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QUESTÃO DO ABORTO
Profa. Me. Sara Rodrigues Rosado
Divinópolis/MG
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI
HISTÓRIA DO ABORTO
 Antiga Grécia
 Preconizado por Aristóteles como método
eficaz para limitar os nascimentos e manter
estáveis as populações das cidades gregas.
 A prática do aborto era corrente e encarada
naturalmente.
 Sócrates aconselhava às parteiras que
facilitassem o aborto às mulheres que assim
o desejassem.
 Entre os Gauleses, o aborto era considerado
um direito natural do pai, que era o chefe
incontestável da família, com livre arbítrio
sobre a vida ou a morte de seus filhos,
nascidos ou não nascidos.
 Roma
 O aborto era uma prática comum, embora
interpretada sob diferentes ópticas,
dependendo da época.
 Quando a natalidade era alta, como nos
primeiros tempos da República, ela era bem
tolerada, mas com o declínio da taxa de
natalidade a partir do Império, a legislação
se tornou extremamente severa,
caracterizando o aborto provocado como
delito contra a segurança do Estado.
História do Aborto
 O livro do Êxodo cita que dentre os povos
hebreus era multado o homem que ferisse a
mulher grávida, fazendo-a abortar.
 Esse ato de violência obrigava àquele que a
ferisse a pagar uma multa ao marido desta,
diante dos juizes; porém, se a mulher viesse
a morrer em consequência dos ferimentos
recebidos aplicava-se ao culpado a pena de
morte.
História do Aborto
 Século XIX
 Expandiu-se consideravelmente entre as classes mais populares, em função
do êxodo crescente do campo para a cidade.
 Na classe alta o controle da natalidade era obtido através de uma forte
repressão sexual sobre seus próprios membros e a prática do aborto embora
comum, era severamente condenada.
História do Aborto
 União Soviética
 Deixou de ser considerado um crime, tornando-se um direito da
mulher a partir de decreto de 1920.
 Europa Ocidental
 Processo inverso aconteceu em alguns países, sobretudo aqueles
que sofreram grandes baixas durante a Primeira Guerra Mundial,
que optaram por uma política natalista, com o endurecimento na
legislação do aborto.
 Como exemplo, pode-se citar a França, que introduziu uma lei
particularmente severa no que diz respeito não só à questão do
aborto, mas também quanto aos métodos anticoncepcionais.
História do Aborto
 Após a Segunda Guerra Mundial, as leis
continuaram bastante restritivas até a
década de 60, com exceção dos países
socialistas, dos países escandinavos e do
Japão (país que apresenta lei favorável ao
aborto desde 1948, ainda na época da
ocupação americana).
História do Aborto
DEFINIÇÃO
 A palavra “aborto” vem do latim abortus, étimo que transmite a idéia
de privação do nascimento.
 Aborto é a perda de uma gravidez antes que o embrião e posterior
feto (até à oitava semana diz-se embrião, a partir da nona semana,
feto) seja potencialmente capaz de vida independente da mãe.
 Aborto - “o produto conceptual eliminado”
 Abortamento - “é a interrupção da gravidez antes 20 semanas de sua
evolução, ou quando o produto conceptual eliminado pesa 500gramas
ou menos”.
INCIDÊNCIA
 Abortamento é a mais comum
intercorrência obstétrica.
 Até 20% das gestações evoluem para aborto
antes de 20 semanas, sendo que, destas,
80% são interrompidas até a 12ª semana.
 A perda de gestações subclínicas ou não
diagnosticadas é ainda maior, podendo
chegar a 30%.
 A frequência diminui com o avançar da
idade gestacional, sendo que o risco geral
de abortar depois da 15ª semana é baixo
(0,6%).
 O abortamento é dividido em precoce e tardio,
respectivamente, se ocorre antes ou após a 12ª semana de
gestação.
 No Brasil, o abortamento é responsável por 11,4% do total de
mortes maternas e 17% das causas obstétricas diretas, com
parcela significativa devida ao abortamento provocado.
