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(Ebook) Dietas da Moda

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DOCÊNCIA EM 
SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
DIETAS DA MODA 
 
 
 
1 
 
Copyright © Portal Educação 
2012 – Portal Educação 
Todos os direitos reservados 
 
R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 
Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 
Internacional: +55 (67) 3303-4520 
atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS 
Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842d Dietas da moda / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 
2012. 
 54p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-435-4 
 1. Dieta. 2. Alimentação saudável. I. Portal Educação. II. Título. 
 CDD 613.26 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 DIETAS DA MODA: O QUE REALMENTE FUNCIONA?.......................................................... 3 
2 OS NUTRIENTES....................................................................................................................... 5 
3 MACRONUTRIENTES ............................................................................................................... 6 
3.1 OS CARBOIDRATOS ................................................................................................................. 6 
3.1.1 Fontes alimentares de carboidratos............................................................................................ 8 
3.2 AS FIBRAS ................................................................................................................................ 8 
3.3 AS PROTEÍNAS ........................................................................................................................ 11 
3.4 AS GORDURAS ........................................................................................................................ 13 
4 A ÁGUA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE .................................................................. 19 
5 COMO AVALIAR O SEU PESO? ............................................................................................. 21 
5.1 O IMC ........................................................................................................................................ 21 
5.2 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA COMO DIAGNÓSTICO DE RISCO.................................... 24 
6 CUIDADO COM AS CALORIAS ............................................................................................... 26 
7 A PIRÂMIDE ALIMENTAR COMO MÉTODO DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR .................... 30 
8 DIETAS DA MODA - TUDO PARA EMAGRECER ................................................................... 33 
9 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 51 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 53 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 DIETAS DA MODA: O QUE REALMENTE FUNCIONA? 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
O fascínio pelo corpo perfeito tem feito milhares de pessoas se submeterem a dietas 
rigorosas e procedimentos extremamente agressivos para conquistar o que a mídia nos impõe: 
Corpos esculturais. Entretanto, a alimentação não está focada apenas na beleza, pois tem se 
tornado um dos assuntos mais discutidos na atualidade devido ao seu poder terapêutico. 
Diversos pesquisadores e instituições buscam explicar por meio da alimentação a prevenção e a 
cura que determinados alimentos podem propiciar. 
Apesar de a mídia focar a importância da alimentação saudável, profissionais como, 
médicos e nutricionistas afirmam que apenas uma dieta balanceada é capaz de trazer benefícios 
tanto estéticos quanto fisiológicos para o organismo, milhares de pessoas se submetem a dietas 
pouco seguras e procedimentos cirúrgicos irreversíveis, que além de alterarem a estrutura do 
organismo humano ainda ocasionam sérios problemas psicológicos associados ao fator 
alimentação. 
A alimentação da população mundial e principalmente a brasileira tem se modificado 
consideravelmente nas últimas décadas, fazendo com que trocássemos o popular arroz e feijão 
pelas comidas rápidas oferecidas por bares e restaurantes. O brasileiro esquece a riqueza e 
diversidade de alimentos existentes no país. 
 
 
4 
 
Há um tempo fui a um congresso de nutrição e um palestrante americano disse: “Em 
qualquer restaurante americano o prato mais caro é o de salada. Não temos essa fartura de 
hortaliças em nosso país. O brasileiro não valoriza o que tem”. 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
Este manual apresenta de maneira simples e prática o significado de uma dieta 
balanceada, os tipos de dietas existentes e quais as suas consequências para o organismo, o 
extremo da obesidade, como diagnosticar a obesidade de maneira simples, dentre outros 
assuntos interessantes e atuais sobre alimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 OS NUTRIENTES 
 
 
Os nutrientes são as partes que compõem o alimento. São divididos em: 
 
 Macronutrientes: São aqueles que possuem moléculas maiores e que o 
organismo necessita em maior quantidade como carboidrato, proteína e lipídeo; 
 
 Micronutrientes: São aqueles que possuem moléculas menores e que 
precisamos em menor quantidade como vitaminas e minerais. 
Cada nutriente têm sua função específica no organismo humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3 MACRONUTRIENTES 
 
 
3.1 OS CARBOIDRATOS 
 
 
São componentes orgânicos formados nos vegetais, pela fotossíntese, constituídos de 
Carbono, Hidrogênio e Oxigênio. Quando degradado no organismo, seu último estágio é a 
conversão em glicose. 
 
Unidade estrutural: glicose. 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
Os carboidratos são classificados em: 
 
 
 
7 
 
Monossacarídeos (1 molécula): 
 Glicose; 
 Frutose; 
 Galactose. 
Dissacarídeos (2 moléculas): 
 Sacarose = é a junção de uma molécula de glicose + frutose; 
 Lactose = é a junção de uma molécula de glicose + galactose; 
 Maltose = é a junção de uma molécula de glicose + glicose. 
Polissacarídeos (acima de duas moléculas): 
 Amido; 
 Glicogênio; 
 Fibras. 
Funções dos carboidratos: 
As principais funções dos carboidratos são: 
 Fornecer energia para as atividades básicas do organismo, como o 
funcionamento dos órgãos; 
 Manter reservas de energia (glicogênio); 
 Preservar proteínas dos tecidos; 
 Formação de compostos orgânicos: heparina RNA, DNA. 
 
 
Recomendação: 
 
 
Devemos ingerir cerca de 50-60% de carboidrato ao dia. Sendo que devem ser 
divididos em 40-50% polissacarídeos e 10% açúcar simples, ou seja, limitar a quantidade de 
açúcar, doces em geral, refrigerantes, etc. 
 
 
8 
 
CADA GRAMA DE CARBOIDRATO FORNECE QUATRO CALORIAS. 
 
 
3.1.1 Fontes alimentares de carboidratos 
 
 
Carboidratos simples: açúcar, mel, doces, balas, refrigerantes, biscoitos recheados, 
etc. 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
Carboidratos complexos: arroz, macarrão,pão, cereais integrais, etc. 
 
 
3.2 AS FIBRAS 
 
 
 
 
 
9 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
São carboidratos complexos, não absorvidos pelo intestino, com ação básica de 
regular a função gastrointestinal. Podem ser classificadas em: 
 
 Solúveis: as fibras solúveis são representadas pela pectina, presente 
nas frutas, leguminosas e na aveia. 
 
 
Funções das fibras solúveis: 
 Diminuem o tempo de trânsito intestinal; 
 Auxiliam na diminuição do colesterol, por aumentar sua excreção fecal, 
promovendo maior recaptação de LDL pelo fígado; 
 Atuam por outro mecanismo, por meio do estímulo às bactérias da microbiota 
intestinal, que as convertem em ácidos graxos de cadeia curta (butirato, acetato e propionato), 
que são absorvidos pelas células do cólon, entram na circulação portal e limitam, no fígado, a 
ação da enzima HMG-CoA redutase, inibindo, assim, a formação do colesterol hepático; 
 O alimento contendo a maior fonte de fibras solúveis e com maior capacidade de 
diminuir o colesterol sérico, é o farelo de aveia. 
 
