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13.1 TIPICIDADE

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TIPO E TIPICIDADE
Tipo são os elementos normativos, objetivos e subjetivos que descrevem, de forma abstrata um crime.
A TEORIA do tipo criou a tipicidade.
TIPICIDADE:
Operação intelectual de conexão entre a infinita variedade de fatos possíveis da vida real e o modelo típico descrito na lei.
Decorre naturalmente do princípio da reserva legal: nullun crimen nulla poena signe praevia lege.
A tipicidade pode se dar de forma imediata e mediata. A primeira ocorre quando o fato se subsume imediatamente no modelo legal, sem necessidade da concorrência de qualquer outra norma, como, por exemplo, matar alguém. Já a segunda, mediata, constitui exceção, necessita a concorrência de outra norma, secundária, de caráter extensivo, que amplia a abrangência da figura típica. Ex tentativa, participação em sentido estrito e os crimes omissivos impróprios, que depende da conjugação do disposto no artigo 13, § 2º, do CP;
TIPICIDADE:
É a correspondência entre o fato praticado pelo agente e a descrição de cada espécie de infração contida na lei penal incriminadora. 
	É a definição legal da conduta proibida pela ordem jurídico-penal, sem qualquer elemento valorativo, é a tipicidade. 
	O tipo legal é a descrição abstrata que expressa os elementos da conduta lesiva. Todavia, o tipo legal não se confunde com o fato concreto. Este é praticado pelo sujeito a par de várias circunstâncias, de natureza subjetiva ou objetiva, ocasionais, ou preparadas, variáveis segundo as condições determinadoras do comportamento. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA TIPICIDADE: FASES
CARÁTER INDICIÁRIO DA ANTIJURIDICIDADE:
( Ratio cognoscendi da antijuridicidade)
MAYER, em seu tratado de direito penal, publicado em 1.915, recompôs e reelaborou o conceito de tipo legal. 
	Sendo a ratio cognoscendi da antijuridicidade, basta que o fato se amolde à norma penal incriminadora, para que resulte um indício de ilicitude, que pode ser afastado quando presente uma causa de justificação como a legítima defesa, o estado de necessidade etc. Suponha que o sujeito ofenda a integridade física de alguém. Desde logo o fato se ajusta à descrição legal do crime de lesões corporais (art. 129 do CP). A adequação do fato ao tipo faz surgir o indício de que a conduta é antijurídica. Todavia, poderá o sujeito provar que agiu acobertado por uma causa de exclusão de ilicitude, o que desfaz o indício. 
		
RATIO ESSENDI DA ANTIJURIDICIDADE
MEZGER, em 1931, estreitou mais a conexão que Meyer estabelecera entre tipicidade e a antijuridicidade. Mezger não define o delito como ação típica, antijurídica etc. mas como conduta tipicamente antijurídica e culpável em face do que no seu estudo a tipicidade não ocupa em lugar próprio, independente da antijuridicidade, mas, pelo contrário, é uma parte dela. Em primeiro lugar, cuida da antijuridicidade como injusto objetivo; após, como injusto típico. A antijuridicidade da conduta é um característico do delito, mas não uma característica do tipo, pois podem existir condutas que não são ilícitas, pelo que é essencial à antijuridicidade a tipificação. A tipicidade e a ilicitude se unem de tal forma que a primeira é a razão de ser da segunda. 
DIRETRIZ DOMINANTE:
É a de Meyer a concepção que melhor se adapta à prática penal. A tipicidade não é a ratio essendi da antijuridicidade, mas seu indício (ratio cognoscendi). Praticado um fato típico, presume-se também antijurídico, até prova em contrário: o tipo legal indica a antijuridicidade. 
A tipicidade assinala o injusto quando até o momento em que entra em vigor a norma penal incriminadora a conduta não era antijurídica. E.: O legislador define como crime o fato de passar por local estratégico. Antes a conduta não era ilícita; tornou-se antijurídica em conseqüência da descrição legal. 
Em suma, todo fato típico é antijurídico. Só não o é quando provado que o sujeito realizou a conduta acobertado por uma causa de exclusão da antijuridicidade, prevista no artigo 23 do CP.
	RESULTADO – evento.
	É a modificação do mundo exterior provocada pelo comportamento humano voluntária.
É a transformação do mundo exterior pela conduta humana.
	Teorias:
NATURALÍSTICA:
	B) JURÍDICA OU NORMATIVA:
	 Vê o delito como uma proteção jurídica. Todo crime produz uma lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico.
	Não há crime sem resultado, mesmo que jurídico.

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