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ALIMENTAÇÃO NA FASE ADULTA MASCULINA 
BRUNO SERRANO
CAMILA FORTUNATO
FLÁVIA MORAES
RAIANY BRESSAN
As orientações da alimentação na fase adulta são diferentes que nas outras fases da vida. As causas dos desvios alimentares nos adultos são geralmente da ordem econômica, dificuldade de providenciar alimentação, falta de atividade física, excesso de trabalho e maus hábitos alimentares. 
O foco na fase adulta é auxiliar o adulto a conquistar e manter um estado positivo de saúde ou bem estar.
Bem estar: sensação de segurança e cuidado em manter uma boa saúde, pode ser definida como a ausência de doença, pois é nessa fase que há uma maior predisposição a doenças como a hipertensão, sobrepeso, obesidade, cardiopatias, diabetes entre outros.
A fase adulta é a fase da manutenção, sendo também muito importante ter uma alimentação adequada. Talvez essa seja a fase mais difícil, pois depende dos hábitos alimentares adquiridos, fatores culturais, financeiros, entre outros. 
O ser humano alimenta-se para satisfazer duas necessidades básicas: obter substancia que lhes são essenciais e adquirir energia para a conservação dos processos fisiológicos.
Dieta
Na dieta, destaca-se então, a importância de se ter uma alimentação equilibrada e saudável, na qual contenha todos os nutrientes necessários e na quantidade ideal. São basicamente, proteínas que tem papel na reparação e construção de tecidos e estão presentes em todas as células, e também função reguladora. Quanto a recomendação na idade adulta, quando já cessou o crescimento, o individuo precisa de proteínas apenas para manutenção.
Os carboidratos tem papel no metabolismo de energia para as células especialmente as do cérebro. Nesse caso atenção maior deve ser dada ao excesso de carboidratos simples, sendo indicado somente em algumas horas do dia, como manha ao acordar, e logo após atividade física. 
Os lipídios também fornecem energia servem como isolantes térmicos e contra choques, e são necessários para a absorção de vitaminas lipossolúveis (A D E K) e carotenoides. O ideal e que o planejamento da dieta contenha o menor conteúdo possível de colesterol, gorduras trans. e saturadas, as quais tem uma relação direta ao risco de doenças cardiovasculares. As fibras tem impacto positivo sobre o peso corpóreo, a normalização das concentrações de lipídios sanguíneos, a redução dos índices glicêmicos, o aumento do bolo fecal, a melhora do transito intestinal entre outras. No entanto, o excesso pode interferir no metabolismo e reduzir a biodisponibilidade de alguns minerais. As vitaminas e minerais participa das diversas outras funções celulares.
Ao se elaborar um cardápio para um homem adulto, é preciso considerar:
O habito alimentar que já esta formada e não pode ser mudado bruscamente;
A disponibilidade dos alimentos;
O poder aquisitivo;
O estilo de vida;
O numero de refeições e as necessidades nutricionais relativas ao seu estado de saúde.
Deve evitar o excesso de consumo calórico, já que se houver redução de atividade física poderá ocorrer aumento no peso corporal, podendo levar a obesidade.
As refeições devem ter horários definidos e serem bem fracionadas (seis refeições diárias em media). 
Dar atenção ao porte de vitaminas, minerais e fibras, através do consumo de frutas, verduras, legumes e leguminosas. 
Controlar o uso de sal e óleo nas preparações, evitando frituras. 
Estimular o consumo de 2 litros de água por dia (no mínimo). 
Orientar com relação ao consumo de estimulantes, tais como café, chás e bebidas alcoólicas.
Para que uma pessoa entenda como e a alimentação correta, foi criada a pirâmide alimentar que divide cada tipo de alimento de acordo com a necessidade bruta de cada organismo. É importante lembrar que todos os itens que compõe a pirâmide são importantes para o organismo e devem participar da alimentação diária de cada individuo. 
Quanto à pirâmide alimentar, na base está os grãos, cereais, que são livres de gordura e contem vitaminas só encontradas neles. Subindo a pirâmide, no topo, estão as massas, carboidratos e as gorduras. Ou seja, não devemos excluir nenhum alimento da dieta, mas, comer com qualidade e equilíbrio. Doces, gorduras, balas, enlatados, refrigerantes, álcool sempre estão classificados como precursores de aumento de açúcar, aumento do colesterol e devem ser consumidos de vez em quando, ou ate excluídos totalmente da dieta.
Uma alimentação de má qualidade pode provocar carências nutricionais que por sua vez, provocaram problemas de saúde como queda de cabelo, irritabilidade, anemias, problemas dentários, manifestações de doenças autoimunes, perda ou excesso de peso, problemas cardiovasculares, diabetes, pressão alta, perda de disposição, depressão e inúmeros outros problemas de saúde.
