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avaliacao do efeito analgesico da estimulacao eletrica nervosa transcutanea itens e da corrente interferencial na cervicalgia por steoartrose cervical

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO EFEITO ANALGÉSICO DA ESTIMULAÇÃO 
ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS) E DA CORRENTE 
INTERFERENCIAL NA CERVICALGIA POR OSTEOARTROSE 
CERVICAL 
 
 
 
 
 
 
LAURA SANTOS DE MORAES 
PAOLA KARYNNE PINHEIRO MONTEIRO 
 
 
 
 
 
 
Belém – Pará 
 
2007 
 
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO EFEITO ANALGÉSICO DA ESTIMULAÇÃO 
ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS) E DA CORRENTE 
INTERFERENCIAL NA CERVICALGIA POR OSTEOARTROSE 
CERVICAL 
 
 
LAURA SANTOS DE MORAES 
PAOLA KARYNNE PINHEIRO MONTEIRO 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso de Fisioterapia do Centro de 
Ciências Biológicas e da Saúde 
da UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA 
(UNAMA), como requisito para a obtenção do 
grau de Fisioterapeuta, orientado pelo 
professor e fisioterapeuta Paulo Eduardo 
Santos Avila e co – orientado pela 
fisioterapeuta Ana Júlia Cunha Brito. 
 
 
 
 
 
Belém – Pará 
2007 
 
AVALIAÇÃO DO EFEITO ANALGÉSICO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA 
TRANSCUTÂNEA (TENS) E DA CORRENTE INTERFERENCIAL NA CERVICALGIA 
POR OSTEOARTROSE CERVICAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAURA SANTOS DE MORAES 
PAOLA KARYNNE PINHEIRO MONTEIRO 
 
 
 
 
 Avaliado por: 
 
___________________________________________ 
 
 
 Data: ______/______/______ 
 
 
 
 
 
 
Belém – Pará 
Universidade Da Amazônia – UNAMA 
2007 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
De Laura: 
À DEUS, primeiramente,por ter me dado força durante esses quatro anos de curso, a meio 
de dificuldades. Por ter me iluminado nas decisões mais difícies e por ter me guiado ao longo do 
curso para trilhar o caminho mais correto possível. 
Aos meus pais, WALDIR MORAES E HELENA SANTOS, pelo amor e dedicação e por 
ter me proporcionado essa oportunidade de um futuro promissor, principalmente meu pai, que fez 
dele todos os esforços possíveis para dá continuidade a essa jornada, me dando todo apoio e força 
para pleitear essa formação. 
Ao meu marido, JOSIAS COELHO, pelo amor e compreensão sempre, me deixando mais 
tranqüila nos momentos mais díficies do curso e até mesmo no decorrer do projeto. Dando – me 
apoio nas minhas decisões, por mais que algumas prejudiquem algumas das partes. 
 
De Paola: 
AGRADEÇO A DEUS, por toda proteção durante a minha jornada acadêmica, que entre 
tantos problemas, me deu força e iluminou os meus passos desde o ínicio da minha trajetória. 
AOS MEUS PAIS, HEYDER MONTEIRO E SANDRA MONTEIRO, por todo o apoio 
dado, na escolha da minha profissão, estando nos momentos mais felizes até os mais dificies da 
minha trajetória acadêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
De Laura: 
Ao meu irmão, WALDIR JUNIOR, pelo amor e carinho, pelos conselhos, enfim por tudo, 
pois foste e sempre serás meu espelho e meu exemplo de pessoa e profissional. 
A minha amiga e companheira de TCC, PAOLA MONTEIRO, por ter me aturado 
durante essa jornada estressante, por ter me compreendido nas piores situações possíveis, por ter 
superado as brigas normais de convivência. 
A minha orientadora Fisioterapeuta, ANA JÚLIA, por ter grande participação não tão 
somente nesse projeto, mas sim na minha jornada acadêmica, me dando apoio e carinho e além 
de tudo me dando conhecimento imprescindíveis na área.Acima de tudo sendo um espelho e 
exemplo de profissional pra mim. 
Ao meu orientador Fisioterapeuta, PAULO ÁVILA, pelo conhecimento dado na vida 
acadêmica, e pela compreensão em muitos momentos difícies. 
A TODOS OS MEUS PROFESSORES, que colaboram e muito para a minha formação 
acadêmica, me dando perspectiva de um futuro promissor nesta profissão. 
 
De Paola: 
 
AOS MEUS IRMÃOS, HEYDER JUNIOR E ANA GABRIELA, por terem contribuído 
para a finalização da primeira etapa da minha vida, me ajudando, mesmo que em um simples 
sorriso. 
A MINHA IRMÃ ANA PAULA, por todo carinho e dedicação, incentivando, aplaudindo 
e dando suas opiniões durante toda a minha vida acadêmica. 
 AO MEU TIO HÉLCIO, por tornar meu sonho realidade. 
 AOS MEUS TIOS E AVÓS, pelo incentivo e ajuda no dia –a dia. 
 
 A MINHA AMIGA LAURA MORAES, que apesar de todos os obstáculos superados 
ajudou a realizar nosso sonho, alcançando nosso objetivo. 
 AO MEU AMIGO RODRIGO CORRÊA, pela preocupação e zelo, presente em todos os 
momentos. 
 A ORIENTADORA ANA JÚLIA BRITO, pela ajuda e colaboração para que o projeto se 
concretizasse da melhor maneira possível, e por todos os conhecimentos dados durante a vida 
acadêmica. 
 AO MEU ORIENTADOR PAULO AVILA, que desde o começo acreditou, incentivando 
- me sempre a busca de novos conhecimentos, me dando conselhos, contribuindo para o meu 
crescimento na vida acadêmica. 
 A TODOS OS PROFESSORES DO CURSO, os conhecimentos que transmitiram – me 
desempenharam especial sucesso em minha formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sem sonhos, a vida não tem brilho. 
 Sem metas, os sonhos não tem alicerces. 
 Sem prioridade, os sonhos não se tornam reais. 
 Sonhe, trace metas, estabeleça prioridade e corra 
riscos para executar seus sonhos. 
 Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir! 
 Não tenhas medo dos tropeços da jornada. 
 Não podemos esquecer que nós, ainda que incompleto, 
fomos o maior aventureiro da história. 
 
 
Augusto Cury 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela I – Estatística Descritiva das variáveis nos dois métodos de tratamento............ 
........................................................................................................................................... 57 
Tabela II- Análise de Variância entre as diferenças entre antes e depois das dez sessões 
de tratamento nos dois métodos de tratamento..................................................................59 
Tabela III- Estatística Descritiva e Comparativa nos dois métodos de tratamento............ 
........................................................................................................................................... 61
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
 
Gráfico 1 – Queixa principal nos dois grupos ........................................................... 
..................................................................................................................................... 52 
Gráfico 2 – Localização da dor nos dois grupos ......................................................... 
..................................................................................................................................... 53 
Gráfico 3 – Horário de ocorrência da dor nos dois grupos ......................................... 
..................................................................................................................................... 54 
Gráfico 4 – Ínicio da dor nos dois grupos .................................................................. 
.....................................................................................................................................55 
Gráfico 5 –.Fatores da piora nos dois grupos................................................................ 
..................................................................................................................................... 56 
Gráfico 6 –.Evolução da dor na diferença entre as sessões, nos dois métodos.............. 
......................................................................................................................................58 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1- Parâmetros de um pulso elétrico da TENS .................................................... 
........................................................................................................................................... 37 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Vértebras cervicais....................................................................................... 19 
Figura 2 – Visão esquemática lateral da coluna cervical.............................................. 20 
Figura 3 – Flexão cervical............................................................................................. 21 
Figura 4 – Extensão cervical......................................................................................... 21 
Figura 5 – Inclinação à direita....................................................................................... 22 
Figura 6 – Inclinação à esquerda................................................................................... 22 
Figura 7 – Rotação à direita.......................................................................................... 22 
Figura 8 – Rotação à esquerda...................................................................................... 22 
Figura 9 – Processo de degeneração da cartilagem....................................................... 25 
Figura10 – Fisiopatologia da Osteartrose..................................................................... 26 
Figura 11 – Demonstração da evolução do processo articular degenerativo................ 
....................................................................................................................................... 27 
Figura 12 – AP: Osteoartrose de coluna cervical e Perfil: Osteofitose......................... 
....................................................................................................................................... 30 
Figura 13 – Osteoartrose de coluna cervical................................................................. 30 
Figura 14 – Sistema de Controle das Comportas.......................................................... 39 
Figura 15 – Onda de amplitude modulada (c) gerada pela interferência entre as ondas (a) e (b), 
defasadas................................................................................................................ 41 
Figura 16 – Dois circuitos dispostos perpendicularmente entre si, com interseção na área-
alvo............................................................................................................................... 43 
Figura 17 – Instalação da varredura em vetor.............................................................. 44 
Figura 18 – Representação da onda quadrada, processos crônicos............................. 
 
