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Biotecnologia geral TER 00101 Prof. Natalia Ribeiro Aula 3 • Biomassa cresce dispersa – formação de grânulos de bactérias que servem como meio suporte • Concentração de biomassa elevada – manta de lodo Reator UASB Reator UASB Reator UASB Reator UASB ((((upflowupflowupflowupflow anaerobicanaerobicanaerobicanaerobic sludgesludgesludgesludge blanketblanketblanketblanket)))) • Concentração de biomassa elevada – manta de lodo • Formação de CH4 (metano) e CO2 • Biogás – metano - queima ou reaproveitamento • Baixa produção de lodo – já estabilizados – leitos de secagem • Não há necessidade de decantação primária REATORES UASB: Esquema de funcionamentoREATORES UASB: Esquema de funcionamentoREATORES UASB: Esquema de funcionamentoREATORES UASB: Esquema de funcionamento P a u l o L i b â n i o • Baixíssimos requisitos de área: 0,05 a 0,10 m2/hab. • Custos de implantação: 30,00 a 40,00 R$/hab. • Custos operacionais: 1,50 a 2,00 R$/hab x ano REATORES REATORES REATORES REATORES ANAERÓBIOS aspectos ANAERÓBIOS aspectos ANAERÓBIOS aspectos ANAERÓBIOS aspectos relevantesrelevantesrelevantesrelevantes • Custos operacionais: 1,50 a 2,00 R$/hab x ano • Apesar das grandes vantagens, encontram dificuldades em produzir efluentes que se enquadrem aos padrões ambientais – Necessidade de pós-tratamento http://www.finep.gov.br/prosab/UASB.swf Lagoa de estabilizaçãoLagoa de estabilizaçãoLagoa de estabilizaçãoLagoa de estabilização lagoas facultativas lagoa aerada facultativa lagoas aeradas de mistura completa sistema australiano (lagoa anaeróbia - lagoa facultativa) lagoas de polimento / maturaçãolagoas de polimento / maturação • DBO particulada se sedimenta – lodo de fundo (decomposto anaerobiamente) • DBO solúvel – permanece dispersa na massa líquida (decomposição se dá por bactérias facultativas) Lagoa facultativaLagoa facultativaLagoa facultativaLagoa facultativa líquida (decomposição se dá por bactérias facultativas) • TDH > 20 dias • Fotossíntese – O2 para as bactérias – requer elevada área de exposição • Retirada do lodo de fundo > 20 anos • Simplicidade operacional • Funcionamento – lagoa facultativa • Fornecimento de O2 – artificial (aeradores mecânicos) • TDH entre 5 e 10 dias Lagoa aerada facultativaLagoa aerada facultativaLagoa aerada facultativaLagoa aerada facultativa • TDH entre 5 e 10 dias • Menor requisito de área • Requerimento de ebergia elétrica • Retirada do lodo de fundo < 5 anos • Lagoa anaeróbia seguida de lagoa facultativa • Lagoa anaeróbia – decomposição parcial da MO (50 a 60%) – alivia a carga da lagoa facultativa • Economia de área – 2/3 da área requerida para Sistema australianoSistema australianoSistema australianoSistema australiano • Economia de área – 2/3 da área requerida para a lagoa facultativa única • Lagoa anaeróbia – possibilidade de maus odores • Elevado nível de aeração – biomassa em suspensão na massa líquida • Maior eficiência do sistema • TDH – 2 a 4 dias Lagoa aerada de mistura completaLagoa aerada de mistura completaLagoa aerada de mistura completaLagoa aerada de mistura completa • TDH – 2 a 4 dias • Biomassa sai com o efluente líquido – necessidade de uma lagoa de decantação (sedimentação dos sólidos – TDH de 2 dias) • Requer menor área entre as lagoas de estabilização • Retirada do lodo – 2 a 5 anos LagoaLagoaLagoaLagoa facultativafacultativafacultativafacultativa algasbactérias CO2 O Zona anaeróbia zona facultativa zona aeróbiaO2 adaptado de VON SPERLING, 1996 LodosLodosLodosLodos AtivadosAtivadosAtivadosAtivados ---- IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução O sistema de lodos ativados é mundialmente utilizado para o tratamento de despejos domésticos e industriais, em situações em que são necessários uma