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Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 1 NEUROMA TRAUMÁTICO Também chamado de NEUROMA DE AMPUTAÇÃO ou PSEUDONEUROMA Trata-se de uma forma de regeneração hiperplásica de nervo seccionado Raras vezes parece independer de lesão traumática e manifesta-se como pequeno tumor subcutâneo, único ou múltiplo, às vezes doloroso, podendo associar-se à anestesia local Pode surgir em qualquer idade, sendo mais frequente em jovens Há também associação com fístular arteriovenosa, mordeduras e lesões múltiplas após queimaduras profundas Durante o trauma, os nervos periféricos normalmente apresentam dois tipos de lesões: a) Lacerações resultam de lesões cortantes e podem complicar quando um fragmento ósseo proveniente de uma fratura lacera um nervo b) Avulsões ocorrem quando aplica-se uma tensão em um nervo periférico, geralmente como resultado de uma força empregada em um dos membros A regeneração axonal dos nervos periféricos após esses tipos de lesões podem ocorrer, mas sempre de forma lenta Um novo crescimento pode ser complicado pela descontinuidade entre as porções proximais e distais da bainha do nervo, bem como pelo desalinhamento dos fascículos individuais. Os axônios podem continuar a crescer, mesmo na ausência de segmentos distais posicionados corretamente, resultando, assim, em uma massa de processos axonais emaranhados Dentro dessa massa há pequenos feixes de axônios orientados aleatoriamente Cada feixe, no entanto, é rodeado por camadas organizadas contendo células de Schwann, fibroblastos e células perineurais X MICROSCOPIA Massa bem definida e não encapsulada de NUMEROSOS AXÔNIOS E CÉLULAS DE SCHWANN embebidas em TECIDO CICATRICIAL próximo ao nervo lesado O tecido neural recém-formado fica disposto de maneira desordenada Dedos supranumerários mostram quadro histológico de neuroma traumático, podendo este resultar de amputação intrauterina Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2 NEUROMA DE MORTON Caracteriza-se por uma lesão não neoplásica, com FIBROSE PERINEURAL DO NERVO PLANTAR, com predileção pelo TERCEIRO ESPAÇO INTERDIGITAL EPIDEMIOLOGIA Maior incidência em mulheres, após os 50 anos CARACTERISTICAS CLÍNICAS Metatarsalgia Parestesia Dor em queimação, choque elétrico, agulhadas e formigamento (duração variável de 3 meses a 12 anos) Dor referida como angustiante, insuportável e em alguns casos, desesperadora Desencadeada pela marcha ou apoio do pé, em desníveis de terreno Sinal de Mulder Positivo PATOGENIA Teoria Biomecânica: produz-se pela dorsiflexão excessiva dos dedos Outra teoria adiciona o componente isquêmico resultante da compressão generalizada MACROSCOPIA Apresenta um alargamento fusiforme do nervo digital plantar em sua bifurcação MICROSCOPIA Observa-se um afilamento do fascículo epineural, entremeado por fibrose perineural, associado a grande quantidade de colágeno (Corpos de Renaut) e perdas de fibras mielinizadas
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