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O ESTUDO SOCIAL EM PERÍCIAS, LAUDOS E PARECERES TÉCNICOS

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https://slideplayer.com.br/slide/47503/ 
Apresentação em tema: "O ESTUDO SOCIAL EM PERÍCIAS, LAUDOS E PARECERES 
TÉCNICOS"— Transcrição da apresentação: 
 
1 O ESTUDO SOCIAL EM PERÍCIAS, LAUDOS E PARECERES TÉCNICOS 
 
2 INTRODUÇÃOEstudo Social - como podemos concebê-lo? Por que, para quê e como 
construí-lo? Em que campos e situações podem ser explicados, desenvolvido ou 
problematizado? Que implicações ética-política se fazem presentes na sua construção? 
O que a perícia social, laudo social e o parecer social têm a ver com este estudo? Em 
que consiste, afinal, este meio de trabalho, enquanto especificidade do Serviço Social? 
3 O Estudo Social é proposição essencial da ação, intervenção e do parecer profissional 
do Assistente Social, fazendo parte de seu cotidiano profissional.É no fazer do Estudo 
Social que se enfrentam desafios e provocações.Para realizá-lo utilizam-se 
instrumentais técnico-metodológicos, dentre os quais foram selecionados os mais 
freqüentes: a Entrevista, a Visita Domiciliar e a Observação.Consideramos que o 
assistente social está investido de um saber/poder que pode ser convertido em 
verdade e servir como prova nos autos e que, de uma maneira ou de outra, exerce o 
poder simbólico e a ele está submetido. 
4 A competência do assistente social não é a de defender uma parte ou outra, mas 
subsidiar a decisão do magistrado para a aplicação do direito, apresentando o melhor 
para aquela situação. Além do que, por ser uma profissão de caráter interventivo, 
procura limitar conflitos e incertezas resultantes de um sistema sócio-econômico em 
profunda crise que se reflete nas relações interpessoais e sociais. 
5 Entende-se que a escolha dos instrumentais que compõem o Estudo Social é de 
exclusiva competência do profissional, assim como constitui desafio o uso adequado 
desses instrumentos conforme as características específicas da ação.É imprescindível 
nortear-se pelo Código de Ética, pelas leis de Regulamentação da Profissão e textos 
especializados que compõem seu referencial teórico e prático. 
6 A PERÍCIA SOCIALA perícia, no âmbito do judiciário, diz respeito a uma avaliação, 
exame ou vistoria, solicitada ou determinada sempre que a situação exigir um parecer 
técnico ou científico de uma determinada área do conhecimento, que contribua para o 
juiz formar a sua convicção para a tomada de decisão. 
7 A perícia, quando solicitada a um profissional de Serviço Social, é chamada de perícia 
social, recebendo esta denominação por se tratar de estudo e parecer cuja finalidade é 
subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é realizada por meio do estudo social e 
implica na elaboração de um laudo e emissão de um parecer. Para sua construção, o 
profissional faz uso dos instrumentos e técnicas pertinentes ao exercício profissional, 
sendo facultado a ele a realização de entrevistas, contatos, visitas, pesquisa documental 
e bibliográfica que considerar necessárias para a análise e a interpretação da situação 
em questão e a elaboração de parecer. 
8 Assim, a perícia é o estudo social, realizado com base nos fundamentos teórico-
metodológicos, ético-políticos e técnico-operativos, próprios do Serviço Social e com 
finalidades relacionadas a avaliações e julgamentos. No sistema judiciário, a perícia 
pode ser realizada por assistente social funcionário da instituição judiciária, por 
assistente social nomeado como perito, pelo juiz responsável pela ação judicial – 
comumente inscritos em listagem local e remunerados por perícia realizada e laudo 
apresentado, bem como por assistente técnico, que é um profissional de confiança, 
indicado e remunerado por uma das partes envolvidas na ação judicial (em especial nas 
Varas da Família e das Sucessões) para emitir parecer, após a apresentação do laudo 
por um perito nomeado pelo Juiz. 
9 Dependendo da solicitação e/ou determinação, o perito poderá responder a quesitos, 
geralmente formulados pelas partes envolvidas na ação ou pelos 
advogados/defensores que as representam, devendo faze-lo sempre em consonância 
com as prerrogativas, princípios e especificidades da profissão. 