..................................................................................................................................... 46 
Figura 19 – Aparelho de Infravermelho da Marca CARCI......................................... 
..................................................................................................................................... 49 
Figura 20 – Aparelho de TENS/ FES Neurodyn portable........................................... 
..................................................................................................................................... 49 
Figura 21 – Aparelho Neurovector, geração 2000...................................................... 
..................................................................................................................................... 50 
Figura 22 – Aplicação tetrapolar transversa na Cervicalgia....................................... 
..................................................................................................................................... 50 
Figura 23 – Aplicação tetrapolar na Cervicalgia........................................................ 
...................................................................................................................... 51
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
IASP Associação Internacional para o Estudo da Dor 
CI Corrente Interferencial 
TENS Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea 
EMS Estimulação Muscular Eletrônica 
AMF Freqüência de Modulação da Amplitude 
CERIR Centro de Estudos de Reciclagem e de Investigação em Reumatologia 
EVA Escala Visual Analógica 
UNAMA Universidade da Amazônica 
FISIOCLÍNICA Clínica Escola de Fisioterapia 
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
 
RESUMO 
MORAES, Laura Santos de; MONTEIRO, Paola Karynne Pinheiro. Avaliação do efeito 
analgésico da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) e da Corrente 
Interferencial na cervicalgia por Osteoartrose cervical. Trabalho de Conclusão de Curso 
(TCC), Dezembro de 2007. 
 
 A coluna cervical é uma área com alto potencial para lesões graves, o que a torna uma 
região que precisa ser abordada com cuidado. O sintoma mais comum de distúrbios cervicais é a 
dor contínua, que acompanhada de dor músculo esquelética levanta a possibilidade de 
cervicalgia. As alterações degenerativas da coluna cervical ocorrem em 75% das pessoas com 
mais de 65 anos. Porém não é a essa idade que corresponde o pico de prevalência de dores, que é 
de pessoas mais jovens (média 35 anos). Este estudo teve como objetivo verificar qual método 
de aplicação de eletroestimulação proporcionará maior alívio ao processo doloroso em pacientes 
com cervicalgia por osteoartrose. Para tal, foi realizado um estudo de ensaio clínico controlado e 
randomizado, do tipo experimental, a partir da coleta de dados por meio de pesquisa de campo, 
realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade da Amazônia – FISIOCLÍNICA, no 
período de 01 março a 27 de agosto de 2007, contendo uma amostra de 30 pacientes com 
osteoartrose cervical, encaminhados por médicos traumatologistas. Submetidos a uma conduta 
eletroterapêutica, durante 10 sessões. Dentre os principais resultados obtidos, observou que em 
todas as sessões, nos dois métodos, ocorreram reduções na sensação subjetiva de dor, com uma 
tendência de reduzir estas diferenças, em função do fato de que com o avanço das sessões, a dor 
foi reduzindo, mesmo antes da sessão de tratamento propriamente dita. Portanto, ao comparar os 
métodos para o tempo de dor e para a eficiência dos métodos, não se verificou diferença 
estatística, não permitindo-se assim, afirmar que um método é estatisticamente melhor que o 
outro. 
 
 
Palavras – Chave: osteoartrose cervical, TENS, corrente interferencial
 
 
ABSTRACT 
 
 
 MORAES, Laura Santos de; MONTEIRO, Paola Karynne Pinheiro. Evaluation of the analgesic 
effect of the Electric Stimulation Nervous Transcutânea (TENS) and of the Interferencial Chain 
in the cervicalgia for cervical Osteoartrose. Work of Conclusion of Curso (TCC), December of 
2007. 
 
 
The cervical column is an area with high potential for seriousinjuries, what it becomes it 
a region that it needs to be boarded with care. The symptom most common of cervical riots is the 
continuous pain, that folloied of esquelética pain muscle raises the cervicalgia possibility. The 
degenerative alterations of the cervical column occur more than in 75% of the people with 65 
years. However it is not to this age that corresponds the peak of prevalence of pains, that is of 
younger people (average 35 years). This study it had as objective to verify which method of 
stimulation application it will provide to greater relief to the painful process in patients with 
cervicalgia for osteartrose. For such, a study of controlled clinical assay was carried through and 
randomizado, of the experimental type, from the collection of data by means of research of field, 
carried through in the Clinical School of Fisioterapia of the University of Amazônia - 
FISIOCLÍNICA, in the year of 2007, where one shows of 30 patients, had been submitted to a 
eletroterapeutic behavior to the patients with osteartrose cervical directed by traumatologist 
doctors, taken care of in period 01 of March the 27 of August of 2007. Amongst the main gotten 
results, it observed that in all the sessions, in the two methods, had occurred reductions in the 
subjective sensation of pain, with a trend to reduce these differences, in function of the fact of 
that with the advance of the sessions, pain was reducing, same before the session of treatment 
properly said. Therefore, when comparing the methods for the time of pain and the efficiency of 
the methods, difference was not verified statistics, not allowing itself thus, affirming that a 
method is statistical better that the other. 
 
Words - Key: cervical osteoartrose, TENS, interferencial chain. 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 16 
2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................16 
2.1 COLUNA VERTEBRAL .......................................................................................... 18 
2.1.1 Coluna Cervical .....................................................................................................18 
2.1.2 Biomecânica da coluna cervical ......................................................................... 20 
2.1.3 Funções da coluna cervical ................................................................................. 23 
2. 1. 4 Incidência de dor na coluna cervical ............................................................... 23 
2.2. OSTEOARTROSE CERVICAL ...............................................................................24 
2.2.1 Fisiopatologia da Osteoartrose Cervical ...........................................................25 
2.2.2 Classificação da Osteoartrose ..............................................................................28 
2.2.2.1 Osteoartrose Primária ........................................................................................... 28 
2.2.2.2 Osteoartrose Secundária.........................................................................................28 
2.2.3 Sinais Clínicos ........................................................................................................29 
2.2. 4 Sinais Radiológicos ................................................................................................29 
2.3 CERVICALGIAS ........................................................................................................31 
2.3.1 Tipos de dor cervical ............................................................................................33 
2.4 CORRENTES ELÉTRICAS .......................................................................................33 
2.4.1 Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) ........................................35 
2.4.1.1 Parâmetros de um pulso elétrico de TENS ............................................................36 
2.4.1.2 Modalidade de TENS Acupuntura .........................................................................37 
2.4.1.3 Teoria do controle da comporta de dor .................................................................38 
2.4.2 Corrente Interferencial ......................................................................................... 40 
2.4.2.1 Definição .............................................................................................................. 40 
2.4.2.2 Freqüência de Modulação da Amplitude ............................................................ 41 
2.4.2.3 Intensidade ........................................................................................................... 42 
2.4.2.4 Distribuição da Corrente ..................................................................................... 42 
2.4.2.5 Campo Interferencial Dinâmico: Tetrapolar com Vetor manual ou automático .. 43 
2. 4.2.6 Escolha da AMF ou Freqüência de Tratamento ................................................. 44 
2.4.2.7 Sweep ou Espectro de Freqüência ........................................................................ 45 
 
2.4.2.8 Programas da Sweep – Sweep programado ......................................................... 45 
2.4.2.9 Efeitos Fisiológicos .............................................................................................46 
3. METODOLOGIA .......................................................................................................47 
3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO ........................................................................... 47 
3.2 LOCAL DE REALIZAÇÃO .................................................................................... 47 
3.3 AMOSTRA ................................................................................................................ 47 
3.4 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO ....................................................................... 48 
3.4.1 GRUPO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA (TENS) .........50 
3.4.2 GRUPO DA CORRENTE INTERFERENCIAL ................................................ 51 
3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA ....................................................................................... .51 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 52 
5. CONCLUSAO ............................................................................................................ 63 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 64 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...............................................................................70 
APÊNDICES 
APÊNDICE 1 – ACEITE DO COMITÊ DE ÉTICA ................................................ 74 
APÊNDICE 2 – ACEITE DA CLÍNICA ESCOLA DA UNAMA – FISIOCLÍNICA 
................................................. .........................................................................................75 
APÊNDICE 3 – ACEITE DO ORIENTADOR ........................................................... 76 
APÊNDICE 4 – ACEITE DO CO – ORIENTADOR ................................................. 77 
APÊNDICE 5 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE 
.......................................................................................................................................... 78 
APÊNDICE 6 – FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ...................... 82 
APÊNDICE 7 – FICHA DE AVALIAÇÃO DA DOR ............................................... 84 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Atualmente, de acordo com a “International Association for the Study of Pain (IASP), 
cerca de 90milhões de pessoas sofrem de dor crônica nos Estados Unidos, o que representa 
custos anuais de 1,25 bilhões de dólares com o tratamento destes pacientes (TRIBIOLI, 2003). 
No Brasil, a dor crônica atinge cerca de 30% a 40% da população, sendo a principal causa 
de absenteísmo, afastamentos e incapacidades (TRIBIOLI, 2003). 
A dor, quando crônica, consiste num dos maiores problemas de saúde pública da 
sociedade moderna. É mais agravante do que preocupante e possui características como: sua 
intensidade varia de leve a moderada, em geral, possui duração limitada, embora possa persistir 
por longos períodos de tempo, o local da dor não causa alarmes e não há alarmantes associados 
(DUTTON, 2006; CASTRO et al, 2003; STARKEY, 2001). 
A coluna cervical é uma área com alto potencial para lesões graves, o que a torna uma 
região que precisa ser abordada com cuidado. O sintoma mais comum de distúrbios cervicais é a 
dor contínua, que acompanhada de dor músculo esquelética levanta a possibilidade de cervicalgia 
(DUTTON, 2006). 
A cervicalgia, ou seja, a dor na região cervical, pode ser gerada por vários fatores, um 
desses consiste no processo de artrose, isto é, a perda progressiva da cartilagem articular, 
provocando um contato direto entre as extremidades ósseas, o que poderá ocasionar dores fortes e 
possíveis deformidades (KNOPLICH, 2003). 
A percepção da dor não é meramente o resultado da quantidade de tecido lesado, mas um 
mecanismo complexo, determinado por muitos fatores, incluindo idade, sexo, cultura, influências 
ambientais e múltiplas variáveis ambientais (DUTTON, 2006). 
 
