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Artigo Teoria Classica da Administração

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
CAMPUS PROFESSOR FRANCISCO GONÇALVES QUILES
DEPARTAMENTO DE ADIMINISTRAÇÃO
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO ORGANIZACIONAL: POLÍTICAS E GESTÃO NA ESCOLA
ÁGDA FARIAS DOS SANTOS
JONATAS GALIOTTO DOS SANTOS
MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA ROCHA
MILTON PINHATE
ASPECTOS DA TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO EM ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE CACOAL
.
Cacoal
2017
ÁGDA FARIAS DOS SANTOS
JONATAS GALIOTTO DOS SANTOS
MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA ROCHA
MILTON PINHATE
ASPECTOS DA TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO EM ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE CACOAL
Artigo científico apresentado à coordenação do curso de pós-graduação Lato Sensu em Gestão Organizacional: Políticas e Gestão na Escola, do Departamento de Administração da Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus de Cacoal como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de 
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Ângela Castro
Cacoal
2017
ASPECTOS DA TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO EM ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE CACOAL
Ágda Farias dos Santos�
Jonatas Galiotto dos Santos�
Maria José de Oliveira Rocha�
Milton Pinhate�
Resumo: Este artigo destina-se a verificar a utilização dos princípios da Teoria Clássica da Administração de Henry Fayol na gestão de escolas da rede pública de ensino no município de Cacoal – RO. Trata-se de um estudo de caso de abordagem quanti-qualitativa, com finalidade descritiva. Os dados foram colhidos por meio de um questionário auto aplicado e tratados de acordo com o referencial teórico acerca do assunto. Os resultados apontam a presença dos conceitos da Teoria Clássica da Administração na gestão escolar e inferem a aprovação dos indivíduos envolvidos no trabalho escolar quanto aos preceitos preconizados por Fayol.
Palavras-chave: Teoria Clássica da Administração; Gestão Escolar.
INTRODUÇÃO
A busca pela qualidade no ensino depara-se sempre com a necessidade de adequação orçamentária, seja em escolas públicas ou privadas e englobam também aspectos organizacionais onde gestão e colaboradores apresentam divergências mesmo quando o objetivo das partes é comum. 
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O ambiente escolar, de maneira geral, atravessa na atualidade um período muito particular no que se refere à competitividade que diz a respeito a própria sobrevivência de determinada organização. 
A difusão da automação que envolveu todos os setores escolares exigiu e vem exigindo a cada dia do ambiente escolar a renovação e a busca de estratégias adequadas às exigências do mercado atual. 
Essa situação fica mais acentuada quando se trata de escola publicas, haja vista a multiplicação de números de alunos no mercado onde não se pode oferecer grandes vantagens (recursos financeiros), em virtude dos benefícios a elas oferecidos, se comparando com as escolas particulares. Observar essas informações implica perceber que a teoria clássica no contexto escolar não exige apenas a gerência de recursos humanos e financeiros, mas a adoção de estratégias competitivas que permitam a esse organismo diferenciar-se no mercado, obtendo, dessa forma, sucesso na competitividade.
O grande dilema que parece estar no bojo de toda esta transformação, é a questão do gerenciamento das contradições entre cultura e mudança organizacional. Sabe-se que a mudança física (estrutura); é algo fácil pois se pode planejar e executar; porém a mudança do bem inatingível, isto é, o setor pessoal é mais difícil, pois o colaborador deve estar ciente da filosofia que a empresa está empregando com a mudança da cultura organizacional, e ele deve estar engajado nestes objetivos. 
Diante da situação exposta o presente estudo analisa a importância da teoria clássica no contexto escolar de escolas públicas localizadas no município de Cacoal, verificando os pontos relevantes da teoria clássica, planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar à sua forma adotada e os efeitos da mesma no que tange aos resultados, mais particularmente, no sucesso ou insucesso do ambiente escolar.
ASPECTOS DA TEORIA CLASSICA DA ADMINISTRAÇÃO
Concomitantemente ao novo modo de produzir introduzido com a revolução industrial, surgiram os primeiros tratados de administração que tinham por objetivo gerenciar o trabalho coletivo e evitar a perda do controle do processo de produção e a compra e venda da força de trabalho.
Então uma a instituição passa a ser organizada como autônoma e com suas fronteiras bem estabelecidas e com foco em sua constituição interna, marcada pelas operações precisas apresentadas por Taylor e Fayol, onde a racionalização dos métodos de produção e dos princípios administrativos garantiam o trabalho de forma mais precisa e centralizada no comando da gerencia.