Necessidades nutricionais diárias
Necessidades diárias
Homens
Mulheres
Carboidrato
6 a 7g (50 a 60% da dieta)
6 a 7g (50 a 60% da dieta)
Proteínas
0,8 a 1g (10 a 15% da dieta)
0,8 a 1g (10 a 15% da dieta)
Gorduras
25 a 35% da dieta
25 a 35% da dieta
Fibras alimentares
20 a 30g de fibras diárias, no máximo 35g
20 a 30g de fibras diárias, no máximo 35g
Água
30 a 35mL por quilograma de peso por dia. Sendo no mínimo 1.500mL por dia ou 1 a 1,5mL por quilocaloria.
30 a 35mL por quilograma de peso por dia. Sendo no mínimo 1.500mL por dia ou 1 a 1,5mL por quilocaloria.
Necessidades diárias – Vitaminas
Homens
Mulheres
Vitamina A
900µg RAE
700µg RAE
Vitamina D
5 a 10mcg
5 a 10mcg
Vitamina E
15mg
15mg
Vitamina K
70 a 80mcg
60 a 65mcg
Vitamina C
90mg
75mg
Vitaminas do complexo B
1,2mg
1,1mg
Riboflavina (B2)
1,3mg
1,1mg
Niacina (B3)
16mg
14 mg
Ácido pantotênico (B5)
4 a 5mg
4 a 5mg
Piridoxina (B6)
1,3mg
1,2 a 1,5mg
Biotina (B8)
15 a 70mcg
15 a 70mcg
Folato (B9)
400mcg
400mcg
Cobalamina (B12)
2,4mcg
2,4mcg
Necessidades diárias - Minerais
Homens
Mulheres
Cálcio
1000 a 1200mg
1000 a 1200mg
Magnésio
320 a 400mg
320mg
Sódio
500mg
500mg
Potássio
2000mg
2000mg
Fósforo
700mg
700mg
Ferro
10mg
15mg
Cobre
1,5 a 3mg
1,5 a 3mg
Iodo
150mcg
150mcg
Manganês
2,5 a 5mcg
2,5 a 5mcg
Zinco
15mg
12mg
Molibdênio
75 a 250mcg
75 a 250mcg
Cromo
50 a 200mcg
50 a 200mcg
Selênio
70mcg
55mcg
Flúor
3 a 4mg
3 a 4mg
Vida moderna
Com a correria do dia a dia, muitas vezes nos deparamos com a necessidade de realizar uma refeição rápida e prática. E o fast food parece ser a solução ideal .Mas, você já parou para pensar na qualidade nutricional das preparações oferecidas por essas redes? Normalmente, as opções são ricas em calorias, gorduras, açúcares e sal, além de serem pobres em fibras, vitaminas e minerais essenciais ao bom funcionamento do organismo.
Você sabia que a combinação hambúrguer, batata frita grande, refrigerante e sobremesa pode facilmente atingir a necessidade diária de calorias, gordura e sódio de um adulto? Isso mesmo! Uma única refeição pode detonar seu dia.
Sabemos que o excesso de calorias e gorduras na alimentação diária está relacionado ao excesso de peso. A obesidade, assim como o consumo excessivo de gordura e sódio predispõe ao surgimento de doenças cardiovasculares e hipertensão. Por isso, esses alimentos devem ser consumidos esporadicamente.
Evidentemente que o fast food não precisa ser banido da alimentação. Algumas atitudes já ajudam diminuir significativamente as calorias da refeição. Confira:
1. Na maioria das lanchonetes, já existe a possibilidade de substituir o sanduiche por uma salada com um grelhado. Não quer abrir mão do lanche? Escolha a menor opção e evite os complementos como queijos, molhos, bacon. Dispense a batata frita como acompanhamento; 
2. Na pizzaria opte pela pizza com massa fina e recuse a borda recheada com catupiry ou cheddar. Prefira recheios com vegetais, como rúcula, escarola, berinjela. Queijos amarelos, bacon, calabresa e outros alimentos gordurosos devem ser evitados; 
3. Croissant, empadas, massa folhada apresentam grande quantidade de calorias. Salgados assados como esfiha,são as melhores escolhas; 
4. Dependendo do recheio, os lanches naturais podem virar armadilha! Por isso, dispense complementos como maionese, queijos amarelos. Prefira recheios mais leves como peito de peru, queijo branco, frango desfiado, atum e abuse dos vegetais, alface, rúcula, agrião, tomate são excelentes pedidas. Veja a possibilidade de substituir o pão branco pela versão integral, que é fonte de fibras, contribuindo para a saciedade; 
5. A escolha foi o cachorro quente? O pão com salsicha e molho de tomate é a melhor opção. Acrescentar purê de batata, maionese, mostarda, catchup, milho, ervilha, queijo ralado, batata palha deixará seu hot dog bastante calórico; 
6. Para a sobremesa, evite os sorvetes, tortas ou bolos. A salada de fruta ou o frozen yogurt acompanhado de frutas são as melhores escolhas; 
7. Sabe aquele ditado? O barato sai caro?? Pois é! Muitas pessoas pensam em economizar e escolhem a porção grande, imaginando que estão lucrando já que a diferença no preço da porção grande para a pequena é tão irrisória. Engano seu! Ao escolher a opção pequena você economizará nas calorias. Por isso, invista sempre na unidade pequena!