Segundo o autor acima, pode ser caracterizada como um sintoma individual e subjetivo, 
sua avaliação deve ser sistemática, continuada, registrada de forma detalhada e visa à 
compreensão e diagnóstico etiológicos do quadro álgico, implementação de medidas analgésicas 
e avaliação terapêutica. 
Para a promoção da analgesia nesses pacientes, a utilização de várias modalidades 
elétricas para o alívio da dor tem sido uma prática, em geral, aceita por muitos anos, bem antes de 
MELZACK e WALL terem apresentado sua teoria das comportas da modulação da dor em 1965 
(ANDREWS, 2000). 
Segundo o autor acima, desde então, o número e a variedade de modalidades elétricas 
usadas para proporcionar analgesia para o alívio de todos os tipos de dor proliferaram com um 
ritmo impressionante. 
Das várias formas de correntes, a Corrente Interferencial (CI) é, juntamente, com a 
Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS), umas das modalidades mais utilizadas na 
prática clínica (FIRMINO & ESTEVES, 2007). 
Segundo FIRMINO & ESTEVES, 2007, esta preferência poderá pressupor a existência de 
evidência científica que sustente a aplicação destas modalidades, identificando os mecanismos 
subjacentes à diminuição da dor. No entanto, grande parte dos estudos, abordam os efeitos e 
mecanismos de ação da TENS, extrapolando os seus resultados para a CI. 
Sendo assim, devido à falta de conhecimentos e reconhecendo a importância desses 
recursos na prática fisioterapêutica, justifica-se esse estudo, a busca de parâmetros de estimulação 
mais adequados no quadro doloroso ocasionado pelo processo de artrose na coluna cervical, 
fazendo assim, uma comparação entre as propriedades individuais das correntes para a promoção 
da analgesia. 
 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 COLUNA VERTEBRAL 
 
A coluna vertebral é uma série de ossos individuais, chamados vértebras que, ao serem 
articulados, constituem o eixo central esquelético do corpo. A coluna vertebral é flexível, porque 
as vértebras são móveis, mas a sua estabilidade depende principalmente dos músculos e 
ligamentos (MOORE, 2001). 
Embora seja uma entidade puramente esquelética, do ponto de vista prático, quando nos 
referimos à “coluna vertebral”, na verdade estamos também nos referindo ao seu conteúdo e aos 
seus anexos, que são os músculos, nervos e vasos a ela relacionados (NAUTOR, 2004). 
A coluna vertebral do adulto apresenta quatro curvaturas sagitais: cervical, torácica, 
lombar e sacral. A curvatura torácica e sacral, convexas posteriormente, são denominadas 
primárias, porque apresentam a mesma direção da coluna vertebral fetal e decorrem da diferença 
de altura entre as partes anteriores e posteriores dos corpos vertebrais (NAUTOR, 2004). 
Segundo o autor acima, as curvaturas cervical e lombar, côncavas posteriormente, formam 
- se após o nascimento e decorrem da diferença de espessura entre as partes anteriores e 
posteriores dos discos intervertebrais. 
 
2.1.1 Coluna Cervical 
 
A coluna cervical é constituída, do ponto de vista ósseo, de sete vértebras, e formam o 
esqueleto ósseo. As menores das 24 vértebras móveis, as vértebras cervicais, estão localizadas 
entre o crânio e o tórax (MOORE, 2001; KNOPLICH, 2003). 
 
Segundo LIPPERT, 1996, é composta primeiramente por duas articulações bem 
diferentes. A articulação atlantooccipital, formada pelos côndilos do occipital articulando-se com 
as facetas superiores do atlas, esta união é forte e suporta o peso da cabeça. E a articulação 
atlantoaxial, do tipo sinovial, localizada entre o processo odontoíde (dente) do áxis e o arco 
anterior do atlas, anteriormente, e o ligamento transverso, posteriormente. 
Comparados com o restante da coluna, os corpos vertebrais da coluna cervical são 
pequenos e constituídos, de forma predominante, de osso trabecular. Da terceira até a sexta 
vértebras cervicais podem ser consideradas típicas, enquanto a sétima é atípica. O áxis é a 
segunda vértebra cervical e recebe esse nome porque forma um pivô (processo odontoíde ou 
dente) em torno do qual o atlas gira, levando consigo o crânio (DUTTON, 2006). 
Da terceira a sexta vértebras cervicais, cada uma apresenta um corpo vertebral pequeno e 
largo, um grande forame vertebral triangular e um processo espinhoso curto e bífido. A sétima 
vértebra cervical é conhecida como vértebra proeminente, possui um processo espinhoso longo, 
visível na anatomia de superfície, principalmente com o pescoço flexionado (HOPPENFELD, 
1999; NAUTOR, 2004) (Figura 1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 1: Vértebras cervicais 
 Fonte: João, 2007. 
 
Segundo os autores acima, os corpos vertebrais estão envolvidos no seu aspecto anterior e 
posterior por dois ligamentos: longitudinal anterior e longitudinal posterior.As articulações entre 
os arcos vertebrais são sustentadas pelo ligamento supra - espinhoso, que se torna o ligamento 
nucal na coluna cervical, pelos ligamentos interespinhosos, pelo ligamento amarelo e pelas 
articulações interfacetárias e suas cápsulas. (Figura 2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 2: Visão esquemática lateral da coluna cervical 
 Fonte: Silva, 2004. 
 
 
2.1.2 Biomecânica da coluna cervical 
 
O alcance normal dos movimentos do pescoço, além de permitir um amplo campo de 
visão, promove também um apurado senso de equilíbrio (HOPPENFELD, 1999). 
Segundo o autor acima, a movimentação do pescoço se compõe, basicamente, dos 
seguintes movimentos: flexão, extensão, rotação lateral para a direita e para a esquerda e 
inclinação lateral da cabeça para a direita e para a esquerda. Estes movimentos são utilizados 
combinadamente, dando à cabeça e ao pescoço uma ampla diversificação de movimentos 
(DUTTON, 2006). 
 
 A flexão é descrita como uma inclinação de balanço osteocinemática da vértebra superior 
do plano sagital, um deslizamento supero – anteriordas duas facetas superiores das articulações 
zigoapofisiais e um deslizamento de translação anterior da vértebra (Figura 3) (DUTTON, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 3: Flexão cervical 
 Fonte: Nautor, 2004. 
 
 
A extensão é descrita como balanço sagital osteocinemático posterior, deslizando inferior 
– posterior e aproximação das facetas superiores das articulações zigoapofisiais e translação 
posterior das vértebras sobre o disco (Figura 4) (DUTTON, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 4: Extensão cervical 
 Fonte: Nautor, 2004. 
 
 
 
A inclinação lateral é o balanço osteocinemático ipsilateral, o deslizamento supero – 
anterior da faceta superior contralateral e o deslizamento postero – inferior da faceta ipsilateral 
(FIGURA 5) (FIGURA 6) (DUTTON, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 5: Inclinação à direita Fig. 6: Inclinação à esquerda 
 Fonte: Nautor, 2004. Fonte: Nautor, 2004. 
 
A rotação é, principalmente, o movimento osteocinemático da vértebra ao redor de um 
eixo vertical, que é acoplado com flexão lateral para o mesmo lado (FIGURA 7) (FIGURA 8) 
(DUTTON, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 7: Rotação à direita Fig. 8: Rotação à esquerda Fonte: Nautor, 2004. Fonte: Nautor, 2004. 
 