Para Taylor (1990), a forma “correta” de se executar uma tarefa implicava na maximização da eficiência do processo de produção. No entanto esse enfoque nos métodos provocou uma grande separação entre os que executam o trabalho e os que pensam o trabalho, portanto, administram o processo. 
Nessa abordagem, Lazzarato e Negri (2001) explica que como consequência surgia a figura do trabalhador massificado, que não se diferenciava dos demais trabalhadores já que suas qualidades e habilidades eram niveladas a partir de tarefas cada vez mais simples e repetitivas.
Essa abordagem cientifica da administração, se pensada no âmbito da administração escolar, é caracterizada pela existência de ações peculiares e bem definidas como planejamento, organização, coordenação, avaliação e controle. Essas ações visam simplificar o trabalho escolar e consequentemente criam atores com papeis pré-definidos que caracterizam uma produção moderna de trabalhadores massificados, senão vejamos na descrição de Motta (2001) como seria essa separação do trabalho:
“Nesse sistema, a decisão burocrática apresenta-se como absolutamente monocrática, sendo o fluxo de comunicação de cima para baixo que acaba sendo, de fato, legitimo. A organização já é vista como um sistema de papéis, na medida em que pessoas não importam – o que importa é a sincronia desses papéis. [...] A concentração de poder na cúpula, a centralização da decisão, a ordem, a disciplina, a hierarquia e a unidade de comando são fundamentais (p.75) 
	
	Estes princípios estiveram explícitos nas instituições escolares em grande parte do século XX, que marcou um período onde, deliberadamente, a direção centralizava as decisões. Essa dinâmica era repetida pelo professor em sala de aula onde o processo decisório era centrado na figura do professor e os alunos eram submetidos às decisões deste.
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DA TEORIA CLÁSSICA NO CONTEXTO ESCOLAR 
Para que se conceitue e compreenda o planejamento estratégico é importante, em primeiro lugar, desmembrar os itens constantes de tal expressão entendendo-os separadamente de início. Acredita-se então, o que seria planejamento, ao que se pode dizer que planejar significa ordenar ações no sentido de conquistar posições futuras desejadas, o que inclui a participação de pessoas, alocações de recurso, controle e avaliação a fim de medir os resultados obtidos previamente. Assim, pode-se afirmar que o planejamento consiste no elo entre o conhecimento e a ação.
Nas palavras de Chiavenato e Matos (1987, p. 257):
O planejamento é um processo que começa com a determinação de objetivos; define estratégias, políticas e detalha planos para consegui-los; estabelece um sistema de decisão e inclui uma revisão dos objetivos para alimentar um novo ciclo planificação.
A importância de um estudo mais aprofundado da teoria clássica e suas relações no contexto escolar com uma pratica formal reside na consequência de uma melhor compreensão do contexto histórico e social. Contribui também para com a expansão do nível intelectual e cultural dos horizontes de quemse propõe a envolver por tal caminho, propiciando ao gestor um desenvolvimento da capacidade de perceber as diversas formas de manifestação cultural do ser humano. Assim, compreende-se que, a relação da teoria clássica no contexto escolar tem uma grande relevância; “[...representados por seus objetivos, desafios e metas. E uma situação pode ser considerada como estratégia quando existe interligação entre os aspectos internos e externos da empresa”. (OLIVEIRA 1997, p. 127). 
A prática da teoria clássica no contexto escolar de deve ser fundamental numa concepção humanística para que as discussões pedagógicas tenham foco nos problemas teóricos e práticos sobre como despertar o interesse espontâneo para a equipe gestora, de forma a incentivar os profissionais em educação, sobretudo como discernimento visando desenvolver seu senso crítico frente à realidade. 
A necessidade de melhorar, cada vez mais, as técnicas e domínios na pratica gestora no ambiente escolar torna-se urgente, pois o principal objetivo é melhorar cada vez mais e trazer para o cotidiano o hábito da praticas e suas teorias de uma forma espontânea e prazerosa, não apenas como regras, mas influenciando nos diversos espaços e momentos da escola. 
Libâneo (2004) defende que a escola pode ser considerada uma organização na medida em que ela se constitui como unidade social de agrupamentos humanos intencionalmente construídos e reconstruídos e enquanto organização, deve apresentar relacionamentos interpessoais que, dependendo da forma como se dão, podem interferir positivamente ou negativamente no objetivo da escola. 