10 ESTUDO SOCIALO estudo social é um processo metodológico específico do Serviço 
Social, que tem por finalidade conhecer com profundidade e de forma crítica, uma 
determinada situação ou expressão da questão social, objeto da intervenção 
profissional – especialmente e especificamente nos seus aspectos sócio-econômicos e 
culturais. 
11 Tem sido utilizado nas mais diversas áreas da intervenção do Serviço Social, sendo 
instrumento fundamental no trabalho do assistente social que atua no sistema 
judiciário – seja enquanto funcionário, seja como perito ou como assistente técnico – 
em especial junto à Justiça da Infância e da Juventude, Justiça de família, justiça 
criminal e ações judiciárias relacionadas à seguridade e previdência social. 
12 Vale reafirmar, contudo, que de sua fundamentação rigorosa, teórica, ética e técnica, 
com base no projeto da profissão, depende a sua devida utilização para a garantia e 
ampliação de direitos dos sujeitos usuários dos serviços sociais e do sistema de justiça. 
13 O assistente social vem utilizando o estudo social, nas mais diversas áreas e 
modalidades, orientando o seu trabalho, tanto na fase de planejamento de certas 
intervenções, assim como para demonstrar a situação sobre uma realidade investigada 
ou trabalhada.Na prática processual, porém, observa-se que juizes, assistentes sociais, 
advogados e promotores de justiça, com raras exceções, usam o mesmo termo, estudo 
social para qualquer atividade do profissional de serviço social requerido ou 
determinado nos processos judiciais. 
14 O assistente social judiciário vem estudando para qualificar cada vez mais a sua 
prática, buscando compreender melhor a sua atuação quando é chamado a participar 
nos mais diferentes processos. Não compreender tal necessidade, é o mesmo que 
conceber que o juiz possa aplicar o mesmo rito ou o mesmo procedimento em todo 
tipo de processo que venha a instruir e decidir. 
15 ASPECTOS CONSIDERADOS NA ELABORAÇÃO DO ESTUDO SOCIAL 
O conteúdo do estudo social deve prever a singularidade da pessoa, envolvendo um 
conjunto de informações obtidas por meio de entrevistas, visitas domiciliares e 
institucionais, de contatos com recursos sociais. Com esse instrumental é possível traçar 
o conhecimento do real do sujeito e seu percurso de vida, inserido numa dinâmica 
social, econômica e cultural. Inclui-se também, ao conteúdo do estudo social, a análise 
interpretativa das informações obtidas, a intervenção proposta na situação e o parecer. 
16 Elementos de sustentação do estudo social requerem os seguintes 
procedimentos 
Competência técnica – refere-se à habilidade do profissional na utilização dos 
instrumentos de trabalho, dentre eles: entrevista, observação, visita domiciliar e 
documentação. 
17 ENTREVISTAÉ um instrumento que requer certa habilidade, visto que, no seu 
desenvolvimento, interpõe relações interpessoais e profissionais, em que a qualidade 
da atenção e o respeito aos valores são aspectos importantes a serem 
considerados.Também é citada como um instrumento de coleta de dados no fazer do 
―Estudo Social‖. Traduz-se como método de investigação e coleta de informações 
através de observação do comportamento. 
18 Andamento e condução da entrevista 
É necessário tornar claro o objetivo da entrevista e da apresentação pessoal e 
profissional, na fase inicial da entrevista, como forma de facilitar o vínculo e a 
confiança. 
19 Saber ouvir e interpretar; Postura isenta de juízos e valores; 
Alguns aspectos de qualificação a serem valorizados no processo de formação 
permanente e de atualização profissional.Saber ouvir e interpretar;Postura isenta de 
juízos e valores;Manter-se numa postura profissional acolhedora e acessível ao 
entendimento, esclarecimento e à intervenção na situação;O autoconhecimentocomo 
facilitador na conduta ético-profissional nas possíveis situações difíceis que o caso 
possa suscitar; 
20 Atualização e estudo permanentes dos temas do Serviço Social; 
Tratar a pessoa como ela é;O profissional deve compreender o sujeito social, sua 
realidade, contradições e relações que consegue estabelecer.O diálogo é elemento 
fundamental, exigindo dos profissionais qualificações para desenvolvê-los, com base 
em princípios éticos, filosóficos, teóricos e metodológicos, na direção da garantia de 
direitos;A linguagem deve ser acessível aos entrevistados, permitindo uma 
comunicação clara e eficiente, desprovida de jargões ou vícios de linguagem. 
