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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI CAMPUS CENTRO OESTE DONA LINDU CURSO DE ENFERMAGEM PROCESSO DE CUIDAR EM ENFERMAGEM II ROTEIRO AULA PRÁTICA EXAME FÍSICO DO APARELHO LOCOMOTOR Prof. Alexandre Ernesto Silva e Prof. Juliano Teixeira Moraes Sistema musculoesquelético: ossos, articulações e músculos Etapas do exame físico do sistema musculoesquelético: Anamnese Inspeção Palpação Percussão Amplitude do movimento Avaliação da força muscular Anamnese Ossos: Dor, localização, início dos sintomas e uso de medicamentos (queixa principal: dor nas costas) Deformidade óssea Histórico de acidentes e traumas Deambulação: uso de órteses e próteses Limitações nas AVD (atividades da vida diária) Avaliar risco ocupacional: o emprego envolve movimentos repetitivos e trabalho pesado. Articulações: Dor, localização, início dos sintomas, limitações de movimentos, limitações nas AVD e uso de medicamentos Presença de eritema, calor e edema Presença de contratura, rigidez Avaliar risco ocupacional: o emprego envolve movimentos repetitivos e trabalho pesado. Músculos Dor, localização, início dos sintomas, limitações de movimentos, limitações nas AVD e uso de medicamentos Fraqueza muscular Atrofia muscular Movimentos anormais (tremores e outros) Avaliar risco ocupacional: o emprego envolve movimentos repetitivos e trabalho pesado. Cuidados no exame musculoesquelético Ordem do exame: céfalo-caudal, proximal-distal Avaliar bilateralmente: observar a simetria da estrutura e função Articulações e músculos devem ser avaliados em repouso Exame físico Ossos: Inspeção Avaliação da marcha Palpação Articulações: Inspeção: Tamanho e contorno Pele e tecidos: Cor Tumefação → quantidade excessiva de líquido articular Massas Deformidades: Luxação → um ou mais ossos da articulação estão for a de posição Subluxação → luxação parcial de uma articulação Contratura → encurtamento de um músculo (afeta a ADM da articulação) Anquilose → rigidez ou fixação de uma articulação Palpação: Avaliar temperatura Presença de calor, edema, hipersensibilidade ou massas Dor à palpação Percussão: avaliar o sinal de Tinel na articulação do punho Amplitude de movimento: Realização de movimentos ativos: pesquisar limitações na ADM (sinal mais sensível de doença articular) Para detectar limitações na ADM = conhecer ADM normal de cada articulação Articulação Temporomandibular (ATM) Inspeção: Inspecionar a área imediatamente anterior à orelha Palpação: Colocar a ponta de seus primeiros dedos à frente de cada ouvido Pedir para o cliente abrir e fechar a boca Transferir os dedos para a área deprimida existente sobre a articulação e observe o movimento da mandíbula Avaliar: crepitação e dor Amplitude do movimento: Ação de dobradiça para abrir e fechar as maxilas – pedir para o paciente abrir a boca ao máximo (espaço entre os incisivos superiores e inferiores → 3 a 6 cm) Ação de deslizamento para protusão e retração (não pode observar desvios) Ação de deslizamento para o movimento látero-lateral do maxilar inferior (normal 1 a 2 cm) Ombro Inspeção: Inspeção anterior e posterior Verificar o tamanho e o contorno da articulação Comparar a igualdade Pedir para o paciente apontar a localização da dor Palpação: De frente para o paciente: palpar os ombros. Verificar a presença ou ausência de luxação, atrofia muscular, edema, calor ou dor Amplitude do movimento: avaliar limitação, assimetria e dor ao movimento Cotovelo Inspeção: Tamanho e contorno nas posições flexionada e estendida Palpação: Cotovelo flexionado a 70 graus e deve estar relaxado – usar a mão esquerda para apoiar o antebraço e palpar com o polegar e dedos da mão direita. Verificar a presença ou ausência de luxação, espessamento sinovial, edema, nódulos e dor. Amplitude do movimento: avaliar limitação, assimetria e dor ao movimento Punho e mão Inspeção: Inspecionar as mãos e punhos nas faces dorsal e palmar – observar posição, contorno e formato Verificar a presença de desvio ulnar e anquilose (punho em flexão extrema) Palpação: De frente para o paciente: palpar cada articulação do punho e mãos. Apoiar o dorso da mão do paciente sobre as mãos do examinador e palpar o punho com os