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PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE

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RINCIPIO DA ANTERIORIDADE
                ANUAL: o tributo é vigente do exercício financeiro seguinte (ano seguinte) – art. 150, III, b.
                NONAGESIMAL: o tributo é vigente após 90 dias (art. 150, III, c). Obs.: a anterioridade nonagesimal do art. 195 §6º é aplicada para as contribuições sociais.
Além de esperar os 90 dias, deve esperar a mudança do exercício fiscal. Mas há exceções para ambas. Alguns tributos devem esperar apenas 90 dias, ainda que esteja no mesmo exercício financeiro, outros devem esperar apenas o exercício financeiro seguinte, ainda que não tenha passado 90 dias, outros tem vigência imediata (art. 150 §1º).
Os tributos com vigência imediata são os que se repetem, por exemplo os reguladores de mercado.
 
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA
A lei tributária nova não pode alcançar fatos geradores pretéritos.
Art 150, III, a, CF
Exceções: art. 106 CTN
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
 
PRINCÍPIO PECUNIA NON OLET
O dinheiro não tem cheiro – para o fisco, não importa a origem da riqueza, tem que pagar de qualquer forma. Por exemplo, o IR pode ser sobre renda lícita ou produto de crime, dinheiro de tráfico de drogas. Obter renda é licito, a forma que essa renda é obtida é irrelevante para o Direito tributário. Outro exemplo: serviço feito por quem não tem qualificação exigida – incide o imposto sobre o serviço.
 
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
Todas as regiões devem ser tratadas com igualdade.
Exceção: zona franca de Manaus – é prevista na ADCT e tem a justificativa de que aquela região era desocupada por indústrias.
 
PRINCÍPIO DA ISONÔMICA TRIBUTAÇÃO DA RENDA NOS TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA E NOS VENCIMENTOS DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Títulos: são como ações. A União não pode beneficiar seus títulos em detrimento dos títulos estaduais e municipais. A tributação que incide nesses títulos deve ser a mesma. Da mesma forma, os funcionários públicos federais, estaduais e municipais estão sujeitos às mesmas tributações.
 
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE ISENÇÕES HETERÔNOMAS
Um ente federativo não pode conceder isenção de tributo que seja de competência de outro ente federativo.
A CF estabelece duas exceções: hipóteses em que a União pode conceder isenção de ICMS e ISS para produtos de exportação.
 
PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO BASEADA EM PROCEDÊNCIA OU DESTINO
Não pode diferenciar a tributação em razão do lugar de onde o produto está vindo ou para onde está indo.
 
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO DE PESSOAS OU BENS
Obs.: O pedágio está previsto na constituição e não é tributo, é um preço público pago para a concessionária e não para os cofres públicos, por isso é aceito.
 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
O QUE SÃO?
Imunidades tributárias são aquelas hipóteses de não pagamento previstas na CF, enquanto as isenções estão previstas em lei ordinária. A CF utiliza os dois termos para se referir às imunidades tributárias.
CONCEITO: norma constitucional de exoneração tributária que inibe a imposição e credita ao beneficiário o direito público subjetivo de ‘não incomodação’ perante o ente tributante.
195, §7º CF: ENTIDADES BENEFICENTES DE ASSITENCIA SOCIAL – ISENTAS DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
184: OPERAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE IMÓVEIS DESAPROPRIADOS P/ REFORMA AGRÁRIA – ISENTAS DE IMPOSTOS FEDERAIS ESTADUAIS E MUNICIPAIS.
A imunidades tributárias podem ser divididas em gerais e específicas.
 
Imunidades Gerais  - art. 150, VI, CF
São aplicáveis a um conjunto de situações aos impostos de uma forma geral. Referem-se apenas aos IMPOSTOS.
- Imunidade recíproca: os entes federativos não precisam pagar impostos entre si. Para proteger o pacto federativo.

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