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FACULDADE IBGM/IBS PATOLOGIA GERAL E IMUNOLOGIA NEOPLASIAS RECIFE 2015.1 1 INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO E MARKETING INSTITUTO BRASILEIRO DE SAÚDE IBGM/IBS NEOPLASIAS PATOLOGIA GERAL E IMUNOLOGIA PROFº Eduardo Ribeiro ALUNA: Taciana Nascimento de Lima ENFERMAGEM / 3º PERÍODO-NOITE/SALA- 05 D RECIFE 2015.1 2 SUMÁRIO Introdução...............................................................................................................3 Neoplasia: 1. Conceito.............................................................................................................4 2. Etiologia..............................................................................................................4 2.1 Tipos de Agentes Neoplásticos........................................................................5 3. Morfologia...........................................................................................................6 4. Nomenclatura.....................................................................................................7 5. Epidemiologia.....................................................................................................8 6. Comportamento.................................................................................................8 6.1. Benignos X Malignos......................................................................................9 6.2. Neoplasia Benignas........................................................................................9 6.3. Neoplasia Malignas........................................................................................10 7. Anatomia...........................................................................................................10 8. Diagnóstico........................................................................................................11 9. Crescimento Secundário...................................................................................13 Referências Bibliográficas....................................................................................13 3 INTRODUÇÃO As neoplasias podem ser conceituadas como: "Ploriferações locais de clones celulares cuja reprodução foge ao controle normal, e que tendem para um tipo de crescimento autônomo e progressivo, e para a perda de diferenciação." O conceito indica bem a origem da palavra "neoplasia": "neo" = novo; "plasia" = formação. O crescimento autônomo de uma população celular, bem como a liberdade de diferenciação (a perda da diferenciação pode ser entendida como uma ação que a célula adquire de se especializar segurando novas regras, interpretadas por nós como sendo uma perda da diferenciação normal) indica que há um novo tecido se formando no local. Alguns autores chamam a neoplasia de "tumor", a despeito de esse termo se referir a qualquer aumento de volume não necessariamente neoplástico . Trata-se de uma convenção cuja adoção e proposta devem ser sempre esclarecidos pelo grupo que a adota. As células que a compõe a neoplasia estão alteradas geneticamente (a teoria de que a origem das neoplasias está no código genético está cada vez mais forte hoje). Isso indica que a célula-mãe, estando alterada geneticamente, passará essa alteração para as células-filhas. Esse fato, aliado ao desconhecimento do mecanismo completo de formação de neoplasias e de sua etiologia , fazem deste grupo de patologias de cura difícil e de inúmeros investimentos em pesquisas no mundo inteiro. 4 NEOPLASIA 1. Conceito No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controladas e não controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são denominadas, na prática, de "tumores". A primeira dificuldade que se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evolução do conhecimento, modifica-se a definição. A mais aceita atualmente é: "Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro" (Pérez- Tamayo, 1987; Robbins, 1984). 2. Etiologia Os agentes causadores das neoplasias ainda constituem um mistério. Devido à complexidade de alterações celulares presentes, ainda não se conseguiu isolar o agente agressor. De qualquer forma, estes foram agrupados como se segue, tendo uma participação no mecanismo neoplástico ainda não muito em definido. As pesquisas envolvendo a etiologia das neoplasias abordam uma possível origem a partir da alteração direta do DNA. Isso implica que o agente agressor foi de tal ordem que suplantou os mecanismos de reparação do DNA naturalmente disponíveis. Acredita-se hoje que, para uma célula se tornar neoplástica, são necessárias inúmeras mutações, ou seja, várias modificações no código genético em intervalos de tempo distintos