21 Mediar, interpretar, entender, esclarecer, orientar, acompanhar, selecionar e dar 
parecer são algumas das funções do profissional de Serviço Social. Os sentidos e os 
sentimentos estão constantemente sendo colocados à prova. 
22 VISITA DOMICILIARTem por objetivo conhecer as condições em que vivem e 
aprender aspectos do cotidiano das suas relações.Dar visibilidade às situações, 
considerando-se o caso na particularidade de seu contexto sócio-cultural e tomando o 
cuidado para não adotar uma postura hostil e/ou fiscalizadora. 
23 Percebe-se aspectos do cotidiano da dinâmica familiar que acontecem no seu 
ambiente de convívio, bem como perceber as alternativas encontradas por aquela 
família para suprir suas necessidades e enfrentar suas dificuldades.Podem ser obtidas 
valiosas informações sobre as condições em que a criança vive e o espaço ocupado por 
ela na casa.Deve ser utilizada na fase inicial da entrevista de maneira criteriosa, com 
objetivos e finalidades específicas e previamente definidas, evitando-se dessa forma o 
seu uso arbitrário e inadequado. 
24 A Visita Domiciliar é um instrumento básico, opcional e, na maioria das vezes, 
complementar da ação e intervenção do Assistente Social. Exige a atenção e preparo 
do profissional, considerados os detalhes de seu manejo: o planejamento; o situar-se 
contextualmente e ter claro os seus objetivos e finalidade; preparar-se para a condução 
da Visita Domiciliar, considerando as relações interpessoais e familiares que lá 
acontecem, e preparar-se para realizar as aproximações metodológicas, teóricas, 
históricas, sociais, culturais e éticas que o caso propõe. 
25 OBSERVAÇÃOParcial ou coletiva, na qual se atenta para as expressões verbal e 
gestual, a maneira de interagir com as pessoas e com o meio;Utilizada em todo o 
processo de realização do Estudo Social;Uma forma de apreensão dos sentimentos e 
hostilidades, simpatias ou aversões entre as partes, diante de fatos narrados, lançando 
compreensão à história e aos conflitos. 
26 DocumentaçãoDocumentação – permite o registro da ação profissional nos 
diferentes momentos do trabalho, constituindo-se de informações e análise de 
documentos. 
27 Competência teórico-metodológica e Autonomia 
Competência teórico-metodológica – refere-se à base de conhecimentos para 
desenvolver o estudo social e para a efetivação da análise. Constituem-se das 
construções teóricas do Serviço Social, das diretrizes, das leis e das normatizações 
relativas à políticas e programas sociais.Autonomia – expressa a opinião profissional, 
que envolve a liberdade de decisão quanto à escolha dos instrumentos operativos e a 
documentação a ser realizada, levando-se em consideração, os princípios e as normas 
contidos no código de ética que rege o exercício da profissão. 
28 Compromisso ético-profissional 
Compromisso ético-profissional – é preciso respeitar as individualidades dos sujeitos, 
com base nos valores ético-profissionais, levando-se em conta os parâmetros culturais 
e universais. 
29 Afinal, estudo social ou perícia social? 
O juiz necessita de que os fatos articulados pelas partes, sejam demonstrados por elas 
através de provas documentais, testemunhais ou periciais. Estas últimas, embora 
podendo ser requeridas pelas partes ou então pelo promotor de justiça, geralmente 
são produzidas por perito de confiança do juízo, que deverá efetuar um trabalho com 
absoluta imparcialidade, atendendo tão somente aos interesses da causa e a serviço da 
justiça. Quanto maior ou mais complexo o conflito, mais diligente e importante se faz a 
produção da prova pericial. 
30 Nos processos de rito ordinário previsto no Código de Processo Civil (campo largo 
para produção de provas por se tratar de questões conflitantes/litigiosas) e naqueles 
em que é previsto o procedimento contraditório em Leis Especiais, o entendimento 
generalizado vem sendo de que o trabalho do assistente social deva ser feito através 
de perícia social. Por exemplo: separação judicial, divórcio, modificação de guarda, 
processo de interdição, mudança de curador, regulamentação de visitas, destituição de 
pátrio poder (extinção do poder familiar, nos termos do NCC), reintegração de posse, 
alimentos entre parentes e outros de não menos importância. 
