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Controle de Velocidade em Motores Elétricos de Corrente Alternada 2 Sumário Máquinas Síncronas........................................3 Formas de Onda.............................................7 Componentes para geração..............................9 Projetos e Aplicações.....................................11 Referências..................................................12 Discente: Victor Sales Ribeiro Docente: Lucas Costa Vichinsky 3 “A principal característica das máquinas síncronas é a frequência da tensão gerada é sincronizada com a velocidade mecânica do equipamento. Isso permite que, por exemplo máquinas mais simples o controle da velocidade seja realizado através do de número de polos de uma máquina. Durante esse trabalho, vamos verificar o comportamento dessas máquinas em sistemas comuns e analisar o comportamento desse equipamento em função de ondas quadradas, o que elas implicam no motor e como esse controle deve ser realizado. Além disso verificaremos alguns modelos comuns de motores que são utilizados e suas principais características. ” Como foi dito na introdução, a principal característica das máquinas síncronas é que sua velocidade mecânica está associada a tensão elétrica de entrada através de sua frequência elétrica. Algumas características importantes sobre as máquinas síncronas serão dissertadas aqui com o intuito de tornar nossa análise na aplicação mais simplificada. Considere dois tipos de máquinas síncronas para a análise: as máquinas síncronas monofásicas e as máquinas síncronas trifásicas. Para o estudo algumas características são semelhantes. Isso na prática ajuda a entender muito bem qual o comportamento das duas em relação ao seu tipo de operação. Essas características são: Sobre a tensão de magnetização: Máquinas síncronas assim como toda máquina elétrica necessitam de uma tensão de campo CC para operar, apesar de sua tensão gerada ser CA, a análise da onda quadrada será aplicada justamente no lado de campo da máquina; A frequência elétrica influência no comportamento mecânico da máquina: O número de polos da máquina determina a velocidade, uma vez que para um número maior de polos a frequência aumenta, porém, a velocidade diminui e vice-versa; 4 Fig. 1 – Comparação da frequência entre uma máquina síncrona de um polo e dois polos. Fonte: Synchronous Generators I (Referência 2) Descrição facilitada do comportamento mecânico da máquina: Pelo fato de sua velocidade mecânica estar associada com a frequência elétrica, podemos facilmente associar o torque de saída/entrada (dependendo do tipo de operação da máquina) com seu torque de saída. Diagrama Elétrico: Máquinas síncronas como qualquer máquina elétrica deve obedecer seu diagrama elétrico. Algumas grandezas descrevem o comportamento da potência de entrada e saída da máquina dependendo da maneira que se deseja trabalhar. Entender esse diagrama ajuda na análise geral da máquina. Fig. 2 – Diagrama fasorial de um gerador síncrono com a) FP atrasado; b) FP adiantado Fonte: Chapman, 5ª Ed. 5 Fig. 3 – Diagrama fasorial para FP unitário Fonte: Chapman, 5ª Ed. Fig.4 – a) Diagrama fasorial de um motor síncrono para FP atrasado; b) Diagrama fasorial de um motor síncrono para FP adiantado. Fonte: Chapman, 5ª Ed. Diagrama de fluxo potência das máquinas síncronas: descreve o comportamento das potências de entrada e saída em máquinas elétricas. Importante para a análise do aumento de grandezas na prática. Fig. 5 – Diagrama de Fluxo de Potência para um gerador. Perdas de Desvio Perdas Mecânicas Perdas no Núcleo Perdas de Potência Elétrica (𝐈𝟐𝐑) 𝐸𝐴𝐼𝐴 = 𝜏𝑖𝑛𝑑𝜔𝑖𝑛 𝐏𝐢𝐧 = 𝜏𝑎𝑝𝑝𝜔𝑛 S A Í D A E N T R A D A 6 Fig. 6 – Diagrama de fluxo de potência para motores. Obs.: As perdas de desvio são geralmente consideradas 1% da potência a plena carga do equipamento. (Chapman) Sobre a corrente de Campo: Deve-se analisar a característica da corrente de campo, uma vez que a corrente de campo pode ser determinada facilmente dependendo do tipo de configuração da máquina e além disso ela determina a amplitude da corrente de armadura. Procurar quantificar esses valores de fato auxilia na análise. Nesse trabalho será assumido que o leitor já saiba os conceitos de configurações série e paralelo. Também já é assumido que o leitor já saiba qual a formulação necessária para essa análise prática. A sugestão dada pelo autor é que sejam consultadas as referências apresentadas nesse trabalho para quitar suas dúvidas. 