Incidência
FATORES DE RISCO
Numerosos fatores estão associados a maior risco de perda
gestacional:
 Idade: o risco de aborto aumenta com o avançar da idade materna,
chegando a 40% aos 40 anos e 80% aos 45 anos;
 Antecedente de aborto espontâneo: aumenta após duas ou mais
perdas;
 Tabagismo: o consumo de mais de 10 cigarros por dia aumenta em
cerca de 1,5 a 3 vezes a chance de abortar. O tabagismo paterno
também pode ser prejudicial. Dessa forma, os casais devem ser
encorajados a abandonar o hábito;
Fatores De Risco
 Consumo de álcool e drogas;
 Uso de anti-inflamatórios não hormonais:
pode aumentar o risco de abortar se usados
próximos à concepção. O uso de
acetaminofeno, no entanto, constitui opção
segura;
 Cafeína: alguns estudos mostram associação
entre alto consumo de cafeína (mais que
quatro xícaras de café expresso por dia) e
abortamento, mas os dados ainda são um
pouco controversos;
 Extremos de peso: IMC < 18,5 ou > 25.
ETIOLOGIA
 Anormalidades cromossômicas
 Causas mais comuns, responsáveis por até 50% das perdas
gestacionais precoces.
 Decorrem de gametas anormais, fertilização anômala ou
irregularidades na divisão embrionária.
 A maioria acontece por acaso, não sendo decorrentes de “defeitos
herdados” da mãe ou do pai.
 A alteração cromossômica mais frequente no aborto é a Trissomia
do cromossomo 16. Só podem ser confirmadas quando o material
de aborto é enviado para análise citogenética.
Etiologia
 Alterações uterinas
 Congênitas - alterações na forma do útero
que podem piorar o sítio de implantação e a
vascularização, aumentando o risco de perda
gestacional.
 Adquiridas - sugere-se que sejam corrigidas
cirurgicamente quando são de grande
dimensão e deformam a cavidade uterina.
Etiologia
 Fatores endócrinos
 Alterações na produção de progesterona e dos hormônios
tireoidianos podem, a rigor, prejudicar o desenvolvimento de
um embrião normal.
 Diabetes insulino-dependente mal controlado também aumenta
o risco de perda.
 Fatores imunológicos
 Causas de abortamento de repetição, não devendo ser pesquisados na
perda precoce eventual.
 Infecções
 Rubéola, toxoplasmose, parvovirose, citomegalovírus, HIV e sífilis.
TIPOS DE ABORTO
A
B
O
R
T
A
M
E
N
T
O
ameaça de abortamento
completo
inevitável/incompleto
retido
infectado
habitual
eletivo previsto em lei
Ameaça de abortamento
 O sangramento genital é de pequena a moderada intensidade,
podendo existir dores, tipo cólicas, geralmente pouco intensas.
 O colo uterino (orifício interno) encontra-se fechado, o volume
uterino é compatível com o esperado para a idade gestacional, e não
existem sinais de infecção.
 O exame de ultrassom mostra-se normal, com feto vivo, podendo
encontrar pequena área de descolamento ovular.
 Não existe indicação de internação hospitalar, a mulher deve ser
orientada para ficar em repouso, utilizar analgésico se apresentar
dor, evitar relações sexuais durante a perda sanguínea, e retornar ao
atendimento de pré-natal.
Abortamento completo
 Geralmente ocorre em gestações com menos de oito semanas.
 A perda sanguínea e as dores diminuem ou cessam após a expulsão
do material ovular.
 O colo uterino (orifício interno) pode estar aberto e o tamanho
uterino mostra-se menor que o esperado para a idade gestacional.
 No exame de ultrassom encontra-se cavidade uterina vazia ou com
imagens sugestivas de coágulos.
 A conduta nesse caso é de observação, com atenção ao
sangramento e/ou à infecção uterina.
Abortamento inevitável/incompleto
 O sangramento é maior que na ameaça de
abortamento, que diminui com a saída de
coágulos ou de restos ovulares, as dores
costumam ser de maior intensidade que naameaça, e o orifício cervical interno encontra-
se aberto.
 O exame de ultrassom confirma a hipótese
diagnóstica, embora não seja imprescindível.
Abortamento retido
 Em geral, o abortamento retido cursa com
regressão dos sintomas e sinais da gestação,
o colo uterino encontra-se fechado e não há
perda sanguínea.
 O exame de ultrassom revela ausência de
sinais de vitalidade ou a presença de saco
gestacional sem embrião (ovo
anembrionado).
 Pode ocorrer o abortamento retido sem os
sinais de ameaça.
Abortamento infectado
 Com muita frequência está associado a manipulações da cavidade uterina
pelo uso de técnicas inadequadas e inseguras.
 Estas infecções são polimicrobianas e provocadas, geralmente, por bactérias
da flora vaginal.