 Insolúveis: São representadas pela celulose (presente no trigo e nos vegetais 
folhosos); hemicelulose (presente nos grãos e lignina, nas hortaliças). 
 
 
 
10 
 
Funções das fibras Insolúveis: 
 
 Aumentam a saciedade, favorecendo a diminuição na ingestão alimentar (auxilia 
na perda de peso); 
 Aumentam o tempo de trânsito intestinal; 
 Aumentam o bolo fecal, favorecendo pacientes que apresentam constipação 
intestinal. 
 
RECOMENDAÇÃO DE FIBRAS: 
 
A recomendação é de 20 a 30g de fibras/dia. Sendo divididas em 60% de insolúveis e 
40% de solúveis. 
 
Outros tipos de fibras 
 
Alguns carboidratos com propriedades semelhantes às fibras foram recentemente 
classificados como fibras. Entre eles podemos destacar a inulina e fruto-oligossacárides, amido 
resistente e açúcares não absorvidos. Além das funções desempenhadas pelas fibras, esses 
compostos também possuem outras propriedades benéficas ao organismo humano. Veja abaixo 
o exemplo dos fruto-oligossacarídeos, que desempenham diversas funções extremamente 
importantes no nosso organismo: 
 
 Fruto-oligossacarídeos (FOS): Exercem efeito probiótico atuando na: 
- Estimulação do crescimento das bifidobactérias presentes na microbiota intestinal; 
- Promovem alterações no trânsito intestinal e auxiliam tanto nos casos de constipação 
quanto de diarreia; 
- Diminuição do colesterol e triglicerídeos no sangue; 
- Controle da pressão arterial; 
- Aumento da biodisponibilidade de minerais; 
 
 
 
11 
 
Fontes alimentares de FOS: 
 
- Cebola; 
- Tomate; 
- Centeio; 
- Alho; 
- Banana; 
- Aspargo; 
- Alcachofra; 
- Mel; 
- Raiz de chicória. 
 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
3.3 AS PROTEÍNAS 
 
 
São macromoléculas presentes em todas as células de organismos vivos e formadas 
por pequenas estruturas denominadas aminoácidos. 
 
 
 
 
12 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
Funções das proteínas: 
 
 Fornecer aminoácidos e energia; 
 Construção e manutenção de tecidos; 
 Regulação do metabolismo de enzimas e hormônios; 
 Defesa orgânica por meio da formação de anticorpos; 
 Transporte de lipídios e oxigênio; 
 Garante balanço hídrico e equilíbrio osmótico; 
 Mantém equilíbrio ácido-básico; 
 Síntese de compostos nitrogenados. 
 
Recomendação: 
 
A recomendação de proteína é de 10-12% do valor calórico total/dia ou 0,8-1,0 
g/kg/dia. 
 
 
 
 
13 
 
CADA GRAMA DE PROTEÍNA FORNECE QUATRO CALORIAS. 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
Fontes alimentares de proteínas: carnes, leite e derivados, ovos, leguminosas, etc. 
 
 
3.4 AS GORDURAS 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
 
 
 
14 
 
São substâncias orgânicas que fazem parte dos tecidos animais e vegetais, sendo 
usadas para alimentação humana. São formadas por unidades denominadas ácidos graxos. 
Características: oleosas, escorregadias, insolúveis em água, não voláteis. 
Gorduras: sólidas em temperatura ambiente. 
Óleos: líquidas em temperatura ambiente. 
 
São classificadas de diversas maneiras: 
 
Quanto ao Comprimento da Cadeia de Carbono: 
 AG Cadeia Curta: gordura de laticínios; 
 AG Cadeia Média: óleo de coco; 
 AG Cadeia Longa: gordura animal. 
Quanto à Ligação dos Átomos de Carbono e Disposição dos Hidrogênios: 
 AG Saturados; 
 AG Insaturados. 
Monoinsaturados 
Poliinsaturados 
 
Quanto à Origem: 
 Essenciais 
Ex: Linoleico, linolênico, araquidônico. 
 Não Essenciais 
Ex: Palmítico, esteárico. 
 
 
 
15 
 
Funções dos lipídeos: 
 Estruturar: tecido adiposo, membrana celular; 
 Fornecer energia; 
 Participar no metabolismo vitaminas lipossolúveis; 
 Sintetizar novas moléculas; 
 Regular temperatura corporal; 
 Amortecer impactos; 
 Promover saciedade; 
 Fornecer palatabilidade aos alimentos; 
 
Recomendação: 
A recomendação de lipídeo é de 25-30% do valor calórico total/dia. O colesterol como 
fonte de gordura deve ser consumido em quantidade inferior a 300mg/dia. 
 
CADA GRAMA DE GORDURA OFERECE 9 CALORIAS. 
 
 
Gorduras boas ou ruins? 
 
Quando falamos em gordura a maioria das pessoas assustam e a primeira palavra que 
nos vem a cabeça é CALORIAS. Realmente, se comparada aos outros nutrientes, a gordura é a 
que mais fornece caloria por grama do alimento. Mas, nem tudo é negativo quando falamos em 
gorduras. Conforme vimos a pouco, as gorduras são classificadas de diversas maneiras e cada 
uma exerce uma função no organismo. O papel das gorduras insaturadas, por exemplo, na 
prevenção de doenças coronarianas já está comprovado por diversos estudos. Por isso 
podemos dizer que existem as gorduras que são boas para o organismo. Veja: 
 
 
 
16 
 
Gorduras Insaturadas: compõem as gorduras monoinsaturadas e as poli-insaturadas. 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
Monoinsaturadas: Muitos estudos demonstraram que as gorduras monoinsaturadas 
promovem o aumento do colesterol HDL (que é o colesterol bom); diminuem o colesterol LDL 
(que é o colesterol ruim) e os triglicerídeos. Outros estudos apontam os benefícios da gordura 
monoinsaturada na redução de eventos pró-trombóticos, que são característicos nas doenças 
cardiovasculares. As fontes alimentares de gorduras monoinsaturadas são: azeite de oliva, 
canola e açafrão. 
 
Poli-insaturadas: Os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6 são os principais 
representantes deste tipo de gordura. São encontrados em alimentos como óleo de girassol, 
soja, milho, canola, em peixes de água fria (cavala, sardinha, salmão, arenque, etc.) e na 
semente de linhaça, dentre outros. Os efeitos protetores das gorduras poli-insaturadas também 
incluem a redução do colesterol ruim e dos triglicérides, além de efeitos anti-inflamatórios e 
antitrombóticos. 
 
 
 
 
17 
 
Gorduras Saturadas: As gorduras saturadas estão presentes basicamente em 
alimentos de origem animal, como nas carnes, leite e derivados. O consumo deste tipo de 
gordura deve ser reduzido, pois seus efeitos aterogênicos estão envolvidos em diversos eventos 
cardiovasculares. 
Colesterol: Quando falamos em colesterol a primeira coisa que nos vem à cabeça é 
algo ruim. Entretanto, o colesterol faz parte das funções do organismo e é produzido por ele. O 
que ocorre é que podemos consumir colesterol por meio da dieta, ou aumentar sua produção 
consumindo gorduras, principalmentesaturadas. O colesterol está presente em alimentos como: 
gema do ovo, camarão, pele de aves, carnes gordas, etc. 
Quando os níveis de colesterol atingem um valor acima do recomendado ele pode ser 
considerado nocivo ao organismo, uma vez que está associado ao entupimento de veias e 
artérias coronárias e consequentemente, possíveis eventos cardiovasculares. 
 