elevada qualidade do efluente tratado e reduzidos requisitos de área . As seguintes unidades são parte integrante da etapa biológica do sistema de lodos ativados: � Tanque de aeração (reator); � Tanque de decantação (decantador secundário); � Recirculação de lodo. � Sistema de introdução de oxigênio. No reator aerado ocorrem as reações bioquímicas de remoção da matéria orgânica e, em determinadas condições, de nitrogênio e de fósforo. A biomassa se utiliza do substrato presente no esgoto afluente para se desenvolver. IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução do substrato presente no esgoto afluente para se desenvolver. No decantador secundário ocorre a sedimentação dos sólidos (biomassa), permitindo que o efluente final saia clarificado. Parte dos sólidos sedimentados no fundo do decantador secundário é recirculada para o reator, para se manter uma desejada concentração de biomassa no mesmo, a qual é responsável pela elevada eficiência do sistema. Fluxograma de Lodos Ativados X; S; Q Reator X S Q+Qr Decantador X0 S0 Q Afluente EfluenteXeS Q-Qex XrS Qr XrS Qex Recirculação Q = vazão de alimentação (m3/d) Qr = vazão de recirculação (m3/d) Qex = vazão de lodo excedente (m3/d) So = concentração de DBO afluente (mg/l) S = concentração de DBO efluente (mg/l) Lodos Ativados S = concentração de DBO efluente (mg/l) X = concentração de sólidos em suspensão no reator (mg/l) Xo = concentração de sólidos em suspensão no afluente (mg/l) Xe = concentração de sólidos em suspensão no efluente (mg/l) Xr = concentração de sólidos em suspensão do lodo excedente (mg/l) V = volume do reator (m3) O tratamento opera basicamente pelo sincronismo de algumas variáveis: � Reinoculação de biomassa ativa através do retorno de lodo do decantador secundário; Lodos Ativados de lodo do decantador secundário; � Manutenção do suprimento de ar ao tanque de aeração; � Manutenção de condições adequadas de mistura, e ausência de condições toxicas; � Descarte de biomassa em excesso Intervalos sugeridos: � OD Tanque de Aeração 1 - 4 (mg/l); � OD Manto de lodo do Dec. 2a >0,5 (mg/l); Lodos Ativados � SST Tanque de Aeração 4000 - 5000 (mg/l); � Idade do lodo ≅ 25 dias; � F/M 0,12 kgDBO/kgSSV.d. � IVL 80÷250 ml/g Lodos Ativados Composição do SistemaComposição do SistemaComposição do SistemaComposição do Sistema • Etapa Biológica: � Tanque de aeração � Tanque de decantação � Recirculação de lodo� Recirculação de lodo � Retirada do lodo excedente • Tanque aeração: promover o desenvolvimento de uma colônia microbiológica (biomassa), a qual consumirá a matéria orgânica do efluente; a quantidade de biomassa é expressa como SSTA (sólidos em suspensão no tanque de aeração). Composição do SistemaComposição do SistemaComposição do SistemaComposição do Sistema • Tanque de decantação: separar a biomassa que consumiu a matéria orgânica do efluente, a qual sedimenta-se no fundo do decantador, permitindo que o sobrenadante seja descartado como efluente tratado, já com sua carga orgânica estará reduzida e isento de biomassa. • Recirculação do lodo: retornar a biomassa ao tanque de aeração, para que a mesma continue sua ação depuradora; o crescimento da biomassa é contínuo, ocorrendo a necessidade de um descarte periódico de quantidades definidas da mesma. Composição do SistemaComposição do SistemaComposição do SistemaComposição do Sistema • Retirada do lodo excedente: para manter o sistema em equilíbrio, é necessário que se retire aproximadamente a mesma quantidade de biomassa que é aumentada por reprodução. Este é, portanto, o lodo biológico excedente,reprodução. Este é, portanto, o lodo biológico excedente, que pode ser extraído diretamente do reator ou da linha de recirculação. Processo de Nitrificação A transformação da amônia em