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RELATORIO FINAL DE ESTAGIO II

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
BRUNA DOS SANTOS JENISCH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Canoas 
2017 
 
 
 
 
BRUNA DOS SANTOS JENISCH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO II 
 
 
 
 
Relatório Final exigido para conclusão 
da disciplina de Estágio II, do Curso de 
Serviço Social, da Universidade 
Luterana Do Brasil 
 
 
Orientada por Claudia Deitos Giongo 
Supervisionada por Márcia Aparecida Fraga Bernardes 
 
 
 
Canoas 
2017 
 
 
 
 
SIGLAS 
CT – Conselho Tutelar 
 
COMDEDICA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente 
 
CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social 
 
CRAS - Centro de Referência em Assistência Social 
 
CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
 
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente 
 
JIJ – Juizado da Infância e da Juventude 
 
LA - Liberdade Assistida 
 
LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social 
 
MDSA – Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário 
 
MP – Ministério Público 
 
MSE – Medidas Socioeducativas 
 
NOB-RH/SUAS – Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema 
Único de Assistência Social 
 
PEM – Processo de Execução de Medida Socioeducativa 
 
PIA - Plano Individual de Atendimento 
 
PFMC - Piso Fixo de Média Complexidade 
 
PNAS – Política Nacional de Assistência Social 
 
PAEFI – Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e 
Indivíduos 
 
PBF – Programa Bolsa Família 
 
PCDIF – Serviço de Proteção Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e 
suas Famílias 
 
 
PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil 
 
PSC - Prestação de Serviços à Comunidade 
 
RH – Recursos Humanos 
 
SCFV – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 
 
SACIS – Secretaria de Assistência Cidadania e Inclusão Social 
 
SEAS – Serviço Especializado em Abordagem Social 
 
SEDES – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social 
 
SINASE - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo 
 
SUAS – Sistema Único de Assistência Social 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 6 
2. FASE DE IMPLANTAÇÃO .......................................................................... 7 
2.1 - PROJETO DE INTERVENÇÃO: “CRIANDO NÓS E 
FORTALECENDO RELAÇÕES” ..................................................................... 7 
2.2 -PROCESSO DE CONSTRUÇÃO PARA A INTERVENÇÃO 
PROFISSIONAL............................................................................................ 15 
2.3 - PROCESSO DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL NO PROJETO 
DE INTERVENÇÃO ...................................................................................... 17 
2.4 - TEMATIZAÇÃO DO OBJETO INSTITUCIONAL E PROFISSIONAL E 
SUAS RELAÇÕES COM A QUESTÃO SOCIAL .......................................... 18 
3. FASE DE IMPLEMENTAÇÃO ................................................................... 20 
3.1 - CRIANDO NÓS E FORTALECENDO RELAÇÕES........................... 20 
3.2 - COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA INTERVENÇÃO SOCIAL 44 
3.3 - ESTUDO SOCIAL ............................................................................. 53 
4. AVALIAÇÃO ............................................................................................. 57 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 59 
6. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 60 
ANEXO 1.......................................................................................................... 62 
ANEXO 2.......................................................................................................... 66 
ANEXO 3.......................................................................................................... 68 
ANEXO 4.......................................................................................................... 70 
 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
O relatório tem como objetivo central trazer as experiências vividas no 
campo de Estágio em Serviço Social II, que atualmente estou inserida que é o 
Centro de Referência Especializado em Assistência Social, no Município de São 
Leopoldo, com foco central no serviço de Medidas Socioeducativas. 
O CREAS é um espaço institucional de média complexidade que visa à 
proteção social de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de 
risco pessoal e social, por violações de direitos. Neste espaço são ofertados 4 
serviços, sendo eles: PAEFI, SEAS, MSE e PCDIF. O serviço de Medidas 
Socioeducativas no qual estou inserida, atende adolescentes em cumprimento 
de medidas socioeducativas em meio aberto, podendo ser liberdade assistida ou 
prestação de serviço à comunidade. 
No segundo semestre do ano de 2017 foi executado o projeto de 
intervenção “Criando Nós e Fortalecendo Relações”, o qual foi elaborado a partir 
de uma demanda que surgiu da análise institucional desenvolvida no semestre 
anterior, durante o estágio curricular em serviço social I. O projeto tem o objetivo 
de fortalecimento da relação entre o CREAS e os locais parceiro, com o intuito 
de qualificar esses locais que acolhem adolescentes em cumprimento de medida 
socioeducativa de prestação de serviço à comunidade, buscando a reinserção 
destes adolescentes na comunidade. 
Esse relatório está dividido em quatro partes, sendo a fase de implantação 
do projeto de intervenção, a fase de implementação, que abordará as 
competências para a intervenção do assistente social, o desenvolvimento do 
projeto e um estudo social. Posterior irá adentrar na avaliação da execução do 
projeto e as considerações finais. 
7 
 
2. FASE DE IMPLANTAÇÃO 
A implantação do projeto se deu em agosto com a apresentação para a equipe 
do CREAS, as atividades foram sendo desenvolvidas conforme o cronograma 
proposto no projeto. O projeto apresenta a demanda emergente identificada a 
partir da análise institucional no decorrer do estágio I, sendo este o objeto de 
intervenção do projeto desenvolvido, as fragilidades nas relações. 
 
2.1 - PROJETO DE INTERVENÇÃO: “CRIANDO NÓS E FORTALECENDO 
RELAÇÕES” 
 
2.1.1 NOME DA INSTITUIÇÃO: Centro de Referência de Assistência Social 
- CREAS 
2.1.2 NOME DO PROPONENTE: Bruna dos Santos Jenisch 
2.1.3 DURAÇÃO: Quatro meses 
2.1.4 JUSTIFICATIVA 
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, promulgado em 1990, 
pode ser considerado um marco na mudança de perspectiva em relação ao 
adolescente autor de ato infracional, ampliando o compromisso e a 
responsabilidade do Estado e da sociedade civil na garantia dos seus direitos. 
Antes do ECA, as ações direcionadas aos adolescentes estavam pautadas na 
perspectiva de correção, enquanto a partir do ECA a orientação se direciona 
para a garantia de direitos, compreendida a partir da Constituição Federal de 
1988 como é descrita no artigo 227 que estabelece: 
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e 
ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e 
comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (BRASIL, 
1988) 
De acordo com o ECAno artigo 103 (BRASIL, 1990) o ato infracional, é 
“a conduta descrita como crime ou contravenção penal”, sendo assegurado para 
o adolescente o tratamento especial e adequado para uma pessoa em 
desenvolvimento. A partir da comprovação do ato infracional, são aplicadas ao 
8 
 
adolescente medidas socioeducativas conforme prevê o ECA, sendo elas: 
advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, 
liberdade assistida, semiliberdade e internação. A regulamentação da execução 
dessas medidas foi realizada pelo Sistema Nacional de Atendimento 
Socioeducativo – SINASE. 
O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, conforme a lei 
12.594 de 2012 enfatiza o esforço para garantir os direitos individuais e sociais 
do jovem, assim como um caráter educativo na medida socioeducativa e um 
acompanhamento integral. Os adolescentes que cometem o ato infracional 
também tiveram seus direitos violados, por conta da fragilidade de um sistema 
ao qual estão submetidos. Conforme o SINASE: 
“A realidade dos adolescentes em conflito com a lei, também têm sido 
submetidos à situação de vulnerabilidade social, o que demanda o 
desenvolvimento de política de atendimento integrada com as 
diferentes políticas e sistemas dentro de uma rede integrada de 
atendimento, e, sobretudo, dar efetividade ao Sistema de Garantia de 
Direitos” (SINASE, p.18). 
No Município de São Leopoldo o serviço de Proteção Social destinado ao 
acompanhamento dos adolescentes que cometeram ato infracional e que 
deveram cumprir as medidas socioeducativas é a Proteção Social Especial de 
Média Complexidade que se destina ao acompanhamento de famílias e 
indivíduos que ainda possuam vínculos familiares e comunitários, embora 
estejam fragilizados. O Centro de Referência Especializado de Assistência 
Social – CREAS – atua neste nível, sendo responsável pela oferta de orientação 
e apoio especializados e continuados de assistência social a indivíduos e 
famílias com seus direitos violados, mas sem rompimento de vínculos. 
Nesse sentido, o Serviço De Proteção Social aos Adolescentes em 
Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e Prestação de 
Serviços à Comunidade têm por finalidade prover atenção socioassistencial e 
acompanhamento a adolescentes e jovens, entre 12 e 18 anos, 
excepcionalmente 21 anos de idade, em cumprimento de medidas 
socioeducativas em meio aberto, determinadas judicialmente. Devendo 
proporcionar aos adolescentes e jovens a oportunidade de acesso a seus 
direitos, à rede social e assistencial do município. Por esses motivos, essas 
medidas devem ser aplicadas visando à garantia que o adolescente seja 
9 
 