Gordura trans: A gordura trans é a mais prejudicial a saúde, principalmente porque 
acelera a obstrução de veias e artérias, aumenta o colesterol ruim (LDL) e reduz o colesterol 
bom (HDL). É formada pelo processo de hidrogenação, que pode ser natural ou industrial. 
Alimentos como carnes e leite possuem em sua composição quantidades mínimas de gorduras 
trans, ficando a maior parcela da gordura presente em alimentos industrializados. 
Os alimentos ricos em gorduras trans são: 
 Salgadinhos; 
 Biscoitos recheados; 
 Batatas fritas; 
 Margarinas; 
 Gordura vegetal hidrogenada; 
 
A gordura trans não tem uma recomendação específica. O que é mais racional é evitar 
o consumo de alimentos ricos nesse tipo de gordura. Ler o rótulo dos alimentos é importante 
para identificar ou não a presença da gordura trans. 
 
 
18 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
4 A ÁGUA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE 
 
 
A água é o maior componente do organismo, sendo praticamente 70% do corpo 
humano composto de água. O consumo de água é controlado pela sede e o controle da sede 
está no hipotálamo (região do cérebro). A sede é estimulada pela concentração de certos 
nutrientes no organismo, como sal, açúcar, proteína, etc. As necessidades de água variam de 
acordo com cada etapa da vida, sexo, idade e atividade física. Um exemplo importante pode ser 
o do praticante de atividade física, que perde líquidos durante o exercício por meio do suor, 
deixando o sangue menos diluído e ativando o centro da sede no cérebro. 
 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
 
 
 
20 
 
A tabela abaixo demonstra a quantidade de água de acordo com o estágio de vida: 
 
RECOMENDAÇÕES HÍDRICAS 
ml por quilo de peso corporal Estágio de vida 
40 Adulto jovem fisicamente ativo 
35 18-55 
30 55-65 
25 >65 
 
FONTE: CASA et al., 2000. 
 
 
A água exerce funções importantes no organismo humano, sendo indispensável. São 
funções importantes da água: 
 
- Bom funcionamento do organismo; 
- Preservação das funções fisiológicas; 
- Transporte de nutrientes; 
- Regulação da temperatura corporal. 
 
 
 
 
 
21 
 
5 COMO AVALIAR O SEU PESO? 
 
 
A avaliação do estado nutricional tem como objetivo identificar os distúrbios 
nutricionais, possibilitando uma intervenção adequada de forma a auxiliar na recuperação e/ou 
manutenção do estado de saúde do indivíduo (CUPPARI, 2003). Medições do peso corporal e da 
estatura são feitas com facilidade e são de grande utilidade na avaliação do crescimento e do 
estado nutricional (SHILS, 2003). 
 
 
5.1 O IMC 
 
 
O Índice de massa corpórea (IMC) é um método simples e eficaz para diagnóstico 
nutricional. É calculado dividindo-se o peso (em kg) pela altura (em metros) elevada ao 
quadrado. 
IMC: PESO ALTURA (2) 
 
O resultado encontrado pode ser classificado com base 
na Tabela abaixo, proposta pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS). 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Classificação IMC (kg/m2) Risco de 
Comorbidades 
Magreza < 18,5 Baixo (há risco de 
outros problemas clínicos) 
Normal 18,5 – 24,9 Dentro da média 
Sobrepeso 25 – 29,9 Levemente 
aumentado 
Obeso >30 
Grau I 30 – 34,9 Moderado 
Grau II 35 – 39,9 Severo 
Grau III >40 Muito Severo 
FONTE: Organização Mundial da Saúde (OMS) 1997. 
 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
Apesar de não medir a composição corporal, o IMC possui bom potencial como 
indicador do estado nutricional em estudos epidemiológicos. Sua utilização se baseia nos 
resultados de estudos populacionais que mostram que o IMC é pouco correlacionado com a 
altura e altamente correlacionado com a massa de gordura absoluta e, na associação existente 
entre IMC elevado e morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares, diabete melito, 
 
 
23 
 
câncer de cólon e doenças das vias biliares. O numerador do índice é o peso corporal total, e o 
IMC oferece uma boa aproximação da gordura corporal nos grupos populacionais porque a 
maior parte do diferencial de peso entre os adultos é devido a gordura corporal. 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
Estudos epidemiológicos demonstraram que o IMC elevado se correlaciona fortemente 
com o risco de morbiletalidade em diversas populações avaliadas. Por ser um indicador de 
corpulência e não de adiposidade, o método falha, principalmente, em não diferenciar entre 
massa gorda e massa magra, podendo apresentar um falso-positivo, por exemplo, no caso de 
um indivíduo com a massa muscular muito desenvolvida. 
Os valores de IMC são valiosos para avaliar graus de obesidade, todavia, menos úteis 
para avaliar a adiposidade corporal de pessoas não obesas. Os valores de IMC apresentam dois 
inconvenientes significativos: não indicam quanto do peso é gordura e onde a gordura está 
localizada. Esses inconvenientes tornam o IMC inadequado para: 
* Atletas: porque a musculatura altamente desenvolvida aumenta falsamente os 
valores de IMC; 
* Mulheres grávidas amamentando: porque o peso aumentado é normal durante a 
gestação e criação dos filhos; 
* Adultos acima de 65 anos: porque os valores de IMC são baseados em dados 
coletados de pessoas mais jovens e porque as pessoas “ficam mais baixas” com a idade 
A relação entre IMC e risco de morbidades, no entanto, pode ser afetada pela 
distribuição da gordura corpórea, visto que as principais complicações da obesidade, que 
 
 
24 
 
incluem doenças cardiovasculares, diabete melito, hipertensão e hiperlipidemia, estão 
associadas ao maior acúmulo de gordura abdominal, independente do peso corpóreo. Por isso, 
além do IMC é importante a avaliação da gordura na região abdominal. 
 