31 Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será 
assistido por perito, segundo o disposto no art. 421.Em regra, são processos em que o 
juiz necessita respaldar-se em provas convincentes, a fim de proferir sua decisão de 
maneira mais acertada; por vezes, com o objetivo de certificar-se sobre as provas já 
produzidas pelas partes; em outras circunstâncias, para verificar in loco questões de 
que deva saber. Quando não, como é o caso da maioria das vezes, para que o 
especialista em serviço social verifique, observe e emita sugestão técnica para melhor 
solução da situação sócio-jurídica apresentada. 
32 Quando se trata de questões em que o juiz necessita de um parecer profissional, em 
que não está em evidência o contraditório, em que não há conflitos e sim interesse 
somente da parte autora, não faz sentido realizar perícia social. Pode ser o caso de um 
estudo social em pedido de liberação de valores em nome de crianças ou adolescentes 
por meio de alvará judicial. Pode ser o caso também em que o magistrado necessite de 
informações sobre a convivência que está tendo uma criança com seus avós, em cujo 
processo foi-lhe deferido o direito de visitas. Aliás, considera-se que o estudo social é 
totalmente adequado para demonstrar toda situação que demande acompanhamento 
e cujas informações sejam importantes em qualquer tipo de processo. 
33 A rigor, considera-se que todo o trabalho de estudo social, realizado em processos 
judiciais, funciona como documento a ser apreciado pelas partes, pelo promotor de 
justiça e, principalmente, pela autoridade judiciária.Nestes casos o técnico se manifesta 
através do documento chamado estudo social e, ao final, emite parecer ou então 
sugestão. Como vem acontecendo desde 1972, principalmente em processos litigiosos, 
o trabalho funciona como meio de prova, com importância equivalente a qualquer 
outra contida nos autos . 
34 RELATÓRIO SOCIALO relatório social é a apresentação descritiva e interpretativa de 
uma situação ou expressão da questão social enquanto objeto de intervenção 
profissional.No sistema judiciário seu uso é muito comum no trabalho em Varas da 
Infância e Juventude e sua finalidade é de informar, esclarecer, subsidiar, documentar 
um auto processual relacionado à medida protetiva ou sócio-educativa prevista no 
ECA, ou enquanto parte de registros a serem utilizados para a elaboração de um laudo 
ou parecer. O relatório é a descrição ou o relato do que foi possível conhecer por meio 
do estudo. 
35 Em geral, esse documento deve apresentar o objeto de estudo, os sujeitos 
envolvidos e finalidade a que se destinam os procedimentos utilizados, um breve 
histórico, desenvolvimento e análise da situação.O conteúdo de um relatório deve 
extrapolar o burocrático e conter subsídios para uma primeira tomada de 
conhecimento. Diante disso, não basta informar ou encaminhar, mas explicitar ainda 
que de modo breve, asrazões pelas quais foram avaliados como viáveis, 
profissionalmente, a informação ou encaminhamento. Do contrário, não será relatório, 
mas apenas informe. 
36 Alguns procedimentos que podem facilitar a elaboração do relatório: 
Por ocasião da coleta de dados, seja nas visitas, entrevistas ou na análise de 
documentos, anotar as principais informações;Sempre que possível, relatar com 
registros mais elaborados, à luz de consistente referencial teórico;Deve ser 
fundamentado num referencial teórico, honesto e, se possível, comprovável. Evitar 
afirmativas que não possam ser provadas ou que não se fundamentem em 
conhecimentos teóricos da profissão. Jamais fazer colocações de julgamento e 
preconceito (por exemplo: ―ela não gosta do filho; o pai é irresponsável‖). Quando se 
tratar de afirmações do próprio usuário, explicitar: ―A senhora fulana afirma que não 
gosta do próprio filho e que seu marido é irresponsável, porque...‖ ou ―a criança 
expressa verbalmente que gosta mais de fulano, justificando que...‖; 
37 Um bom estudo social pressupõe capacidade de observação e perspicácia para 
captar reações, além de implicar sensibilidade e racionalidade;É importante utilizar uma 
linguagem clara e direta, demonstrar capacidade de resumo e imparcialidade, manter o 
texto fluente e adstrito à questão tratada no processo. 