responsabilizado pelos atos por ele praticados, mas que também lhe sejam 
oferecidas oportunidades de desenvolvimento pessoal e social, visto que, como 
já foi colocado, trata- se de pessoa em desenvolvimento. 
Na medida de prestação de serviço à comunidade, a qual esse projeto 
será direcionado, não pode ultrapassar oito horas semanais e o período superior 
aos seis meses e não poderá prejudicar a frequência escolar e tampouco a 
jornada normal de trabalho. Jamais deve ser confundida com pena de trabalhos 
forçados e/ou imbuída de caráter punitivo. Pelo contrário, os serviços devem ser 
de relevância comunitária, buscando, através da ação pedagógica, descobrir 
novas potencialidades. 
O problema central identificado após a construção da análise institucional 
do espaço na qual estou inserida no estágio em serviço social I, o CREAS, 
especificamente no serviço de Medidas Socioeducativas em Meio aberto, pude 
observar a falta de comunicação entre o serviço de medidas socioeducativas e 
o local a qual o adolescente é encaminhado para o cumprimento da prestação 
de serviço à comunidade. 
Conforme o último levantamento de dados feito no início do mês de junho 
de 2017 na planilha de acompanhamento do serviço de medidas socioeducativas 
em meio aberto, existem 55 adolescentes em cumprimento de medida 
socioeducativa de prestação de serviço à comunidade, tendo como parceiros 12 
instituições com aproximadamente 40 vagas, sendo que dessas somente três 
vagas para cumprimento da medida aos finais de semana, tendo assim, uma 
lista de espera para cumprimento de medidas socioeducativa aos finais de 
semana em decorrência de que os adolescentes por vezes já estão inseridos no 
mercado de trabalho formal e informal. 
Ocorre uma fragilidade na troca de informações entre os parceiros e o 
CREAS, por vezes uma confusão no processo de trabalho de cada serviço, 
levando ao cumprimento sistemático da medida socioeducativa, sem o cunho 
educativo de fato. Após o atendimento no CREAS e a construção do Plano de 
Atendimento Individual, o adolescente é encaminhado ao parceiro onde prestará 
o serviço à comunidade, levando consigo o documento que descreve o tempo 
que deverá ser cumprido e a pessoa referência a qual o adolescente deverá se 
10 
 
apresentar no local, junto a planilha a qual se denomina registro de frequência, 
para acompanhamento de horários, todos esses documentos ficam no local de 
prestação de serviço, sendo devolvido ao CREAS, pelo adolescente, somente 
após a conclusão do tempo da medida socioeducativa. 
A falta de troca de informações entre os parceiros e o CREAS no decorrer 
do processo de cumprimento da medida socioeducativa, faz com que os serviços 
fiquem fragilizados e agindo de forma separada, quando se deveria ter uma 
parceria de fato consumada, tendo acompanhamento conjunto do adolescente, 
na perspectiva de que o adolescente está em seu pleno desenvolvimento, e esse 
processo deve ser acompanhado de perto, tanto pelos técnicos do CREAS, 
como pela instituição que o está recebendo, concomitantemente com a 
respectiva família do adolescente. 
Os locais parceiros onde os adolescentes cumprem a medida precisam 
servir-se do processo pedagógico, possibilitando o convívio do adolescente na 
comunidade. O CREAS é responsável pela orientação de quais serviços o 
adolescente deve prestar, com a perspectiva de que o espaço possa receber, 
mas também contribuir para o desenvolvimento do mesmo, conforme preconiza 
o SINASE. 
Diferente do que ocorre no Município de São Leopoldo, os adolescentes 
são atendidos e encaminhados aos parceiros e os mesmos decidem o que o 
adolescente irá fazer no espaço institucional, o CREAS ao firmar parceria com 
os locais, deveria pré-estabelecer um fluxo de trocas de informações. 
O projeto a ser desenvolvido no CREAS será de fortalecer a relação com 
os locais parceiros, bem como a construção de estratégias para o efetivo 
cumprimento das medidas socioeducativa de prestação de serviço à 
comunidade executadas pelos adolescentes nas instituições parceiras, tendo 
assim, os serviços fortalecidos e a maior possibilidade de desencadear com os 
adolescentes vínculos solidários, criando segurança, fortalecendo-os e 
encorajando-os para enfrentar as adversidades da vida. 
Em Campina Grande, no Estado da Paraíba foi realizado um projeto de 
intervenção de estágio supervisionada por uma acadêmica do curso de Serviço 
Social, que teve por objetivo principal o desenvolvimento de trabalho educativo 
11 
 
junto aos profissionais das instituições acolhedoras de adolescentes que 
cumprem ou já cumpriram a Medida Socioeducativa de Prestação de Serviço à 
Comunidade, despertando o interesse e a participação destes profissionais no 
processo de ressocialização de tais adolescentes. A metodologia desenvolvida 
foi de processo informativo com palestras e oficinas e o resultado observado foi 
de que a dificuldade na eficácia da execução da Medida Socioeducativa de 
Prestação de Serviço à Comunidade, se dá pelopreconceito e a falta de 
conhecimento da legislação pela sociedade e pelos profissionais das instituições 
acolhedoras, identificando a necessidade da participação e a interação com os 
socioeducandos no processo de ressocialização dos mesmos. 
Com essa construção posso evidenciar a importância do projeto de 
intervenção a ser desenvolvido no espaço do CREAS, podendo ser utilizado 
continuamente pela equipe técnica do serviço de medidas socioeducativas. 
 
2.1.5 OBJETIVOS 
2.5.1 GERAL 
Fortalecer as relações entre o Centro de Referência Especializado de 
Assistência Social, serviço de Medidas Socioeducativas, e os parceiros na 
execução das Prestações de Serviço à Comunidade, para qualificar o processo 
de reinserção do adolescente na comunidade. 
2.5.1 ESPECÍFICOS 
1 – Reconhecer as fragilidades e as potencialidades das instituições 
parceiras quanto a Prestação de Serviço do adolescente, para buscar 
estratégias de enfrentamento das dificuldades encontradas; 
2 – Viabilizar que os adolescentes tenham um local qualificado para o 
cumprimento da medida socioeducativa de Prestação de Serviço à Comunidade, 
que atendam as prerrogativas previstas no SINASE; 
3 – Construir um fluxo de monitoramento e avaliação permanente de 
forma a envolver as instituições e o CREAS; 
 
12 
 
2.1.6 METODOLOGIA 
O desenvolvimento e a execução do projeto serão através de três grandes 
momentos voltados as instituições parceiras. A primeira ação a ser desenvolvida 
será de apresentação do projeto de intervenção para a equipe do CREAS, como 
forma de sensibilização e conhecimento do trabalho a ser desenvolvido no 
decorrer dos quatro meses. 
 O primeiro grande momento do projeto de intervenção será executado 
através de três ações, sendo a primeira ação o mapeamento e análise 
documental. Será construída uma planilha de excel, onde serão colocados os 
dados institucionais dos parceiros, sendo eles: nome, telefone, e-mail, endereço, 
número de vagas, tipo de instituição (secretaria, SCFV...), se é pública ou 
privada, se possuem avaliação com o adolescente, responsável pelo 
adolescente na instituição, dentre outros dados. 
A segunda ação será a elaboração e a aplicação de um questionário 
online, que será enviado via e-mail, constituído de perguntas qualitativas 
relacionadas à prestação de serviço do adolescente, buscando conhecer a 
instituição, suas dificuldades e potencialidades quanto à orientação do 
adolescente na prestação de serviço. Questionário qualitativo é uma forma de 
instrumento técnico-operativo utilizado para colher informações de um 
determinado assunto ou local. (MARTINELLI, 1994) 
A terceira ação que contemplará o primeiro objetivo específico será de 
compilação dos dados obtidos através do questionário que tem como objetivo 
encontrar estratégias de qualificar a instituição no atendimento do adolescente 
em cumprimento de medida socioeducativa de prestação de serviço à 
comunidade. 
Em posse da sistematização dos dados seguiremos para a segunda 
grande etapa da execução do projeto, quando serão feitas duas ações que 
auxiliaram na qualificação das instituições. A primeira ação será a elaboração de 
uma oficina itinerante, que ocorrerá nas regiões das instituições parceiras, com 
temas relacionados às dúvidas trazidas nas respostas do questionário e a 
importância do acompanhamento e da avaliação do adolescente no seu 
processo de cumprimento da medida socioeducativa por parte do CREAS e da 
13 
 
instituição parceira. Utilizarei nas oficinas uma técnica de apresentação, 
recursos visuais para a apresentação das respostas dos questionários e uma 
folha de presença, que será utilizada como instrumento de comprovação da 
execução da atividade. Ao final da oficina será proposto a assinatura do termo 
de compromisso entre CREAS e as instituições parceiras e o preenchimento de 
uma avaliação referente a execução da oficina. Oficina é um instrumento 
utilizado para promover e realizar encontros, com objetivos em curto prazo a 
serem atingidos por um conjunto de pessoas. (Caderno de Orientações: 
SPAIF/SCFV, 2016). 
A segunda ação será a elaboração de um folder informativo com os 
resultados obtidos nas oficinas: informações sobre o CREAS, sobre o serviço de 
medidas socioeducativas. Posteriormente serão entregues às instituições 
parceiras, podendo ser usado como material informativo para as novas parcerias 
a serem firmadas. Este folder será elaborado em conjunto com os adolescentes, 
os mesmos serão convidados a participar desta criação através de convite via 
contato telefônico, serão adolescentes em cumprimento de MSE de PSC, que 
possuem medidas com maior número de horas a cumprir. Serão três encontros 
com periodicidade semanal, sendo o primeiro um diálogo sobre as medidas 
socioeducativas, o segundo sobre as instituições e os resultados das oficinas e 
o terceiro e último encontro a construção de fato do folder informativo e a entrega 
de uma avaliação aos adolescentes sobre os encontros. 
O último grande momento será distribuído em duas ações, sendo a 
primeira o aprimoramento dos instrumentos utilizados no encaminhamento do 
adolescente ao cumprimento da medida socioeducativa de prestação de serviço 
à comunidade. Os instrumentos já existentes no serviço serão aprimorados de 
forma a possuir maiores informações do tipo de atividade que o adolescente irá 
executar na instituição a qual será destinado. 
A segunda ação consistirá na elaboração de um instrumento digital de 
monitoramento mensal dos serviços executados e da frequência do adolescente 
no espaço institucional. Esse instrumento será enviado no último dia útil do mês 
por e-mail para a responsável do adolescente na instituição parceira, 
14 
 
possibilitando assim o contato e a dinâmica de troca de informação com os 
locais. 
 