 
5.2 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA COMO DIAGNÓSTICO DE RISCO 
 
 
A circunferência abdominal é um dos indicadores de distribuição de gordura corporal. 
Correlaciona-se fortemente com o IMC e parece predizer melhor o tecido adiposo visceral. 
Estudos mostram que a forma pela qual a gordura está distribuída pelo corpo é mais importante 
que a gordura corporal total na determinação do risco individual de doenças (CUPPARI, 2003). 
Segundo WAITZBERG, as medidas antropométricas como espessura da pele e 
circunferências, são simples, seguras e fáceis de executar. O equipamento requerido é barato e 
as medidas podem ser efetuadas em qualquer lugar. As medidas podem estimar gordura total, 
regional e sua distribuição, geralmente pela combinação de vários fatores medidos. Atualmente, 
são combinadas com outros métodos para apreciação de volume total do corpo ou como dados 
acessórios em técnicas de pesquisa. 
A circunferência abdominal serve como indicador da adiposidade visceral. Outrora, 
uma relação das medidas da cintura com o quadril servia a essa finalidade, mas a circunferência 
da cintura isoladamente foi julgada um indicador válido em homens e mulheres. Acima de certa 
circunferência, o risco de doença eleva-se até mesmo para valores de IMC dentro da faixa 
normal. As medidas da circunferência da cintura devem ser comparadas a esses pontos de 
corte: 
 
 
 
 
 
25 
 
 Elevado Muito 
elevadoHomem ≥ 94 cm ≥ 102 cm 
Mulher ≥ 80 cm ≥ 88 cm 
FONTE: OMS, 1998. 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
Qualquer pessoa com uma medida da cintura maior que esses padrões pode 
apresentar um risco aumentado de doença, juntamente com a dimensão extra da cintura. Um 
avaliador pode determinar a porcentagem de gordura no corpo pela medição das dobras de 
gordura, densidade corporal ou outros parâmetros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
6 CUIDADO COM AS CALORIAS 
 
 
Você sabe o que o rótulo dos alimentos indica? Os rótulos dos alimentos descrevem os 
valores nutricionais dos produtos, isto é, a quantidade de calorias e a quantidade de alguns 
nutrientes como sódio, potássio, etc. 
Essas informações podem nos ajudar a escolher os alimentos mais saudáveis, a 
controlar as calorias da nossa alimentação, e evitar os alimentos muito ricos em gorduras, sódio, 
etc. Para compreender os rótulos alguns conceitos devem ser passados. Primeiro o que significa 
caloria e como calcular as calorias de um alimento. Veja: 
A energia fornecida pelos alimentos é muito grande, e utiliza-se o termo quilocaloria 
para denominá-la (kcal ou Cal) - 1 quilocaloria corresponde a 1000 calorias. 
De maneira simples, para manter o equilíbrio do corpo, ou seja, não engordar ou 
emagrecer precisam-se consumir a mesma quantidade de calorias que gastam. 
Observe: 
 
 Calorias dos alimentos = Energia utilizada pelo organismo - equilíbrio (mantém o peso); 
 Calorias dos alimentos > Energia utilizada pelo organismo - engorda (aumenta o peso); 
 Calorias dos alimentos <Energia utilizada pelo organismo - emagrece (diminui o peso). 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
27 
 
Mas de Quantas Calorias Nosso Corpo Precisa? 
 
A quantidade de calorias depende de cada pessoa, pois depende de características 
como sexo, idade, altura, peso, atividade física entre outras. Por exemplo, pessoas que praticam 
atividade física necessitam de mais calorias que pessoas sedentárias. 
Para adequar a necessidade calórica e dos nutrientes o profissional mais adequado é o 
nutricionista que fará uma avaliação nutricional avaliando o seu peso e dizer se está de acordo 
com a sua idade e altura, além de indicar quantas calorias você precisa por dia (e a quantidade 
de cada nutriente). 
Você deve se “preocupar” em seguir os princípios de uma alimentação saudável 
(variedade, moderação e equilíbrio), fazendo as escolhas certas dos alimentos que farão parte 
de sua dieta. Para isso, a pirâmide alimentar é um excelente exemplo que será discutido adiante. 
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o termo dieta significa alimentação e não 
dietas de emagrecimento, como popularmente muitas pessoas pensam. Existem diversos tipos 
de dieta: para engordar, para manter o peso, para controlar certo tipo de doença e assim por 
diante. A palavra dieta, por si só, ou seja, quando não especificada, quer dizer simplesmente, 
alimentação. 
Mas, retornando à questão das calorias, percebemos que os nutrientes são os 
fornecedores de energia. Cada um deles fornece uma quantidade de energia diferente. Vamos 
relembrar: 
 
 1 grama de açúcar (carboidrato) fornece 4 quilocalorias; 
 1 grama de proteína também fornece 4 quilocalorias; 
 1 grama de gordura (lipídio) fornece 9 quilocalorias. 
 
Para calcular o valor calórico dos alimentos é muito simples. Multiplique a quantidade 
(em gramas) de açúcares e proteínas por 4 (quilocalorias) e a de gorduras por 9 e some tudo ao 
final. O resultado será a quantidade total de calorias do alimento. 
 
 
28 
 
Vamos a um exemplo: 
 
A embalagem de um determinado biscoito wafer de chocolate apresenta a seguinte 
tabela de valores nutricionais em 100g do produto: 
 
 gramas 
Proteína 7,0 
Carboidrato 60 
Lipídeo 
(gordura) 
26 
 
 
Multiplique a quantidade dos nutrientes pela energia correspondente de cada um: 
 
7,0 g x 4 cal = 28 cal 
60 g x 4 cal = 240 cal 
26 g x 9 cal = 234 cal 
 
Somando tudo temos um total de 502 cal por 100g de biscoito. Como o pacote é de 
160g, temos, por regra de três: 
502 kcal - 100g 
x - 160g 
x = 803 kcal por pacote. 
 
 
29 
 
Se pensarmos que uma mulher de aproximadamente 60kg necessita diariamente de 
1500 calorias, e se ela consumir um pacote do biscoito citado terá consumido 53,3% do valor 
calórico total do seu dia. Por isso, alimentos como biscoitos recheados, refrigerantes, chocolate 
devem ser consumidos com moderação, pois têm altas quantidades de calorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
7 A PIRÂMIDE ALIMENTAR COMO MÉTODO DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A pirâmide alimentar foi um guia desenvolvido pelo ministério da saúde para prevenir 
Doenças Crônico não Transmissíveis como diabetes e hipertensão, adequando orientações 
sobre a dieta e a atividade física as novas diretrizes alimentares preconizadas na Estratégia 
Global. (Philippi, 2006). 
A alimentação saudável e a atividade física são essenciais para a obtenção e 
manutenção do peso saudável e ainda auxiliar no controle e prevenção de doenças. A pirâmide 
alimentar adaptada à população brasileira baseou-se em dietas de diferentes valores calóricos 
para estabelecer uma média de porções para os diferentes grupos alimentares. 
 