2.1.3 Funções da coluna cervical 
 
A coluna vertebral tem duas funções básicas. A primeira serve como eixo de sustentação 
da estrutura corporal. Para agilizar os movimentos, o corpo realiza complexos movimentos no 
sentido antero-posteiror (flexão e extensão) como no sentido lateral e rotacional. Para que esses 
movimentos se realizem, verifica-se um deslocamento menor na porção anterior e um 
deslocamento intervertebral mais amplo na região posterior, onde –se localizam as apófises 
articulares, apófises transversas e posteriores (VALENÇA, 2003). 
Segundo o autor acima, a segunda função da coluna vertebral está relacionada com a 
condução das estruturas nervosas através do canal vertebral e dos foramens intervertebrais, visto 
que a estrutura medular nervosa, estende-se desde C1 (primeira vértebra cervical) até L1 
(primeira vértebra lombar). 
 
2. 1. 4 Incidência de dor na coluna cervical 
 
É a causa mais comum de comprometimento articular. Estima-se que a incidência nos 
Estados Unidos atinja aproximadamente 28 milhões de indivíduos e, no Brasil, este índice é de 
aproximadamente 16,49%, sendo responsável por 7,5% do afastamento do trabalho (MOREIRA 
e CARVALHO, 1996; ALMEIDA et al., 2001). 
As alterações degenerativas da coluna cervical ocorrem em 75% das pessoas com mais de 
65 anos; porém, não é a essa idade que corresponde o pico de prevalência de dores, que é de 
pessoas mais jovens (média 35 anos) (KNOPLICH, 2003). 
Saase e Col, em estudo, constataram que 14% das pessoas com alterações degenerativas 
na radiografia da coluna cervical queixam-se de dores, com freqüência, na idade média de 35 
anos, havendo uma proporção de 1,8 mulher para um homem (KNOPLICH, 2003). 
 
 A prevalência da osteoartrose aumenta com a idade, sendo pouco comum em indivíduos 
abaixo dos 40 anos de idade e mais freqüente após os 60 anos, sendo que aos 75 anos, 85% das 
pessoas têm evidência radiológica ou clínica da doença (MOREIRA e CARVALHO, 1996; 
BROSSEAU et al, 2002). 
Ocorre com maior freqüência de C4 a C7, onde esse processo degenerativo está 
relacionado diretamente com a idade, ampliando-se com a degeneração de outras estruturas, 
como os ligamentos amarelos, as artérias vertebrais e até as próprias meninges, fatores esses que 
podem desencadear um possível quadro de dor (KNOPLICH, 2003). 
Atinge ambos os sexos, mas o padrão de distribuição articular é diferente. Nos homens, o 
maior comprometimento é o quadril, joelho, coluna vertebral, tornozelo, ombro e dedos; nas 
mulheres, a ordem do acometimento difere, sendo o joelho primeiramente mais acometido, 
posteriormente dedos, coluna vertebral, quadril, tornozelo e ombros (THONSON e SKINNER, 
1994). 
 
2.2. OSTEOARTROSE CERVICAL 
 
Durante o processo de envelhecimento, ocorre uma redução progressiva do conteúdo de 
água do núcleo pulposo e uma diminuição na capacidade de embebição do disco, associada a um 
aumento do número de fibras colágenas, determinando uma menor elasticidade e 
compressibilidade (NAUTOR, 2004). 
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2003, a osteoartrose pode ser definida 
como uma doença crônica, multifatorial. Gerando uma afecção dolorosa das articulações que 
ocorre por insuficiência da cartilagem, ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a 
destruição dos seus principais elementos, associada a uma variedade de condições como: 
 
sobrecarga mecânica, alterações bioquímicas da cartilagem e membrana sinovial e fatores 
genéticos, levando à incapacidade funcional progressiva. 
Esta afecção articular é comumente uma conseqüência inevitável do envelhecimento, do 
desgaste articular anormal ou resultado de uma mecânica articular anormal (SKARE, 1999). 
As principais manifestações clinicas são dor, limitação de movimento, perda da função 
articular, assim como deformidade articular, principalmente nas articulações da coluna vertebral e 
das extremidades inferiores por serem articulações de grande sustentação de peso (SNIDER, 
2000; ALMEIDA et al., 2001). 
 
2.2.1 Fisiopatologia da Osteoartrose Cervical 
 
 Nos estágios iniciais a, patologia é assintomática, pois a cartilagem é avascular e aneural. 
Com a progressão da doença, ocorre frouxidão capsular devido à neoformação óssea, o que 
resulta em hipermobilidade ou instabilidade articular, desencadeando o quadro álgico, assim 
como contratura da cápsula e da musculatura adjacente (KISNER e COLBY, 1998). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 9: Processo de degeneração da cartilagem. 
 Fonte: Albuquerque, 2004. 
 
 
A partir do momento em que a osteoartrose é desencadeada, ela pode evoluir até a 
destruição da articulação, pode parar em qualquer ponto do processo evolutivo, ou mesmo, em 
situações raras, o processo degenerativo pode reverter (SKARE, 1999). 
O processo da osteoartrose desencadeia um evento onde a matriz cartilaginosa próxima da 
superfície é alterada devido ao aumento da atividade enzimática, agressão dos condrócitos pelas 
enzimas proteolíticas dos lisossomos ,e isto contribui com a absorção dos constituintes do fluido 
sinovial (YOSHINARI e BONFÁ, 2000; COSSERMELLI, 2000). 
Segundo SWEZEY, 1994, a osteoartrose é desencadeada devido a um distúrbio onde a 
proliferação óssea nas margens articulares e do osso subcondral é uma conseqüência da 
deterioração na cartilagem articular, as alterações primárias são: despolimerização de 
glicoproteína ao redor dos condrócitos, desgaste da superfície cartilaginosa e proliferações ósseas 
que podem levar à formação de cistos ósseos justa – articulares com subseqüente colapso dos 
mesmos e desarranjos das superfícies articulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig 10: Fisiopatologia da osteoartrose 
 Fonte: Pastor, 1994. 
 
 
 
As proliferações, nas margens articulares, aparentam ser uma tentativa de aumentar a 
superfíciede suporte de peso, mas, na verdade, comprometem a elasticidade e aumentam a 
rigidez do osso e conseqüentemente desenvolve microfraturas (SKARE, 1999). 
 As células da sinóvia na periferia da articulação tornam – se metaplásicas e produzem 
osteófitos, o líquido sinovial é empurrado pelas fendas da cartilagem até o osso subcondral nos 
pontos de microfraturas, os elementos da articulação ligamentos, cápsula, tendões e músculos 
sofrem hipertrofia (SKARE, 1999). 
 Embora os mecanismos envolvidos na formação da osteoartrite ainda sejam 
desconhecidos, sabe-se que fatores genéticos, bioquímicos, fatores mecânicos, tais como: 
traumatismos, instabilidade articular, lesões ocupacionais e esportivas podem estar inter 
relacionados com o efeito do envelhecimento e o desenvolvimento da osteoartrose (ALMEIDA et 
al., 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig 11: Demonstração da evolução do processo articular degenerativo 
 Fonte: www.anato.ufrj.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2.2 Classificação da Osteoartrose 
 
2.2.2.1 Osteoartrose Primária 
 
É dita primária, quando o fator etiológico é idiopático, porém quase sempre é hereditária e 
principalmente associada a nódulos de Heberden. Devido ao seu padrão de hereditariedade 
genética dominante, ela é normalmente expressa em mulheres após a menopausa e menos 
freqüente nos homens (SKARE, 1999; GOLDING, 2001; SWEZEY, 1994). 
 FELICE et al, 2002, sugerem que o fator hormonal relacionado à menopausa possa ter 
algum papel na predisposição da osteoartrite. A queda dos níveis de estrógeno, um hormônio com 
ação anabolizante, pode ter alguma ação sobre o metabolismo da cartilagem. 
 
2.2.2.2 Osteoartrose Secundária 
 
O termo secundária é usado para designar todas as situações em que um fator inicial pode 
ser identificado: como um processo traumático, infeccioso, inflamatório e metabólico (SWEZEY, 
1994 ; HETTINGA, 1993). 
Surge devido a fatores subjacentes que aceleram a degeneração da cartilagem relacionada 
à idade, fatores esses como osteoartrite por artrites inflamatórias (como artrite inflamatória ou 
espondiloartrite), secundária a doenças metabólicas (como acromegalia, diabetes ou 
hemocromatose) e secundária a anormalidades congênitas da articulação, alterando tanto as 
margens da articulação quanto acelerando o dano à cartilagem em áreas específicas. Como causa 
secundária, ainda temos os traumas após lesão grave, traumas de repetições ou ocupacionais que 
podem alterar as forças que atuam nas articulações (ALBUQUERQUE, 2004). 
 