nitritos é efetivada através de bactérias, como as do gênero Nitrosomonas. Já a oxidação dos nitritos a nitratosdá-se principalmente pela atuação das NH4+-N + 2 O2 ⇒ NO3- + 2 H+ + H2O (1) a nitratos dá-se principalmente pela atuação das bactérias do gênero Nitrobacter. A equação global da nitrificação é : Processo de Nitrificação Essa reação global caracteriza o processo de nitrificação com: � Consumo de oxigênio livre, referido como � Consumo de oxigênio livre, referido como demanda nitrogenada; � Liberação de H+, consumindo alcalinidade do meio e possivelmente reduzindo o pH; Processo de Desnitrificação Em condições anóxicas (ausência de oxigênio mas presença de nitratos), os nitratos são utilizados por microrganismos heterotróficos. Neste processo, denominado de desnitrificação, NO3--N + 2 H+ ⇒ N2 + 2,5 O2 + H2O (2) Neste processo, denominado de desnitrificação, o nitrato é reduzido a nitrogênio gasoso, segundo a reação: Processo de Desnitrificação Contrariamente a nitrificação, na reação de desnitrificação deve-se destacar: � Economia de oxigênio, pois a matéria orgânica pode ser estabilizada na ausência de oxigênio;pode ser estabilizada na ausência de oxigênio; � Consumo de H+, implicando na economia de alcalinidade e no aumento da capacidade tampão do meio. Os principais parâmetros que devem ser controlados pelo operador são : � Oxigênio dissolvido (OD); � Concentração do lodo ativado e suas características; Controle do Processo de Lodos Ativados � Tempo de retenção e vazão afluente; � pH e temperatura de entrada; � Concentração de nutrientes no afluente; � Entrada de produtos tóxicos; � Odor e Cor; Com o conhecimento das variabilidades dos parâmetros e sabendo como controlá-los, o operador se acostumará e definirá as posições Controle do Processo de Lodos Ativados operador se acostumará e definirá as posições ideais de operação de válvulas manuais, instrumentos de medição, alturas de água nos tanques, etc. Quando for necessário fazer alguma alteração ou correção no sistema, o operador deve: Controle do Processo de Lodos Ativados � Não alterar muitos parâmetros de controle ao mesmo tempo; � Permitir que o sistema se recupere, antes de passar para uma próxima etapa de ajuste; � Ajustar os controles de modo gradual. Uma mudança ou correção necessita normalmente de 24 a 36 horas para se ter início a visualização dos resultados, podendo atingir uma semana para que os resultados sejam de fato observados. Controle da relação alimento/microrganismos F/M (‘Food/Microorganism”) � O termo alimento (F) é comumente dado como o valor de DBO afluente ao sistema, expresso em kg Controle do Processo de Lodos Ativados valor de DBO afluente ao sistema, expresso em kg DBO/dia. � Já o termo microrganismo (M) é dado como a massa total de sólidos suspensos voláteis no sistema de aeração, expresso em kg SSVTA. A carga de alimentos (F) fornecida é dada por: F = Q . So enquanto que a massa de microrganismos é calculada por: M = V . Xv onde: Controle do Processo de Lodos Ativados onde: Q=vazão afluente (m3/dia) So=concentração de DBO afluente (g/m3) V= volume do reator aeróbio (m3) Xv=concentração de sólidos em suspensão voláteis(g/m3) Dessa forma a relação F/M é expressa como: Controle do Processo de Lodos Ativados kgDBOS.QF dia.KgSSV kgDBO X.V S.Q M F v 0 == O uso da relação F/M como método de controle indica se a quantidade de matéria orgânica biodegradável que está alimentando o processo durante um Controle do Processo de Lodos Ativados alimentando o processo durante um determinado tempo coincide diretamente com a taxa de crescimento dos microrganismos. Com esse método, o operador pode variar a quantidade de microrganismos no sistema em resposta às alterações da carga de DBO influente. Para controlar a quantidade