 
 
 
31 
 
Na reeducação alimentar, a pirâmide alimentar permite um planejamento alimentar 
saudável. Ao contrário dos alimentos dispostos no topo da pirâmide, os alimentos colocados na 
base da pirâmide devem ter maior participação no total de calorias da alimentação. 
A pirâmide foi elaborada para uma dieta base de 2000 kcal e trabalha com o número 
de porções para facilitar sua orientação. As porções são a quantidade de alimento na sua forma 
mais simples, ou seja, a maneira que consumimos um alimento. Exemplo: em fatias, em xícaras, 
em colheres, etc. Os grupos distribuídos na pirâmide são: 
 Grupo de pães, massas, tubérculos: constituem uma fonte de carboidratos 
(nutriente que fornece energia). Pães, massas e biscoitos integrais também são boas fontes de 
fibras, as quais ajudam no funcionamento do intestino. 
 Grupo das frutas e hortaliças: constituem uma fonte de vitaminas e sais 
minerais, dentre eles, antioxidantes que diminuem o efeito deletério do estresse oxidativo e dos 
radicais livres. Também possuem boa quantidade de fibras. 
 Grupo das carnes: alimentos compostos basicamente de proteína, as quais são 
muito bem utilizadas por nosso organismo para produção de tecidos, enzimas e compostos do 
sistema de defesa. Além disso, são ricas em ferro e vitaminas B6 (pirixodina) e B12 
(cianocobalamina), tendo sua ingestão (nas quantidades adequadas) efeito preventivo nas 
anemias ferropriva e megaloblástica. 
 Grupo do leite e derivados: é a maior fonte de cálcio, mineral envolvido na 
formação de ossos e dentes, na contração muscular e na ação do sistema nervoso. Além disso, 
possui uma boa quantidade de proteína de boa qualidade. 
 Açúcares e óleos: são pobres em relação ao valor nutritivo. As gorduras têm alto 
poder calórico. Um grama de gordura possui 9,1 kcal por g, enquanto que os carboidratos e as 
proteínas possuem 4 kcal por g. 
 
Além da utilização da pirâmide alimentar, é importante a mudança de comportamento 
do paciente, tais como: 
 Fazer um diário dos alimentos ingeridos, local das refeições e estado de humor 
nas refeições. 
 Não fazer compras em supermercado quando estiver com fome; 
 Ler o rótulo dos alimentos, procurando saber o valor calórico dosmesmos (um 
alimento que não contém açúcar pode conter muita gordura); 
 
 
32 
 
 Fazer quatro ou mais refeições pequenas por dia; 
 Não comer vendo televisão ou lendo jornal; 
 Não comer de pé; 
 Comer devagar e mastigar bem os alimentos. 
 Na hora que tiver vontade de “beliscar” fazer outras atividades. 
 Aceitar que as recaídas são normais; identificar lugares e situações emocionais 
que levam às recaídas (depressão, ansiedade, férias, festas). Assim, se estiver ansioso, tentar 
relaxar primeiro para evitar comer inadequadamente. Por outro lado, se estiver irritado, pode 
praticar exercícios ou sair com uma companhia agradável. Se o paciente come muito em festas, 
pode comer antes da festa a fim de diminuir a fome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
8 DIETAS DA MODA - TUDO PARA EMAGRECER 
 
 
O peso é uma preocupação para as pessoas. Diversos produtos, medicamentos, 
aparelhos milagrosos são desenvolvidos para as pessoas que querem ter um corpo perfeito. As 
famosas “dietas da moda” são geralmente dietas restritas em um ou vários tipos de nutrientes, 
por isso apresentam inúmeras desvantagens além de não serem nutricionalmente equilibradas. 
Essas dietas podem acarretar diversos problemas físicos e psíquicos como: 
 
 Reduzir o rendimento físico; 
 Causar deficiências nutricionais; 
 Provocar sobrecarga no organismo, com dietas ricas em determinado 
nutrientes (ex: proteína); 
 Quadros de desidratação; 
 Problemas cardíacos. 
 
Comer alimentos nutritivos em quantidades controladas para se obter uma dieta que 
apresente todos os nutrientes essenciais nas quantidades recomendadas é a alternativa ideal 
para quem deseja controlar o peso com saúde. A melhor combinação para se controlar o peso é 
a da dieta com exercícios e não apenas um ou outro. As dietas da moda promovem uma perda 
de peso passageira, pois esses tipos de dietas levam a pessoa a ter uma alimentação tão fora 
de seus padrões que ao retornar à “alimentação normal” ela volta a comer os tipos e a 
quantidade dos alimentos que a fizeram aumentar de peso. 
A rápida perda de peso decorrente de dietas desequilibradas também incentiva o 
desejo de emagrecer a qualquer preço. No entanto, trata-se de uma perda de água e músculo e 
não propriamente de gordura. E ainda, dietas muito restritivas e com pouquíssimas calorias 
podem provocar graves distúrbios alimentares como anorexia nervosa e bulimia. 
 
 
 
34 
 
Dieta do Dr. Atkins 
 
 
A dieta do Dr. Atkins é uma dieta pobre em carboidratos (arroz, massas, pães, açúcar, 
batata) e rica em proteínas e gorduras de origem animal (carnes, ovos, embutidos, bacon e 
embutidos). 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
Essa dieta “criada” pelo Dr. Atkins, na década de 70, baseada em uma dieta pobre em 
carboidratos não foi a pioneira. Há mais de um século, William Harver, um médico inglês, lançou 
uma dieta que proibia os carboidratos e permitia carne à vontade. Posteriormente, outras 
variantes dessa dieta surgiram, sendo a mais famosa a do Dr. Atkins. OBS: Na década de 90 
surgiu a dieta da USP, que na verdade é semelhante à dieta do Dr. Atkins. 
Não existe base científica que sugira que uma dieta cetogênica pobre em carboidratos 
possua alguma vantagem sobre dietas convencionais. Mas, então por que alguns pacientes 
perdem peso com a dieta de Atkins que parece não ter restrição calórica? Na verdade, um 
indivíduo que faz essa dieta acaba consumindo menos calorias que uma dieta comum, isso 
porque é difícil para o paciente obeso adaptar-se rapidamente à grande alteração da composição 
da dieta. 
 
Perigos da dieta rica em gordura e com baixo teor de carboidratos: 
 
 
 
35 
 
 Hiperlipidemia: dieta rica em colesterol e gordura saturada consiste em um fator 
de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 
 O excesso de ácidos graxos circulantes aumenta a formação de corpos 
cetônicos. Uma dieta cetogênica pode levar à acidose metabólica, natriúria elevada e 
desidratação. Além disso, o aumento de ácidos graxos pode aumentar a concentração circulante 
de ácido úrico, podendo ocasionar gota. 
 Há risco de hipovitaminose, principalmente vitamina C, devido ao baixo consumo 
de vegetais e frutas. 
 O aumento de gorduras saturadas pode aumentar o risco de cálculos biliares e 
até mesmo câncer. 
 É difícil manter essa dieta por um longo período, sendo assim as pessoas a 
abandonam e voltam a ganhar peso rapidamente, até mesmo de forma acentuada. 
 
Dieta da lua 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
A dieta da lua é uma dieta do tipo milagrosa que diz que na mudança da fase da lua 
deve-se ficar 24 horas em jejum de alimentos sólidos e alimentar-se somente de líquidos. 
Essa dieta não pode ser utilizada no tratamento da obesidade porque não modifica o 
hábito diário alimentar; além de poder levar à perda de líquidos orgânicos e massa muscular. 
 
 
 
36 
 
Dieta da sopa 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
A dieta da sopa é preparada com vários legumes, com grande quantidade de repolho. 
Deve-se consumir a sopa por uma semana a um mês, em todas as refeições. Essa dieta é pobre 
em nutrientes (proteínas, minerais e vitaminas). Além disso, não estimula a mastigação, levando 
ao prejuízo da função digestória. A mastigação também é importante como sinalizador de 
saciedade. 
 