 
 
2.2.3 Sinais Clínicos 
 
O sintoma dominante da osteoartrose é a dor articular de duração e intensidade variáveis, 
de acordo com o estágio evolutivo da patologia. A dor é fugaz e episódica nas fases iniciais e, 
com a progressão da doença, torna-se contínua e difusa, com características basicamente 
mecânicas e melhora com o repouso (ALBUQUERQUE, 2004). 
Em alguns indivíduos, a dor provém do estiramento de terminações nervosas existentes no 
periósteo que cobre os osteófitos, pode dever-se a fraturas de stress que ocorrem na região 
subcondral ou até mesmo pela hipertensão intramedular, causada por trabéculas hipertróficas 
subcondrais que alteram o fluxo sangüíneo (SKARE, 1999). 
A rigidez pela parte da manhã ou após um período prolongado de imobilização é comum, 
porém persiste por curto período (geralmente menos de 20 minutos), sendo aliviada pela 
realização de movimentos. A partir do momento em que ocorre hipertrofia dos tecidos da 
articulação, há perda da mobilidade articular e da congruência articular que leva à instabilidade 
do segmento articular (SKARE, 1999; KAUFFMAN, 2001). 
 
2.2. 4 Sinais Radiológicos 
 
Estudos radiográficos são de suma importância para o diagnóstico radiológico da artrite 
degenerativa, onde poderá ser identificado osteófitos, redução assimétrica do espaço articular, o 
que traduz degeneração e desaparecimento gradual da cartilagem articular, esclerose óssea e 
cistos subcondrais, como pode ser observado na radiografia e ressonância magnética, 
respectivamente (Figura 11) (Figura 12) (NAIDES et al., 2000) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 12 :AP: Osteoartrose de coluna cervical e Perfil: Osteofitose 
 Fonte: Nautor, 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 13: Osteoartrose de coluna cervical. 
 Fonte: Nautor, 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
Os osteófitos têm aspecto radiológico bem definido, podem atingir vários tamanhos e 
geralmente são recobertos na sua extremidade por uma camada de cartilagem hialina, podendo 
aparecer nas bordas das articulações, classificados como osteófitos marginais ou crescer dentro 
do espaço sinovial. (FELICE et al., 2002). 
Segundo FRONTEIRA, DAUSON e SLOVICK, 2001, dois terços dos pacientes com 
características radiográficas não têm sintomas ou são oligossintomáticos. De acordo com Greve e 
Amatuzzi (1999) apenas 50% dos pacientes com alterações radiológicas graves apresentam 
sintomatologia dolorosa. 
A presença ou ausência das manifestações radiológicas torna-se possível indicar o grau de 
comprometimento articular, quanto maior o número de alterações radiológicas maior será o grau 
de envolvimento radiológico articular (RAMOS, 2003). 
 
2.3 CERVICALGIAS 
 
A cervicalgia é uma síndrome caracterizada por dor e rigidez transitória na região da 
coluna cervical, na maioria das vezes auto limitada. Acomete 12 a 34% de uma população adulta 
em alguma fase da vida, tendo maior incidência no sexo feminino (DUTTON, 2006). 
Há uma grande dificuldade em obter dados fiéis para a estimativa da real prevalência das 
cervicalgias, visto que se trata de um grupo de doenças com aspectos clínicos multifatoriais, 
envolvendo desde fatores de risco individuais, como características físicas e psicossociais, até 
fatores relacionados com a ergonomia e atividades laborativas (NAUTOR, 2004). 
A cervicalgia é menos freqüente que a lombalgia. Sua prevalência atual na população 
geral é estimada em 29% nos homens e 40% nas mulheres, embora estes índices possam ser ainda 
 
maiores quando avaliamos populações selecionadas de acordo com as atividades exercidas no 
trabalho (NAUTOR, 2004). 
Embora haja uma clara relação entre as queixas musculoesqueléticas e fatores 
ocupacionais, muitos estudos apresentam baixa qualidade metodológica, sendo que até o presente 
momento existem evidências positivas de cervicalgias relacionadas com posturas fixas e 
prolongadas, curvatura aumentada do tronco, flexão cervical acentuada durante atividades por 
períodos longos, ergonomia inadequada e atividades que envolvam vibração contínua das mãos e 
dos braços (NAUTOR, 2004). 
A maioria dos estudos indica a necessidade urgente de orientação e de programas de 
reeducação postural, com finalidade de diminuição dos custos gerados pelas síndromes dolorosas 
cervicais (NAUTOR, 2004). 
Os pacientes apresentando queixas de dor cervical devem ser avaliados no sentido de 
descartarmos possíveis condições orgânicas subjacentes que podem ser responsáveis pelo seu 
quadro clínico, seja por meio de propedêutica clínica ou armada (NAUTOR, 2004). 
São inúmeros os sinais que têm como origem a patologia cervical, podendo estes, muitas 
vezes, apresentarem – se de maneira inespecífica, dificultando o diagnóstico preciso e ampliando 
o espectro do diagnóstico diferencial (NAUTOR, 2004). 
A classificação quanto ao tipo de dor cervical facilita a determinaçãoda entidade 
patológica. Compressões extrínsecas em estruturas vasculares ou em nervos periféricos são as 
principais causas que mimetizam cervicobraquialgia (NAUTOR, 2004). 
 
 
 
 
 
2.3.1 Tipos de dor cervical 
 
A IASP publicou a seguinte definição de dor, que reflete o que se aprendeu sobre dor nos 
últimos quatro séculos: “Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a 
um dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano” (MERSKEY e SPEAR 
Apud MELLO FILHO, 1992, p.165; ANDRADE FILHO et al, 2001). 
Para RODRIGUES E GUIMARÃES, 1998, a dor pode ser classificada, quanto à duração, 
em dor aguda ou crônica. A dor, quando crônica, consiste num dos maiores problemas de saúde 
pública da sociedade moderna. 
Definida por sua persistência, geralmente está associada a processos degenerativos. “Em 
termos simples, é a dor que dura mais de quatro a seis meses”, persistindo além do tempo 
razoável para a cura de uma lesão, ou que está associadas a processos patológicos crônicos que 
causam dor contínua ou recorrente em intervalos de meses ou anos (TRIBIOLI, 2003). 
Os objetivos do tratamento da dor crônica têm consistido não na cura, mas no controle, 
bem como na eliminação do uso excessivo e abusivo de medicamentos. De acordo com MELLO 
FILHO et al, 1992, a dor crônica é difícil de ser localizada em um ponto preciso, devido à 
conectividade multissináptica, envolvendo várias estações intermediárias (formação reticular, 
hipotálamo e sistema límbico), antes de atingir o córtex sensório motor. 
 
2.4CORRENTES ELÉTRICAS 
 
Embora se possa pensar que a estimulação elétrica de músculos seja uma matéria de 
estudo recente, a verdade é que a idéia de utilizar a eletricidade para tratamento de problemas 
musculares é bastante antiga. Algumas experiências de eletroterapia foram conduzidas pelo físico 
 
grego Aetius, o qual estabeleceu um tratamento para a gota sob a forma de descarga elétrica em 
peixes (MATIAS, 2002). 
Em 1780, Galvani, um professor da Universidade de Bolonha, observou a contração da 
perna de uma rã sob a influência de eletricidade, abrindo caminho para todo um conjunto de 
novas técnicas aplicáveis desde o âmbito da fisioterapia de reabilitação e manutenção física até 
ao desportivo (MATIAS, 2002). 
Vários sistemas de estimulação muscular começam igualmente a ser aceitos no ramo da 
fisioterapia no tratamento de lesões, como inibidor de atrofia muscular ou efeito analgésico 
(MATIAS, 2002). 
A redução de dores pelo uso de correntes elétricas pode ajudar a melhorar a qualidade 
analgésica de pacientes até mesmo no período pós-operatório. Além disso, o uso combinado aos 
tratamentos analgésicos convencionais tende a diminuir a quantidade de medicamentos ingeridos 
com esta finalidade (SANTANA). 
Segundo o autor acima, a eficiência da corrente elétrica tem surpreendido especialista em 
dor no mundo inteiro e os resultados são cada vez mais promissores. A Estimulação elétrica é 
segura, não-invasiva, não causa efeitos adversos e nem dependência física ou química. As 
principais desvantagens da terapia de correntes elétricas são o efeito de tolerância, assim no uso 
dos fármacos, e a necessidade de associação à medicação para tratamento de dores mais severas. 
Por isso que ela é indicada principalmente como adjuvante terapêutico, que combinado a outros 
tipos, potencializa o efeito analgésico do tratamento. 
 De acordo com MATIAS (2002) existem cinco tipos de estimulação electromuscular 
principais: a Estimulação Muscular Eletrônica, na vertente da terapia de estimulação 
neuromuscular (EMS), a Estimulação Muscular Russa, a TENS, a Estimulação Interferencial e a 
Electro – Acupuntura. 
 
Segundo o autor, estas caracterizam – se por apresentar diferentes objetivos e formas de 
estimulação na sua utilização, tanto a nível dos sinais enviados aos músculos como do próprio 
posicionamento e tipo de elétrodos utilizados. 
 