A análise do ambiente consiste, portanto em um processo de análise global, uma vez que envolve aspectos intrínsecos e extrínsecos à empresa, bem como situações ou oportunidades presentes e futuras. E nesse sentido vale lembrar que: 
[...] quanto mais instável e complexo o ambiente, maior a necessidade do enfoque sistêmico e do planejamento estratégico. O conceito de ambiente e os fatores a serem considerados numa análise ambiental variam de organização para organização). (MAXIMIANO, 2000, p. 2010-2011).
A responsabilidade maior, frente a essa questão, recai sobre o gestor, que, com sua prática, é o responsável por gerar as condições para que os colaboradores passem a vislumbrar no ambiente de trabalho possibilidade de ampliação de suas habilidades e competências.
Por isso é de grande importância que o gestor crie expectativas para que o colaborador entenda que é preciso valorizar e transformar possíveis condições necessárias e suficientes para a prática rotineira no dia a dia de sua gestão. Porém, para que o gestor possa enfrentar esse desafio de “praticar a teoria clássica”; ele precisa identificar, como afirmam Maximiano (2000, p. 217): “A identificação de pontos fortes e pontos fracos dentro da organização é a parte importante de qualquer processo de formulação de estratégia. Há diversos focos de pontos fortes e fracos em qualquer organização[...] ”. Só assim poderá garantir que realmente haja a possibilidade de inseri-los, efetivamente, numa gestão de sucesso.
Nesse sentido, faz-se necessário que o gestor desenvolva na pratica para que seus colaboradores se tornem conscientes de que a teoria se aplique, mais adequadamente; a um ou a outro contexto. E que essas estruturas, modalidades, não são mais nem menos “difíceis”, mas tão-somente diferentes, pois “Um plano estratégico deve definir explicitamente os objetivos[...]”. (MAXIMIANO, 2000, p. 223).
A teoria clássica traz como finalidade ao gestor definições exatamente as tarefas a serem executadas e realizado o treinamento adequado com os funcionários, caso houvesse um incentivo financeiro ao trabalhador, o mesmo produziria mais e melhor. 
PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Ao que tange em seus objetivos, essa pesquisa caracteriza-se por seu efeito descritivo, em que se procura a descrição de características de determinada população e o estabelecimento de relações entre variáveis, no caso o clima escolar e cultura escolar. 
O delineamento é de estudo de caso, caracterizado como estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, permitindo seu amplo e detalhado conhecimento, isto a partir da aplicação do método. O Método a ser adotado é o fenomenológico proposto por Husserl, onde a realidade é construída socialmente e entendida da forma que é interpretada; a realidade não é única, existem tantas quantas forem suas interpretações. (GIL, 2012)
A abordagem a ser implementada nesse projeto é a abordagem quanti- qualitativa. Essa abordagem se deve à busca do entendimento do real, o que exige a investigação das relações e dos processos que são constitutivos dos acontecimentos que expliquem a natureza de seu movimento. “Realizar esse movimento exige rigor teórico e clareza epistemológica, sem o que não se avança para além de caóticas e precárias apreensões de fragmentos da realidade” (KUENZER; MORAES, 2005, p. 1353). 
O instrumento utilizado para coleta de dados é um questionário estruturado auto aplicado, que possui uma linguagem clara e objetiva, abordando questões presentes nas escolas em estudo. Tal questionário foi preenchido pelos participantes em momento oportuno sem a presença do pesquisador a fim de evitar qualquer indução ou constrangimento às respostas
	O presente estudo foi realizado em cinco escolas da rede pública de ensino, todas localizadas no município de Cacoal / RO e foi respondido pelos docentes das escolas.
Os dados obtidos foram tabulados através do software desenvolvido pela Microsoft Corporation conhecido como Excel®. A escolha desse software deve-se às suas características facilitadoras para entrada de formulários e criação de banco de dados com potencialidade de personalização e adequação às necessidades da pesquisa.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
	Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos através da análise dos dados extraídos dos questionários aplicados nas escolas em estudo. Para tanto, foram sistematizadas questões que explicitam a percepção dos indivíduos envolvidos no trabalho escolar. A análise fundamentada dessas percepções, nos traz uma ideia de como o trabalho escolar é praticado e/ou compreendido por esses profissionais.
	
A primeira questão a ser respondida pelos entrevistados tem a ver com a responsabilização dos colaboradores por erros cometidos no ambiente de trabalho por meio de punições. As respostas estão elencadas no gráfico a seguir: 
Gráfico 1 – Indivíduos que acreditam na punição como medida disciplinar adequada
Fonte: Os pesquisadores, 2017.