dos Controle do Processo de Lodos Ativados influente. Para controlar a quantidade dos microrganismos ativos disponíveis, o operador deve fazer ajustes no descarte do lodo da planta e na taxa de recirculação do lodo. Elevada relação A/M � maior oferta de matéria orgânica biodegradável do que a capacidade da biomassa do sistema pode consumir, resultando sobra de substrato no efluente final. Baixa relação A/M � oferta de substrato é inferior à capacidade de sua utilização pelos microrganismos do sistema de lodos Controle do Processo de Lodos Ativados de sua utilização pelos microrganismos do sistema de lodos ativados, os quais podem vir a consumir praticamente toda a matéria orgânica do esgoto afluente, bem como a própria matéria orgânica de constituição celular. Controle do Processo de Lodos Ativados O tempo de retenção dos sólidos é denominado tempotempotempotempo dededede retençãoretençãoretençãoretenção celularcelularcelularcelular ou idadeidadeidadeidade dodododo lodolodolodolodo, a qual é definida como a relação entre a quantidade de lodo biológico existente no reator e a quantidade de lodo biológico removida do sistema de lodos ativados por dia. É esta maior permanência dosde lodos ativados por dia. É esta maior permanência dos sólidos no sistema que garante a elevada eficiência dos sistemas de lodos ativados, já que a biomassa tem tempo suficiente para metabolizar praticamente toda a matéria orgânica dos esgotos. Elevadas idades do lodo estão associadas a baixos valores de A/M, e vice-versa. A idade do lodo (θc) é também comumente referenciada como tempo de retenção de sólidos ou tempo médio de residência celular. Este método de controle relaciona os sólidos Controle do Processo de Lodos Ativados Este método de controle relaciona os sólidos presentes no sistema biológico com a taxa de crescimento biológico. A idade de lodo (θc) média da planta será definida por: Controle do Processo de Lodos Ativados tempo de unidade por sistema do retirada sólidos de massa sistema no sólidos de massa c =θ ( ) vrexveex V c X.QX.QQ V.X +− =θ ( ) vrexveex X.QX.QQ +− onde; Xve = concentração de SSV no efluentes (g/m3)Xvr = concentração de SSV no lodo de retorno (g/m3). Normalmente, a concentração de SS no efluente final é baixa (Xve = 0), comparada com os valores de Xv e Xvr Em decorrência, a idade do lodo pode ser simplifica para: Controle do Processo de Lodos Ativados ( )dias X.Q V.XV c =θ ( )dias X.Q vrexc =θ Exemplo de aplicação: Um sistema de lodo ativados apresenta idade do lodo (θc) igual a 25 dias (valor de projeto). Supondo que a concentração de SSV nos tanques de aeração esteja em Controle do Processo de Lodos Ativados concentração de SSV nos tanques de aeração esteja em 3500 mg/l (3,5 kg/m3) e que a concentração no retorno de lodo em 8000 mg/l (8,0 kg/m3), calcular a vazão de retirada do excesso de lodo Qex para manter o valor de θc estimado acima. O volume do tanque é de 1235 m3. Controle do Processo de Lodos Ativados Onde: Xv = 3,5 kg/m3 Xvr = 8,0 kg/m3 vrex V c X.Q V.X =θ Recirculaçãovr V = 1235 m3 θc = 25 dias Portanto, ( ) ( ) ( ) ( ) diamdiammkgdias mmkgQex / 9,0/ 61,21/0,8.25 1235./5,3 33 3 33 === Recirculação do lodo Microbiologia do Lodo A biomassa é separada no decantador secundário devido à sua propriedade de flocular e de sedimentar. Tal se deve à produção de uma matriz gelatinosa, que permite a aglutinação das bactérias, protozoários e outrosaglutinação das bactérias, protozoários e outros microrganismos, responsáveis pela remoção da matéria orgânica, em flocos macroscópicos. Os flocos possuem dimensões bem superiores às dos microrganismos, individualmente, o que facilita sua sedimentação Microbiologia do Lodo Microbiologia do Lodo Microbiologia do Lodo Microbiologia dos lodos