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ÂMBITO DE EFICÁCIA TEMPORAL DA LEI PENAL NASCIMENTO E REVOGAÇÃO DA LEI PENAL: VIGÊNCIA E REVOGAÇÃO DA LEI PENAL A lei penal, como todas, nasce, vive e morre. MOMENTOS: SANÇÃO: É o ato pelo qual um chefe de governo aprova e confirma uma lei; PROMULGAÇÃO: é o ato pelo qual se atesta a existência de uma lei e se determina a todos que a observem. Confere à lei a autenticidade; PUBLICAÇÃO: é o ato pelo qual se torna conhecida de todos; REVOGAÇÃO: é a que extingue, total ou parcialmente a lei. a lei é elaborada para viger por tempo indeterminado. Vacatio Legis – Período decorrente entre a publicação e a data que começa a vigência. - 45 dias – se nada ficar disposto – no exterior é de 90 dias; REVOGAÇÃO: Expressa – art. 4º da Lei. 9.455/97. (Revoga-se o art. 233 da lei 8.060/90 – ECA. ) art. 36 da lei 10.826/2003 revoga a lei 9.437/97. Tácita – O artigo 309 da lei 9.503/97 revogou tacitamente o artigo 32 do Dec-Lei 3688/41. Dirigir sem habilitação. Derrogação – parcial. O artigo 309 da lei 9.503/97 derrogou tacitamente o artigo 32 do Dec-Lei 3688/41 – Este artigo continua valendo quanto a embarcação. Ab-rogação – total ( Ex. o art. 311 CP), 219, 220, 221, 222 do CP. Auto- revogação – Leis temporárias e excepcionais. A lei pode nascer, viver e morrer; TEMPUS REGIT ACTUM; A lei tem eficácia entre dois limites: entrada em vigor e a cessação da vigência. PODE ACONTECER: Que uma infração penal iniciada sob a vigência de uma lei venha a consumar-se sob a vigência de outra lei; Que o sujeito pratique uma conduta criminosa sob a vigência de uma lei e a sentença venha a ser prolatada sob a vigência de outra que comine pena distinta da primeira (mais grave ou mais leve), ou Durante a execução da pena surja lei nova regulando o mesmo fato e determinando sanção mais leve. Em relação às situações anteriores surgem os CONFLITOS DE LEIS PENAIS NO TEMPO e precisam ser solucionados: PRINCÍPIOS DA LEI PENAL NO TEMPO: IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS SEVERA – (art. 5º XL CF). “XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;” Em comparação aos casos acima: Suponhamos que quando a conduta criminosa é praticada a pena seja de 2-8 anos de reclusão – porém, quando o juiz venha a sentenciar surge uma lei que aumenta a pena para 3-10 anos (para o mesmo fato) – neste caso a lei posterior não retroage para alcançar o fato ocorrido – então diz-se que a lei mais grave é não retroativa – em consequência, a lei mais benigna (2-8 anos) é ultra-ativa para ser aplicada ao sujeito no momento da prolação da sentença. (é uma exceção do tempus regit actum). RETROATIVIDADE DA LEI MAIS BENIGNA – art. 2º, § único do CP; Suponhamos que quando o sujeito pratique uma conduta criminosa a pena é de 4 - 10 anos de reclusão e posteriormente, quando o juiz for sentenciar, surja uma nova lei diminuindo a pena pelo mesmo fato praticado, cominando uma pena de 2-4 anos de reclusão. Neste caso, a lei mais benigna deverá ser aplicada pelo princípio da retroatividade da lei mais benéfica (lex mitior), tendo como conseqüência que a lei anterior não será ultra-ativa para ser aplicada no momento da sentença. (podemos dizer então que a lei mais benéfica é extra-ativa – retroage e ultra-age) (teremos uma exceção do tempus regit actum), HIPÓTESES DE CONFLITO DE LEI PENAIS NO TEMPO: Abolitio criminis: Novatio legis incriminadora: - não retroativa; Novatio legis in pejus: - não retroativa; - não ultrativa; Novatio legis in mellius: - retroativa; - ultra-ativa - Extra-ativa; LEIS TEMPORÁRIAS E EXCEPCIONAIS – Art. 3º CP. Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. EFICÁCIA DAS LEIS PENAIS TEMPORÁRIAS E EXCEPCIONAIS – ULTRA-ATIVIDADE. - não derrogam o princípio de reserva legal, pois não se aplica anterior a sua vigência; TEMPO DO CRIME – art. 4º CP. TEORIAS: - atividade; - resultado; - mista; - crime permanente e instantâneo. +
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