para que a célula adquira fenótipo neoplástico. Em termos genéticos, os genes alterados e ditos promotores da neoplasia são denominados de oncogenes. Esses oncogenes podem ter seu alelo ativo ou inativo (nesse último caso, conhecido como "proto- 5 oncogene"); produzem grande quantidade de proteínas, as quais já são bem conhecidas e pesquisadas. Essas proteínas podem servir futuramente como fonte de diagnóstico precoce neoplasia, por intermédio de sua detecção (utilizando sistemas de marcação proteica de rastreamento genético) já nos primeiros momentos de formação da célula neoplástica. Outro mecanismo de origem das neoplasias envolveria os agente epigenéticos, ou seja, que causariam alterações na expressão do DNA, mas não diretamente em sua estrutura. Uns exemplos são alguns agentes químicos que promovem a carcinogênese (origem do câncer) não por lesão direta na estrutura do DNA, mas provavelmente por selecionarem e facilitarem a viabilidade de alguns elementos celulares já multados. 2.1. Tipos de Agentes Neoplásticos Agentes Físicos - Ex: ação mecânica, temperatura, radiação, efeitos magnéticos. a) Energia Radiante: representadas pela radiação ultravioleta e pelo raio X. Provocam danos diretos à estrutura do DNA. b) Energia Térmica: principalmente exposições constantes ao calor ou queimaduras, envolvendo principalmente lesões em pele. A constante exposição ao calor implica um grau de renovação celular, principalmente do epitélio cutâneo, o que faz com que a célula se multiplique constantemente, aumentando a probabilidade de mutações. Carcinoma epidermóide (neoplasia maligna epitelial) em lábio inferior é muito comum em países tropicais, acredita-se devido à grande exposição sol e fragilidade do revestimento cutâneo e mucoso dessa região labial. Agentes Químicos - Compreendem substâncias tóxicas e não tóxicas.Ex: tetracloreto de carbono, álcool, medicamentos, detergentes, fenóis etc. a) Corantes: as anilinas, por exemplo, têm sido relacionadas ao desenvolvimento de cânceres no trato urinário. b) Fumo: a queima do tabaco também pode ser um agente promotor de transformação maligna. 6 Carcinoma epidermóide em boca. Dentre as neoplasias malignas em boca, o carcinoma epidermóideé o mais frequente, sendo bastante prevalente na população brasileira. Sua presença atualmente tem sido correlacionada a hábitos de uso de fumo e álcool. Agentes Biológicos - Ex: infecções viróticas, bacterianas ou micóticas, parasitas. a) Virais: o DNA - vírus incorpora-se ao genoma humano ou participa diretamente do mecanismos de multiplicação celular, incluindo suas proteínas nesse processo. O RNA - vírus, ao contrário, copiam sequências genéticas humanas e passam a interferir diretamente nos mecanismos celulares. Acredita-se hoje que muitos vírus participem dos processos neoplásticos haja visto sua interferência na genoma humano. Os mais estudados são HPV (papiloma vírus humano), como possível causador de carcinomas de uterino, e o citomegalovíru, como causador de linfomas. b) Bacterianos: ainda não se conhece bem a participação de bactérias no mecanismo de formação neoplástica (alguns autores nem acreditam que tenha participação); contudo, têm sido fonte também de pesquisas. Lesão branca em mucosa de rebordo alveolar. Essa lesão é clinicamente denominada de "leucoplasia" (leuco = branco; plasia = formação). Acredita-se que essas lesões tenham alto potencial de transformação maligna, originando neoplasias malignas. A origem deste tipo de leucoplasia (denominado de "leucoplasia pilosa") é possivelmente viral. 3. Morfologia O parênquima tumoral exibe um grau variado de células. As dos tumores benignos, que são semelhantes e reproduzem o aspecto das células do tecido que lhes deu origem, são denominadas bem diferenciadas. As células dos tumores malignos perderam estas características, têm graus variados de diferenciação e, portanto, guardam pouca semelhança com as células que as originaram e são denominadas pouco diferenciadas. Quando estudam-se suas características ao 7 microscópio, vêm-se células com alterações de membrana, citoplasma irregular e núcleos com variações da forma, tamanho e cromatismo. 