ativados Bulking filamentoso Microbiologia dos lodos ativados Os principaismotivos para o aparecimento de filamentos em sistemas aeróbios são escassez de nutrientes, baixa concentração de OD,de nutrientes, baixa concentração de OD, baixa carga orgânica, presença de compostos reduzidos de enxofre, etc., por isso a identificação desses organismos é de suma importância para diagnosticar o desempenho e a operação de uma ETE. Microbiologia dos lodos ativados Microbiologia dos lodos ativados Microbiologia do Lodo Microrganismos Características do processo Predominância de flagelados e rizópodes Lodo jovem, características de início de operação ou idade do lodo baixa Predominância de flagelados Deficiência de aeração, má depuração e sobrecarga orgânicadepuração e sobrecarga orgânica Predominância de ciliados pedunculados e livres Boas condições de depuração Presença de Arcella (rizópode com teca) Boa depuração Microbiologia do Lodo Microrganismos Características do processo Presença de Aspidisca costata (ciliado livre) Nitrificação Presença de Trachelophyllum (ciliado livre) Idade do lodo alta Presença de Vorticella microstoma Efluente de má qualidade e baixa Presença de Vorticella microstoma (ciliado pedunculado) Efluente de má qualidade e baixa concentração de ciliados livres Predominância de anelídeos do gênero Aelosoma Excesso de oxigênio dissolvido Predominância de filamentos (*) Intumescimento do lodo ou bulking filamentoso (*) para caracterizar o intumescimento do lodo é necessário avaliar os flocos. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 1. Rápido aumento na concentração de OD - Carga de choque altamente tóxica com possível morte dos microrganismos - Parar ou reduzir a entrada dos despejos. - Aumente a taxa de recirculação de lodo - Verifique a fonte dos tóxicos. 2. Rápido decréscimo na concentração de OD. - Falta de energia. - Bloqueio na linha de fornecimento de oxigênio ou dos difusores. - Derramamento químico. - Restabelecer energia. - Limpar linha e difusores. - Investigar origem dos despejos. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 3. Pequenas variações no OD (aumento e diminuição) -Flutuaçoes normais nas características dos despejos -Nenhuma, deixar o sistema agir por si só. 4. Variações -Sistema saindo do -Ajustar o ar introduzido. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) 4. Variações persistentes no OD (aumento e diminuição) -Sistema saindo do equilíbrio -Ajustar o ar introduzido. 5. Pequena ação de mistura na zona de aeração. -Entupimento dos difusores. -Limpe-os ou substitua-os. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 6. Mau odor (ovo podre) - Microrganismos mudando para anaeróbios. -Aumentar taxa de transferência de ar -Verificar temperatura efluente -Aumentar o descarte de lodo 7. Mau odor -Presença de -Nada, mas ficar de olho na Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) 7. Mau odor (químico) -Presença de químicos (cloretos, sulfitos). -Nada, mas ficar de olho na concentração de OD. -Pode ocorrer morte de microrganismo 8. Retorno de lodo com cor cinza. -Condições anaeróbias próximas. - Ver ítem 6. OBSERVADO POSSÍVELCAUSA AÇÃO RECOMENDADA 9. Retorno de lodo com cor preta (iniciando mau odor) -Condições anaeróbias próximas. -Ver ítem 6. 10. Retorno de lodo quase com água - “Armadilhas” no manto de lodo. -Reduzir retorno de lodo. -Resuspender o lodo decantado Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) quase com água limpa. de lodo. -Resuspender o lodo decantado pela introduçao de ar comprimido. -Verificar funcionamento do raspador de fundo. 