2.4.1 Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) 
 
O termo T.E.N.S provém das iniciais do termo inglês “Transcutaneous Eletrical Nerve 
Stimulation”, que significa “Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea” (AGNE, 2005). 
A TENS, como um tratamento de dor, é singular, pois exerce sua função analgésica, 
baseada na teoria da comporta de dor, desenvolvida por Welzack e Wall (LASMAR et al, 2002), 
ativando mecanismos de controle internos do sistema nervoso, quando aplicada sobre a pele, via 
eletrodos de superfície, não trazendo nenhum efeito colateral nem dependência física aos 
pacientes (COHEN, 2003; RESTIFFE e BERLOFFA, 2002). 
É um método não invasivo utilizado para reduzir a dor, mas não o edema de condições 
inflamatórias (RESENDE et al, 2006). A TENS é usada com finalidade de influenciar e modular 
o processo de neurocondução da dor e atuar sobre a liberação de opióides endógenos a nível 
medular e da hipófise (MELO et al, 2006). 
Segundo o autor acima, este recurso tem sido usado extensivamente em locais de 
atendimento à saúde para o manejo sintomático de dor aguda e dor crônica de origem benigna e 
também no atendimento paliativo da dor causada por doenças ósseas metastáticas e neoplasias 
(MELO et al, 2006). 
Este recurso terapêutico se constitui num método simples, prático, de baixo custo e de 
resolução rápida, sem, no entanto, promover efeitos colaterais para os pacientes (MELO et al, 
2006). 
 
É uma corrente de baixa freqüência capaz de alterar de forma terapêutica os impulsos 
elétricos de nervos em resposta a um estímulo doloroso (LASMAR et al, 2002). Embora efetiva 
no tratamento de dores agudas, seu maior papel é no tratamento de dores crônicas (COHEN, 
2003). 
Segundo TRIBIOLI, 2003, atualmente, é enorme o montante de tempo e de recursos 
gastos com pacientes de dor crônica, sendo esta a razão mais comum para absenteísmo ao 
trabalho. Entre os vários procedimentos não - farmacológicos existentes para o tratamento 
sintomático da dor crônica, a TENS tem se destacado como um excelente recurso terapêutico, 
amplamente utilizado pelos profissionais fisioterapeutas. 
 Existem vários modos de estimulação que podem ser selecionados e administrados como 
os atuais sistemas de TENS: convencional (de alta freqüência), acupuntura (de baixa freqüência e 
alta intensidade), Burst (“trem de pulsos”) e breve-intensa (AYALA, 2005). 
 
No entanto, na prática clínica, percebe –se a grande discrepância de parâmetros sugeridos 
e utilizados, na tentativa de se extrair os melhores resultados com a aplicação deste recurso 
(TRIBIOLI, 2003). 
 
2.4.1.1 Parâmetros de um pulso elétrico da TENS 
 
Em todos os estimuladores, independente da forma de onda que eles fornecem, pode 
variar a amplitude dos pulsos elétricos, a freqüência de pulso, a largura de pulso e a forma de 
onda (COHEN, 2003) (QUADRO 1). 
 
 
 
Quadro 1: Parâmetros de um pulso elétrico da TENS 
 PARÂMETROS DA TENS 
 Amplitude ou Intensidade (Ma); 
 
 Duração do impulso (mseg ou ms); 
 
 Intervalo entre os pulsos (mseg ou ms); 
 
 Freqüência dos pulsos (Hz) – (pps ou cps); 
 
 Forma do pulso: bidirecional assimétrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Cohen, 2003. 
 
 
2.4.1.2 Modalidade de TENS Acupuntura 
 
A modalidade de TENS acupuntura, usualmente indicado na fase crônica, utilizando baixa 
freqüência, com duração de pulsos longos, com forte intensidade, o que provoca contrações 
musculares visíveis dos miotomos dependentes da mesma inervação segmentária que a localidade 
álgica (BISSCHOP et al, 2001). 
A TENS com parâmetros de baixa freqüência e alta intensidade, de acordo com 
SALGADO (1999), é também conhecidacomo acupuntura, e ocorre em freqüências menores que 
10 Hz, e otimamente entre 1 a 4 Hz. LOW e REED (2001), citam cerca de 2 Hz. Utiliza largura 
de pulso maior que 200 microssegundos, para recrutamento de fibras nervosas tanto sensitivas, 
quanto motoras, produzindo contrações musculares visíveis. 
Segundo os autores acima, essa modalidade estimula as fibras aferentes nociceptivas do 
tipo A delta e C, e também as fibras eferentes motoras. A sensação gerada por esse tipo de TENS 
é de parestesia, promovendo um tempo de analgesia com a estimulação a baixa freqüência e alta 
 
intensidade, tem sido descrito como sendo mediado por opiáceos, podendo ser revertido parcial 
ou completamente, pela administração de naloxona. 
 De acordo com LOW e REED (2001), esse tipo de estimulação proporciona impulsos 
sensoriais adicionais provenientes dos aferentes dos fusos musculares. Em contraste com a TENS 
convencional, esse modo costuma ser aplicado uma vez por dia por 20 ou 30 minutos. 
Segundo MANNHEIMER e LAMPE Apud LOW e REED (2001), a dor contínua, 
profunda, de longa duração, responderia melhor a TENS de baixa freqüência. 
 
2.4.1.3 Teoria do controle da comporta de dor 
 
 Postulada por MELZACK & WALL (1965), a “teoria das comportas” tornou – se a base 
para o entendimento do controle elétrico da dor. A transmissão de estímulos aferentes no sistema 
nervoso periférico ocorre tanto por fibras do tipo A, quanto do tipo C (TRIBIOLI, 2003). 
A teoria da comporta é um modelo anatomofisiológico que tem o mérito de conciliar os 
efeitos inibitórios e excitatórios, que se manifestam igualmente nos níveis espinhais e supra – 
espinhais. Entretanto, os fenômenos que regulam a nocicepção são muitos mais complexos e 
colocam em jogo vários outros sistemas (KERAVEL & SINDOU Apud ANDRADE FILHO, 
2001, p.35). 
A teoria provocou muitas críticas, debates e pesquisa, onde se dizia que o sistema era 
simples demais, sendo provável o envolvimento de sistemas sensoriais mecânicos, térmicos e 
outros (SHEON et al., 1989, p.287). A ausência de correspondência anatômica, eletrofisiológica, 
neuroquímica e de achados clínicos que sustentassem a “teoria das comportas”, como 
originalmente foram razões para que ela não mais fosse aceita, como apresentada (TEIXEIRA 
Apud ANDRADRE FILHO, 2001, p.16). 
 
Entretanto, segundo o autor acima, inaugurou um conceito, atualmente considerado o 
mais apropriado para justificar a sensibilidade, ou seja, da interação ao sensorial, segundo o qual, 
as diferentes modalidades e qualidades sensoriais interagem entre si, modificando – se quanto a 
sua expressão. 
Desse modo, a base do efeito da TENS, conforme a teoria de controle da comporta é a 
hiper – estimulação das fibras A, com a finalidade de bloquear a transmissão das fibras do tipo C, 
nas comportas do corno posterior da medula. No entanto, esse modelo teórico explicaria o alívio 
da dor, enquanto a TENS estivesse sendo aplicada (CASTRO, 1998). 
A título de curiosidade, poderíamos comparar o sistema neural funcional da comporta, 
com um sistema eletrônico. Bastaria imaginar que ao invés de um complexo emaranhado de 
células, existisse um sistema de porta lógica invertida, na substância gelatinosa da medula 
espinhal, em conexão direta com o tálamo (TRIBIOLLI, 2003). 
 
 
 
 
 
 
Controle Central 
Sistema de Controle das Comportas 
Fibras Grossas 
+ 
+ 
T Sistema de Ação 
Fibras Finas 
Entrada 
+ _ 
SG 
_ _ 
 
 Fig. 14: Sistema de Controle das Comportas 
Fonte: Tribioli, 2003. 
 
2.4.2 Corrente Interferencial 
 
2.4.2.1 Definição 
 
A CI é o fenômeno que ocorre quando se aplicam duas correntes de média freqüência, 
com amplitude modulada em baixa freqüência, para finalidades terapêuticas no mesmo ponto ou 
série de pontos de um determinado meio, com freqüências levemente diferentes, essas correntes 
irão interagir entre si. Em decorrência da interferência das ondas, as amplitudes das correntes são 
somadas algebricamente e surge uma nova onda com freqüência igual à média aritmética das 
duas freqüências (MARTIN, 1998). 
Este tipo de estimulação denomina-se interferencial, porque as freqüências presentes na 
onda modulada vão interferir na transmissão de sinais de dor ao nível da espinal medula, podendo 
reduzi-los, ou até mesmo bloqueá-los, apresentando, assim, um caráter sedativo na sua utilização 
(MATIAS, 2002). 
De acordo com MARTIN, 1998, a impedância da pele à eletricidade é inversamente 
proporcional à freqüência da corrente elétrica, no entanto, acredita-se que as correntes de média 
freqüência, associadas à resistência relativamente baixa da pele, sejam mais agradáveis que as 
correntes de baixa freqüência. Sendo assim, verifica-se que, com a utilização de uma média 
freqüência, é possível uma penetração mais tolerável da corrente através da pele (MARTIN, 
1998). 
 LOW & REED, 2001, concluem que a utilização de correntes de média freqüência passa 
muito mais facilmente através da pele do que correntes de baixa freqüência devido à impedância 
mais baixa oferecida pelos pulsos elétricos muito curtos. 
 