Dieta do Dr. Ornish 
 
A dieta do Dr. Ornish é uma dieta rica em carboidrato, pobre em gordura (10% de 
gordura) e com quantidades moderadas de proteínas. Foi desenvolvida para prevenir ou reverter 
a doença cardiovascular. 
Essa dieta é baseada em vegetais, frutas, grãos integrais, feijão, moderada quantidade 
de ovos, laticínios pobres em gorduras, produtos de soja e pequenas quantidades de açúcar e 
de farinha. 
A perda de peso ocorre porque a ingestão de calorias, provenientes dessa dieta, 
diminui. No entanto, a composição da dieta deixa um pouco a desejar, já que: exclui a 
alimentação de peixes (fonte de ômega-3) e é deficiente em vitaminas E, B12 e zinco. 
 
 
37 
 
Dieta dos pontos/Dieta dos Vigilantes do Peso 
 
FONTE: Banco de Imagens do Portal Educação 
 
 
A dieta dos pontos e a dieta dos Vigilantes do Peso são dietas moderadas, que 
incluem um programa de reeducação alimentar, no qual se pode comer qualquer tipo de 
alimento, desde que não exceda a pontuação diária. Essa pontuação é determinada de acordo 
com o gasto metabólico diário de cada indivíduo. 
Nessas dietas, apesar do slogan ser “emagreça comendo o que quiser”, é enfatizada a 
importância de a dieta ser balanceada, ou seja: 50 a 60% de carboidrato, 10 a 15% de proteínas 
e não mais que 30% de gordura. O que acontece é que com essa dieta a pessoa pode consumir 
todos os alimentos, mas sem verificar os grupos que eles pertencem. Assim, pode consumir 
todos os pontos com alimentos mais ricos em carboidratos, por exemplo, descaracterizando a 
dieta balanceada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
Dieta do Mediterrâneo 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
O interesse atual pela dieta mediterrânea originou-se na década de 50 quando se 
verificaram taxas muito baixas de morte por doenças cardiovasculares nas regiões em torno 
do Mar Mediterrâneo. O governo da Grécia em 1948, interessado em melhorar as condições 
econômicas, sociais e de saúde do pós-guerra, encomendou um estudo epidemiológico à 
Fundação Rockfeller para ser realizado na Ilha de Creta. Esta pesquisa, bastante detalhada no 
que diz respeito ao consumo dos alimentos e o perfil epidemiológicodas doenças cardíacas, 
levou Keys e colaboradores a realizarem um estudo na região junto a outras investigações 
paralelas sobre dieta e risco de doença coronariana em sete países (Keys, 1995). 
A partir daí, a alimentação destes povos tem despertado o interesse de pesquisadores 
e profissionais de saúde em função de algumas peculiaridades, como as baixas taxas de 
mortalidade por doenças crônicas e a elevada expectativa de vida. Os gregos, principalmente os 
habitantes de Creta, apresentavam a maior expectativa de vida no mundo até 1960, seguidos 
pelo da população do Sul da Itália, Espanha e França. 
O trabalho precursor do interesse pela dieta mediterrânea, realizado por Allbaugh, traz 
conclusões interessantes sobre o consumo alimentar na Grécia.
 
Enquanto em Creta 61% do 
 
 
39 
 
consumo calórico se deriva do consumo de cereais, batata, nozes, vegetais e frutas, esses 
mesmos produtos faziam parte de 37% do consumo calórico dos norte-americanos. Também os 
produtos de origem animal (carne, peixe, ovos, laticínios) faziam parte de 7% do total energético 
na ilha de Creta, enquanto nos Estados Unidos representavam 33%. Apesar do consumo de 
óleos e gordura estar mais baixo nos Estados Unidos (15%) que em Creta (29%), 78% desses 
últimos advêm de azeitonas e azeite de oliva. 
Anos depois, o Estudo dos Sete Países serviu para identificar os fatores de risco para 
a doença coronariana, estabelecendo uma forte relação entre a gordura e vários ácidos graxos 
com concentrações de colesterol sérico e risco para cardiopatia coronariana. 
A dieta mediterrânea traz diversos aspectos importantes que incluem a ingestão de 
grandes quantidades de cereais, grãos, hortaliças, leguminosas secas, azeite de oliva, alho, 
ervas frescas, frutos do mar e frutas. O vinho é consumido com a alimentação em doses 
moderadas. Carne e aves são também consumidos com moderação. As gorduras animais na 
forma de manteiga, creme ou toucinho, não são incluídas na dieta. 
O atual conceito de dieta mediterrânea pode estar muito distante de sua suposta 
origem geográfica e de uma realidade histórica determinada. Na verdade, quando se fala nos 
valores e vantagens da dieta mediterrânea, há uma apropriação de seus adjetivos nutricionais, 
para referir-se à diversidade da alimentação de todo o Mediterrâneo, dando margem para as 
mais diversas interpretações. Como na definição de Mataix (1996), para quem a dieta 
mediterrânea de referência é uma dieta saudável composta por alimentos que estão presentes 
no mundo mediterrâneo com certo caráter ancestral. O rótulo "mediterrâneo" passou a ser 
equivalente ao atributo saúde. Nessa direção, a valorização da gastronomia e dos produtos 
mediterrâneos também tem sido exaltada, distanciando-se muito do que Keys, em seu clássico 
estudo, chamou de dieta mediterrânea. 
Muito da alimentação atual do Mediterrâneo pode ser rastreada dos tempos antigos. A 
cozinha helênica, que nasceu possivelmente em Creta, é o berço da alimentação mediterrânea. 
Na cozinha Grega se encontram as bases da dieta mediterrânea cujos alimentos mais 
consumidos são: 
 
 Azeite de oliva; 
 
 
40 
 
 Cereais; 
 Vinho; 
 Pescados. 
 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
A Pirâmide do mediterrâneo está ilustrada a seguir e destaca-se pelas seguintes características: 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.portalitalia.com.br/dietamediterranea/imagens/piramide.jpg>. Acesso em: 
20.07.2008. 
 
 
41 
 
a) Abundância de alimentos vegetais – constituem o corpo da Pirâmide. Ex: 
cuscuz de vegetais (Norte da África), macarrão, arroz, polenta, legumes e verduras, pão, 
vegetais frescos, saladas, frutas, amêndoas, grãos e azeitonas, além de alho, cebola e ervas 
como condimentos; 
b) Azeite de oliva – principal fonte de gordura possui maior proporção de gordura 
monoinsaturada e vitamina E; 
c) Laticínios – recomendam-se o consumo moderado de laticínios, principalmente 
queijos e iogurte, 
d) Carnes (vermelha, peixe, aves) e ovos – em quantidades moderadas; 
e) Vinho – com moderação, junto às principais refeições. Para mulheres, a 
recomendação é de apenas 1 taça/dia. 
 
