Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
06/01/2016 1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Prof. Flávio Castro da Silva D. Sc.Engenheiro Agrícola Ementa de Mecânica Agrícola Ementa Introdução aos elementos de máquinas Transmissão de energia Mecanismo; Mancais e Aplicações da força de atrito Frenagem; Lubrificantes; Engrenagens Estudos das máquinas simples Dimensionamento de Engrenagens Mecanismos de Transmissão de Potência Máquinas elevadoras Regularização do movimento nas máquinas motrizes Tecnologia das máquinas usadas em terraplanagem Generalidade sobre o escoamento permanente Queda hidráulica e Choque MECÂNICA É o ramo da física que estuda os movimentos, suas causas e seus efeitos. ESTÁTICA Estudo das forças independente dos movimentos que as causam; 06/01/2016 2 CINEMÁTICA Estudo dos movimentos independente de suas causas; DINÂMICA Estudo das forças e dos movimentos que elas causam. FORÇA Ação que um corpo exerce sobre outro, tendendo a mudar ou modificar seus movimentos, posições, tamanhos ou formas. Intensidade = massa [m] x aceleração[ ] Direção: a mesma de Sentido: a mesmo de a a a UNIDADES MKS absoluto: [N] MKS clássico: [kgf] CGS: [Dina] TRABALHO Toda vez que uma força atua sobre um corpo produzindo movimento, diz-se que foi produzido um trabalho mecânico sobre este corpo. 06/01/2016 3 TORQUE Momento de uma força que tende a produzir ou produz rotação. ENERGIA Capacidade de um corpo em realizar trabalho. • Energia Potencial Gravitacional = EPG = m*g*h • Energia Potencial Elástica = EPE = k * x 2/2 • Energia Cinética de Translação ECT = m * v 2/2 • Energia Cinética de Rotação EPE = I * w 2/2 POTÊNCIA Quantidade de trabalho realizado por uma máquina na unidade de tempo. Ou também, pode-se expressar pela variação da energia no tempo. POTÊNCIA Quantidade de trabalho realizado por uma máquina na unidade de tempo. Ou também, pode-se expressar pela variação da energia no tempo. 06/01/2016 4 UNIDADES DE MEDIDA POTÊNCIA 75 Kgf 76 Kgf Cavalo Vapor (Cv) Horse Power (Hp) 13 RENDIMENTO Relação entre energia fornecida e energia consumida. Homens ou animais de tração: relação entre a energia consumida nos alimentos e a energia fornecida nos trabalhos. R = Energia dos alimentos energia fornecida trabalho Homem: 10% Cavalo: 10 – 12% Bovino: 9 – 10% RENDIMENTO Relação entre energia fornecida e energia consumida. Motores térmicos: relação entre a energia calorífica química disponível nos combustíveis e a energia mecânica gerada. R = Energia Combustível Energia Mecânica Fornecida Ciclo Otto: 25% Ciclo Diesel: 30% RENDIMENTO Relação entre energia fornecida e energia consumida. Motores térmicos: relação entre a energia calorífica química disponível nos combustíveis e a energia mecânica gerada. R = Energia Combustível Energia Mecânica Fornecida Ciclo Otto: 25% Ciclo Diesel: 30% 06/01/2016 5 RENDIMENTO Relação entre energia fornecida e energia consumida. Motores elétricos: relação entre a energia consumida e a energia mecânica gerada R = Elétrica Gasta Energia Mecânica Fornecida Motores elétricos R = >75% Introdução aos elementos de máquinas • Introdução • Definições importantes • Elementos de máquinas Introdução • Um projeto de maquina surge sempre para satisfazer uma necessidade, seja ela industrial, comercial, para lazer, etc. • Nasce da habilidade de alguém ou de um grupo de pessoas “transformar” uma idéia em um projeto de um mecanismo que se destina a executar uma tarefa qualquer. Os elementos de maquinas podem ser classificados em grupos conforme sua função, como: • os elementos de fixação (parafuso) • de apoio (rolamentos e mancais) • transmissão (correias e engrenagens) • Vedação (anéis e borrachas) • sistemas de lubrificação. Existem algumas características ou considerações que influenciam a seleção de um elemento de maquina, tais como resistência, confiabilidade, utilidade, custo e peso 06/01/2016 6 Conhecimentos básicos a serem desenvolvidos • Conhecimentos de resistência dos materiais e dos conceitos de mecânica aplicada para poder analisar corretamente os esforços que agem sobre as peças e determinar sua forma e dimensões para que sejam suficientemente fortes e rígidas. Conhecer as propriedades dos materiais. • O dimensionamento entende a determinação das dimensões de um elemento de maquina de tal forma que ele possa resistir e garantir o bom funcionamento da peça ou equipamento durante o trabalho. • Para tanto, e necessário o conhecimento dos fundamentos da Resistência dos Materiais e das