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* * SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO Faculdade Santa Maria Estágio Supervisionado III – Esp. Aurélio Fábia Maria de Santana * * INTRODUÇÃO Define-se como sintomas de membros superiores devido à compressão do feixe neurológico e/ou vascular na área do desfiladeiro torácico. (THOMAZINHO et al, 2008) * * DESFILADEIRO TORÁCICO Região localizada entre o pescoço e o tórax por onde passam: nervos do plexo braquial (que inervam e dão sensibilidade no membro superior e região do pescoço); artérias e vasos sangüíneos subclávios (que nutrem e drenam os membros superiores e parte da região do pescoço); entremeados por tendões, músculos, ossos e também bandas fibróticas. (FRANCISCO et al, 2006) * * ANATOMIA * * PONTOS 1º Desfiladeiro: Músculos Escalenos; 2º Desfiladeiro: Clavícula e Primeira Costela; 3º Desfiladeiro: Tendão do Músculo Peitoral Menor (RODRIGUES, 2009) * * FISIOPATOLOGIA feixe vásculo-nervoso clavícula, a primeira costela e as bordas dos músculos escalenos exercem um mecanismo de cisalha compressão permanente ou intermitente * * ANATOMIA * * INCIDÊNCIA forma neurogênica é a mais comum, constituindo mais de 95% dos casos; A forma venosa representa 2 a 3% e a arterial cerca de 1% dos casos; Variações individuais como idade, sexo feminino, biótipo longelíneo; Profissões que necessitam da elevação dos braços são considerados fatores predisponentes; As complicaçõA sua es arteriais são raras, porém potencialmente mais graves que as manifestações neurológicas, podendo levar a seqüelas significativas. * * FATORES PREDISPONENTES/CAUSAS Atividades físicas em que ocorrem uma hiperabdução do ombro de longa duração (pintores, mecânicos, carregadores, datilógrafos...) Fratura de clavícula viciosamente consolidada; Caráter biotipológico: pessoas portadoras de pescoço alongado com projeção anterior da cabeça e ombros decaídos. Devido a cervicalização das primeiras vértebras torácicas associadas a uma alteração do ângulo dos nervos espinhais (C7, C8 e T1), ocasionando assim uma compressão. (MACHADO, 2004) * * TIPOS DE SÍNDROMES Síndrome do escaleno anterior: Formigamento do braço, mãos e dedos; Para diagnóstico, o teste de Adson. O mecanismo: a posição rotada e estendida do pescoço coloca o músculo escaleno sob tensão, estreitando assim o ângulo entre ele e a primeira costela a qual se fixa. Uma inspiração profunda usa o escaleno como músculo acessório e eleva a costela. Os efeitos destas ações tracionam e comprimem o feixe neurovascular. (FILHO, 2008) * * TIPOS DE SÍNDROMES Síndrome costoclavicular: O feixe neurovascular está comprimido entre a 1ª costela e a clavícula; Os sintomas: diminuição do pulso radial ao trazer os ombros para traz e para baixo; Os fatores etiológicos são: postura, fadiga, trauma e estafa. (LIMA, 2006) * * TIPOS DE SÍNDROMES Síndrome da hiperabdução (ou peitoral menor) Origina-se anteriormente na 3ª, 4ª e 5ª costelas e se insere no processo coracóide da escápula. As raízes do plexo braquial junto com a artéria e a veia axilar descendem sobre a primeira costela sob o músculo peitoral; Sintomas: formigamento da mão, pela compressão do feixe neurovascular entre o músculo peitoral menor e a primeira costela; Exame físico: braços sobre a cabeça, desviado ligeiramente para trás, isso estira o peitoral menor e estreita o espaço através do qual passa o feixe neurovascular. (MACHADO, 2004) * * QUADRO CLÍNICO Depende da freqüência e do grau de duração da compressão da artéria subclávia / plexo braquial. Inicia-se com transtornos sensitivos e depois os motores. Sintomas neurológicos (90 %); Dores irradiadas a partir da coluna cervical para o braço, antebraço e mão; Dor e hiperestesia de caráter migratório; Alteração de sensibilidade e força na área do nervo ulnar (quarto e quinto dedos); Sintomas vasculares (10%); Edema e sensação de frio na mão; Parestesia noturna; Manifestações menores com maior freqüência: Resfriamento; Sensação de braço morto (SILVESTRI; WAGNER; DAL MORO, 2005) * * DIAGNÓSTICO Exames complementares: Radiografia do