11. Diminuição da taxa de recirculação de lodo. -Problemas de reciclo. -Verifique problemas nas bombas de recirculação. -Verifique entupimento nas linhas de recirculação. OBSERVADO POSSÍVELCAUSA AÇÃO RECOMENDADA 12. Relação SSVTA/SSTA menor do que 0,6. -Entrada de inertes no sistema. -Idade de lodo muito alta. -Aumentar descarte de lodo, mas sem perder o manto de lodo no decantador. -Observar no microscópio. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) -Observar no microscópio. 13. Relação SSVTA/SSTA maior do que 0,6. -Verificar atividade do lodo. Baixa mineralização, provavelmente elevada produção de lodo. -Não é perigoso, porém fique de olho na capacidade de disposição de lodo do sistema. Se possível, elevar um pouco a manta de lodo através do decréscimo da taxa de recirculação. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 14. Baixo valor de SSTA (ver ítem 10 e 11) -Sedimentabilidade pobre. -Baixa taxa de transferência de ar. -Aumentar retorno de lodo (ver também ítem 16). Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) 15. Espumação excessiva. -Relação F/M muito alta. -Presença de resinas -Presença de detergentes no meio. -Aumentar retorno de lodo e assim o SSTA. Descarte de lodo lentamente. -Adicionar anti-espumante. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 16. Valor alto de IVL. -Características de sedimentabilidade . Pode ocorrer “bulking” em pouco tempo. -Aumentar descarte de lodo. Agitar lentamente o manto de lodo para eliminar gases. -Ajustar F/M aumentando o reciclo. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) em pouco tempo. -Crescimento de bactérias filamentosas. -Ajustar F/M aumentando o reciclo. Adicionar floculantes temporáriamente. 17. Elevada concentração de SS no efluente final -Idade de lodo incorreta. -Ver ítem 16. -Checar idade do lodo: se velho, diminuir SSTA; se novo, aumentar SSTA. -Ver ítem 16. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 18. Aumento do manto de lodo no decantador -Elevação do nível de lodo. -Lodo volumoso (“bulking”). - Aumentar recirculação de lodo. - Ver ítem 16. 19. Saída de - Elevado manto de lodo. - Aumentar reciclo de lodo. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) 19. Saída de sólidos no decantador. - Elevado manto de lodo. - Sedimentabilidade pobre. Checar concentração. - Sobrecarga hidráulica. - Perda da taxa de reciclo. - Aumentar reciclo de lodo. - Descartar lodo. - Checar vazões. - Checar sistema de recirculação OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 20. Bioensaio indica a falta de um tipo desejável - Concentração de OD incorreta. -Abundância de - Checar concentração de OD. - Ver ítem 16. - Ver ítem 1. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) um tipo desejável e/ou quantidade de microrganismos. -Abundância de filamentosas. -Carga de choque tóxica. -Baixa relação F/M. -Crescimento disperso. - Ver ítem 1. - Ajustar F/M. se necessário, adicionar matéria orgânica de fácil degradação, como o amido. - Diminuir o descarte de lodo. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 21. Borbulhamento na superfície do decantador. -Bolhas de ar provenientes dos tanques de aeração. -Possível início de -Checar vazão de alimentação e recirculação da planta. Checar agitação na zona de aeração. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) decantador. -Possível início de desnitrificação (poderá ser visto grande acúmulo de lodo não anaeróbio) agitação na zona de aeração. Reduzir, se muita. -Diminuir SSTA e aumentar descarte de lodo. Idade do lodo muito alta. Verificar se não está havendo superdosagem de nutrientes. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 22. Lodo volumoso (“bulking”). - Lodo jovem. -Crescimento de filamentosas. - Observar no microscópio. Diminuir descarte de lodo, aumentar SSTA para aumentar idade do lodo e Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) filamentosas. para aumentar idade do lodo e diminuir F/M. Adicionar floculantes, se necessário.