propriedades dos Materiais. Definições Importantes Mecânica Aplicada: É um ramo da Engenharia que procura estabelecer fórmulas e coeficientes compatíveis com a natureza e condição de cada material, com base nos princípios e leis básicas da mecânica teórica. Força: É definida como a ação que um corpo exerce sobre outro, tendendo a mudar ou modificar seus movimentos, posição, tamanho ou forma. F = m.a Trabalho O trabalho está associado a um movimento e a uma força. Toda vez que uma força atua sobre um corpo produzindo movimento, realizou-se trabalho. T = F.d Torque É um momento de força que tende a produzir ou que produz rotação. É o produto de uma força por um raio. τ = F.r Potência É definido como a quantidade de trabalho realizado numa unidade de tempo. P = W / t = (F d) / t = F.v Inércia É a resistência que todos os corpos materiais opõem a uma mudança de movimento Peso (carga) É a força gravitacional de atração exercida pela terra sobre um corpo. Força na vertical (carga). P = m.g ;g = 9,8 m/s2 Força Centrífuga É a força que aparece na direção radial, quando um corpo está em movimento curvilíneo. 06/01/2016 7 Elementos de fixação Elementos de união Parafusos Chavetas e estrias Pinos e anéis Rebites Cavilhas Cupilhas ou contrapinos Porcas Arruelas Elásticos Chavetas Características: • são, geralmente, os componentes mais frágeis da máquina. • é preciso escolher o elemento de fixação adequado ao tipo de peças que irão ser unidas ou fixadas. Ex.: evitar elementos fracos com peças robustas. • planejar e escolher corretamente os elementos de fixação usados para evitar concentração de tensão nas peças fixadas. Essas tensões causam rupturas nas peças por fadiga do material. A união de peças feita pelos elementos de fixação pode ser de dois tipos: móvel ou permanente. • UNIÃO MÓVEL, os elementos de fixação podem ser colocados ou retirados do conjunto sem causar qualquer dano às peças que foram unidas. Ex.:uniões feitas com parafusos, porcas e arruelas. • UNIÃO PERMANENTE, os elementos de fixação, uma vez instalados, não podem ser retirados sem que fiquem inutilizados. Ex.: uniões feitas com rebites e soldas. Alguns elementos: • Rebites O rebite é formado por um corpo cilíndrico e uma cabeça. É fabricado em aço, alumínio, cobre ou latão. É usado para fixação permanente de duas ou mais peças. 06/01/2016 8 • Pinos O pino une peças articuladas. Nesse tipo de união, uma das peças pode se movimentar por rotação. • Cavilha A cavilha une peças que não são articuladas entresi. • Contrapino ou cupilha O contrapino ou cupilha é uma haste ou arame com forma semelhante à de um meio-cilindro, dobrado de modo a fazer uma cabeça circular e tem duas pernas desiguais. Utilização: Introduz-se o contrapino ou cupilha num furo na extremidade de um pino ou parafuso com porca castelo. As pernas do contrapino são viradas para trás e, assim, impedem a saída do pino ou da porca durante vibrações das peças fixadas. • Parafuso O parafuso é uma peça formada por um corpo cilíndrico roscado e uma cabeça, que pode ter várias formas. 06/01/2016 9 • Porca A porca tem forma de prisma, de cilindro etc. Apresenta um furo roscado. Através desse furo, a porca é atarraxada ao parafuso. • Arruela A arruela é um disco metálico com um furo no centro. O corpo do parafuso passa por esse furo. • Anel elástico Anel elástico é usado para impedir deslocamento de eixos. Serve, também, para posicionar ou limitar o movimento de uma peça que desliza sobre um eixo. • Chaveta A chaveta tem corpo em forma prismática ou cilíndrica que pode ter faces paralelas ou inclinadas, em função da grandeza do esforço e do tipo de movimento que deve transmitir. Elementos de apoio • Buchas • Guias • Rolamentos • Mancais • Bucha Anel de metal entre o eixo e a roda. Com a introdução das rodas de aço manteve-se o problema com atritos. A solução encontrada foi a de colocar um anel de metal entre o eixo e as rodas. Esse anel, mais conhecido como bucha, reduz bastante o atrito, passando a constituir um elemento de apoio indispensável. 