 
Dietas Vegetarianas 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Segundo Slywitch (2006), “ser vegetariano significa ter como princípio não comer 
produtos que implicaram na morte de qualquer ser do reino animal”, e essa opção pode ser 
motivada por três princípios (ou razões) básicos: 
 
a) Razões éticas – muitas pessoas tornam-se vegetarianas por achar que os 
animais têm o mesmo direito à vida e à preservação contra o sofrimento que os seres 
humanos. As razões éticas também envolvem motivos religiosos, já que o vegetarianismo 
faz parte do código de ética de algumas religiões, como o hinduísmo e o adventismo; 
b) Razões ambientais – a consciência de que a criação industrial de animais traz 
impacto ambiental negativo também é uma razão para que muitas pessoas optem pelo 
vegetarianismo. A produção de carne, em larga escala apresenta diversos impactos para os 
recursos naturais e humanos, principalmente a devastação das florestas, a poluição e 
contaminação de mananciais aquíferos; 
c) Razões de saúde – muitas pessoas tornam-se vegetarianas por considerarem 
que a alimentação sem carne traz muitos benefícios à saúde, o que já foi demonstrado em 
muitos trabalhos científicos, como será visto adiante. 
Vegetarianos são, em princípio, aqueles indivíduos que se abstêm de comer carne, 
entretanto, muitos vegetarianos vão além e deixam também de consumir leite e derivados, ovos 
e outros alimentos de origem animal, como o mel, além de deixarem de utilizar produtos de 
origem animal até no vestuário (ex: lã, seda e couro). As dietas vegetarianas podem ser 
classificadas da seguinte maneira: 
 
a) Semivegetariana – a ingestão de carne costuma limitar-se à carne branca, no 
máximo até três vezes na semana. Entretanto, os demais grupos vegetarianos consideram 
semivegetarianos como onívoros (indivíduos que consomem alimentos de origem animal e 
vegetal). 
 
b) Ovolactovegetariana – somente a carne (de qualquer animal) é excluída da 
alimentação, sendo ingeridos todos os outros alimentos de origem animal. Esta é a modalidade 
que possui o maior número de adeptos em todo o mundo; 
 
 
 
43 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
c) Lactovegetariana – carnes e ovos são excluídos, porém o consumo de laticínios 
é liberado; 
 
d) Ovovegetariana – carnes e laticínios são excluídos. Utilizam ovo e quem utiliza 
essa dieta constitui minoria entre os vegetarianos; 
 
e) Vegetarianos verdadeiros (ou estritos) – também conhecidos como veganos (em 
inglês: vegans). Este grupo não ingere nada de origem animal; os vegetarianos excluem 
totalmente o consumo destes produtos, tanto na alimentação, quanto no vestuário. Também não 
consomem medicamentos e cosméticos que possuam qualquer ingrediente de origem animal, ou 
que tenham sido testados em animais. 
 
É importante destacar, que mesmo dentre os grupos citados, existem outros 
subgrupos, como os crudivoristas (só ingerem alimentos crus ou aquecidos pela luz solar), 
macrobióticos (raramente utilizam alimentos crus e alguns praticantes admitem a ingestão 
esporádica de carne branca, principalmente peixe). Alguns vegetarianos só consomem alimentos 
orgânicos e integrais, enquanto que outros não fazem distinção entre integrais e refinados. 
Alguns não utilizam nem açúcar, nem adoçante, e há outros que fumam e ingerem bebidas 
alcoólicas, além de existirem vegetarianos que praticam atividade física e há aqueles que são 
sedentários.44 
 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
Dessa forma, simplesmente classificar alguém como vegetariano, sem buscar maiores 
informações sobre sua ingestão alimentar e seus hábitos, partindo do princípio que todos os 
vegetarianos são saudáveis, pode ser uma atitude precipitada e induzir o profissional de saúde a 
erros tanto de diagnóstico, quanto de conduta, pois como ocorre em qualquer dieta, a adequação 
nutricional dependerá da escolha dos alimentos que fornecem os nutrientes. 
Entretanto, desde que bem planejadas as dietas vegetarianas, de qualquer 
modalidade, são adequadas e capazes de fornecer todos os nutrientes necessários. A exceção 
fica por conta da vitamina B12 (ou Cianocobalamina), que é encontrada somente em alimentos 
de origem animal. Há que se ter atenção aos níveis séricos de vitamina B12 e homocisteína, 
visto que a deficiência daquela vitamina, muito comum em veganos e vegetarianos de longa 
data. Que não fazem suplementação eleva os níveis de homocisteína, que predispõe a maior 
incidência de demência, mal de Alzheimer, osteoporose e principalmente, doenças 
cardiovasculares. Os níveis séricos de B12 podem ser monitorados por meio da dosagem desta 
vitamina, e da dosagem de homocisteína, ácido metilmalônico e holotranscobalamina II. Sendo 
assim, recomenda-se o uso de alimentos fortificados com vitamina B12 (ainda pouco comuns no 
Brasil) e a suplementação medicamentosa da vitamina, via oral ou injetável, cujas aplicações 
podem ser semestrais ou anuais. Atenção especial deve ser dada às mulheres veganas em 
idade fértil e gestantes. 
 
 
45 
 
Devido às suas características e estilo de vida, em geral, os vegetarianos são mais 
magros, e consequentemente, apresentam menores níveis tensionais e menores taxas de 
colesterol total e LDL, apresentam menor risco de DAC e menor mortalidade por essas doenças. 
Acredita-se que esse efeito protetor seja decorrente da combinação de diversos fatores, como a 
menor ingestão de gorduras saturadas, e maior ingestão de fibras, antioxidantes, e gorduras 
mono e poli-insaturadas. 
 
Dieta Ortomolecular 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
Existem grandes comentários e expectativas sobre a dieta ortomolecular. Esta área da 
medicina sugere que as doenças e agravos a saúde podem ser resultado de desequilíbrios 
químicos ou deficiências de nutrientes. Sendo assim, a dieta ortomolecular propõe que as 
doenças podem ser prevenidas e tratadas com a reposição de vitaminas, sais minerais, enzimas, 
etc. Muitas vezes, a proposta desta reposição vem acompanhada da necessidade de 
suplementos nutricionais. 
A medicina ortomolecular baseia-se em testes laboratoriais para vitaminas, sais 
minerais, hormônios, dentre outros para diagnosticar deficiências ou excessos. 
Uma das controvérsias da dieta ortomolecular é a prescrição de altas doses de 
micronutrientes (vitaminas e minerais) ultrapassando a recomendação diária. Uma dosagem 
exagerada é mais comum quando se faz o uso dos nutrientes em forma de suplementos, ao 
 
 
46 
 
contrário da alimentação convencional, que raramente dará subsídios para ultrapassar os limites 
recomendados. 
Poucos profissionais da área médica são explicitamente praticantes da conduta 
ortomolecular, pois ainda ocorrem muitas controvérsias sobre a prática. Entretanto, defensores 
da dieta ortomolecular argumentam que muitos estudos importantes sobre nutrição oferecem 
suporte aos seus tratamentos e recomendações. Eles também argumentam que a terapia e dieta 
ortomolecular têm menos probabilidade de causar efeitos colaterais perigosos, uma vez que 
utilizam somente moléculas presentes naturalmente no organismo por meio da dieta ou 
metabolismo normal. A medicina ortomolecular afirma que muitas dietas típicas são insuficientes 
para a boa saúde em longo prazo. Vale ressaltar que a realização de estudos científicos são 
necessários para confirmar ou derrubar os questionamentos que norteiam a prática da dieta 
ortomolecular. 
 