2.1.7 RECURSOS 
Os recursos a serem utilizados na execução das ações no decorrer do 
projeto de intervenção serão expostos a seguir por meio de planilha, contendo 
as quantidades de recursos materiais e humanos e a forma como irei adquirir os 
mesmos. 
QUANT.
100
1
1
1
50
QUANT.
1
1
Notebook
Impressão
RECURSOS HUMANOS
Assistente Social (Supervisora)
Estagiária Serviço Social
-
Prefeitura
OBS.
Prefeitura
-
RECURSOS MATERIAIS OBS.
Folha A4
Carro
Datashow 
-
Prefeitura
Prefeitura
 
 
2.1.8 CRONOGRAMA 
ago/17 set/17 out/17 nov/17
X
X
X X
X
X X
X
X
X X
XAVALIAÇÃO
Elaboração Folder Informativo
Aprimoramento dos instrumentos 
de encaminhamento do 
adolescente para PSC 
Elaboração do Instrumento 
Digital de Monitoramento
CRONOGRAMA
ATIVIDADES
Mapeamento e Análise 
Documental
Elaboração e Aplicação do 
Questionário Online
Compilação dos Dados
Oficina Itinerante
Apresentação do projeto para a 
Equipe do CREAS
 
 
 
15 
 
2.1.9 METAS 
O público a ser atingido com a execução do projeto será de 12 instituições 
parceiras ao cumprimento de medida socioeducativa de prestação de serviço à 
comunidade, buscando a qualificação destes locais para a inserção dos 
adolescentes na prestação de serviço à comunidade. Os resultados esperados 
são de retorno dos questionários no prazo estipulado de duas semanas de pelo 
menos 6 das 12 instituições, a participação nas oficinas e o comprometimento 
das mesmas com a execução das medidas socioeducativas de prestação de 
serviço à comunidade. 
 
2.1.10 AVALIAÇÃO 
Como instrumental de avaliação utilizarei a avaliação final do estágio que 
é respondida pelo supervisor de campo, que estará atuando junto na execução 
do projeto de intervenção e nas ações a serem desenvolvidas,principalmente 
nas atividades que ocorreram com os parceiros utilizarei uma folha de presença, 
uma avaliação respondida pelas instituições nas oficinas e uma avaliação 
respondida pelos adolescentes no último encontro, fotos e relatório da atividade 
para comprovar a execução da mesma. 
 
2.2 -PROCESSO DE CONSTRUÇÃO PARA A INTERVENÇÃO 
PROFISSIONAL 
A partir da vivência e da análise institucional desenvolvida no CREAS 
durante o estágio em serviço social I, pude identificar a demanda emergente que 
é a fragilidade nas relações, entre o CREAS, serviço de medidas 
socioeducativas, e as instituições parceiras que acolhem adolescentes em 
cumprimento de medida socioeducativa de prestação de serviço à comunidade. 
Diante do objeto identificado, foi pensado e idealizado o projeto de 
intervenção “Criando Nós e Fortalecendo Relações” que possibilitará 
aproximação e vinculação do serviço de medidas socioeducativas as instituições 
parceiras. Deste modo, e tendo como eixos norteadores a percepção obtida no 
decorrer do estágio, foi planejado um conjunto de ações que possibilitaram o 
16 
 
fortalecimento e a qualificação dos locais que acolhem adolescentes em 
cumprimento de medida socioeducativa de prestação de serviço à comunidade, 
bem como ao serviço de MSE. 
A carência de ações no trabalho com a instituições parceiras era uma 
demanda gritante dentro do serviço, porém as técnicas de referência não tinham 
“pernas” para chegar até essa demanda devido ao grande número de 
adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto, 
tornando o serviço, por vezes, mecanizado. O serviço acompanha somente os 
adolescentes em cumprimento de MSE de liberdade assistida, atendimento este 
que ocorre quinzenalmente, porém os adolescentes em cumprimento de 
prestação de serviço à comunidade têm seus atendimentos voltados a meros 
encaminhamentos, devido a sua medida socioeducativa ser executada em outro 
local, por vezes, ocorre o acompanhamento direto com estes adolescentes, 
dependendo da demanda que lhe é trazida durante a construção do PIA ou via 
ordenamento do Juiz. 
Se constatou durante a análise institucional, uma necessidade de 
intervenção junto as instituições parceiras, pelo grande número de evasões dos 
locais por parte dos adolescentes. O serviço de MSE não tinha um controle de 
frequência dos adolescentes nos locais, acabavam por abandonar o 
cumprimento da MSE e o serviço ter essa informação semanas depois. O tipo 
de atividade que os adolescentes desenvolviam no local era desconhecido pelo 
serviço, tínhamos essa informação quando os adolescentes retornavam ao 
CREAS para encerrar a sua MSE e relatavam a experiência que tiveram no local. 
Era evidente que alguns dos locais não tinham conhecimento da Sistema 
de Atendimento Socioeducativo que preconiza o trabalho com viés pedagógico 
a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, independente de ser 
em meio fechado ou aberto. Além de modificar o fluxo entre o serviço de MSE e 
as instituições parcerias, tive a possibilidade de trabalhar com as instituições o 
processo de qualificação dos orientadores quanto as políticas de atenção a 
adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. 
Deve-se ressaltar o apoio da equipe técnica na construção e no 
desenvolvimento do projeto, enriquecendo o trabalho através da 
17 
 
interdisciplinaridade (considerando que os técnicos sociais do serviço têm 
formação em psicologia e Serviço Social) e possibilitando um novo olhar para o 
serviço de MSE e as instituições parceiras que compõem a equipe. 
 
2.3 - PROCESSO DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL NO PROJETO DE 
INTERVENÇÃO 
O processo de trabalho do Serviço Social no projeto de intervenção se 
deu primeiramente no reconhecimento do objeto de intervenção a ser 
transformado, sendo este caracterizado pela fragilização das relações entre o 
serviço de MSE e as instituições parceiras que acolhem adolescentes em 
cumprimento de medida socioeducativa. A partir da identificação do objeto foi 
construído o projeto “Criando Nós e Fortalecendo Relações” e os meios 
utilizados para o desenvolvimento do projeto contemplam as competências 
teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa da profissão. 
Os meios para a realização do projeto foram constituídos a partir do 
materialismo histórico-dialético, onde este, no Serviço Social pode caracterizado 
através da relação entre a tese, antítese e síntese. Relacionando este método 
com o projeto de intervenção, a tese corresponde ao objeto de intervenção, 
sendo este, a fragilização das relações, identificado através da análise 
institucional. A antítese são os meios utilizados para chegarmos a síntese, sendo 
esta o fortalecimento das relações entre MSE e as instituições parceiras. 
A metodologia utilizada no processo de desenvolvimento do projeto foi 
idealizada conforme a minha percepção por parte da rotina de trabalho da equipe 
de medidas socioeducativas, considerando que essa metodologia proporciona 
um olhar para o serviço de medidas socioeducativas, mas principalmente para 
as instituições que acolhem adolescentes em cumprimento de medida 
socioeducativa de prestação e serviço à comunidade, possibilitando aos 
adolescentes um local qualificado para o seu acolhimento e reinserção social. 
Os meios utilizados então, foram a análise documental, que possibilitou 
a identificação dos dados da instituição, a quantidade de vagas por local e os 
responsáveis. O Contato telefônico, via e-mail e aplicativa de Whatsapp, essas 
formas de contato possibilitou a sensibilização do público do projeto e também a 
18 
 
aproximação entre MSE e as instituições. Foi utilizado também um questionário 
qualitativo, com perguntas direcionadas a coletar informações acerca das 
instituições, bem como o conhecimento das mesmas sobre a política de atenção 
a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. Com os dados 
obtidos foi feita a compilação a partir da metodologia de Bardin (2009), buscando 
a qualificação das respostas por aproximação. 
A partir da análise dos dados obtidos no questionário, foram construídas 
as duas oficinas, com o viés de qualificação e aproximação das instituições. As 
ultimas ações foram desenvolvidas na perspectiva de aprimoramento dos 
instrumentos utilizados pelas técnicas no encaminhamento dos adolescentes e 
a criação de uma planilha de frequência, que possibilitará um controle dos 
adolescentes dentro das instituições. 
O produto final do projeto é o fortalecimento das relações entre o serviço 
de medidas socioeducativas e as instituições que acolhem adolescentes em 
cumprimento de medida socioeducativa de prestação de serviço à comunidade. 
Este resultado final, faz parte do processo de proteção social, proporcionando 
as instituições parceiras o fortalecimento e a qualificação do serviço, bem como 
a vinculação ao serviço de medidas socioeducativas, com a finalidade de 
reinserção dos adolescentes no âmbito da sua comunidade, como sujeitos de 
direitos. 
 