38 Tipos de relatórioRelatório Informativo – Tem como objetivo de informar dados ou 
fatos importantes. Pode ser utilizado no decorrer de um processo de 
acompanhamentos, atividades de triagem e nas atividades de plantão. 
39 Relatório Circunstanciado – É o relatório informativo feito em situação de 
emergência; contém parecer após breve relato, é apresentado imediatamente ao 
Juiz;Relatório de Visita Domiciliar – Resulta das visitas dos profissionais à casa das 
pessoas, bem como à escolas, creches, abrigos, enfim aos locais onde os usuários 
interagem. O relatório de visita pode conter apenas informações e descrições do 
domicílio ou também aspectos analíticos. A descrição deve ser objetiva e apresentar 
dados significativos para a formação do juízo da situação; 
40 Relatório de Acompanhamento – Pode trazer informações, mas envolve a 
intervenção profissional direta e o contato mais regular e assíduo com o usuário.Sua 
principal característica é a de ser instrumento de comunicação voltado ao próprio 
profissional que realiza os atendimentos. Em alguns espaços institucionais esse 
relatório nem é elaborado, pois os registros do acompanhamento são feitos em 
fichários/prontuários. Todavia, o profissional que atua no cotidiano forense precisa 
registrar seu acompanhamento sob forma de relatório. Ao avaliar que a intervenção 
deve ser encerrada, ele a comunica ao Juiz, por meio de um relatório final. 
41 Relatório de Inspeção – Constitui a exposição e a descrição do que foi observado no 
decorrer da visita. Deve incluir um parecer profissional sobre a questão avaliada, como, 
por exemplo, as providências a serem tomadas, as possibilidades de ação para dirimir 
possíveis falhas e a consonância ou não do trabalho desenvolvido com os objetivos 
que se pretendem alcançar. 
42 LAUDO SOCIALÉ um documento escrito que contém parecer ou opinião conclusiva 
do que foi estudado e observado sobre determinado assunto.É resultante do processo 
de perícia social (avaliação, exame técnico ou científico da área do Serviço Social). É, 
portanto, o registro escrito e fundamentado dos estudos e conclusões da perícia (ou 
seja, que envolve uma avaliação detalhada do que foi estudado) no qual o perito emite 
seu parecer e eventualmente responde a quesitos que lhe foram propostos pelo juiz e/ 
ou pelas partes interessadas. 
43 É utilizado no meio judiciário como mais um elemento de ―prova‖, com a finalidade 
de dar suporte à decisão judicial, ou seja, contribui para a formação de um juízo por 
parte do magistrado. Dá-lhe elementos para o exercício da faculdade de julgar: avaliar, 
escolher, decidir, a partir da área de conhecimento do Serviço Social.Deste modo, 
oferece elementos de base social para a formação de um juízo e tomada de decisão: 
análise dos aspectos socioculturais e econômicos, relacionando-os ao segmento de 
classe e às medições sociais que as permeiam. 
44 Envolve direitos fundamentais e sociais e também a opinião do técnico sobre um 
caso ou assunto. Ou seja, registra um saber especializado do Serviço Social, portanto 
um saber que demanda estudo, experiência, pesquisa, enfim, que exige conhecimento 
fundamentado, científico, o que foge a qualquer interpretação com base no senso 
comum.Por parte dos assistentes sociais forenses, percebe-se certa resistência à idéia 
de elaboração de ―laudos‖, o que acaba dando maior destaque à nomenclatura 
―relatório‖. Porém, se houver um estudo e se, a partir de sua ótica de competência 
(Serviço Social), o assistente social procedeu a análises e à conseqüente avaliação, ele 
elaborou um laudo, e não apenas um relatório. 
45 Diferença entre relatório e laudo 
O relatório social traduz-se na apresentação descritiva e interpretativa de uma situação 
ou expressão da questão social enquanto objeto da intervenção do assistente social. 
No meio judiciário, seu uso se dá com a finalidade de informar, esclarecer, subsidiar, 
documentar um auto processual, ou enquanto parte de registros a serem utilizados 
para a elaboração de um laudo ou parecer. 