06/01/2016 10 • Guias A guia tem a função de manter a direção de uma peça em movimento. Por exemplo, numa janela corrediça, seu movimento de abrir e de fechar é feito dentro de trilhos. Esses trilhos evitam que o movimento saia da direção. A guia tem a mesma função desses trilhos. • Rolamentos e Mancais Os mancais como as buchas têm a função de servir de suporte a eixos, de modo a reduzir o atrito e amortecer choques ou vibrações. Eles podem ser de deslizamento ou rolamento. Os mancais de deslizamento são constituídos de uma bucha fixada num suporte. São usados em máquinas pesadas ou em equipamentos de baixa rotação. Os mancais de rolamento dispõem de elementos rolantes: esferas, roletes e agulhas. Elementos elásticos Peças fixadas entre si com elementos elásticos podem ser deslocadas sem sofrerem alterações. Assim, as molas são muito usadas como componentes de fixação elástica. Elas sofrem deformação quando recebem a ação de alguma força, mas voltam ao estado normal, ou seja, ao repouso, quando a força pára. As uniões elásticas são usadas para amortecer choques, reduzir ou absorver vibrações e para tornar possível o retorno de um componente mecânico à sua posição primitiva. Elementos transmissão Transmissão de potência • Parafusos e acionamento • Correias chatas, trapezoidais e dentadas • Corrente de rolos • Cabos de aço • Árvores de transmissão • Engrenagens • Rodas de atrito • Roscas 06/01/2016 11 Os sistemas de transmissão transferem potência e movimento a um outro sistema. • Correias São elementos de máquina que transmitem movimento de rotação entre eixos por intermédio das polias • Correntes São elementos de transmissão, geralmente metálicos, constituídos de uma série de anéis ou elos. • Engrenagens Também conhecidas como rodas dentadas, as engrenagens são elementos de máquina usados na transmissão entre eixos Elementos vedação Elementos de vedação são peças que impedem a saída de fluido de um ambiente fechado (tubulação, depósito etc.) e evitam que esse ambiente sejapoluído por agentes externos. Esses elementos, geralmente, localizam-se entre duas peças fixas ou em duas peças em movimento relativo. As junções cujas peças apresentam movimento relativo se subdividem em girantes, quando o movimento é de rotação,e deslizantes, quando o movimento é de translação. Muitas vezes, a vedação requer atenção aos seguintes aspectos: temperatura - no caso de se trabalhar em ambiente com temperatura muito elevada, a vedação torna-se mais difícil; acabamento das peças - uma boa vedação requer bom acabamento das superfícies a serem vedadas; pressão - quanto mais elevada for a pressão do fluido, tanto maior será a possibilidade de escapamento, ou seja, a vedação torna-se mais difícil; estado físico - os fluidos líquidos são mais fáceis de serem vedados do que os fluidos em estado gasoso. 06/01/2016 12 Tipos de vedação • Vedação em ogiva, para baixas pressões - a vedação se efetua em uma superfície tronco-cônica com esfera. • Vedação em faca, para médias pressões – efetuada mediante a aproximação de uma coroa circular a um plano. • Vedação cônica, para altas pressões – é o melhor tipo de vedação e se efetua entre duas superfícies cônicas que têm geratrizes coincidentes. Sistemas de lubrificação No deslocamento de duas peças entre si ocorre atrito. O atrito causa vários problemas: aumento da temperatura, desgaste das superfícies, corrosão, liberação de partículas e, formação de sujeiras. Para evitar esses problemas usam-se o lubrificantes que reduzem o atrito e formam uma superfície que conduz calor, protege a máquina da ferrugem e aumenta a vida útil das peças. Todos os fluidos são, de certa forma, lubrificantes, porém, enquadram-se melhor nessa classificação as substâncias que possuem as seguintes características: capacidade de manter separadas as superfícies durante o movimento; estabilidade nas mudanças de temperatura e não atacar as superfícies metálicas; capacidade de manter limpas as superfícies lubrificadas. Tipos de lubrificantes Os lubrificantes podem ser líquidos (óleos), pastosos (graxas) ou sólidos (grafita, parafina etc.). Podem ser de origem orgânica (animal ou vegetal) e de origem mineral (produtos extraídos do petróleo). Na lubrificação de máquinas, utilizam-se principalmente óleos e graxas minerais. 06/01/2016 13 Óleos minerais São baratos e oxidam pouco. São obtidos principalmente do petróleo e, em menor escala, do carvão, de pedra lignita e do xisto betuminoso. Os óleos minerais podem ser classificados como segue. Segundo a aplicação: óleos de caixas de engrenagens, óleos para turbinas e corte. Graxas minerais Quando comparadas aos óleos minerais, distinguem- se pela maior consistência plástica. Normalmente, as graxas são compostas à base de sódio ou de potássio. No entanto, conhecem-se também, graxas minerais puras, como a vaselina. Segundo a aplicação: graxas para máquinas, veículos, rolamentos e mancais em trabalho a quente. Próxima aula: Transmissão de energia e mecanismo
Compartilhar