2.4 - TEMATIZAÇÃO DO OBJETO INSTITUCIONAL E PROFISSIONAL E 
SUAS RELAÇÕES COM A QUESTÃO SOCIAL 
O Serviço Social desenha sua ação profissional a partir do 
reconhecimento das condições sócio históricas presentes nas diversas faces da 
questão social. 
O objeto de trabalho do Assistente Social é a questão social. É ela, em 
suas múltiplas expressões, que provoca a necessidade da ação 
profissional junto à criança e a ao adolescente, ao idoso, a situação de 
violência contra a mulher, a luta pela terra, etc. Essas expressões da 
questão social são a matéria prima ou o objeto de trabalho profissional. 
(IAMAMOTO, 2000, p.62). 
A assistência social regulamentadapela lei nº 8.742/93 Lei Orgânica da 
Assistência Social – LOAS, é o meio de proteção social não contributiva, sendo 
19 
 
garantidora de direitos para quem dela necessitar, independente de contribuição 
à seguridade social, conforme preconiza no art. nº 203 da Constituição Federal. 
Um dos equipamentos de proteção social é o Centro de Referência 
Especializado de Assistência Social – CREAS, onde são atendidos famílias e 
indivíduos com seus vínculos fragilizados ou rompidos. No cotidiano institucional 
a questão social se manifesta através das demandas trazidas pelos usuários, em 
decorrência de violações de direitos. 
A partir da análise institucional e da vivência no campo de estágio, pude 
identificar o objeto institucional e profissional sendo a desproteção social, devido 
a violação de direitos ou o não acesso aos mesmos, os indivíduos ficam 
desprotegidos e o profissional da instituição com seu processo de trabalho, suas 
habilidades e competências deve auxiliar no processo de transformação desta 
desproteção social em proteção social efetiva deste indivíduo. 
No espaço institucional que estou inserida, o CREAS, atende diversos 
tipos de violência que se expressa no cotidiano e na vida dos sujeitos inseridos 
em seus territórios, por vezes vulneráveis, geralmente associadas as expressões 
da questão social. 
A desproteção social é fruto do sistema capitalista e da precarização das 
condições de trabalho, que acabam agravando a vulnerabilidade social, fazendo 
com que cada vez mais as políticas sociais sejam acessadas, porém com a 
desvalorização dessas políticas, o repasse de verbas governamentais menores, 
a garantia de direitos é novamente violada, o indivíduo sofrendo assim duplas 
omissões e seus benefícios negados. 
Abordando o objeto do projeto de intervenção que é a fragilização das 
relações, sendo este a expressão da questão social a ser transformada no 
decorrer do processo de intervenção do projeto, tendo como produto final o 
fortalecimento das relações entre as MSE e as instituições parceiras. Foi 
analisado que ocorre uma fragilidade nos processos de trabalho, e por vezes 
uma confusão entre as atribuições de cada serviço. 
20 
 
 É imprescindível a compreensão desta relação entre estas categorias 
para o trabalho social e a aplicação do projeto, pois um domínio destes conceitos 
fundamenta e norteia a prática interventiva. 
 
3. FASE DE IMPLEMENTAÇÃO 
Este estágio do projeto corresponde à implementação, onde serão feitas 
as análises e reflexões de cada atividade executada, considerando a prática 
profissional desenvolvida no campo de estágio norteada pelas dimensões 
teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, bem como a 
apresentação de uma situação social analisada a partir do estudo social. 
 
3.1 - CRIANDO NÓS E FORTALECENDO RELAÇÕES 
A execução do projeto iniciou no mês de agosto de 2017 e teve seu 
término no mês de novembro de 2017. Para melhor compreensão e visualização 
do processo de intervenção, irei descrever as atividades e a sua respectiva 
análise, contemplando os objetivos específicos prospectados. 
• GERAL: Fortalecer as relações entre o Centro de Referência 
Especializado de Assistência Social, serviço de Medidas 
Socioeducativas, e os parceiros na execução das Prestações de 
Serviço à Comunidade, para qualificar o processo de reinserção do 
adolescente na comunidade. 
1º RELATÓRIO DE ATIVIDADE 
Nome: Apresentação do Projeto de Intervenção para a Equipe do CREAS. 
Data: 11/08/2017 
Estratégia: Abordagem Coletiva 
Tempo de duração: 20 minutos 
Recursos Materiais: Sala de reunião, notebook, datashow, cadeiras e mesa. 
Descrição: No dia 11 de agosto de 2017, sexta-feira, ao chegar no equipamento 
organizei a sala de reunião da lareira, coloquei uma mesa ao centro e cadeiras 
ao redor, instalei o datashow e o notebook, testei os mesmo para me certificar 
21 
 
de que estavam funcionando corretamente e me direcionei a reunião semanal 
de equipe, que ocorreu no andar superior do CREAS, sendo a apresentação do 
projeto a última pauta a ser discutida. Por volta das 11he40min à equipe se 
direcionou ao andar inferior, sala da lareira, para darmos início a minha 
apresentação. 
 A sensibilização da equipe se deu de forma simples e rápida. Iniciei me 
apresentando e expondo a minha trajetória no semestre anterior até o momento. 
Apresentei os slides, ao chegar à parte das atividades a serem desenvolvidas, 
antes mesmo de iniciar a explicação fui interrompida pela Loreto, coordenadora 
do CREAS, com o seguinte questionamento “nós poderemos ajudar na 
elaboração do questionário?” (siu), afirmei a mesma que poderia, mas logo iria 
explicar o desenvolvimento desta atividade. Após concluir a apresentação, fui 
aplaudida e agradeci pela oportunidade de estar vivenciando aquele momento 
com todas da equipe. 
 Ocorreram duas sugestões, como: nas oficinas com as instituições 
parceiras abordar o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de São 
Leopoldo e a participação da equipe na elaboração dos questionários. Fui 
parabenizada pelo trabalho desenvolvido e instigada a instituir o projeto no 
CREAS. 
Análise: Desde o momento em que cheguei ao espaço do CREAS, me senti 
nervosa e apreensiva com o momento da apresentação, fantasiando como iria 
ser e criando diversas expectativas em relação ao que o restante da equipe iria 
achar do projeto. Com o decorrer da apresentação, fui me acalmando e podendo 
curtir aquele momento, rico em troca de experiências e conhecimentos para meu 
desenvolvimento como estudando e futuramente profissional. 
 As palavras de apoio, e a forma como foi demonstrado interesse a 
demanda emergente de intervenção dentro do espaço institucional me 
proporcionou um estado emocional de alívio e a certeza que estou no caminho 
certo. O apoio da equipe, tanto do serviço de medidas socioeducativas, quanto 
do restante da equipe e até mesmo da coordenadora do espaço, faz com que se 
torne mais fácil o desenvolver do projeto, pois sei que terei em quem me apoiar 
e pedir socorro, caso necessário, no decorrer destes quatro meses. 
22 
 
• ESPECÍFICOS: 1 – Reconhecer as fragilidades e as potencialidades 
das instituições parceiras quanto a Prestação de Serviço do 
adolescente, para buscar estratégias de enfrentamento das 
dificuldades encontradas; 
 
2º RELATÓRIO DE ATIVIDADE 
Nome: Mapeamento e Análise documental. 
Data: 17/08/2017 
Estratégia: Teórico-metodológico 
Tempo de duração: 2h 
Recursos Materiais: Notebook. 
Descrição: Ao chegar no espaço da instituição no dia 17/08/2017, me direcionei 
ao computador utilizado pela equipe de serviço de medidas socioeducativas em 
meio aberto e iniciei a construção da planilha de dados das instituições parceiras. 
Elaborei primeiro o cabeçalho e formatei possibilitando a visualização dos dados 
diferenciada por cores. Busquei nas pastas das instituições as informações 
relevantes para a planilha e efetuei o preenchimento da mesma. Abaixo segue a 
imagem da planilha. 
 
Análise: A elaboração da planilha e a pesquisa de dados das instituições 
parceiras foi um processo dinâmico e rápido, devido a experiência na utilização 
do programa de excel e o conhecimento dos dados das instituições. Mas me 
peguei pensando se essa planilha deveria conter mais dados, podendo ser além 
de uma planilha de dados, como uma planilha de controle de frequência dos 
adolescentes, controle dos retornos de avaliações, dentro outros. No decorrer do 
processo de desenvolvimento do projeto, essa planilha possa ser repensada, 
qualificada e reformulada. 
23 
 
3º RELATÓRIO DE ATIVIDADE 
Nome: Convite e Explanação doProjeto as Instituições Parceiras 
Data: 24, 25, 28 e 30/08/2017 
Estratégia: Abordagem individual 
Tempo de duração: 2h 
Recursos Materiais: Planilha de dados das Instituições Parceiras e Telefone. 
Descrição: O contato com as instituições foi feito pelo telefone fixo do 
equipamento e uma das instituições pelo meu celular particular, utilizando o 
aplicativo whatsapp, iniciei o contato pelas instituições que possuem maior 
contato com o CREAS. 
 A primeira instituição foi o CCIAS Unisinos, essa instituição é composta 
por 17 projetos e os adolescentes são direcionados para cumprir a medida 
socioeducativa conforme o perfil identificado em uma entrevista com o 
adolescente e seu responsável, essa entrevista é feita pela Assistente Social 
Susana Marino, logo após ser encaminhado pelo CREAS para a instituição. No 
contato telefônico conversei com a Assistente Social Susana Marino, expliquei 
sobre o projeto, seus objetivos, sobre a primeira atividade a ser executada pelas 
instituições que é responder o questionário e fiz o convite para participar do 
projeto. Susana se demonstrou disposta em participar, e levará o questionário 
na reunião de equipe onde será respondido coletivamente. 
 A segunda instituição que contatei foi o Lar São Francisco, conversei com 
a Psicóloga Marilene, que é responsável pelos adolescentes no local, expliquei 
o projeto, fiz o convite e a mesma se demonstrou surpresa, pois não tinha tido 
muitas orientações acerca dos adolescentes em cumprimento de PSC, relatou 
que irá abordar o questionário na reunião para que todos possam responder 
conforme a rotina com os adolescentes. 
 A terceira instituição foi a Secretaria de Esportes e Lazer – Ginásio, 
conversei com o Professor Airton, responsável por acolher os adolescentes em 
cumprimento de medida socioeducativa de PSC. Expliquei sobre o projeto e fiz 
o convite, que foi muito bem recebido, Airton se demonstrou aberto a participar 
e ainda falou “o que tu precisar de nós, estamos a sua disposição” (siu). 
24 
 
