso hepático (*) associado a 
rotura capsu lar. Paciente do sexo masculino de 24 anos. Controle 
pós-cirúrgico no qual foi realizado tamponamento da lesão com 
compressas (setas). 
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Laceração hepática. Múltiplas lacerações profundas grau IV 
acometendo o lobo hepático direito. Notam-se também contusões 
renais à direita. 
 
 
 
A e 8, Hematoma subcapsular em lobo hepático direito (seta). 
TCMD com contraste EV. 
 
 
 
A e 8, Hematoma intraparenquimatoso em lobo hepático direito 
(seta). TCMD com contraste EV no plano axial (A) e coronal (8). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A-E, Pseudoaneurisma da artéria hepática (setas). TCMD com 
contraste EV na fase de contrastação arterial. Plano axial (A-D) e 
reconstrução coronal com técnica MIP (E). 
 
 
 
 
A-0, Fístula arteriovenosa. Formação de fístula arteriovenosa em 
criança de 1 O anos após trauma (setas). TCMD na fase de 
contrastação arterial no plano axial (A) e reconstruções 
multiplanares com técnica MIP (B e C) e MPR (0). 
 
 
 
 
Hematoma subcapsular esplênico . Formação hipoecogênica, 
heterogênea (*) em região subcapsular inferior do baço. 
 
 
 
 
 
Hematoma intraparenquimatoso grau 111 do baço (seta). 
Note como a lesão apresenta-se hiperdensa na fase aguda 
(A e 8). No exame de controle após uma semana o 
hematoma tende a ser mais hipodenso (C e D). 
 
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Hematoma subcapsular esplênico (*). Nota-se a hiperdensidade 
do hematoma ind icando fase aguda/subaguda pós-trauma. Nota-se 
também pequeno hematoma subcapsu lar hepático (seta). 
 
 
 
 
 
 
 
Esplenose. TC com contraste (A). RM em T2 (B), em T1 (C) e pós-
contraste com supressão de gordura (O). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXTRA 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
TRAUMA ESPLÊNICO 
 
 
 
 
 
 
 
TRAUMA HEPÁTICO

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