4. Nomenclatura Regra Geral: A designação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. A nomenclatura das neoplasias benignas segue a regra de se acrescentar o sufixo oma ao nome do tecido de origem. Ex: papiloma (origem do epitélio escamoso), adenoma (origem do epitélio glandular), fibroma (do tecido conjuntivo), lipoma (do tecido adiposo) etc. Para os tumores malignos, utiliza-se a expressão carcinoma para os de origem epitelial e sarcoma para os de origem mesenquimal . Ex: carcinoma epidermóide (origem do epitélio escamoso), adenocarcinoma (epitélio glandular), fibrossarcoma ( tecido conjuntivo), osteossarcoma (origem do tecido ósseo) etc. Para algumas neoplasias malignas, porém, utiliza-se a regra de nomenclatura da benignas.Ex: lifomas (origem mesenquimal hematopoiética), melanoma (origem epitelial). Vale dizer que a nomenclatura desse grupo de lesões está em constante modificação e comporta certas incoerências de padronização (como é o caso das lesões ditas exceções, com linfomas, por exemplo, reconhecidamente malignos, mas com nomenclaturas de benignos). Às vezes, uma lesão já sabidamente não- neoplástica ainda comporta uma nomenclatura com o sufixo oma; o caso de "granuloma" (processo inflamatório crônico). 8 5. Epidemiologia a) Idade: (Neuroblastoma /0 a 2 anos; Tumor de Wilms / 2 a 4 anos; Osteossarcoma / 4 a 25 anos; Condrossarcoma /> 50 anos; Adenocarcinoma de endométrio / pós menopausa; Adenocarcinoma prostático / sensibilidade). b) Hábitos e Costumes: (Hepatoma nos bantús africanos / alimentação com farinha mofada / aflatoxinas; Não existência de carcinoma peniano em judeus / circuncisão; Carcinoma mamário nos países desenvolvidos / não amamentação; Carcinoma uterino nos países subdesenvolvidos / falta de higiene íntima; Carcinoma esofagiano nos gaúchos / chimarrão; Carcinomas gástricos e intestinais / defumado e enlatados). c) Profissão: (Linfoma / radiologistas e químicos). d) Nível sócio-econômico e região geográfica: Alteram significamente a incidência de câncer pelo mundo. e) Pré-dispisição genética. 6. Comportamento Dependendo do comprometimento orgânico e geral produzidos pela neoplasia, ela é classificada em: a) Benigna: Geralmente pouco agressivas e relativamente inofensivas. b) Maligna: Muito agressivos, representando uma ameaça potencial à vida. c) Potencialmente Malignos: ou de malignidade duvidosa, ou ainda "Tumores Bordeline" - são neoplasias cuja classificação em benigno ou maligno é muito difícil, tanto por se tratar de neoplasias com características benignas e malignas 9 simultaneamente, quando por poderem se tratar de neoplasias benignas em franco processo de malignização. 6.1. Benignos X Malignos Os tumores benignos e malignos podem ser diferenciados com base no seu grau de diferenciação, na taxa de crescimento, na capacidade de invasão local e de disseminação a distância. 6.2. Neoplasias Benignas >Células não tão diferentes do tecido original >Células crescem unidas entre si e não infiltram em tecidos vizinhos >Compressão do tecido adjacente forma cápsula fibrosa >Crescem de maneira lenta, boa vascularização, não formam zona de necrose e hemorragias são incomuns. Pode haver migração somente em caso de lesão ou rompimento. Apesar de benignos podem trazer consequências Compressão de órgãos e vasos, produção de excesso de alguma substância. >Tumores pancreáticos Secretores de insulina, podem levar a hipoglicemia fatal. >Gliomas Localizados em regiões profundas do encéfalo, difícil remoção, podem levar a compressão, parada de regiões vitais e morte. Portanto, visão mais ampla da definição de maligno ou benigno é necessária. 10 6.3. Neoplasias Malignas Característica e propriedades das células malignas -Crescimento e diferenciação: Multiplicação fora do controle normal do organismo; Tumores diferenciados são menos agressivos e crescem mais lentamente; Tumores malignos são menos diferenciados e tem ritmo de crescimento mais rápido; Células malignas induzem a angiogênese para garantir suprimento durante a fase de rápido crescimento. Adesividade Reduzida adesividade entre si 1. Irregularidades na membrana; 2. Diminuição de estruturas juncionais; 3. Redução de moléculas de adesão; 4. Redução da adesão ao interstício. Função celular Perda da diferenciação pode estar associada a perda da função, alguns perdem totalmente a função do tecido original, alguns perdem parcialmente. Ex.: Adenoma ou carcinoma da suprarenal Continua com função de produção de hormônios esteroides, porém se tornam insensíveis aos mecanismos de controle. Consequência = níveis excessivos na circulação Bioquímicas Captam mais aminoácidos; Realizam mais glicólise (suportam hipóxia); Células cancerosas consomem muita glicose; Consumo de glicose permite rastrear localização do tumor; Características de células embrionárias (menos diferenciadas) e proliferação rápida. Motilidade Devido a menor adesividade e modificação da estrutura podem infiltrar tecidos adjacentes; Primeiro passo da disseminação, no novo local podem originar novas colônias tumorais. 7. Anatomia A anatomia das neoplasias pode ser estudada tanto em nível macroscópio quanto microscópio. 