 Devido à dificuldade de contato com as instituições no dia 24/08/2017, 
pelo motivo do responsável não estar, por vezes não atenderem ao telefone, 
deixei para voltar a entrar em contato com as demais instituições no dia 
25/08/2017 pela manhã e início da tarde. 
 No dia 25/08/2017, a primeira instituição que entrei em contato foi com o 
Bando Municipal do Agasalho, conversei com Elisandra responsável pelo local e 
também pelos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de PSC, 
a mesma se demonstrou receptiva após a minha explanação do projeto de 
intervenção e fiz o convite para a instituição. Elisandra aceitou participar do 
projeto. 
 A segunda instituição foi a Associação Arte e Cultura para a Paz Isaura 
Maia, conversei com Júlio responsável pelos adolescentes em cumprimento de 
medida socioeducativa de PSC na instituição, expliquei sobre o projeto e fiz o 
convite o mesmo aceitou participar. 
 A terceira instituição foi o JUADI, por ser uma instituição que não 
havíamos muito contato, e a alguns meses não recebe adolescentes para 
cumprimento de medida socioeducativa de PSC, iniciei a fala me identificando e 
solicitando conversar com o Sr. , questionei sobre a parceria com o CREAS e 
o mesmo me relatou que não poderá ser mais um parceiro para acolher os 
adolescentes, devido a nova reestruturação do espaço e que poderíamos voltar 
a entrar em contato com eles em 2018, agradeci e reforcei que repassaria essa 
informação para a equipe e que retornaríamos em 2018 para uma nova 
conversa. Como essa instituição não será mais parceiro, não apresentei o 
projeto. 
 A quarta instituição que entrei em contato foi a Associação Meninos e 
Meninas de Progresso, falei com a Coordenadora do espaço no início da tarde. 
A Assistente Social Fabiane foi receptiva após a minha explicação do projeto e 
ao convite, a mesma relatou que irá apresentar o questionário na reunião de 
equipe para que seja feito a construção das respostas coletivamente. 
 No dia 28/08/2017 entrei em contato com a ONG PAAR – Parceiros e 
Amigos dos Animais de Rua, falei com a Fátima pelo aplicativo de whatsapp. 
Fátima é coordenadora e responsável pelos adolescentes em cumprimento de 
25 
 
medida socioeducativa de PSC, é a única instituição que acolhe os adolescentes 
aos finais de semana, atendendo uma grande demanda de adolescentes que já 
estão inseridos no mercado de trabalho, não tendo a possibilidade de cumprir a 
medida durante a semana. A ONG, aos finais de semana desenvolve feiras de 
adoção e brechós beneficentes. Me apresentei e expliquei sobre o projeto, 
Fátima aceitou e me convidou para conhecer o trabalho da ONG, ressaltou que 
a ONG não possui um espaço físico, então caso eu queira fazer uma visita, terá 
que ser aos sábados em frente à escola Visconde no centro de São Leopoldo, 
ponto de encontro semanal da feira de adoção. 
 O segundo contato do dia foi com o Gabinete da Vice-prefeita, o 
responsável pelos adolescentes é o Roger, assessor de gabinete da vice-
prefeita, conversei com ele sobre meu projeto, expliquei sobre a atividade do 
questionário e o mesmo aceitou a participar, enfatizando que a vice-prefeita seria 
inclusa em todo o processo do projeto, pelo desejo dela de acompanhar os 
adolescentes que estão cumprindo a PSC no gabinete. 
 O terceiro contato do dia foi com a instituição PROAME, conversei com a 
Assistente Social Jaira, responsável pelos adolescentes em cumprimento de 
medida socioeducativa de PSC. Iniciei a conversa me apresentando e após a 
minha apresentação questionei a mesma, sobre a continuidade da parceria com 
o CREAS, a mesma relatou que devido a mudanças de equipe e de 
reestruturação no espaço, neste ano não estariam recebendo os adolescentes, 
mas que poderíamos entrar em contato novamente no ano de 2018. Devido a 
não continuidade da parceria entre instituição e CREAS, não apresentei o projeto 
de intervenção a ser executado. 
 A quarta instituição que entrei em contato foi a Escola Municipal Maria 
Edila, essa instituição acolheu somente um adolescente desde o início da 
parceria com o CREAS. Falei com o Diretor Paulo, sobre mantermos a parceria 
com o CREAS, e o mesmo relatou que no momento está recebendo adultos 
encaminhados do Fórum para cumprimento de PSC, devido a isto não poderia 
estar recebendo os adolescentes, mas que poderíamos entrar em contato 
novamente em 2018. Diante disto, não apresentei o projeto de intervenção. 
26 
 
 Entrei em contato com a instituição Casa Auxiliadora no dia 28/08/2017 
no turno da tarde, porém a responsável pelos adolescentes em cumprimento de 
PSC está no local nas quartar e nas quintas-feiras, fiquei de retornar no dia 
30/08/2017. 
 Retornei o contato com a Casa Auxiliadora conforme a disponibilidade da 
Assistente Social Vera que me atendeu de forma atenciosa. Expliquei o projeto, 
explanando as atividades que iriam ocorrer e fiz o convite, a mesma aceitou 
participar do projeto e que aguardava o envio do questionário. 
 A última instituição que entrei em contato foi a Secretaria Municipal de 
Habitação, fui atendida pela Assistente Social Débora, a mesma relatou que 
como faz algum tempo que não recebem adolescentes no local, iriam conversar 
com o restante da equipe e que eu poderia retornar no dia 04/09/2019 que ela já 
teria o retorno. 
Análise: A estratégia de iniciar o contato pelas instituições que possuem maior 
contato com o CREAS, de certa forma otimizou o trabalho e se tornou mais fácil. 
Durante o contato com as instituições, tive algumas dificuldades durante a fala, 
devido ao constante acesso da sala onde o telefone se localiza no equipamento, 
o intenso fluxo doCREAS e por vezes a falta de contato com algumas 
instituições que nem lembravam que eram parceiros do serviço. Sendo essas as 
instituições que preferiram voltar a fazer parceria no próximo ano, essa “perda” 
de parceiros fez com que eu pudesse refletir sobre o processo de trabalho dentro 
do serviço de medidas socioeducativas que por vezes não está ocorrendo. 
 Ter tido esse contato, mínimo, com as instituições e falar do objetivo do 
projeto e ouvir dos locais que irão participar, de certa forma foi um alívio, sendo 
que ainda estou na esperança de ter um retorno do local que ainda falta, na 
expectativa que esse retorno seja positivo, para que assim eu possa dar 
seguimento nas outras atividades. 
 
4º RELATÓRIO DE ATIVIDADE 
Nome: Construção e Envio do Questionário 
Data: 25, 28 e 30/08/2017 
27 
 
Estratégia: Teórico-metodológica 
Horário Previsto: turno manhã e tarde 
Tempo de duração: 6h 
Recursos Materiais: Computador, programa Microsoft Word 2016 e internet. 
Descrição: Elaborei o questionário qualitativo, dividindo ele por 5 eixos, o 
primeiro eixo, denominado “Dados de identificação” é onde a instituição irá se 
identificar; o segundo, denominado “Instituição/Adolescente”, a instituição irá 
responder questionamentos referente a recepção do adolescente e coleta de 
dados; o terceiro eixo, denominado “Instituição/CREAS”, busquei trazer 
perguntas sobre a dinâmica de troca de informações, entre os serviços; o quarto 
eixo, denominado “Instituição/Legislação”, eu questiono sobre o conhecimento 
da instituição quanto as legislações voltadas as medidas socioeducativas; e 
quinto e último eixo, denominado “Instituição/Subjetividade”, eu deixo aberto 
para que as instituições possam trazer suas dúvidas, sugestões e também o seu 
ponto de vista acerta das medidas socioeducativas. 
 Após a construção do questionário, enviei para a professora Claudia, a 
mesma retornou com algumas sugestões, alterei conforme sua sugestão. Na 
segunda-feira, 28/08/2017, entreguei o questionário impresso para minha 
supervisora, que não teve nenhuma sugestão, recebi elogios da mesma, “Nossa 
Bruna, está bem direcionado e estruturado, parabéns” (siu). Em seguida, 
entreguei para a coordenadora do CREAS, a mesma olhou e fez alguns 
apontamentos, em relação a estruturação de uma pergunta e a sugestão de 
inclusão de mais uma pergunta no segundo eixo. Conforme as sugestões efetuei 
as mudanças no questionário e no turno da tarde do dia 28/08/2017, iniciei o 
envio do questionário. 
Enviei o questionário para 9 das 13 instituições, via e-mail, sendo que até 
o momento das 13 instituições que entrei em contato 3 não irão participar, 
ficando um total de 10 instituições, destas 10, ainda tenho uma instituição que 
terei retorno até o dia 04/09/2017. 
No corpo do e-mail, iniciei saudando e referenciando a pessoa 
responsável que havia conversado pelo telefone, expliquei a dinâmica do projeto, 
um pouco do objetivo a ser alcançado e disponibilizei a data limite de devolução 
28 
 