dois polegares Palpar as articulações metacarpofalangianas com os polegares Usar o polegar e o dedo indicador em movimento de pinça para palpar as articulações interfalangianas Verificar a presença ou ausência de rubor, tumefação, nódulos, espessamento sinovial e dor. Teste de Phalen: Pedir o paciente que mantenha as duas mãos enconstadas pelas superfícies dorsais enquanto flexiona o punho em 90 graus durante 60 segundos. Se reproduzir uma dormência e queimação, é um sinal da síndrome do túnel do carpo. Percussão: Sinal de Tinel: Percussão direta na área do nervo mediano ao nível do punho não pode produzir queimação e formigamento ao longo de sua distribuição Amplitude do movimento: avaliar limitação, assimetria e dor ao movimento Quadril Inspeção: Observar o quadril (cristas ilíacas, pregas glúteas e nádegas). Verificar a simetria. Palpação: Paciente em decúbito dorsal: palpar as articulações do quadril. Devem estar estáveis, simétricas, sem sensação dolorosa e crepitação. Amplitude do movimento: avaliar limitação, assimetria e dor ao movimento Crianças: manobra de Ortolani – avaliar displasia do desenvolvimento do quadril Joelho Inspeção: O paciente deve estar em decúbito dorsal, com as pernas estendidas. Avaliar presença de edema, lesões, alinhamento do joelho (joelho valgo – joelhos para dentro - e varo – pernas arquedas) Palpação: O paciente deve estar em decúbito dorsal, com as pernas estendidas e manter o músculo quadríceps em relaxamento completo. Começar a palpação 10 cm acima da patela. Verificar a presença de tumefação, nódulos, espessamento sinovial e dor. Avaliar a consistência dos tecidos. Amplitude do movimento: avaliar limitação, assimetria e dor ao movimento Tornozelo e pé Inspeção: Posição do cliente: sentado, ereta e caminhando Observar pés e artelhos quanto à simetria, contorno das articulações e características da pele Observar o arco longitudinal do pé Sapatos – avaliar a sola pois o solado gasto pelo uso ajuda a avaliar as áreas de desgaste e de acomodação Palpação: Apoiar o tornozelo segurando o calcanhar com os dedos, palpando a articulação com os polegares Palpar as articulações metatarsofalangianas com o polegar sobre o dorso e os dedos na superfície plantar Usar o polegar e o dedo indicador em movimento de pinça para palpar as articulações interfalangianas Verificar a presença ou ausência de rubor, tumefação, nódulos e dor Amplitude do movimento: avaliar limitação, assimetria e dor ao movimento Coluna vertebral Inspeção: Posição do cliente: em pé, vestido com avental aberto nas costas Observar o alinhamento da cabeça e do pescoço Distanciar do paciente o bastante para observar o dorso como um todo Os joelhos e pés do cliente deverão estar alinhados com o tronco e apontando para a frente. Verificar se a coluna está reta – fazer uma linha imaginária vertical, partindo da cabeça até a fenda glútea Observar o nivelamento horizontal dos ombros, escápulas, cristas ilíacas e pregas glúteas e espaços iguais entre o braço e a região lateral do tórax nos dois lados Em vista lateral: observar as curvaturas da coluna: cervical (côncava), torácica (convexa), lombar (côncava) Palpação: Palpar os processos espinhosos Palpar os músculos paravertebrais Verificar a presença de assimetria e dor. Avaliar escoliose: Pedir para o indivíduo se curve para a frente e toque os artelhos. Demarque um ponto em cada processo espinhoso. Quando o indivíduo retornar a posição em pé, os pontos devem formar uma linha reta vertical. Se formar um S – presença de curvatura anormal na coluna vertebral. Amplitude do movimento: avaliar limitação, assimetria e dorao movimento TESTE DE LASÈGUE Elevação da perna estendida com o joelho mantido em extensão normal não produz dor A seguir realize a dorsiflexão do tornozelo Se produzir dor isquiática (nas costas e na perna), teste positivo = presença de hérnia de disco Avaliação da força muscular Este procedimento visa verificar se existe comprometimento funcional dos músculos inervados pelos nervos que passam pela face, membros superiores e inferiores. Este comprometimento é evidenciado pela diminuição ou perda da força muscular Graduação da força muscular
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