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roteiro para teste de acuidade visual 1

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	Roteiro para aulas laboratoriais
	
	Título: Teste de Acuidade Visual
	Executante: Docentes e discentes em Enfermagem.
	Finalidades: desenvolver habilidades para testar acuidade visual
	Material necessário: Escala de Snellen; lápis preto; sala ampla e iluminada; fita métrica; banco/cadeira; tapa-olho; fita crepe; folha de anotações dos resultados.
	Procedimentos:
PREPARO DA SALA PARA APLICAÇÃO DO TESTE
Boa iluminação (a luz deve vir de trás ou dos lados da criança a ser examinada)
Marcar no piso um risco de giz ou colar uma fita crepe a uma distância de 5 m da escala de sinais de Snellen.
Colocar a cadeira que a criança irá sentar, de maneira que as pernas traseiras coincidam com a linha traçada no piso.
As linhas de sinais correspondentes a 0,8 e 1,0 devem estar situadas na altura dos olhos do examinando. Evitar procedimentos que alterem as características da escala como xérox, plastificação ou emolduramento.
Evitar barulho e pessoas circulando na frente da criança (para evitar desvio de atenção)
PREPARO COLETIVO DAS CRIANÇAS PARA O TESTE
O ideal é que seja realizado um treinamento em grupo com as crianças antes de realizar o teste, facilitando-se assim o aprendizado e diminuindo-se o tempo despendido.
O grupo (aproximadamente de 10 crianças) deve ser colocado próximo à tabela 
Apontam-se primeiramente os sinais (Letra “E”) maiores e solicita-se que cada criança mostre com a mão para que lado está virado cada sinal 
Repetir a explicação, quantas vezes forem necessárias, para que cada criança entenda o teste.
Explicar que cada criança terá um e outro olho coberto, para se avaliar qual dos dois olhos tem melhor visão.
Os sinais devem ser apontados com um lápis preto, colocado verticalmente 2 cm abaixo do sinal. 
O professor deve ensinar a criança a cobrir o olho sem fechar ou apertar. Lembrar que mesmo usando o oclusor, os dois olhos devem ficar abertos. 
Explicar a criança sobre a importância de falar de forma clara e verdadeira “não enxergo”, quando não estiver enxergando o sinal apontado.
APLICAÇÃO DO TESTE (realizado pelo aluno sob a supervisão do professor ou preceptor) 
Se a criança usa óculos, realizar o teste com os óculos (o olho ocluído deve manter-se aberto)
Testar sempre o olho direito (OD) primeiro.
Utilizar um lápis preto em posição vertical, para apontar o sinal a ser visto, passando-o em cima e repousando abaixo do sinal – a aproximadamente 2 cm .
Começar de cima para baixo, mostrando dois ou três sinais de cada linha, alternando os “E” posicionados na horizontal e vertical.
Testar pelo menos 3 sinais das linhas 1,0 ou da linha que a criança conseguir ver.
Se a criança tiver alguma dificuldade numa determinada linha, mostrar um número maior de sinais da mesma linha. Caso a dificuldade continue, voltar à linha anterior.
Mover com segurança e ritmicamente o lápis de um sinal para outro.
Lembrar que quanto menor a idade da criança, menor sua capacidade de concentração.
A atenção e a colaboração da criança dependem do professor e do ambiente da sala de aula, preparada para a aplicação do teste.
Estimular a criança durante a aplicação do teste, incentivá-la mesmo que apresente baixa visão. 
Durante a medida da acuidade visual, convém verificar se a criança apresenta queixas e sinais como lacrimejamento, inclinação da cabeça, piscar contínuo dos olhos, estrabismo, desconforto ou se ela franze a testa.
REGISTRO DOS RESULTADOS 
Será anotado sempre o equivalente à última linha lida sem dificuldade. A acuidade visual a ser registrada será aquela em que a criança conseguir enxergar 2/3 da linha de sinais. Numa linha de 6 sinais, a criança deve enxergar, no mínimo 3.
Anotar separadamente, no impresso de resultado da triagem visual (em anexo), no espaço correspondente, os resultados do olho direito (OD) e do olho esquerdo (OE), por exemplo: 0,7 (OD) e 0,9 (OE)
Caso a criança não enxergue os sinais maiores, deve-se pedir à criança que se aproxime da tabela de sinais de Snellen até que possa enxergar o sinal. Anotar a distância, em metros, em que a criança conseguiu visualizar os sinais. 
Se a criança, a um metro de distância da tabela, não conseguiu distinguir os sinais maiores, verificar se consegue contar os dedos da mão do estagiário e , em caso afirmativo, anotar qual a distância máxima em que isto acontece. Anotar por ex: conta dedos a 50 m.
A atenção e colaboração da criança dependem muito do professor e do ambiente da sala em que está sendo aplicado o teste.
RETESTE (somente para crianças que apresentarem, no teste, visão igual ou inferior a 0,7 em pelo menos 1 dos olhos e/ou queixas e sinais de problemas visuais)
Antes de serem examinadas ao oftalmologista, as crianças que apresentarem visão abaixo do normal deverão ser reavaliadas, para maior segurança dos resultados , evitando-se , desta forma, encaminhamentos desnecessários
(falsos positivos)
A técnica do reteste é a mesma do teste
CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTO PARA EXAME OFTALMOLÓGICO
Crianças com acuidade igual ou inferior a 0,7 (20/30) em pelo menos um dos olhos, com ou sem queixas e sinais. 
Escolares com diferença de visão entre os olhos, de duas linhas ou mais (em relação à escala de sinais de Snellen) Constituem exemplos:OD=0,5 e OE= 0,3 ou OD=0,9 OE= 0,7
Escolares portadores de estrabismo
Crianças que, apesar de visão normal em cada olho, apresentam, na observação do professor: queixas de fadiga visual aos esforços, dor de cabeça na região dos supercílios, ato de franzir a testa, lacrimejamento, problemas de leitura e de escrita, desinteresse ou desatenção, ou mesmo aversão para o trabalho a pouca distância, tonturas, etc.
 
	Cuidados: preparar previamente os materiais e o ambiente para a realização do teste.
	Referência:
Brasil. Ministério da Saúde. Projeto Olhar Brasil : triagem de acuidade visual : manual de orientação / Ministério da Saúde, Ministério da Educação. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. 24 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
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