para o dia 11/09/2017, tendo assim 15 dias para retorno, agradeci pela 
disponibilidade e pela atenção, reforçando que entraria em contato novamente 
para conversarmos sobre as próximas atividades. No mesmo dia recebi 
confirmação de recebimento de duas instituições. 
No dia 05/09/2017, entrei em contato com a Secretaria de Habitação a fim 
de obter o retorno quanto à parceira no cumprimento da medida socioeducativa 
de prestação de serviço à comunidade, a mesma relatou que ainda não havia 
tido o retorno do restante da equipe solicitando que retornasse em 11/09/2017. 
Retornei o contato no dia combinado, 11/09/2017, conversei com a Assistente 
Social Débora e a mesma informou que no momento não estariam recebendo os 
adolescentes, devido à baixa demanda de trabalho no setor social da Secretaria, 
mas que poderíamos voltar a conversar no próximo ano, agradeci o retorno e 
ficamos de conversar em 2018. 
Recebi no dia 04/09/2017 o retorno do primeiro questionário respondido, 
que foi a Secretaria de Esportes e Lazer. No dia 11/09 recebi o retorno da 
instituição Isaura Maia, e como ainda não havia recebido retorno das demais 
instituições e sendo esse o prazo final de retorno dos questionários, enviei um 
e-mail recordando sobre o questionário e alargando o prazo até o dia 14/09. 
O retorno dos questionários se deu de forma gradual e lenta, sendo que 
no dia no dia 13/09 recebi o retorno da Casa auxiliadora, no dia 14/09 do CCIAS 
Unisinos, 15/09 recebi por email da ONG PAAR uma solicitação que eu fosse 
buscar no sábado no local onde a instituição faz a intervenção o questionário 
respondido, expliquei para a Fátima, coordenadora da ONG, que não resido em 
São Leopoldo, sendo inviável meu deslocamento no sábado, solicitei a mesma 
que se possível enviasse o questionário escaneado ou fotos pelo aplicativo do 
Whatsapp, porém a mesma relatou que para ela seria complicado, no dia 
seguinte ela compareceu no CREAS, em uma passada rápida e entregou o 
questionário impresso, enviei email agradecendo a entrega. 
No dia 21/09, após eu efetuar ligações para as instituições faltantes, 
recebi o retorno da AMMEP e a solicitação do Lar São Francisco para que eu 
fosse buscar o questionário respondido na instituição. Na oportunidade, eu e 
Márcia faríamos visita domiciliar a alguns usuários e ficou agendado com 
29 
 
Marlene, responsável pelos adolescentes no Lar São Francisco, que 
buscaríamos o questionário. No dia 27/09, após as visitas domiciliares busquei 
o questionário, aproveitando para conhecer o espaço do Lar São Francisco. 
Somente dois locais não retornaram o questionário, locais estes que 
solicitei que a Márcia, minha supervisora, fizesse contato devido à aproximação 
com o CREAS, mas acabaram por não enviar e também não justificaram a não 
entrega, que foram o Banco Municipal do Agasalho e o Gabinete da Vice-
prefeita. Anexo 1. 
Análise: A construção do questionário me deixou de certa forma inquieta e 
insegura, pela maneira como abordei a temática, buscando de certa forma 
coletar informações das instituições que não eram evidenciadas no decorrer do 
processo de acolhimento e retorno dos adolescentes ao CREAS e, também pelo 
fato de não ter tido contato pessoalmente com as instituições para a 
apresentação do projeto devido ao tempo ser escasso. 
 Conhecer um pouco as instituições, que por vezes, me parecem tão 
distantes, mas que deveria estar tão próxima do serviço, como são pressupostos 
no SINASE (2006, p.54) que as parcerias e alianças estratégicas são 
fundamentais para a constituição da rede de atendimento social indispensáveis 
para a inclusão dos adolescentes no convívio social, faz com que eu tenha ainda 
mais a vontade de aprender sobre as medidas socioeducativas, e mexer ainda 
mais no cotidiano da vida desses adolescentes. Sabemos que é uma pontinha a 
ser modificada, mas que de alguma maneira irá mudar a perspectiva desse 
adolescente. 
 O retorno dos questionários foi intenso, as instituições não cumpriram com 
o prazo estabelecido, por mais que tenha sido alongado este prazo, ainda 
ocorreu de algumas instituições não enviar e eu ter que intervir fazendo contato 
telefônico. De certa forma isso me incomodou, mas me incomodou como pessoa, 
pela não responsabilidade do local em responder, sendo que haviam se 
comprometido em participar das atividades do projeto, após a reflexão sobre tudo 
que havia ocorrido, pude perceber o real distanciamento entre o serviço de 
medidas socioeducativas das instituições parceiras que acolhem os 
adolescentes. A existência desse distanciamento entre o CREAS e as 
30 
 
instituições me preocupa, pelo fato de ter outras atividadesdo projeto a serem 
desenvolvidas com as instituições e que somente ocorreram se as mesmas 
participarem, mas com isso posso refletir sobre o trabalho que estou 
desenvolvendo e o porquê essa demanda estava tão latente dentro do serviço. 
 
5º RELATÓRIO DE ATIVIDADE 
Nome: Compilação e Análise dos Dados do Questionário 
Data: 30/09/2017 
Estratégia: Teórico-metodológica 
Horário Previsto: turno manhã 
Tempo de duração: 4h 
Recursos Materiais: Computador, programa Microsoft Excel 2016 e internet. 
Descrição: A construção da planilha se deu de forma gradual, pois ainda não 
havia certeza de como iria compilar os dados. O layout da planilha contém os 
dados das perguntas e o espaço onde serão colocadas as respostas, a mesma 
está separada pelos eixos conforme o questionário foi idealizado, segue abaixo 
o esboço da planilha: 
 
 A análise dos dados foi construída pensando em qualificar as respostas 
por aproximação, como afirma Bardin (2009): 
31 
 
“Nem todo o material de análise é susceptível de dar 
lugar a uma amostragem, e, nesse caso, mais vale 
abstermo-nos e reduzir o próprio universo (e, 
portanto, o alcance da análise) se este for demasiado 
importante” (p.123). 
 Trouxe para a planilha os dados que traziam maior importância para a 
compreensão das respostas das instituições, tentando mostrar a realidade 
exemplificada nas respostas. O termino da compilação e análise dos dados 
ocorreu no dia 04/10, devido ao retorno tardio dos questionários. Abaixo segue 
a planilha completa, com os dados analisados e compilados. 
 
32 
 
 
Análise: Tive dificuldades na construção da planilha, somente após a aula 
individual e a explicação por parte da Profª Claudia, que recordou da cadeira de 
Pesquisa em Serviço Social onde foi utilizada a referência de Bardin em análise 
de conteúdo, para a compreensão dos dados. Somente após a leitura deste autor 
que tive condições de começar a montar planilha e ler os questionários para 
compilar os dados de forma a serem de fácil compreensão e visualização na 
planilha. 
 
• ESPECÍFICOS: 2 – Viabilizar que os adolescentes tenham um local 
qualificado para o cumprimento da medida socioeducativa de 
Prestação de Serviço à Comunidade, que atendam as prerrogativas 
previstas no SINASE; 
 
6º RELATÓRIO DE ATIVIDADE 
Nome: Convite as Instituição para participar da Oficina 
Data: 17/10/2017 
Estratégia: Abordagem individual 
Horário Previsto: turno manhã e tarde 
Tempo de duração: 6h 
Recursos Materiais: Computador, internet, e-mail e telefone. 
Descrição: No dia 17/10/2017 enviei o e-mail para as instituições parceiras, 
explicando novamente o projeto que está sendo desenvolvido no CREAS e a 
importância da participação de todos, por fim, convidei-os para participar da 
oficina enviando as informações como a data da oficina, 30/10/2017, o horário, 
09h – 12h e o local, CREAS – Rua primeiro de março, 237 – Centro. 
33 
 
 No mesmo dia recebi o retorno da Fátima, que é coordenadora e 
orientadora dos adolescentes na ONG PAAR, a mesma relatou não poder 
comparecer na oficina devido a atividades no seu trabalho. Retornei o e-mail 
agradecendo as suas contribuições até o momento e que sentiria sua falta na 
oficina. 
 No dia 18/10/2017 recebi o retorno da Susana, coordenadora do CCIAS 
da Unisinos, confirmando sua participação na oficina, retornei o e-mail 
agradecendo e afirmando que estarei lhe aguardando. No dia 19/10/2017 recebi 
o retorno da Vera, Assistente Social da Casa Auxiliadora, confirmando sua 
participação na oficina, retornei a mesma agradecendo pela disponibilidade, pois 
sei que a mesma não estaria trabalhando na segunda-feira, na instituição, sendo 
seus horários quarta e quinta. 
 No dia 23/10/2017 recebi o retorno da Letícia, Assistente Social na 
instituição AMMEP, confirmando a sua participação na oficina. Neste mesmo dia 
entrei em contato via telefone com o Lar São Francisco e conversei com 
Marilene, Psicóloga do espaço, que informou que solicitou liberação da 
coordenação, porém ainda não teve retorno, ficando de retornar o e-mail assim 
que tivesse uma resposta. 
 No dia 24/10/2017 fiz contato telefônico com Júlio, orientador na 
instituição Isaura Maia, a fim de confirmar sua participação na oficina, o mesmo 
confirmou sua participação. Neste mesmo dia, recebi a ligação do Airton, 
professor na Secretaria de Esportes e Lazer, o mesmo informou que está 
remanejando sua agenda para que possa comparecer na oficina, ficou de 
confirmar via e-mail. Fiz contato com a Elisandra, coordenadora do Banco 
Municipal do Agasalho e a mesma informou que não participará da oficina devido 
a estar sozinha no serviço no turno da manhã. 
 Márcia entrou em contato via whatsapp com o Roger, assessor no 
Gabinete da Vice-prefeita e o mesmo confirmou a sua presença na oficina. Na 
sexta-feira, dia 27/10/2017, entraria novamente em contato com o Airton e a 
Marilene que ficaram de confirmar sua presença, porém o CREAS encontra-se 
com o telefone institucional cortado, sendo assim não pude contatar os mesmos. 
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Análise: O convite as instituições em primeiro momento ocorreram por meio de 
e-mail e conforme o tempo passou e algumas instituições não retornaram 
confirmando a participação, entrei em contato via telefone com as instituições o 
que me possibilita uma aproximação maior, entre o CREAS e os locais parceiros. 
A partir desta experiência pude perceber que o contato via telefone, por vezes, 
é mais eficaz, porém cansativo. 
 