Nota-se nesse tópico a prevalência de um dos aspectos da teoria clássica da administração nas percepções dos educadores entrevistados. Mais de 77% dos entrevistados acreditam que punir o trabalhador por erros ou comportamentos considerados inadequados na operacionalização do trabalho constitui-se em uma medida acertada para lidar com o problema. 
Tal aspecto remete aos princípios de disciplina preconizados por Fayol, onde a disciplina deveria ser incorporada pelos funcionários sem contestação, e controlada de forma rígida com a adoção de medidas punitivas caso não fossem cumpridas. (CHIAVENATO, 1999)
Em relação ao controle dos processos gerenciais no ambiente escolar, foi questionado se cabe ou não ao gestor e ao supervisor escolar controlar cada etapa do trabalho interno da unidade para que as coisas saiam conforme planejado. Os resultados estão demonstrados no gráfico 2.
Gráfico 2 – Responsabilidade de controle das atividades de controle de forma exclusiva pelo gestor e supervisor.
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Fonte: Os pesquisadores, 2017.
Fayol acreditava que a dualidade de comando constituía fonte de conflito dentro da instituição, portanto defendia que “para a execução de um ato qualquer, um agente deve receber ordens somente de um chefe” (FAYOL, 1990, p.48).
Tal percepção em relação ao trabalho parece ser compartilhada pelos entrevistados, já que mais de 87% acreditam na unidade de comandocomo modelo mais adequado para lidar com o ambiente escolar.
Vale ressaltar que, de acordo com Robbins (2002) esse modelo se torna menos relevante à medida que surgem equipes interfuncionais que exigem chefes múltiplos para o desempenho de cada função dentro da equipe.
E quando se afirma “cada função” nos remete a outro principio de Fayol (1990, p.59) que diz: “Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar [...] um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar.” Esse princípio da ordem a partir de alguém que detém a unidade de comando divide as opiniões dos entrevistados quando, no questionário, propôs-se lhes que concordassem ou não com designação da forma de trabalho a partir de ordens claras pelo gestor. Os resultados foram: 
Gráfico 3 – princípio da ordem na Teoria Clássica da Administração
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Fonte: Os pesquisadores, 2017
Em uma instituição as ordens, comunicados e convenções, geralmente partem das autoridades hierarquicamente superiores com destino aos níveis gerenciais e de execução. Essa dinâmica reafirma o princípio da hierarquia (FAYOL, 1990).
Tal estratégia parece revestir-se de grande importância na concepção dos entrevistados. Senão, vejamos a opinião deles quando instigados a concordar ou discordar da importância da hierarquia na instituição para preservação da ordem e divisão das atividades:
Gráfico 4 – Importância do princípio da hierarquia na escola
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Fonte: Os pesquisadores, 2017
Aproximadamente 71 % dos entrevistados acreditam na necessidade de hierarquia a fim de organizar e dividir o trabalho na escola contra menos de 19% que não veem a necessidade de hierarquização para o trabalho escolar. Menos de 10% não souberam responder a essa questão.
Muito embora Fayol (1990) entenda o princípio da hierarquia como perfeitamente aplicável, ele mesmo adverte sobre a necessidade de que a hierarquia esteja atrelada a agilidade, visto que muitas atividades carecem de uma resposta rápida para uma resposta eficaz.
O próximo gráfico refere-se aos princípios da iniciativa e disciplina, ambos presentes na Teoria Clássica da Administração. 
Gráfico 5 – Princípios da Iniciativa e disciplina no trabalho escolar
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Fonte: Os pesquisadores, 2017.
 A iniciativa, segundo Fayol (1990) consiste na liberdade de propor e também de executar determinadas ações. Para o autor, quando o individuo concebe um plano e também lhe assegura o êxito, este experimenta uma das mais vivas satisfações da natureza humana, agindo como motivador.
Destaca-se então, a importância atribuída pelos entrevistados ao princípio da iniciativa e disciplina no trabalho escolar como condições para um bom desempenho das funções exercidas. 
Maior índice de concordância por parte dos entrevistados apenas foi percebido quando o assunto era o sobrepujar dos interesses gerais em detrimento aos interesses particulares e o PODC – Planejamento, Organização, Direção e Controle como ferramenta de gestão na escola.