46 O laudo social, utilizado no sistema judiciário como mais um elemento de ―prova‖, 
exige uma análise mais aprofundada, em que a descrição serve de apoio às inferências 
do profissional sobre a problemática que está avaliando. É necessário ir além do escrito. 
Suas considerações extrapolam o descritivo e situam-se na análise feita. Ou seja: no 
laudo social não basta descrever situações, mas analisá-las à luz de conhecimentos 
específicos do Serviço Social. 
47 Estrutura do laudo social 
A linguagem utilizada deve ser técnica. Sua estrutura geralmente se constitui por 
:introdução que indica a demanda judicial e os objetivos;uma identificação breve dos 
sujeitos envolvidos;a metodologia para construí-lo (deixando claro, a especificidade da 
profissão e os objetivos do estudo);um relato analítico da construção histórica, que 
deve sintetizar a situação, contendo uma breve análise crítica e conclusões ou 
indicativos de alternativas, do ponto de vista do Serviço Social.Ou seja, o profissional 
deixa expresso seu posicionamento na questão em estudo. 
48 PARECER SOCIALNo âmbito judiciário, o parecer emite a opinião do técnico 
responsável. Precisa estar fundamentada nos estudos dos aspectos de um caso jurídico, 
em assunto de sua responsabilidade.O Parecer emitido pelo assistente social, pode ser 
emitido enquanto parte final ou conclusão de um laudo, bem como resposta à 
determinação da autoridade judiciária a respeito de alguma questão constante em 
processo. Ou seja, diz respeito as análises e esclarecimentos, tendo como base os 
conhecimentos específicos do Serviço Social, a questões relacionadas a decisões 
judiciais. 
49 COMPARAÇÕESESTUDO SOCIAL: instrumento do trabalho do Assistente Social que 
atua no sistema judiciário. Tem por finalidade conhecer com profundidade e de forma 
crítica uma determinada situação ou expressão da questão social, objeto da 
intervenção profissional.PERÍCIA SOCIAL: realizada através de conhecimento e 
operacionalização adequados às normas legais pertinentes, se valendo do estudo social 
para responder aos quesitos porventura formulados e à questão específica discutida no 
processo. 
50 RELATÓRIO SOCIAL: apresentação descritiva e interpretativa de uma determinada 
situação, com a finalidade de informar, esclarecer, subsidiar e documentar um ato 
processual, devendo apresentar o objeto de estudo, os sujeitos envolvidos, a finalidade 
a qual de destina, os procedimentos utilizados, um breve histórico, o desenvolvimento 
e a análise da situação, cujaação profissional deve ser guiada por princípios éticos. 
51 LAUDO SOCIAL: tem por finalidade dar suporte à decisão judicial, oferecer 
elementos que possibilitem ao Juiz o exercício da faculdade de julgar, avaliar e 
escolher. Ele apresenta o registro das informações mais significativas do estudo e da 
análise realizados e o parecer social. Deve ser constituída por uma introdução, que 
indica a demanda judicial e os objetivos, uma identificação prévia dos sujeitos 
envolvidos, a analisar e concluir a situação, oferecendo indicativos de alternativas. 
52 CONCLUSÃOAs relações interpessoais e interprofissionais que acontecem no 
decorrer do ―Estudo Social‖ nos dão possibilidades de interação profissional, que se 
entrecruzam com os demais instrumentais e contribuem para a apreensão e 
desenvolvimento de recursos no enfrentamento das questões sociais. Esse é o 
desafio!Enfrenta-los – o desafio e as provocações que se colocam no cotidiano 
profissional ao fazer o Estudo Social – exige o aprimoramento e a qualificação pessoal 
e profissional de forma contínua e permanente, permitindo uma conduta a caminho da 
práxis em sintonia com os parâmetros éticos da profissão. 
53 Considerando-se as demandas judiciais e a importância dos atendimentos 
realizados, bem como a repercussão e o significado social da intervenção junto aos 
usuários, o profissional deverá emitir sua opinião, em forma de parecer, conclusão, 
sugestão, ou termo equivalente, referendada em fundamentos teórico-metodológicos 
e éticos inerentes ao Serviço Social. 
54 ALUNAS Eliane Emilene Jane Lucimery Vânia 
Profª: Rejane Meneses Sanches6ª Termo de Serviço Social

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