 
 
2.4.2.2 Freqüência de Modulação da Amplitude (AMF) 
 
São necessários dois canais, sendo cada par formando parte de um circuito independente. 
Uma destas ondas é a portadora (F1), que apresenta uma freqüência constante, geralmente 2.000 e 
4.000 Hz, e a outra é a moduladora (F2), com uma freqüência ajustável. Esta diferença das 
freqüências (F2 – F1) é chamada de interferência AMF ou batida (GAUGLITZ et al, 2005; 
COHEN, 2003). 
 Segundo ALBUQUERQUE (2004), na terapia interferencial usam-se duas correntes de 
média freqüência, uma das correntes tem sua freqüência fixa de 4000 Hz, enquanto que a outra 
pode ser ajustada entre 4000 Hz e 4250 Hz (estes valores podem variar entre os diferentes 
estimuladores interferências). A superposição das duas correntes alternadas denomina-se 
interferência, nesse ponto onde ocorre a intercessão das duas, surge uma nova corrente com 
amplitude modulada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 15: Onda de amplitude modulada (c) gerada pela interferência 
 entre as ondas (a) e (b), defasadas. 
 Fonte: Martin, 1998. 
 
 
 
 
 
A freqüência de modulação da amplitude pode ser modulada pela freqüência. A aplicação 
de uma freqüência de varredura de 10 Hz irá resultar numa freqüência de modulação de 
amplitude que varia entre 100 a 110 Hz, o que origina uma freqüência média variável entre 4050 
a 4055 Hz (MARTIN, 1998). 
 
2.4.2.3 Intensidade 
 
A intensidade da corrente pode ser ajustada no próprio aparelho (MARTIN, 1998). À 
medida que a intensidade aumenta o indivíduo irá sentir uma sensação de formigamento que é 
concomitante à estimulação seletiva dos tipos de nervos, a partir do momento em que a 
intensidade é suficientemente aumentada ocorrerá uma contração muscular, no entanto, a 
intensidade apropriada é aquela em que o paciente não sinta desconforto ou dor ( 
ALBUQUERQUE, 2004). 
 
2.4.2.4 Distribuição da Corrente 
 
O método tradicional de amplitude da terapia interferencial é a técnica tetrapolar, onde o 
equipamento libera duas correntes alternadas não moduladas em circuitos separados. Quando 
estas correntes se superpõem no tecido, ocorre a interferência (MARTIN, 1998). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 16: Dois circuitos dispostos perpendicularmente entre si, com 
 interseção na área-alvo.Fonte: MARTIN, 1998. 
 
 
Método tetrapolar com vetor automático, presente em alguns aparelhos, com objetivo de 
variar as potências das correntes entre si. Com isto, o padrão de interferência irá girar, 
assegurando que uma ampla área poderá ser coberta pela corrente interferencial (MARTIN, 
1998). 
 
2.4.2.5 Campo Interferencial Dinâmico: Tetrapolar com Vetor manual ou automático 
 
O modo Vetor Manual ou Automático nada mais é que o fluxo de corrente produzido, 
acrescentando-se vetorialmente os dois circuitos (canais) juntos. Uma descrição técnica melhor 
colocada seria o conceito de sistema de vetor “rotacional” ou “dinâmico” (MANUAL DE 
OPERAÇÃO NEUROVECTOR, 2006). 
O conceito de sistema de vetor “dinâmico” é basicamente simples, ou seja, implica uma 
rotação do Campo Interferencial Estático de zero a aproximadamente 45 graus retornando 
novamente para zero. A área de influência do campo no tecido passa a ser mais extensa do que no 
Campo Interferencial Estático (MANUAL DE OPERAÇÃO NEUROVECTOR, 2006). 
Este “movimento” é produzido ritmicamente pelo desequilíbrio das correntes, alterando a 
posição da área de máxima estimulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 17: Instalação da varredura em vetor 
 Fonte: MARTIN, 1998. 
 
 
2. 4.2.6 Escolha da AMF ou Freqüência de Tratamento 
 
A escolha da AMF depende da natureza, estágio, gravidade e do local do problema. As 
sensações experimentadas pelo paciente nas diversas AMF devem ser consideradas. Freqüências 
altas são sentidas como “agradáveis e mais leves”. AMF altas (75 Hz a 200 Hz) são 
aconselháveis para problemas agudos, grande dor, hipersensitividade (MANUAL DE 
OPERAÇÃO NEUROVECTOR, 2006). 
Quando o paciente demonstra um certo receio da estimulação elétrica, uma AMF alta 
deve ser usada no inicio do tratamento. Em freqüências baixas a sensação é mais “áspera e 
pesada”. Freqüências entre 25 Hz e 50 Hz tendem a produzir contrações (tetânicas). Nas 
contrações musculares, problemas crônicos ou sub agudos, uma AMF baixa é bem adequada. 
Freqüências abaixo de 50 Hz produzem contrações pulsadas e fibriladas (MANUAL DE 
OPERAÇÃO NEUROVECTOR, 2006). 
As AMFs baixas, na ordem de 25 a 75 Hz são usadas para distúrbios na fase crônica. Em 
um espectro amplo sobreposto a uma AMF baixa haverá variações marcadas das sensações e/ ou 
 
contrações. Esta forma de tratamento pode ser para lesões na fase crônica, prevenindo, portanto, a 
acomodação (COHEN, 2003). 
 
2.4.2.7 Sweep ou Espectro de Freqüência 
 
É o tempo (segundos) que a corrente levará para percorrer da AMF Básica até a AMF 
Máxima, retornando a AMF Básica (CONTI et al, 2001). 
Com o passar do tempo, um paciente submetido à estimulação elétrica, irá aos poucos 
senti-la com menos intensidade, podendo até mesmo parar de sentir a sensação provocada por 
aquela corrente. Este processo é chamado de “acomodação” e ocorre porque os sensores 
estimulados passam informações relativas às mudanças externas em grau decrescente. A 
acomodação pode ser evitada pela variação da AMF (freqüência de tratamento) (MANUAL DE 
OPERAÇÃO NEUROVECTOR, 2006). 
 
2.4.2.8 Programas da Sweep – Sweep programado 
 
A AMF permanece na freqüência básica por um segundo e então muda abruptamente para 
a freqüência mais alta, na qual permanece também por um segundo. Isto se repete 
automaticamente, sendo o mais recomendado o slope (tipo de onda), onda quadrada (MANUAL 
DE OPERAÇÃO NEUROVECTOR, 2006). 
Esta forma de tratamento tem um efeito agressivo e torna-se mais agressivo ainda se for 
escolhido uma extensão “larga” de varredura da AMF. Um efeito que pode ser observado logo 
depois do tratamento com este tipo de programa é uma hiperemia superficial. Este programa é 
recomendado para problemas crônicos (MANUAL DE OPERAÇÃO NEUROVECTOR, 2006). 
 
 
 Fig. 18: Representação da onda quadrada, processos crônicos 
Fonte: Manual de Operação Neurovector, 2006 
 
 
2.4.2.9 Efeitos Fisiológicos 
 
A CI vetorial ativa de forma seletiva as fibras nervosas aferentes mielinizadas originando 
analgesia, normalização do equilíbrio neurovegetativo com conseqüente relaxamento e melhora 
da circulação sangüínea (MARTIN, 1998). 
Segundo a teoria proposta por Melzack e Wall tanto as fibras de grande quanto as de 
pequeno diâmetro projetam-se para a substância gelatinosa e para as primeiras células de 
transmissão central. O efeito inibitório exercido pela substância gelatinosa sobre os terminais das 
fibras aferentes é exacerbado pela atividade nas fibras de grande diâmetro e deprimido pela 
atividade das fibras de pequeno diâmetro (GUIRRO e GUIRRO, 2004). 
Em relação à normalização do equilíbrio nerurovegetativo, ou seja, amortecimento do 
sistema ortossimpático que se refere ao relaxamento e melhora da circulação, isto contribui para a 
liberação dos mediadores químicos, tais como: as prostaglandinas responsáveis pelo efeito da 
analgesia (MARTIN, 1998). 
As prostaglandinas sensibilizam as terminações nervosas e outros agentes por inibir os 
canais de potássio através de reações de fosforilação, mediados por segundos mensageiros, que 
facilitam a abertura dos canais de cátion aos agentes nocivos (RANG, DALE e RITTER, 2001). 
 