𝐏 𝐢𝐧 = 𝑉 𝑇 𝐼 𝐿 𝐸𝐴𝐼𝐴 = 𝜏𝑖𝑛𝑑𝜔𝑖𝑛 Perdas de Desvio Perdas de Potência Elétrica (𝐈𝟐𝐑) Perdas no Núcleo Perdas Mecânicas E N T R A D A S A Í D A 7 “Ondas são tratadas, principalmente, de cinco formas em equipamentos elétricos, ondas senoidais, ondas do tipo dente de serra e ondas quadradas. Qualquer uma dessas ondas possuem suas vantagens e desvantagens. Nesse trecho do trabalho vamos falar sobre as ondas quadradas, retangulares e de pulso descrevendo algumas de suas características, procurando entender a importância que existe para o controle dessas máquinas. ” Algumas considerações fundamentais sobre a motivação de utilização de ondas quadradas em máquinas síncronas devem ser dadas antes de citarmos os equipamentos que geram esse tipo de onda. Elas são: Como dito anteriormente a entrada de onda no ramo de campo deve ser sempre contínua. Ondas quadradas/retangulares/pulso de ondas possuem uma característica única de ser interpretada como valores diferentes de ondas contínuas. Esse fato é interessante pois assim dependendo da amplitude dessas ondas, a corrente de campo pode assumir valores diferentes. Analógico Vs. Digital: Essas formas de onda podem ser geradas de duas formas: analogicamente ou digitalmente. As duas maneiras possuem vantagens e desvantagens. Na próxima página pode ser verificado as vantagens e desvantagens dos dois meios. Esse controle da frequência de tensão é interessante para determinar qual a velocidade que o motor vai atuar. Assim interferindo no tamanho do torque do motor. Caso o leitor queira se aprofundar um pouco mais na natureza das ondas e suas principais caracterização a sugestão é que você tenha um inglês afiado e leia o artigo disponibilizado pelo link nas referências. 8 Geração Analógica [+] Geralmente, gerar tensão quadrada com componentes analógicas é mais barato que com componentes digitais. [+] Possui maior facilidade para ser implementada em sistemas onde é requisitada uma maior quantidade de máquinas funcionando ao mesmo tempo, os circuitos geralmente são resumidos em atuações paralelas de circuitos de geração. [+] Equipamentos analógicos são, geralmente, mais robustos e conseguem suportar uma quantidade de potência bem mais elevada que equipamentos digitais. [-] A implementação geralmente requer uma quantidade bem maior de componente e requer uma análise elétrica mais robusta. [-] São mais propícios a ruídos e menos eficientes, geralmente processos de filtragem são necessários para os sinais serem corrigidos. [-] As perdas por calor são maiores e esse tipo de equipamento requer, geralmente, algum tipo de mecanismo que o ajude o equipamento a não exceder sua temperatura. Geração Digital [+] Possui métodos mais precisos e mais eficientes de geração de onda. [+] As perdas por calor são bem menores que em sistemas analógicos. [+] A implementação em sistemas digitais requer uma quantidade menor de componentes e uma análise elétrica menos robusta. [+] São menos propícios a ruídos e são sistemas que geralmente não precisam de filtragem ou já realizam uma filtragem no seu próprio processamento. [-] Dificuldade de implementação em massa, devido ao custo relativamente altos. [-] São equipamentos mais sensíveis a potências e correntes elevadas, requerendo assim uma proteção a esses fatores. [-] Uma forma de onda gerada por uma componente digital geralmente possui um custo mais elevado que uma forma de onda gerada por um meio analógico. [-] Geralmente é necessária uma amplificação do sinal gerado através de circuitos específicos, devido à natureza do equipamento geralmente gerar tensões menos elevadas. Abaixo será citado brevemente cada forma de geração das ondas alvo e suas características principais. O caso das máquinas trifásicas No começo final do século 19 e no começo do século 20 as indústrias tinham muito receio de utilizar motores trifásicos. Isso se dá pelo fato de que o controle da velocidade desses motores na época não era preciso, os motores comumente passavam da velocidade que eram para atuar e começavam a atuar em uma velocidade maior do que a prevista. Apesar desse impasse motores trifásicos possuem resultados melhores de torque que um motor monofásico, por um preço menor. Esse fator levou a eletrônica a disponibilizar alguns métodos maiores de controle para esse equipamento elétrico em particular. Atualmente, indústrias que utilizam máquinas rotativas, como por exemplo indústrias têxteis, optam por motores trifásicos devido ao seu maior rendimento. 