Avaliação Nutricional
O conceito de avaliação nutricional é muito amplo. É a condição de saúde de um individuo influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes necessários para garantir as demandas energética e nutricional, manter as reservas corporais e compensar as perdas. Essa estreita relação entre nutriente e saúde é identificada pela correlação de informações de estudos físicos, bioquímicos, clínicos, e dietéticos. 
Para uma avaliação do estado nutricional empregando antropometria, faz-se necessário o esclarecimento de algumas definições, entre elas os conceitos de :
Variável: são aquelas medidas ou informações obtidas por coletas de dados, podendo ser quantitativas ou qualitativas. Como exemplos de variáveis quantitativas têm-se idade, peso, altura, dobras cutâneas e circunferências; as qualitativas são gênero, etnia, escolaridade etc.
Indicadores: quando as variáveis são medidas concretamente e aplicadas em análises de dados, adquirem a denominação de indicadores.
 As variáveis assumem a denominação de indicadores do estado nutricional quando se utilizar um padrão de referência que permite a classificação da condição nutricional em que o indivíduo se encontra.
Indice de Massa Corporal
IMC = P (Kg)
 A² (m)
IMC (Kg/m2)
Classificação
<16
Baixo peso grave
16 - 16,99
Baixo peso moderado
17 – 18,49
Baixo peso leve
18,5 – 24,99
Normal- estrófico
25 – 29,99
Pré-obeso/ Obeso
30 – 34,99
Obesidade de classe I
35 – 39,99
Obesidade de classe II
≥ 40
Obesidade de classe III
Compleição corporal de adultos de ambos os gêneros
Estrutura Corporal
Homens
Mulheres
Pequena
> 10,4
> 11,0
Média
9,6 – 10,4
10,1 – 11,0
Grande
< 9,6
< 10,1
 
 R= Estatura (cm)
 Perímetro do punho (cm)
Determinação do Peso Ideal pelo Cálculo do Índice de Massa Corporal
 PI= IMC X estatura²
Determinação do Peso Ideal segundo o Percentil
PI= IMC X altura²
Compleição
IMC Homem
IMC Mulher
Pequena
20
19
Média
22,5
21,5
Grande
24,9
23,9
Quociente Abdominal Glúteo
 Circunferência Cintura(cm)	
Circunferência Quadril (cm)
IDADE
SEXO
BAIXO
MODERADO
MOD. ALTO
ALTO
M
F
M
F
M
F
M
F
20 – 29
<0,83
<0,71
0,83 –0,88
0,71-0,77
0,89-0,94
0,78-0,82
>0,94
>0,82
30 – 39
<0,84
<0,72
0,84-0,91
0,72-0,78
0,92-0,96
0,79-0,84
>0,96
>0,84
40 – 49
<0,83
<0,73
0,88-0,95
0,73-0,79
0,96-1,00
0,80-0,87
>1,00
>0,87
50 – 59
<0,90
<0,74
0,90-0,96
0,74-0,81
0,97-1,02
0,82-0,88
>1,02
>0,88
60 - 69
<0,91
<0,76
0,91-0,98
0,76-0,82
0,99-1,03
0,84-0,90
>1,03
>0,90
Heyward, V. Advance Fitness Assessmente: Exercise Prescripton, 3º ed.,1998.
Classificação do risco de doenças associadas á circunferência abdominal, segundo gênero.
Classificação do risco de doenças associadas a partir da medida de circunferência da cintura, de acordo com o gênero e a etnia.
Risco de complicações metabólicas
Homens (cm)
Mulheres (cm)
Semrisco
<94
< 80
Risco Alto
≥ 94
≥ 80
Risco Muito Alto
≥ 102
≥ 88
Critériode risco para síndrome metabólica
Definição
Obesidade abdominal: Homens
Brancos de origemeuropeia e negros
≥ 94 cm
Sul- asiáticos, ameríndios e chineses
≥ 90 cm
Japoneses
≥ 85 cm
Critériode risco para síndrome metabólica
Definição
Obesidade abdominal: Mulheres
Brancas de origemeuropeia e negras
≥ 80cm
Sul- asiáticas, ameríndias e chinesas
≥ 80cm
Japonesas
≥ 90 cm
Classificação do nível de obesidade por meio da porcentagem de gordura corporal, de acordo com o gênero
Obesidade
Mulheres(%)
Homens (%)
Leve
25 – 30
15 – 20
Moderada
30 – 35
20 – 25
Elevada
35– 40
25 – 30
Mórbida
> 40
> 30
Referências Bibliográficas
Krause: alimentos,nutrição e dietoterapia/l.kathleen mahan, Sysvia Escott-Stump;tradução natalia rodrigues pereira...et al.Rio de Janeiro:Elsevier,2011
 
Vitolo, Marcia Regina; Nutrição da gestação ao envelhecimento. Medicina e nutrição.
 
Nutriçao clinica no adulto/Cuppari,lilian-Manole
ROSSI, Luciana. Avaliação Nutricional novas perspectivas. São Paulo: Editora Roca, 2009.
http://www.sonutricao.com.br/
http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/15216-reduza-o-consumo-de-fast-food