 São casos graves e devem ser tratados, independentemente da vitalidade do
feto.
 As manifestações clínicas mais frequentes são: elevação da temperatura,
sangramento genital com odor fétido acompanhado de dores abdominais ou
eliminação de secreção purulenta através do colo uterino.
 Na manipulação dos órgãos pélvicos, através do toque vaginal, a mulher
pode referir bastante dor, e deve-se sempre pensar na possibilidade de
perfuração uterina.
Abortamento habitual
 Caracteriza-se pela perda espontânea e
consecutiva de três ou mais gestações antes
da 22a semana.
 É primário quando a mulher jamais
conseguiu levar a termo qualquer gestação,
e secundário quando houve uma gravidez a
termo.
 Estas mulheres devem ser encaminhadas
para tratamento especializado, onde seja
possível identificar as causas e realizados
tratamentos específicos.
Abortamento eletivo previsto em lei
 Nos casos em que exista indicação de interrupção da gestação,
obedecida a legislação vigente e, por solicitação da mulher ou de
seu representante, deve ser oferecida à mulher a opção de
escolha da técnica a ser empregada: abortamento farmacológico,
procedimento aspirativo (Amiu) ou a dilatação e curetagem.
 Tal escolha deverá ocorrer depois de adequados esclarecimentos
das vantagens e desvantagens de cada método, suas taxas de
complicações e efeitos adversos.
LEGISLAÇÃO
 No Brasil, o Código Penal de 1940 permite o abortamento nos
casos de estupro e na existência de risco de morte materna.
 Para as situações de diagnóstico de anomalia fetal letal é
necessária a autorização judicial para a interrupção da gestação
por anomalia fetal letal.
MÉTODOS PARA ESVAZIAMENTO 
UTERINO 
 AMIU – aspiração manual intrauterina
 Aspiração do material intrauterino com cânulas flexíveis de
plástico e descartáveis.
 É seguro e de fácil realização, apresentando menor risco de
perfuração quando comparado aos métodos tradicionais.
 Eventualmente pode ser realizado com anestesia local ou
sedação leve.
Métodos para Esvaziamento Uterino 
 Aspiração a vácuo
 realizado com sistema a vácuo e cânulas
rígidas. Não tem grande indicação nos
casos de abortamento.
Métodos para Esvaziamento Uterino 
 Curetagem uterina tradicional
 realiza-se a dilatação cervical, se necessário,
com velas de Hegar, e a retirada do material
uterino com curetas fenestradas.
 Deve-se ter cuidado para não perfurar o
útero, e a administração concomitante de
ocitócitos é rotineira.
 Recomenda-se também histerometria indireta
no início e ao final do procedimento.
Métodos para Esvaziamento Uterino 
 Tratamento medicamentoso
 infusão de ocitocina até expulsão do conteúdo uterino, seguida
de curetagem uterina ou AMIU ou utilização de misoprostol no
fundo de saco vaginal, 200 a 400 mcg a cada 8 horas até a
eliminação.
 Também costuma ser necessária curetagem posterior.
 A medicação é sempre indicada nos casos de abortos tardios ou
úteros maiores que 12 semanas.
 Nota-se que ambas têm uso apenas hospitalar.
COMPLICAÇÕES
 São raras.
 Mas mais frequentes são permanência de
restos, hemorragia e infecção, sendo mais
comuns nos casos de abortamento
provocado.
 Tardiamente, pode ocorrer formação de
sinéquias uterinas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O abortamento é a mais frequente intercorrência obstétrica.
 As mulheres devem receber orientações e apoio psicológico para
superar a dor da perda e partir para nova tentativa.
 Não há consenso entre o período de tempo ideal recomendado entre
o abortamento e a nova gravidez. De modo geral, sugere-se um
intervalo de três meses, ou dois a três ciclos menstruais normais.
REFERENCIAS 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao abortamento:
norma técnica. 2. ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
 BENUTE, G. R. G. et al. Abortamento espontâneo e provocado: ansiedade,
depressão e culpa. Rev Assoc Med Bras 2009; 55(3): 322-7.
 PINTO, A. P.; TOCCI, H. A. O aborto provocado e suas consequências. Rev
Enferm UNISA, v.4, p: 56-61. 2003.
 VIANA, A. C. N. Aborto. [Monografia] Curso de Direito, Universidade
Presidente Antônio Carlos –UNIPAC. 2012.

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