7º RELATÓRIO DE ATIVIDADE 
Nome: Elaboração do termo de parceria 
Data: 18/10/2017 e 19/10/2017 
Estratégia: 
Horário Previsto: turno manhã e tarde 
Tempo de duração: 6h 
Recursos Materiais: Computador, internet e e-mail. 
Descrição: Após a leitura do Termo de Parceria que foi construído no ano de 
2014 pela equipe técnica do CREAS, pude perceber algumas fragilidades, como 
o preenchimento das atribuições dos parceiros em branco, onde seriam 
preenchidas a mão no momento da assinatura do termo, alguns termos jurídicos 
que colocam como responsável o Fórum de São Leopoldo e não o CREAS. 
 Reelaborei e reformulei o termo de forma que se tornasse de fácil 
compreensão e de certa forma mais objetivo, entreguei para a minha supervisora 
de campo para que pudesse avaliar e complementar caso seja necessário. 
 Recebi o retorno da minha supervisora de campo e a mesma solicitou que 
eu complementasse a Cláusula terceira que fala sobre o desligamento do 
adolescente da instituição a qualquer momento, mediante a justificativa, 
complementar com a seguinte frase: “O adolescente/jovem se reserva o direito 
de trocar o local de cumprimento da medida a qualquer tempo, por motivo 
justificado”. 
A mesma elogiou a reformulação do termo e com isso enviei para Letícia, 
estagiária de Direito, que irá junto do supervisor dela conferir o conteúdo do 
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termo, esse envio foi via e-mail com prazo para retorno até o dia 26/10/2017. 
Termo em anexo ao 7º relatório de atividade. 
No dia 26/10/2017, recebi o retorno da Letícia, estagiária de Direito, que 
informou que não poderíamos utilizar aquele termo de parceria, trazendo a 
justificativa que esse não pode ser um documento legal, pois o CREAS não 
responde juridicamente, somente a Prefeitura. Com isso, ela apresentou a Lei nº 
9.790/99 que “Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito 
privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse 
Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências.”. 
Explicou que devemos elaborar um relatório justificando a elaboração do 
termo, a sua finalidade e o serviço demedidas socioeducativas, esse relatório 
deverá ser entregue no setor Jurídico da Secretaria de Desenvolvimento Social 
e a mesma encaminhará para a Procuradoria Geral do Município, constando a 
necessidade a Procuradoria irá elaborar o termo que será sempre assinado pelo 
Prefeito, Coordenação do CREAS e a Coordenação do local de parceria. 
Após toda a explicação da Letícia, nós da equipe do serviço de medidas 
socioeducativas decidimos por elaborar o relatório e encaminhar para o Jurídico 
no decorrer dos próximos meses, devido a intensidade de demanda atualmente 
no serviço, o termo ficará para o ano de 2018. Anexo 2. 
 
Análise: As fragilidades do termo anterior e a possibilidade de sua reformulação 
possibilitou a reflexão da equipe quanto ao fluxo de trabalho e suas atribuições 
quanto serviço de medidas socioeducativas, trazendo também para o termo as 
atribuições e responsabilidades dos locais parceiros. Assegurando que os 
adolescentes tenham um local qualificado e disciplinado para cumprir sua 
medida. 
A notícia que não poderia utilizar o termo que eu havia reformulado me 
deixou extremamente chateada, pelo simples fato que o fechamento da oficina 
com os parceiros iria se dar pela assinatura do termo, firmando assim a parceria 
e o comprometimento que se deve ter nos locais com os adolescentes. Toda a 
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burocracia imposta para a elaboração do termo não acredito que ele seja inserido 
no contexto de trabalho logo. 
 
8º RELATÓRIO DE ATIVIDADE 
Atividade: Oficina 
Nome: Trilhas da Socioeducação 
Data: 30/10/2017 
Local: CREAS – Rua 1º de março, 237 – Centro/São Leopoldo 
Tempo de duração: 3 horas 
Recursos materiais: Data show, papel pardo, fita adesiva, impressões, 
notebook e canetas. 
Descrição: Ao chegar no CREAS, iniciei arrumando a sala grande, do segundo 
andar, coloquei as cadeiras ao redor da sala, ajustei a mesa grande no canto da 
sala com chá, bolachas e chimarrão, organizei a mesa pequena com o 
computador e o data show, instalei o equipamento e me certifiquei que estava 
tudo funcionando. 
 Pontualmente ás 09h a Carina, atendente social que está executando o 
serviço da recepção, me avisou que já teriam pessoas aguardando para a 
oficina. Me direcionei até a recepção e estavam 3 pessoas aguardando, saudei-
as com “Bom dia” e solicitei que me acompanhassem para a sala grande, onde 
a Márcia, minha supervisora de campo, estava aguardando. 
 Iniciei saudando a todos e falando que em primeiro momento eu não iria 
me apresentar pois gostaria de propor uma técnica de apresentação, com isso 
solicitei que todos se levantassem e se aproximassem ficando em círculo, 
fazendo com que todos se enxerguem. Expliquei a técnica de apresentação e 
iniciei falando meu nome e a característica, Bruna Bacana, e o nome e a 
característica do espaço institucional que estou inserida, CREAS Carinho, 
seguiu as apresentações com pela minha direita com a Marilene Meiga do Lar 
São Francisco Lindo, Roger Revolucionário do Gabinete da Vice-Prefeita 
Gestão, Susana Solícita do CCIAS Unisinos Carinho, e por fim a Márcia Meiga 
do CREAS Cuidado. Ao final da técnica, expliquei sobre aquele momento de 
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apresentação poder aproximar, descontrair e também refletir sobre a 
característica que havíamos utilizado, todos elogiaram a técnica utilizada. 
 Após o momento de apresentação, iniciei os slides com a apresentação 
do projeto de intervenção do estágio, falei sobre o objetivo do projeto, como havia 
chegado até o projeto, relatei sobre o processo da análise institucional e sobre a 
metodologia que estava utilizando para a execução do projeto. Posterior 
apresentei o SINASE dividido em 8 lâminas que continham os seguintes temas: 
Lei que regulamenta o SINASE; O que é o SINASE; Gestão Pedagógica no 
atendimento socioeducativo; Diretrizes Pedagógicas no atendimento 
socioeducativo; Alianças estratégicas e; Parâmetros pedagógicos: entidades e 
programas de execução da medida socioeducativa de prestação de serviço à 
comunidade. Nesse meio tempo de apresentação chegou a Letícia da AMMEP 
e o Júlio da Isaura Maia, saudei eles e solicitei que se apresentassem para os 
demais colegas, após dei continuidade na apresentação dos slides. 
 Seguindo na apresentação do slide, falei sobre o CREAS, em específico 
ao serviço de medidas socioeducativas, a execução deste serviço trazendo o 
processo de trabalho e as atribuições, por fim o fluxo do serviço, desde a 
chegada do processo pelo Juizado da Infância e Juventude até o retorno deste 
processo para o Cartório. O Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo foi 
o último tema a ser apresentado no slide, falei sobre a construção do Plano, 
competências e atribuições que ele orienta, os eixos que ele compete e a gestão, 
monitoramento e avaliação que devem ser feitas. 
 O último slide que apresentei é um trecho de uma música, escrita por um 
adolescente interno do CASE de Novo Hamburgo, que cantou no Seminário 
Regional de Medidas Socioeducativas. 
“Percebi que as grades não são a prisão 
A rua não é a Liberdade 
Pois existem pessoas presas nas ruas, 
E pessoas livres nas cadeias. 
As grades podem aprisionar o meu corpo. 
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Mas, jamais prenderá meus pensamentos, 
POIS, SE TODOS DEREM AS MÃOS, 
QUEM SACARÁ AS ARMAS?” 
A partir da leitura do trecho da música, deixei aberto para que 
pudessemos pensar e discutir sobre o que eu havia apresentado no slide. 
Susana iniciou falando sobre a importância daquele momento e trazendo para a 
reflexão como teriamos um trabalho mais qualificado com os adolesentes se 
pudessemos trabalhar nos parâmetros que o SINASE preconiza, se tivéssemos 
equipe suficiente nos espaços. 
 Roger questiona “quantos locais parceiros vocês tem hoje e quantos 
adolescentes em PSC? “(siu) respondi 9 locais e 54 adolescentes em 
cumprimento de MSE de PSC, alguns em lista de espera por não termos locais 
que ofertam serviço aos finais de semana, temos no momento somente a ONG 
PAAR que supri um pouco desta demanda. Com isso, Roger dá a sugestão de 
buscarmos novos parceiros, mas que estes parceiros sejam as secretarias que 
estão na comissão do Plano Municipal, com o vies de que eles já são 
responsáveis por estes adolescentes e trazer o Conselho Municipal da Criança 
e do Adolescente, como já é previsto no Plano, para monitorar essa execução. 
 Julio traz que o COMDEDICA não está executando seu papel de 
conselho, no momento que deve ser feitas as discussões e deliberações, nada 
é feito, “são vários conselheiros que não sabem nem o que estão fazendo ali” 
(siu), “infelizmente o papel do conselho se perdeu” (siu). Enquanto acontecia as 
trocas de informações e opiniões, estava passando pelos participantes o Plano 
Municipal de Atendimento Socioeducativo de São Leopoldo e o SINASE. 
 Após o momento de reflexão, iniciei a explicação do terceiro momento da 
oficina que é a elaboração conjunta do fluxo entre CREAS e os Parceiros, para 
esse momento utilizei a mesa grande e nela abri o papel pardo, as canetas e as 
palavras chaves, sendo elas: CREAS; Parceiros; Contato telefônico; Semanal; 
Mensal; E-mail; Whatsapp; Encontro; Reunião; Visita ao parceiro; Relato de 
Conclusão; Relato de Frequência e; Adolescente. Iniciamos colando no papel 
pardo o CREAS e o Parceiros, questionei o grupo a melhor forma de contato com 
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eles e todos afirmar o Whatsapp, então colocamos o whatsapp, posterior a isso 
colamos o adolescente e questionei sobre como poderiamos fazer o controle de 
frequência do adolescente chegar até o CREAS, com isso Julio trouxe o exemplo 
da planilha de monitoramento do Serviço de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos, planilha essa enviadomensalmente para os locais de SCFV pela 
Diretora da Secretaria, e os locais devem retornar essa planilha preenchida até 
certo dia do mês, onde consta a frequência, desistencia etc das crianças do 
serviço. 
 A partir do exemplo do Julio, pensamos em conjunto na possibilidade do 
CREAS elaborar essa planilha e encaminhar no dia 30 de cada mês para os 
parceiros e os mesmos retornar até o dia 10 de cada mês, ficou decidido que 
iriamos começar testando até o final do ano de 2017 e definitivo em 2018, e nesta 
planilha foi colocado pelos participantes alguns itens importantes que deveriam 
conter como: nome completo do adolescente, nome do responsável, contato 
telefônico e quantidade de horas total; portanto, foi colocado no papel o relato de 
frequência, o mensal e o e-mail. Questionei o grupo sobre o encerramento do 
adolescente ao término do cumprimento de sua medida, Susana respondeu que 
o CCIAS envia para o CREAS um relato de como foi o cumprimento da MSE do 
adolescente. 
 A partir do relato da Susana, surgiu a possibilidade dos locais estarem 
enviando um relato de conclusão, ficando a critério do local se esse relato será 
construído a partir de experiências do adolescente dentro da instituição apenas, 
ou construído juntamente com o adolescente, trazendo a avaliação dele junto. 
Nisso colocamos no papel pardo o relato de conclusão e e-mail. Julio trouxe para 
o grupo uma sugestão, que ele já havia conversado com a Márcia, de ser feita 
uma reunião anterior ao encaminhamento do adolescente para a PSC, para que 
a instituição possa conhecer a realidade do adolescente e suas particularidades, 
podendo assim trabalhar mais com o adolescente. Essa sugestão foi bem 
recebida por todos, então fica estabelecido no fluxo que haverá uma reunião 
antes do encaminhamento do adolescente, nisso a Letícia questionou a 
possibilidade de ser colocado no encaminhado mais informações do adolescente 
como nome completo e telefone, expliquei a ela que esse será um dos 
instrumentos a serem qualificados e que irei colocar as suas sugestões. 
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 Por último criamos um papel denominado Encontro, que foi discutido entre 
o grupo, a possibilidade daquele momento poder acontecer mais vezes, com o 
viés por vezes de formação, discussões de casos ou até mesmo de troca de 
informações. O encontro foi posto no papel pardo juntamente com a nova palavra 
que é o bimestral, que foi o tempo determinado para os próximos encontros, 
contando a partir de 2018. Abaixo a foto final do Fluxo construído. 
 
