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Universidade Federal Fluminense (UFF) 
Curso de Administração Pública 
Disciplina: Filosofia e ética 
Nome do Aluno: FAGNER TAKESHI MITUYASSU 
Polo: VOLTA REDONDA 
Matricula: 18213110134 
Questões da Atividade 4 – 18/08/2018 
 
1. Segundo Platão, qual a importância do conhecimento do Bem para a 
Conduta Ética? 
Platão desenvolve as questões éticas influenciado basicamente pelas 
ideias de Sócrates. Para entender Platão, temos que analisar principalmente os 
diálogos socráticos que se passam entre os personagens Sócrates, Menon e 
Górgias. 
Primeiramente, a partir da metafísica de Platão, ele desenvolve a teoria das 
formas e ideias, onde deveríamos conhecer realmente a essência de cada 
ideia. A partir disso, visto que já temos o conceito de forma, ele introduziu o 
que seria a forma do bem e denominou “suprema forma” e considerou como 
princípio metafísico mais importante. 
As trilogias dos mitos do Sol, da linha dividida e da Caverna foram usadas para 
explicar a natureza do Bem. Nesse sentido, Platão explica que o indivíduo ético 
é aquele que possui autocontrole e é capaz de governar a si mesmo, porém 
para agir corretamente é necessário um processo demorado de 
amadurecimento espiritual. 
Portanto, no discurso de Sócrates, citado por MARCONDES (2007, p.16): 
"Nos últimos limites do mundo inteligível aparece-me a ideia (ou forma) 
do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem 
se concluir que ela é causa de tudo que há de reto e de belo", aparece o 
conceito de forma do bem, atingida pela via dialética, elevando a alma para o 
plano mais alto e mais abstrato do real, que é capaz de agir de forma justa. E 
ao conhecer o bem, conhece-se a verdade, a justiça e a beleza. Por isso, a 
concepção ética de Platão ficou conhecida como “metafísica do Bem”. 
 
 
2.Como pode ser definida a virtude, segundo o Mênon? 
No diálogo entre Menon e Sócrates, o primeiro tenta definir a virtude 
através de exemplos práticos do dia a dia. Ele começa com a virtude do 
homem, esta que seria a capacidade de gerir as coisas da cidade, e no 
exercício da gestão, fazer bem aos amigos e mal aos inimigos. E assim, vai 
enumerando outros casos como o da mulher, que seria administrar bem a casa 
e cuidar bem do marido. No diálogo, ele cita outros exemplos como menino, o 
ancião, o escravo, dentre outros. E no final, ele conclui que existe uma 
multiplicidade de virtudes, variando de acordo com cada tipo de pessoa 
(homem, mulher, criança, adulto). 
E com o desenrolar do diálogo, Sócrates vai utilizando de sua dialética e 
definindo o que é virtude, e procurando a essência e o que tem em comum 
entre a multiplicidade das virtudes para chegar ao conceito de virtude e depois 
responder a pergunta inicial se a virtude pode ou não ser ensinada. 
 
3.Por que, para Platão, a virtude não pode ser ensinada? 
Primeiramente para saber se a virtude é ensinada, Platão diz que só é possível 
saber se conceituarmos o que é virtude. Para isso, ele utiliza os diálogos entre 
Sócrates e Menon para conceituar virtude. 
 A partir disso, Platão nega e diz que a virtude não pode ser ensinada, pois a 
nossa alma já nasce com isso não podemos aprender nenhuma das virtudes, 
somente podemos recordar ou relembra-las. Para isso, o filósofo deveria ter o 
papel de desperta-las e assim chegarmos as virtudes, conforme o texto de 
MARCONDES (2007, p.23) “...a resposta platônica é negativa: a virtude não 
pode ser ensinada; ou já a trazemos conosco ou nada será capaz de incuti-la 
em nós. Assim, a virtude deve ser inata. Porém, encontra-se adormecida em 
cada uma das pessoas, e o papel do filósofo consiste exatamente em despertá-
la. ” . 
Para Platão, a experiência sensível ou processos de ensino não levam ao 
conhecimento autêntico e somente poderia ser atingido através de um 
processo de rememoração, lembrança das ideias que já pertencem a alma, 
pois a alma é eterna e essa ao nascermos e ganharmos um corpo fariam nos 
esquecer do que já é pertencido a alma. O filósofo somente conduziria ao 
esclarecimento das ideias e o seu papel não seria transmitir conhecimentos, 
mas sim através da dialética conduzir aos questionamentos de modo a 
recuperar o conhecimento que está dentro de si. 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Ética, Rio de Janeiro, Jorge Zahar,5ª 
Edição, 2007

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