- Ver ítem 16. LODOS ATIVADOS Lodos ativados convencional(fluxo contínuo) Idade do lodo 4 a 10 dias Tempo de detenção hidráulica 6 a 8 horas LODOS ATIVADOS Lodos ativados convencional(fluxo contínuo) VantagensVantagensVantagensVantagens �Elevada eficiência na remoção de DBO; �Nitrificação usualmente obtida; �Possibilidade de remoção biológica de N e P; �Baixos requisitos de área; �Processo confiável; �Reduzidas possibilidades de maus odores, insetos e vermes; �Flexibilidade operacional LODOS ATIVADOS Lodos ativados convencional(fluxo contínuo) DesvantagensDesvantagensDesvantagensDesvantagens �Baixa eficiência na remoção de coliformes; �Elevados custos de implantação e operação; �Elevado consumo de energia;�Elevado consumo de energia; �Necessidade de operação sofisticada; �Elevado índice de mecanização; �Relativamente sensível a descargas tóxicas; �Necessidade de tratamento completo do lodo e disposição final; �Possíveis problemas ambientais ruídos e aerossóis LODOS ATIVADOS Aeração prolongada(fluxo contínuo) Idade do lodoIdade do lodoIdade do lodoIdade do lodo 18 a 30 dias �Mesma carga de DBO(que o convencional); �Menor quantidade de alimentos para as bactérias; �Tempo de detenção hidráulico de 16 a 24 horas �Menor quantidade de alimentos para as bactérias; �Maior quantidade de biomassa; �Volume de reator aeróbio mais elevado; �Estabilização da biomassa no próprio reator; LODOS ATIVADOS Aeração prolongada(fluxo contínuo) LODOS ATIVADOS VantagensVantagensVantagensVantagens �Idem ao lodo ativado convencional; �Mais eficiência na remoção de DBO; Aeração prolongada(fluxo contínuo) �Nitrificação consistente; �Mais simples conceitualmente que o convencional; �Menor geração de lodo que o convencional; �Elevada resistência a variação de carga e a carga tóxica; �Satisfatória independência das condições climáticas. Aeração prolongada(fluxo contínuo) LODOS ATIVADOS DesvantagensDesvantagensDesvantagensDesvantagens �Baixa eficiência na remoção de coliformes; �Elevados custos de implantação e operação; �Sistema com maior consumo de energia;�Sistema com maior consumo de energia; �Necessidade de operação sofisticada; �Elevado índice de mecanização(embora inferior ao convencional); �Necessidade de remoção da umidade do lodo e da sua disposição final(embora inferior ao convencional); Idade do lodoIdade do lodoIdade do lodoIdade do lodo Valores típicos da idade do lodo são:Valores típicos da idade do lodo são:Valores típicos da idade do lodo são:Valores típicos da idade do lodo são: �Lodos ativados convencional: θc = 4 a 10 dias �Aeração prolongada: θc = 18 a 30 dias �Lodos ativados convencional: t = 6 a 8 horas (< 0,3 dias) �Aeração prolongada: t = 16 a 24 horas (< 0,67 a 1,0 dias) Para o tempo de detenção hidráulicaPara o tempo de detenção hidráulicaPara o tempo de detenção hidráulicaPara o tempo de detenção hidráulica LODOS ATIVADOS Fluxo Intermitente(por batelada)Fluxo Intermitente(por batelada) LODOS ATIVADOS Fluxo Intermitente(por batelada) Todas as unidades:Todas as unidades:Todas as unidades:Todas as unidades: Decantação primária Oxidação biológica e Único TanqueÚnico TanqueÚnico TanqueÚnico TanqueOxidação biológica e Decantação secundária Único TanqueÚnico TanqueÚnico TanqueÚnico Tanque Pode ser utilizado:Pode ser utilizado:Pode ser utilizado:Pode ser utilizado: �Modalidade convencional; �Modalidade aeração prolongada (mais comum). LODOS ATIVADOS Fluxo Intermitente(por batelada) Aeração prolongadaAeração prolongadaAeração prolongadaAeração prolongada Tanque único Digestão aeróbia do lodoDigestão aeróbia do lodo CiclosCiclosCiclosCiclos dededede operaçãooperaçãooperaçãooperação comcomcomcom duraçãoduraçãoduraçãoduração definidasdefinidasdefinidasdefinidas