9 Os métodos de geração podem ser divididos em dois: métodos analógicos e métodos digitais. Os componentes utilizados vão ser de natureza elétrica ou de natureza programável, dependendo da característica do sistema. Os equipamentos utilizados para geração desses sinais são: CI: Existe uma gama de circuitos integrados que conseguem gerar pulsos de sinal. Alguns deles são o 4047 (ondas quadradas), o temporizador 555 (para ondas quadradas/retangulares) e o TL594 (pulsos PWM). As especificações necessárias para o projeto vão depender do datasheet de cada componente. Oscilador de cristal com CMOS Outra maneira de gerar ondas quadradas, geralmente são utilizados como geradores de pulso de clock para circuitos digitais. A vantagem de utilização desse circuito é que dependendo dos valores de impedância, a frequência do sinal de saída é diferente. Inversores: inversores atualmente são a forma mais precisa de utilização analógica para circuitos dessas características. Circuitos dessa característica são geralmente feitos com dispositivos de chaveamento, como tiristores. Circuitos de onda quadrada com AMP-OP: os amplificadores operacionais também podem gerar ondas quadradas. O caso do circuito com o 741 é um exemplo disso. Métodos digitais de geração de sinal: Arduino: O Arduino possui um módulo para geração de sinal PWM. Com ele o usuário pode controlar a frequência de saída. O problema mais comum com essa entrada é que a saída é no máximo de 5 volts. O Arduino também é um dispositivo bem sensível a correntes elevadas. Esse rapaz ainda possui uma biblioteca enorme de projetos e de códigos, o que torna ele bem popular para qualquer aplicação. Raspberry: outra plataforma programável que possui um pino de PWM. Possui as mesmas características que o Arduino. DSP: os processadores digitais de sinais atualmente são os dispositivos programáveis mais potentes para a geração de sinais. São dispositivos sensíveis e que geralmente possuem um custo muito elevado. PIC: os circuitos integrados programáveis também são capazes de gerar ondas quadradas, porém devido a sua dificuldade de programação 10 geralmente não são muito recomendados. Apesar disso, a contrapartida é que o preço desses circuitos geralmente são mais baixos que os dos seus conterrâneos. Entender essas metodologias para geração é necessário para entender como trabalhar com motores e sinais quadrados. Agora vamos ver algumas aplicações de motores com um sinal de onda quadrado. 11 Algumas aplicações que podem ser utilizadas para a redução de velocidade de motores podem ser: A redução ou aumento de produção de uma devida indústria (principalmente têxtil ou que produza materiais gráficos) com o aumento ou a redução da frequência utilizada. Aumento ou redução da ventilação de um ambiente. Utilização para uma esteira de uma fábrica. Levantar ou abaixar uma ponte. As aplicações variam e dependem muito da criatividade do projetista para verificar onde é que elas podem ser utilizadas. Mas a questão de como o motor roda e sua velocidade ser controlada. Alguns projetos podem ser encontrados abaixo para o controle da velocidade: Projeto de inversores para motores síncronos: o autor desenvolveu um circuito inversor com alta precisão para aplicações domésticas, aplicações para o controle de equipamentos HVAC (equipamentos de climatização, que são capazes de resfriar, ventilar e aquecer) e outras aplicações de ventilação e tubulação. O projeto foi simulado e desenvolvido pelo autor e pode ser encontrado no apêndice. Controle de velocidade em motores AC utilizando Arduino: no trabalho é exibido como se utiliza as portas PWM e SPWM para o controle de velocidade de motores. O projeto anterior utilizou o temporizador 555 para a geração da PWM, porém o Arduino também pode ser utilizado para o mesmo proposito com uma vantagem ainda maior, ser utilizado como um dispositivo de controle para outros mecanismos. Geralmente para controle de motores com Arduino é utilizado um dispositivo chamado ponte H. Essa mesma ponte pode ser criada por um circuito equivalente. Controle de motores AC utilizando DSP: o sistema possui uma variação de frequência entre 1.5 kHz e 25 kHz com 12 bits. Os conversores são baseados em três dispositivos ADSP-2105, ADMC201 e o AD2S90. O autor ainda sugere que os DSP ADSP-2105 pelo DSP-2101 ou pelo DSP-2181 para maior poder de processamento. Os links para esses projetos estarão disponíveis nas referências. 12 [I] Chapman, Máquinas Elétricas. 5ª Edição [II] Syncronous Generator I; Link: http://www.egr.unlv.edu/~eebag/Synchronous%20Generator%20I.pdf [III] Waveforms; Link: https://www.electronics-tutorials.ws/waveforms/waveforms.html [IV] Design of Inverter for Syncronous Motors; Link: http://eie.uonbi.ac.ke/sites/default/files/cae/engineering/eie/DESIGN%20OF%20IN VERTER%20DRIVE%20FOR%20SYNCHRONOUS%20MOTORS.pdf [VI] Módulos para PIC: Motores AC: Link: http://www.twovolt.com/category/motor-driver-ac/ [VII] DSP based AC motor control hardware; Link:http://www.analog.com/en/analog-dialogue/articles/dsp-based-ac-motor- control-hardware.html [VIII] O oscilador de cristal; Link: https://www.electronics-tutorials.ws/oscillator/crystal.html Caso existam mais dúvidas, consultar o funcionamento dos diversos componentes citados no trabalho.
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