11 Macroscopia a) Volume: pode ser microscópio ou ocupar um órgão inteiro; o volume da neoplasia nãoé indicativo de prognóstico (se benigno ou maligno), pois depende do tipo de tecido e de sua localização. Os carcinomas ditos in situ, por exemplo geralmente são microscópios e restritos dentro do epitélio e já são considerados malignos. b) Forma:os benignos tendem a ser esféricos e com limites bem defiinidos; os malignos, por sua vez, têm limites indefinidos e formato bem irregular. c) Superfície: as neoplasias podem ter superfície lisa, ulcerada, necrótica, granulosa ou papilar, dependendo do tecido e da forma de crescimento. As neoplasias malignas, por exemplo, principalmente as epiteliais de revestimento, aparecem muitas vezes ulceradas. d) Cor: variações de cor podem ser vistas, por exemplo, em decorrência de hemorragias ou de necrose no tecido neoplástico. No caso de crescimento secundário (metástase), o tecido neoplástico pode ter cor do seu tecido de origem. e) Consistência: em geral, os tecidos neoplásticos têm consistência mais firme do que o tecido no qual está localizado. Microscopia a) Parênquemia: a célula neoplástica benigna, é indistinguível da célula normal, com exceção do padrão tecidual que gera, o qual difere do normal. Já célula neoplástica maligna apresenta modificações significativas com relação à célula normal. b) Estroma: o tecido de sustentação da neoplasia em geral não está alterado (não apresenta graus de anaplasia, ou seja, de diferenciação). Pode se escasso ou exuberante, dependendo do tipo de tecido neoplástico. Pela análise da anatomia das neoplasias, juntamente com outros exames complementares, é possível se chegar ao sei diagnóstico. 8. Diagnóstico O diagnóstico das neoplasias é feito, inicialmente, por intermédio da observação do tumor (de suas características clínicas). Exames complementares 12 para o diagnóstico das neoplasias incluem, dentre outros, exames imagenológicos (radiografias, tomografias etc.), bioquímicos e histopatológicos. Para estes últimos, é necessária a retirada de fragmento do tecido em questão, o qual é processado para a análise microscópicas. Os métodos de retirada do fragmento tecidual incluem: a) Biópsia Retirada e exame histopatológico (macroscópio e microscópio) do tecido lesado, obtendo-se a natureza da doença e do seu estágio. Pode ser excisional, ou seja, toda a lesão retirada, ou incisional, na qual somente se corta um fragmento de tecido para se examinado. A biópsia pode ser realizada mediante o procedimento de punção - aspiração do material com agulhas finas ou grossas - ou curetagem - fragmentos teciduais obtidos por raspagem. A biópsia está indicada para lesões que provoquem alterações morfológicas significativas (não necessariamente neoplástica), para o diagnóstico diferencial com outras entidades patológicas, para a avaliação do grau de malignidade ou do resultado do tratamento instituído (se as células neoplásticas ainda estão presentes ou não). b) Citopatologia Oncótica Pesquisa individual dos elementos neoplásticos, com material obtido por intermédio de raspagem do local (e não de incisão como na biópsia). Não há uma organização tecidual neste estudo, o que dificulta um diagnóstico preciso. Pela análise desse exame, sã distribuídas classes (Classes Papanicolaou), as quais dizem respeito ao grau de diferenciação das células presentes. Grau I: as células encontram-se bem diferenciadas e não há presença de células inflamatórias concomitantes; Grau II: as células encontram-se bem diferenciadas e existem algumas células inflamatórias; Grau III: as células apresentam um certo grau de indiferenciação; elementos inflamatórios podem estar presentes; Grau IV: as células apresentam médio grau de indiferenciação; elementos inflamatórios estão comumente presentes; 13 Grau V: alto índice de indiferenciação (já um estágio neoplástico maligno); geralmente há grande quantidade de células inflamatórias associadas. 9. Crescimento Secundário As neoplasias podem se desenvolve no seu local de origem, com crescimento dito primário ou in situ. Porém, diante de um desenvolvimento neoplástico maligno, podem observar crescimentos secundários, ou seja, há um desenvolvimento neoplástico distante do seu local de origem. Os crescimento secundários pode se desenvolver de duas maneiras: Por invasão da matriz; Por metástase. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Retirado de: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/decas/neoplas.mansia.htm ALKER , P. et al. Subcutaneous asdministration of cefepime. Journal of Pain and Sympton Management, New York , aug. 2005. INSTITUTO NACIONAL DO CANCÊR (Brasil). Rotinas internas do INCA: serviço de hematologia. Rio de Janeiro, 2007. 14 Livro - Manual - Cuidados Paliativos Oncológicos - Controle da Dor - Inca - Ministério da Saúde . Retirado de: texto de Fernanda Menegatti Kokol - R.A 9000498.
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