ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO EM ODONTOLOGIA - MICROBIOLOGIA

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ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO EM ODONTOLOGIA 
Vários agentes físicos e químicos podem ser usados para realização do controle de 
microrganismos de forma a mantê-los em níveis aceitáveis. Em odontologia, utiliza-se 
para controle de microrganismos métodos de esterilização e desinfecção. 
Esterilização: é a destruição de todos os microrganismos viáveis de um determinado local 
ou material. Um artigo esterilizado é totalmente isento de microrganismos vivos, capazes 
de se reproduzirem. A esterilização pode ser feita usando-se de métodos físicos (calor e 
radiação), métodos químicos (formaldeído, ácido peracético, entre outros) e métodos 
físico-químicos. O método mais usado e indicado para odontologia é o calor úmido, por 
meio de autoclave. 
Desinfecção: é a destruição ou remoção da maioria, mas não de todos, os microrganismos 
de determinado material. Pode ser realizada por métodos químicos (desinfetantes) ou 
métodos físicos (agua em ebulição, por exemplo). 
MÉTODOS FISICOS DE CONTROLE DE MICRORGANISMOS 
O método físico mais utilizado para controle de microrganismo na odontologia é o calor 
úmido sob pressão, usando a autoclave. 
Antes dos artigos serem submetidos aos métodos de esterilização, necessitam ser 
processados adequadamente: 
• Todo artigo deve ser considerado como contaminado, não importando o grau de 
sujidade presente; 
• No processamento devem ser realizados a limpeza, desinfecção e/ou 
esterilização e estocagem (de acordo com o uso que o artigo terá); 
• Os artigos devem ser classificados de acordo com o risco potencial de infecção 
envolvido em seu uso e definir o tipo de processamento a que será submetido 
(desinfecção ou esterilização). 
Antes da lavagem, os instrumentais que foram utilizados em um procedimento devem ser 
descontaminados, podendo ser feita esta descontaminação com a imersão em detergente 
enzimático ou ácido peracético, reduzindo o risco durante sua manipulação. 
Secagem e embalagem: a secagem dos artigos tem como objetivo evitar a interferência 
da umidade e pode ser feita com auxílio de toalhas de papel descartáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem retirada do vídeo disponível em: https://goo.gl/PDTC7S 
Esterilização/Desinfecção: preferencialmente deve-se optar por métodos físicos 
(autoclave). Métodos químicos devem ser utilizados apenas quando os físicos não 
puderem ser realizados 
Armazenamento do material: 
deve ser feito em local 
exclusivo, separado dos 
demais em armários 
fechados, protegidos de 
poeira, umidade e insetos. É 
importante lembrar que 
quando o material estiver 
embrulhado em papel, este 
papel poderá estar fragilizado 
pelo calor e romper-se com 
facilidade. Quando rompido o 
papel, o instrumental deve ser embalado e esterilizado novamente. Importante também 
respeitar o prazo de validade das embalagens e os abrir os invólucros apenas 
imediatamente antes do uso. 
ESTERILIZAÇÃO EM AUTOCLAVE 
Este tem sido o método padrão de eliminação de microrganismos em microbiologia por 
muitos anos. É considerado o mais eficiente método de esterilização, matando os 
organismos pela desnaturação das proteínas e enzimas, causada pela ruptura das pontes 
de hidrogênio que mantém as proteínas em sua estrutura tridimensional. Na autoclave 
emprega-se vapor de água saturado sob pressão de 15 psi e ocorre à temperatura de 121°C 
(sem ebulição) por 30 minutos. 
A autoclavação apresenta 
vantagens como excelente 
penetração do vapor, 
alcançando todas as superfícies 
do instrumento, apresenta ciclo 
relativamente curto e pode 
esterilizar líquidos a base de 
água. 
Em autoclave vertical 
convencional, utiliza-se a 
seguinte técnica: 
• Verificar se a resistência da autoclave está coberta de água; 
• Colocar o material devidamente acondicionado no interior do aparelho; 
• Ligar o aparelho e fechar a tampa deixando válvula de escape de ar aberta; 
• Quando o vapor sair de forma contínua, fechar a válvula; 
• Quando a temperatura atingir 121°C, inicia-se a contagem de tempo de 
esterilização. 
• Desligar o aparelho e então esperar o ponteiro do manômetro chegar a zero, para 
então abrir a válvula de escape. 
 
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