 Por fim, fiz uma retrospectiva do fluxo entre o CREAS e os Parceiros e 
dos encaminhamentos que ficaram para serem executados, sendo eles: contatar 
as secretarias participantes do Plano para sensibilizar e torna-los parceiros; 
elaboração da planilha de frequência; reformulação do encaminhamento; envio 
do material da apresentação e relato da oficina; Agradeci a todos pela presença 
e pela participação, e que eu estava muito feliz por aquele momento e pela 
possibilidade de estar possibilitando essa aproximação dos espaços. Todos 
agradeceram por eu estar proporcionando aquele momento e elogiaram meu 
projeto “merece nota 10 com estrelinhas” (siu). 
Segue alguns registros do momento feitos pela Márcia, minha supervisora. 
 
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Análise: De 9 instituições, 2 falaram que não iriam comparecer, 2 não 
confirmaram e 5 confirmaram. Das 5 que confirmaram uma não foi e uma que 
não havia confirmado compareceu. Todo o processo até o momento da oficina, 
foi intenso, e tomado por muita ansiedade, mas quando o momento chegou foi 
tão leve que nem percebi as horas passarem. Me senti muito confortável e pude 
desenvolver as atividades como havia idealizado. A receptividade dos locais e 
todas as colocações foram de encher o coração de esperança, que trazer as 
instituições para dentro do CREAS pode sim transformar e dismistificar muitas 
coisas. 
 Percebi no decorrer da oficina, que os parceiros estavam ali por querer 
que os adolescentes estejam dentro dos espaços, preocupados com a dinâmica 
que estava ocorrendo, da grande evasão dos adolescentes, pela não aderência, 
prospecto essa reunião antes do encaminhamento como uma forma de traçar e 
fortalecer o parceiro quanto ao adolescente que será encaminhado, podendo 
assim intervir de fato com o parceiro e o CREAS nas questões do adolescente. 
 E quanto as instituições que não compareceram, iremos encaminhar o 
material e o relato da oficina, e faremos contato para firmarmos esse novo fluxo 
e ver o ponto de vista deles. 
 
8º- 2 RELATÓRIO DE ATIVIDADE 
Atividade: Oficina 
Nome: Trilhas da Socioeducação 
Data: 16/11/2017 
Local: CREAS – Rua 1º de março, 237 – Centro/São Leopoldo 
Tempo de duração: 3 horas 
Recursos materiais: Data show, papel pardo, fita adesiva, impressões, 
notebook e canetas. 
Descrição: Essa atividade não estava prevista, porém como no dia que a 
primeira oficina ocorreu algumas instituições não compareceram, foi feito o 
convite novamente e neste dia compareceram o Professor Airton, da Secretaria 
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Municipal de Esportes e Lazer, a Assistente Social Vera, da Casa Auxiliadora, e 
a Elisandra, do Banco Municipal do Agasalho, acompanharam na oficina a 
Psicóloga Cármen e a Assistente Social Márcia, equipe do serviço de MSE. 
 A oficina iniciou com uma rodada de apresentação e posterior iniciei com 
a apresentação do serviço de MSE, o SINASE, o Plano Municipal de 
Atendimento Socioeducativo de São Leopoldo, e o fluxo estabelecido com as 
instituições parceiras na primeira oficina, este fluxo foi apresentado, mas 
expliquei que ele poderia ser alterado, conforme a necessidade de cada local. 
As instituições que estavam presentes concordaram com o fluxo estabelecido. 
Análise: Com a finalização das oficinas, por mais que essa não estava prevista, 
senti que os locais se sentiram acolhidos dentro do serviço, criando assim um 
vínculo real de parceria. Acredito que essa oficina foi uma pontinha de 
aprimoramento para os locais e que os deixou instigados com a temática. 
 
9º PLANO DE ATIVIDADE 
Nome: Elaboração do Folder Informativo 
Estratégia: Teórico-metodológico 
Horário Previsto: turno manhã e tarde 
Tempo de duração: 6h 
Recursos Materiais: Computador, internet, impressora e folhas. 
Descrição: O folder foi elaborado a partir dos resultados obtidos na oficina. 
Portanto ele contém uma breve explanação do serviço de medidas 
socioeducativas, o SINASE, o plano municipal de atendimento socioeducativo 
de São Leopoldo, e o fluxo estabelecido entre o serviço de MSE e as instituições 
parceiras. Sendo um instrumento de informação para os novos parceiros, bem 
como poderá ser utilizado pelos antigos. Anexo 3. 
Análise: A construção do folder foi um processo de sistematização dos assuntos, 
possibilitando uma melhor percepção dos principais pontos do serviço de MSE, 
bem como do SINASE e do plano, fazendo com que o leitor capte de forma fácil 
o assunto que esta sendo abordado. 
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• ESPECÍFICOS: 3 – Construir um fluxo de monitoramento e avaliação 
permanente de forma a envolver as instituições e o CREAS; 
 
10º RELATORIO DE ATIVIDADE 
Nome: Aprimoramento do Instrumento de Encaminhamento e Avaliação 
Data: 10/11/2017 
Estratégia: Teórico-metodológico 
Horário Previsto: turno manhã e tarde 
Tempo de duração: 6h 
Recursos Materiais: Computador, internet, impressora e folhas. 
Descrição: Reelaborei o instrumento de encaminhamento no dia 08/11/2017, 
acrescentei ao layout anterior um espaço para o nome completo do adolescente, 
nome dos responsáveis, data de nascimento, telefone para contato e endereço. 
Retirei do texto informações desnecessárias e o mesmo