Nesses quesitos, todos os entrevistados foram unânimes em concordar com as afirmativas apresentadas, conforme exposto no gráfico 6:
Gráfico 6 – Interesses gerais sobre os particulares e PODC como ferramentas imprescindíveis à gestão
Fonte: Os pesquisadores, 2017.
Fayol (1990) explica que quando há interesses contrários entre o trabalhador e a empresa, há a necessidade de se buscar uma harmonia a fim de se evitar conflitos que ponham em cheque o andamento do trabalho e indica comportamentos como exemplo, firmeza dos chefes e regras justas para evitar situações assim. 
Quanto ao PODC, os entrevistados confirmam que essas ações competem ao gestor da instituição, o que reafirma a centralização das ações de planejamento e coordenação na pessoa do diretor escolar. 
Ainda reforça essa ideia o resultado obtido quando mais de 93% dos entrevistados afirmaram concordar com o modelo centralizado de gestão como sendo mais apropriado que qualquer outro (gráfico 7).
Gráfico 7 – Gestão Centralizada na escola
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Fonte: Os pesquisadores, 2017.
Embora muitas teorias posteriores à Teoria Clássica da Administração se propuseram apontar falhas nesta abordagem, é evidente que a centralização existe nas organizações e a questão não está entre centralizar ou não e sim em quanto centralizar, tornando uma questão de medidas (CHIAVENATO, 1999). Fayol (1990), por sua vez, aponta a centralização como algo necessariamente natural nas organizações, citando o próprio organismo como exemplo, onde as sensações convergem em direção ao cérebro que, por sua vez, emite ordens para as demais partes do corpo.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Embora muito se discute a respeito do “engessamento” promovido por alguns pontos da Teoria Clássica da Administração, temos exatamente nesses pontos os maiores índices de concordância entre os entrevistados. 
Fica evidente nos resultados obtidos nessa pesquisa, a comprovação de que os estudos de Fayol ainda estão presentes na administração moderna, inclusive na administração escolar e que muitos dos envolvidos no trabalho escolar concebem os conceitos da Teoria Clássica da Administração como sendo desejáveis para o bom andamento do trabalho.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, I. Introdução a Teoria Geral da Administração. 4 ed. São Paulo : Atlas, 1999.
CHIAVENATO, Idalberto; MATOS, Francisco G. Visão e ação estratégica. 2.ed. São Paulo: McGraw-hil,1987.
FAYOL, H. Administração Industrial e Geral. 10 ed. São Paulo: Atlas, 990
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2012
KUENZER, Acacia Zeneida; MORAES, Maria Célia Marcondes de. Temas e tramas na pós-graduação em educação. Educação e Sociedade, Campinas, v. 26, n. 93, p. 1341–1362. Dez. 2005.
LAZZARATO, Maurizio; NEGRI, Antonio. Trabalho imaterial. DP&A Editora: Rio de Janeiro, 2001.
LIBÂNEO, J.C. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5ª edição. Goiânia: Editora Alternativa, 2004. 319p.
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 4.ed.São Paulo: Atlas,2005
MOTTA, F.C.P. Burocracia é Poder. In: MOTTA, F.C.P. O que é Burocracia. Col. Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 2001.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Excelência da administração estratégica: a competitividade para administrar o futuro das empresas: com depoimentos de executivos. São Paulo: Atlas, 1997.
ROBBINS, P. Administração: Mudanças e Perspectivas. 1 ed. São Paulo: Saraiva: 2002
TAYLOR, F.W. Fundamentos de Administração Científica. In: TAYLOR, Frederico W. Princípios de Administração Cientifica. 8 ed. São Paulo: Atlas, 1990.
� Graduada em letras pela União das Escolas Superiores de Cacoal - UNESC, especialista em gramática normativa da língua portuguesa - UNESC. Acadêmica do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Gestão Organizacional: Políticas e Gestão na Escola da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus de Cacoal.
� Graduado em Administração pela Universidade Federal de Rondônia – UNIR, especialista em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Metropolitana – FAMETRO. Acadêmico do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Gestão Organizacional: Políticas e Gestão na Escola da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus de Cacoal.
� Pedagoga pela Faculdades Integradas de Ariquemes – FIAR, especialista em Docência do Ensino Superior pela FAP – UNOPAR, Acadêmica do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Gestão Organizacional: Políticas e Gestão na Escola da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus de Cacoal.
� Graduado em Administração pelo Centro Universitário Metodista Isabella Hendrix. Acadêmico do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Gestão Organizacional: Políticas e Gestão na Escola da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus de Cacoal.
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