3. METODOLOGIA 
 
 3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO 
 
O presente trabalho foi desenvolvido por um ensaio clínico controlado e randomizado, do tipo 
experimental, de caráter quantitativo analítico com dois grupos experimentais, um fazendo uso da 
TENS e outro da CI, sendo os pacientes divididos por amostras aleatórias simples nos respectivos 
grupos. Além de revisão de literatura em acervo bibliográfico da Universidade da Amazônia 
(UNAMA) e bibliotecas virtuais pelas bases de dados Scielo, Bireme e Lilacs. 
 
3.2 LOCAL DE REALIZAÇÃO 
 
 O estudo foi conduzido obedecendo aos princípios éticos da Clínica Escola de Fisioterapia 
da Universidade da Amazônia - FISIOCLÍNICA, em Belém – PA. Todos os procedimentos 
descritos, relativos à pesquisa, seguiram a orientação do protocolo previamente estabelecido 
segundo o projeto piloto elaborado e aprovado pela Comissão de Ética da UNAMA, com 
protocolo n° 24894/07. 
 
3.3 AMOSTRA 
 
 O estudo foi realizado a partir da coleta de dados por meio de pesquisa de campo 
associado à aplicação de protocolos de tratamento com a utilização de uma ficha de avaliação 
fisioterapêutica de Alexandre e Moraes modificado (APÊNDICE 6), utilizada para o 
armazenamento e controle dos dados de cada paciente. Além da avaliação da dor através de uma 
escala analógica de Jones Agne modificado (APÊNDICE 7), a qual foi utilizada nas 10 sessões 
 
do tratamento para descrição da dor. Sendo que todos os dados coletados dos pacientes foram 
guardados em arquivos digitais. 
 O estudo obteve uma amostra de 30 pacientes, encaminhados por médicos traumatologistas, 
que foram informados sobre a realização da pesquisa, assinando, portanto, o Termo de 
Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE 5). 
 Os pacientes foram atendidos no turno matutino, cinco vezes na semana (segunda a sexta-
feira), durante 10 sessões, salvo feriados, com supervisão do orientador da pesquisa. 
 Cada sessão teve duração de aproximadamente 50 minutos para cada paciente, sendo 
realizada e anotada a avaliação da dor pré e pós-utilização da corrente na ficha previamente 
elaborada. 
 Fizeram parte da amostra pacientes com cervicalgia por osteoartrose cervical na fase crônica 
do processo inflamatório, até 5 anos, do sexo feminino e com idade entre 37 há 89 anos. Foram 
excluídos aqueles pacientes que apresentavam patologiasassociadas (hérnia de disco e fratura de 
vértebras), com uso de marcapasso cardíaco, cardiopatas, hipertensos, que apresentem alguma 
labirontopatia, que estejam grávidas e que faltem três dias consecutivos ao tratamento. 
 
3.4 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
 
 Foi aplicada uma conduta eletroterapêutica aos pacientes com osteoartrose cervical 
encaminhados por médicos traumatologistas, atendidos no período 01 de março a 27 de agosto de 
2007, com o objetivo de verificar qual método de aplicação, por meio da eletroestimulação, 
proporcionará maior alívio ao processo doloroso na cervicalgia. 
 Estes pacientes foram divididos em dois grupos que fizeram uso prévio do infravermelho 
com objetivo de diminuir a impedância da pele, proporcionando, portanto, a facilitação da 
 
passagem da corrente. Após o procedimento, os pacientes foram submetidos a TENS e a CI, em 
seus respectivos grupos. 
Foram utilizados para o tratamento o aparelho de Infravermelho da marca CARCI, o 
aparelho de TENS/ FES Neurodyn portable, da marca IBRAMED e o aparelho Neurovector, da 
marca IBRAMED, geração 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig 19: Aparelho de Infravermelho da Marca CARCI 
 Fonte: Fisioclínica, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 20: Aparelho de TENS/ FES Neurodyn portable. 
 Fonte: Fisioclínica, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 21: Aparelho Neurovector, geração 2000. 
 Fonte: Fisioclínica, 2007. 
 
 
3.4.1 GRUPO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA (TENS) 
 
É composto por 15 pacientes que realizaram como conduta fisioterapêutica, a aplicação do 
infravermelho, durante 15 minutos, após isso foi feito à aplicação tetrapolar tranversa da TENS, 
utilizando os respectivos parâmetros: freqüência (R) 2 Hz, largura de pulso (W) 250 µs, 
intensidade (I) de acordo com a sensibilidade de cada paciente e tempo (T) de 30 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 22: Aplicação tetrapolar transversa na Cervicalgia. 
 Fonte: Fisioclínica, 2007. 
 
 
 
 
 
3.4.2 GRUPO DA CORRENTE INTERFERENCIAL 
 
É composto por 15 pacientes que terão como conduta fisioterapêutica, aplicação do 
infravermelho, durante 15 minutos, após isso foi feita à aplicação tetrapolar da Corrente 
Interferencial, utilizando os respectivos parâmetros: modalidade tetrapolar varredura automática, 
AMF de 10 Hz, SWEEP de 10 Hz, SLOPE com onda tipo quadrada, intensidade de acordo com a 
sensibilidade de cada paciente e tempo de 30 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 23: Aplicação tetrapolar na Cervicalgia 
 Fonte: Fisioclínica, 2007. 
 
 
3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA 
 
As informações coletadas foram inseridas no programa BioEstat 4.0 (Ayres, 2005) para 
análise estatística destes. As tabelas e gráficos construídos no Microsoft WORD XP. Para análise 
estatística, adotou-se a estatística descritiva para caracterização da amostra. Para análise da 
significância, foi utilizado o teste t – Student para análise comparativa das médias de 
permanência, a Taxa de Incidência e para comparação entre os grupos com o nível de 
significância adotado de a (menor ou igual) 0,005 (5%). 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Nos gráficos de 1 a 5 são apresentadas as características qualitativas da amostra estudada, para os 
dois métodos de tratamento propostos no estudo em questão. 
 
Gráfico 2 - Queixa Principal nos dois Grupos.
0
1
2
3
4
5
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C. Interferencial
TENS
 
 Gráfico 1: Queixa principal nos dois grupos. 
 Fonte: Pesquisa de Campo, 2007. 
 
 
 O gráfico 1 demonstra a distribuição da queixa principal dos sujeitos tratados pelos dois 
métodos no estudo. Nele, é possível identificar uma maior variabilidade de queixas entre os 
sujeitos do grupo tratado por CI, em relação ao tratado por TENS, no qual se verificou uma maior 
incidência de dor constante no pescoço. 
De acordo com o Centro de Estudos de Reciclagem e de Investigação em Reumatologia 
(CERIR), 2007, a dor mais referida na osteoartrose cervical é a dor na região cervical, podendo 
irradiar para o antebraço, face lateral da mão e região lateral do ombro e braço, respectivamente. 
 
 
0
0,5
1
1,5
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M
SS
C. Interferencial
TENS
Gráfico 3 - Localização da Dor nos dois Grupos.
 
 Gráfico 2: Localização da dor nos dois grupos. 
 Fonte: Pesquisa de Campo, 2007. 
 
 
 No gráfico 2, estão indicadas as localizações mais freqüentes da dor nos dois grupos de 
tratamento. Nele observa - se que a dor se localiza mais no nível cervical e membro superior 
direito além de no nível cervical e nos membros superiores, nos sujeitos tratados pelo método de 
CI, enquanto entre os sujeitos tratados pela TENS, a localização principal foi no nível cervical e 
no nível cervical e membros superiores. Para as demais localizações houve uma menor incidência 
nos dois métodos. 
De acordo com a CERIR, 2007, os casos de artrose que são sintomáticos apresentam 
principalmente dor cervical, podendo está associada a restrições dos movimentos do pescoço ao 
exame físico. Ainda a dor referida em regiões posterior e lateral do pescoço, estendendo – se até 
o trapézio com eventuais irradiações para membro superior. 
Segundo o autor acima, os achados radiológicos mostram que a osteoartrose cervical 
envolve predominantemente os segmentos vertebrais de C4 até T1. 
 
 
0
2
4
6
8
10
Se
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C. Interferencial
Gráfico 4 - Horário de Ocorrência da Dor nos dois Grupos. TENS
 
Gráfico 3: Horário de Ocorrência da Dor nos dois Grupos 
 Fonte: Pesquisa de Campo, 2007. 
 
 
 No gráfico 3, que trata do aspecto relacionado ao horário de maior ocorrência da dor nos 
dois grupos, é possível constatar que ambos os grupos diferem muito pouco, evidenciando a 
ocorrência maior da dor, sem um horário fixo, variando, assim, bastante ao longo do dia. 
 Segundo GIORG, 2007, o horário de ocorrência da dor em paciente com osteoartrose 
cervical é mais evidente pelo turno da manhã, quando o paciente se levanta, ou após inatividade;

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