MassaMassaMassaMassa biológicabiológicabiológicabiológica permanecepermanecepermanecepermanece nononono reatorreatorreatorreator durantedurantedurantedurante todostodostodostodos osososos ciclosciclosciclosciclos EliminaçãoEliminaçãoEliminaçãoEliminação dededede decantadoresdecantadoresdecantadoresdecantadores separadosseparadosseparadosseparados LODOS ATIVADOS Fluxo Intermitente(por batelada) •EnchimentoEnchimentoEnchimentoEnchimento Entrada do esgoto bruto ou decantado no reator; Ciclos normais de tratamento:Ciclos normais de tratamento:Ciclos normais de tratamento:Ciclos normais de tratamento: •ReaçãoReaçãoReaçãoReação Aeração/mistura da massa líquida contida no reator; •SedimentaçãoSedimentaçãoSedimentaçãoSedimentação Sedimentação e separação dos sólidos em suspensão no esgoto tratado; •Descarte do efluente tratadoDescarte do efluente tratadoDescarte do efluente tratadoDescarte do efluente tratado Retirada do esgoto tratado no reator LODOS ATIVADOS Fluxo Intermitente(por batelada) Ciclos normais de tratamento:Ciclos normais de tratamento:Ciclos normais de tratamento:Ciclos normais de tratamento: Retirada do esgoto tratado no reator •RepousoRepousoRepousoRepouso Ajuste de ciclos e remoção do lodo excedente. LODOS ATIVADOS Fluxo Intermitente(por batelada) LODOS ATIVADOS Fluxo Intermitente(por batelada) DuraçãoDuraçãoDuraçãoDuração usualusualusualusual dededede cadacadacadacada ciclociclociclociclo podepodepodepode serserserser alteradaalteradaalteradaalterada emememem funçãofunçãofunçãofunção dededede:::: •Variação da vazão afluente;•Variação da vazão afluente; •Necessidade de tratamento; •Características do esgoto; •Biomassa do sistema VantagensVantagensVantagensVantagens �Elevada eficiência na remoção de DBO; �Satisfatória remoção de N e possivelmente P; Fluxo Intermitente(por batelada) LODOS ATIVADOS �Baixo requisitos de área; �Mais simples conceitualmente que outros sistemas de lodos ativados; �Flexibilidade operacional; �Decantador secundário e elevatória de recirculação de lodo não são necessários. LODOS ATIVADOS Fluxo Intermitente(por batelada) DesvantagensDesvantagensDesvantagensDesvantagens �Baixa eficiência na remoção de coliformes; �Elevados custos de implantação e operação; �Maior potência instalada que os demais;�Maior potência instalada que os demais; �Necessidade de operação sofisticada; �Necessidade de tratamento completo do lodo e disposição final; �Usualmente mais competitivo economicamente para populações pequenas a médias. LODOS ATIVADOS Para o Pós-tratamento de Efluentes de Reatores Anaeróbios LODOS ATIVADOS Para o Pós-tratamento de Efluentes de Reatores Anaeróbios O lodo aeróbio excedente é enviado para o reator UASB, onde sofre adensamento e digestão, juntamente com o lodo anaeróbio. A vazão de retorno do lodo aeróbio é baixa, comparada com a vazão afluente, não há distúrbios operacionais introduzidos no reator UASB. Economia dos custos de implantação e operação. Item geral Item específico Modalidade Convencional Aeração prolongada UASB-Lodos Ativados Idade do Lodo Idade do Lodo(d) 4 a 10 18 a 30 6 a 10 Principais características dos sistemas de lodos ativados utilizados para o tratamento de esgotos domésticos Lodo Eficiência de remoção DBO(%) DQO(%) Sól.Suspensão(%) Amônia(%) Nitrogênio(%) Fósforo(%) Coliformes(%) 85-95 85-90 85-95 85-95 25-30 25-30 60-90 93-98 90-95 85-95 90-95 15-25 10-20 70-95 85-95 83-90 85-95 75-90 15-25 10-20 70-95 LODOS ATIVADOS Tanque de Aeração LODOS ATIVADOS Tanque de aeração com sistema de ar difuso. LODOS ATIVADOS Tanque de aeração por ar difuso em operação LODOS ATIVADOS Tanque de aeração com aeradores superficiais de baixa rotação LODOS ATIVADOS Decantador Secundário LODOS ATIVADOS Decantador secundário de seção circular Obrigada!