ombro; Eletromiografia, define o nível e o segmento afetado; Artereografia, indicando quando há sintomas vasculares, predominando em casos de costela cervical, para detectar aneurisma . * * DIAGNÓSTICO Exame físico No estático Verifica-se as partes buscando espessamento,pontos gatilhos Palpação óssea buscando uma costela cervical, análise postural por posturas antálgicas No Dinâmico Observa: força muscular, modalidades da coluna cervical, cintura escapular e testes específicos como: - Teste de Roos - Teste de Adson - Teste de Wright - Compressão costoclavicular - Contraturas musculares (devido a constância na mesma posição) - Diminuição da força muscular (principalmente nas musculaturas que são inervadas pelo nervo ulnar) - Hipotrofia muscular dos intrínsicos da mão (RODRIGUES, 2009) * * TRATAMENTO Medicamentoso: Analgésicos simples; Antiinflamatórios; Relaxantes musculares; Tranqüilizantes; Anticoagulante. Cirúrgico: As técnicas cirúrgicas consistem na descompressão dos pontos anatômicos. Há vários acessos cirúrgicos: transaxilar, supraclavicular, infraclavicular, toracoplastias anterior e posterior. * * TRATAMENTO Fisioterapêutico Objetivos: Diminuir a dor; Diminuir a contratura muscular; Redução do edema; Melhorar a postura; Melhorar a circulação; Melhorar o tônus muscular da cintura escapular; Melhorar o trofismo muscular; Aumentar a amplitude articular; Fortalecer musculatura da cintura escapular; Facilitar retorno às AVDs. * * CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA Afastamento do trabalho; Laser; Ultra-som Cinesioterapia; Exercícios para retencionamento da musculatura cervical; Mobilização de escápula, coluna cervical, ombro, cotovelo, punho e dedos; Exercício ativo-resistidos da coluna cervical e membro acometido; Exercício de flexão, extensão, abdução e adução da articulação escápulo-umeral; Exercício ativo livre da cintura escapular e da coluna cervical; Exercício de Codmam; Aplicação do Gelo * * EXERCÍCIOS DE CODMAN * * PREVENÇÃO Orientar o paciente a emagrecer se for obeso; Mudar de profissão, Evitar hiperabduzir os braços; Evitar Carregar objetos pesados ou bolsas; Evitar atividades que utilizem muito a abdução do ombro e flexão da cabeça; Fazer pausas durante a jornada de trabalho; Alongar-se. * * CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar de ser uma patologia um pouco complexa e difícil de ser encontrada, possui em seu tratamento basicamente cinesioterapia, como objetivo principal retorno as atividades diárias o mais rápido possível, gerando um bem-estar muito grande, já que os sintomas desta patologia são de um incômodo intenso, provocando em determinados casos debilidades, pois a Síndrome tem como conseqüências complicações nervosas, vasculares ou mistas, oriundas de problemas ósteo-músculo-fibroso. * * REFERÊNCIAS SILVESTRI, Karina; Wagner F. Moro Neves Angela.Síndrome do desfiladeiro torácico: Revisão teórica. Revista Arquivos Catarinenses de Medicina. V34, N.4, 2005. FRANCISCO et al.Estudo por imagem da Síndrome do desfiladeiro torácico. Revista Bras. Reumatol. v.46, n. 5, p. 353-355, 2006. FILHO, Maranhão Péricles et al. Síndrome do desfiladeiro torácico neurogênica verdadeira: relato de caso. Revista Brasileira de neurologia. V.44, n.4, 2008. THOMAZINHO, Fernando et’al. Complicações arteriais. Revista J. vasc. Bras., v7, n.2, 2008. ARAÚJO, Lopes F. Luiz et al. Fítula linfática após tratamento cirurgico de síndrome do desfiladeiro torácico à direita. Revista J. Bras. Peneumol., v.35, n.4, 2009. * * PERGUNTAS Defina a síndrome do desfiladeiro torácico? Quais as regiões onde ocorre maior compressão? Descrevao quadro clinico ? Quais os tipos síndromes? Como é realizado o teste de Compressão costoclavicular? * * PERGUNTAS 6) Qual os fatores predisponentes na síndrome do desfiladeiro torácico? 7) Quais os exames complementares que podem ser feitos? 8) O exame físico é realizado de duas maneiras. Quais são e explique-as? 9) Que recursos fisioterapêuticos podem ser usados no tratamento da síndrome do desfiladeiro torácico? 10) Quais os métodos de prevenção? * * OBRIGADA!