Dieta do Tipo Sanguíneo 
 
 
FONTE: Clip-arts Microsoft Office Online 
 
 
A dieta do tipo sanguíneo sugere que de acordo com cada tipo de sangue a dieta deve 
seguir algumas determinações específicas. A justificativa para essa dieta é de que o tipo de 
sangue determina diversas funções no organismo como: funções digestivas, estruturais e 
metabólicas. 
 
 
47 
 
A dieta foi desenvolvida por Peter J. D`Adamo, um americano que divulgou sua teoria 
por meio do livro “A dieta do seu Tipo Sanguíneo” e afirma que seguir a dieta corretamente 
determina o peso do indivíduo e o aparecimento ou não de doenças. Apesar do sucesso gerado 
pelo livro, a dieta vem acompanhada de acusações e muitas controvérsias, principalmente de 
médicos, nutricionistas e biólogos, profissionais da saúde que atuam estudando o organismo 
humano e os grupos alimentares. O maior inconveniente da dieta justificada pelos profissionais 
da saúde é o fato da restrição de alguns grupos alimentares tornarem a dieta desequilibrada e a 
médio e longo prazo comprometer diversas funções do organismo. 
Segundo a dieta do tipo sanguíneo, pessoas de sangue O seriam "caçadoras 
carnívoras", com aparelho digestivo forte, sistema imunológico superativo e requerem 
metabolismo eficiente para permanecerem magros. Já indivíduos de sangue A seriam 
vegetarianos dóceis, e os de sangue grupo B seriam onívoros. 
Segundo a teoria da dieta do tipo sanguíneo, as condutas alimentares corretas seriam 
as elencadas abaixo: 
 
Sangue tipo O 
 
 Consumir carne diariamente; 
 Evitar a maioria dos grãos (arroz, feijão, etc.). 
 
Sangue tipo A 
 
 Consumo basicamente de vegetais; 
 Evitar o consumo de carnes. 
 
Sangue tipo B e AB 
 
 
 
48 
 
 Consumir carnes frequentemente; 
 Consumir grãos e vegetais. 
 
A dieta do tipo sanguíneo não tem comprovação científica e é totalmente desaprovada 
por médicos, nutricionistas e biólogos, portanto é importante evitar sua prática. 
 
 
A dieta Macrobiótica 
 
A dieta macrobiótica foi proposta por Michio Kushi no final dos anos 60. A dieta 
considera importante o consumo de cereais integrais produzidos localmente e leguminosas como 
a soja e frutas. A recomendação é que, gradativamente o consumo de produtos de origem 
animal seja reduzido. Alimentos ricos em açúcar, farinhas refinadas, leite e derivados são 
considerados prejudiciais a saúde, portanto devem ser evitados. 
Os fundamentadores da dieta macrobiótica afirmam além dos benefícios para o corpo, 
a dieta auxilia nas questões psicológicas e espirituais, beneficiando consequentemente a saúde 
do corpo, prevenindo males cardiovasculares e doenças como câncer. 
Essa dieta restringe grupos alimentares importantes como às proteínas, responsáveis 
por diversas funções no organismo, dentre elas a produção de anticorpos, que auxiliam na 
proteção imunológica do corpo. 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
49 
 
A dieta DASH 
 
A dieta DASH foi baseada em estudos sobre planos de dietas, elaborado pelo governo 
norte-americano na tentativa de diminuir os níveis de pressão arterial e, dessa forma, diminuir os 
riscos do surgimento de complicações cardiovasculares estimuladas pela pressão alta. DASH é 
a abreviação de "Dietary Approaches to Stop Hypertension" ou "métodos para combater a 
hipertensão por meio da dieta". O estudo consegue concluir que consumismo pode afetar as 
chances de desenvolver pressão alta. 
Dois estudos-chave foram concluídos pelos cientistas apoiados pelo órgão norte-
americano "National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI)". Os estudos concluíram que a 
pressãoarterial diminuía com um plano de dieta com as seguintes características: 
 
 Pouca gordura saturada; 
 Pouco colesterol e gordura total; 
 Consumo diário de frutas; 
 Consumo de vegetais; 
 Consumo de leite e derivados desnatados; 
 Consumo de grãos integrais; 
 Consumo de carnes brancas como peixes e aves (sem pele); 
 Consumo de nozes, castanhas e amêndoas. 
 
As principais características desta dieta é a oferta de boas fontes de vitaminas e 
minerais, além da redução de gorduras em geral. Nutrientes como, potássio, magnésio, cálcio, 
dentre outros são bem ofertados na dieta DASH. 
 
 
 
 
 
50 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
9 CONCLUSÃO 
 
 
São muito frequentes as novidades relacionadas a alimentos. A mídia lança 
diariamente novidades na área de alimentação, entretanto muitas novidades não possuem 
comprovação científica. Portanto, devemos ter o cuidado de não confundir ciência com tabu ou 
folclore alimentar. Existem informações que se espalham pela sociedade, passadas de geração 
em geração, ou que surgem repentinamente como se fossem verdades universais, mas que não 
apresentam nenhuma comprovação. Um exemplo clássico é o caso de quem afirma que comer 
manga com leite faz mal ou que comer arroz com macarrão engorda. 
 
 
FONTE: Banco de Imagens Portal Educação 
 
 
Existem informações até mesmo perigosas que são muito divulgadas. É o caso do 
vinagre ou do limão puro em jejum para emagrecer. Essas substâncias além de não resultarem 
na perda de peso, podem prejudicar o indivíduo aumentando a acidez do estômago e 
provocando uma úlcera! 
É preciso saber diferenciar as informações científicas das leigas e mesmo as 
científicas podem estar equivocadas, induzidas ou mal elaboradas, etc. Para que uma 
 
 
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informação seja fidedigna, deve estar baseada em diversos estudos realizados por 
pesquisadores responsáveis, seguindo os requisitos necessários e a ética. É importante que as 
pessoas procurem saber mais sobre alimentação e nutrição e que consultem um profissional 
capacitado para solucionar dúvidas e questionamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
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Clinical Nutrition, v. 61 (suppl.), p. 1321S- 1323S, 1995. 
 
 
MAHAN, & ESCOTT-STUMP, S. Alimentos, nutrição e dietoterapia.9 ed. São Paulo: Roca, 
1998. 
 
PHILIPPI, S.T; Nutrição e Técnica Dietética. 2 ed. São Paulo: Manole, 2006. 
 
SHILS, E.M; et al. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 9. ed. São Paulo: 
Manole, 2003. 
 
SLYWITCH, Eric. “Alimentação sem Carne: guia prático. O primeiro livro brasileiro que Ensina 
Como Montar sua Dieta Vegetariana”. São Paulo: Palavra Impressa, 2006. 
 
WAITZBERG, Dan L. Nutrição Oral, enteral e Parenteral na Prática Clínica. São Paulo: 
Atheneu, 2001.

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