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Gênero Mycobacterium Prof. Dr.Bruno Jaegger Laranjeira MYCOBACTERIUM 1. Introdução [ lipídios] Superfície hidrofóbica Resistente – desinfetantes e corantes - Bacilos - Aeróbios - Imóveis - Não formadores de esporos - Parede celular: - soluções ácidas = bacilos álcool ácido resistentes MYCOBACTERIUM 1. Introdução Exigente nutição (fastidioso) + Parede celular complexa Crescimento lento Crescimento lento = 3-8 semanas rápido = ± 3 dias OBS: crescimento + colônia = diagnóstico preliminar MYCOBACTERIUM 1. Introdução - Morbidade e mortalidade = países subdesenvolvidos - ≈ 70 espécies (M. tuberculosis, M. leprae, complexo M. avium, M. kansasii, M. fortuitum, M. chelonae, M. abcessus) MYCOBACTERIUM 2. Classificação: Complexo M. tuberculosis (não Runyon) Grupo Runyon I Grupo Runyon II Grupo Runyon III (MNTs) Grupo Runyon IV crescimento pigmento lento ñ produz ou amarelo claro lento lento lento rápido Produz – com luz (fotocromógeno) Produz - Com e sem luz (escotocromógeno) Não produz (não cromógeno) - OBS: Runyon – velocidade de cresc. e produç. de pigmento (carotenóides) com e sem luz MYCOBACTERIUM MYCOBACTERIUM 3. Fisiologia e Estrutura: - Ácido - resistentes - Parede rica em ácidos micólicos (cadeias longas) - [ G + C ] no DNA = 60-70 % Outras bactérias ácido resistentes? Nocardia, Rhodococcus, etc. MYCOBACTERIUM PAREDE CELULAR Lipoarabino- manano antígeno polissacarídio hidrofóbico MYCOBACTERIUM 3. Fisiologia e Estrutura: PAREDE CELULAR - 60 % lipídios - 15 % proteínas e porinas antígenos resposta imune celular PPDs (derivados purificados de proteína) - exposição OBS: é espécífico M. tuberculosis 1. Morfologia: Colônia Microscopia M. tuberculosis 2. Patogênese: - Intracelular (OBS: toda a vida do hospedeiro) Vias aéreas Alvéolos M fagocitose Fagossomo + lisossomo multiplicação disseminação M. tuberculosis 2. Patogênese: M. tuberculosis 3. Resposta Imunológica: T auxiliares produção Ac Resposta ñ efetiva Bactéria intracelular T citotóxicas Interferon (citocinas) Ativam M (granulomas) Necrose tecidual M. tuberculosis 3. Resposta Imunológica: A Infecção pode ser debelada pelos M? - Granulomas Agrupamento localizado de M ativados Impedem disseminação da doença Encapsulados por fibrina (impede penetração de M e fica inativo M. tuberculosis 4. Epidemiologia: - Reservatório natural = humanos - Inalação de aerossóis - Pessoa-pessoa 2002 – OMS = 2 milhões 1/3 população mundial - Ásia, África, Europa oriental, Brasil - Indigentes, alcoólatras, drogas, prisioneiros, HIV (+), profissionais de saúde - Problema de saúde pública = resistência M. tuberculosis 4. Epidemiologia: M. tuberculosis 5. Clínica: - Pulmões - 3-6 semanas: multiplicação cessa (imunidade celular) - 5 % : doença em 2 anos - 5 – 10%: em algum momento da vida - Dose de microrganismos e competência imune (Ex: HIV +) - Sinais e Sintomas: mal estar, perda de peso, tosse, sudorese noturna, escarro (escasso, sanguinolento, purulento) M. tuberculosis 5. Clínica: - Septicemia fase inicial de multiplicação sem foco pulmonar HIV (+) Abcesso M. tuberculosis 5. Diagnóstico: - Radiografia = lobos superiores - Teste cutâneo (+) tuberculina - Detecção laboratorial → Fator corda M. tuberculosis 6. Tratamento: - 6-9 meses - Isoniasida, etambutol, pirazinamida, rifamicina - Drogas combinadas M. leprae - Lepra ou hanseníase - Clínica: sistema imune Tuberculóide Lepromatosa Forma tuberculóide: - Hanseníase paucibacilar (+ leve) - Forte reação imune celular - Fraca resposta humoral - Ac - Tecido infectado: linfócitos e granulomas e bactérias Patogênese: Produção de citocinas (interferon) Ativação de M Fagocitose e eliminação bacilar GRANULOMAS M. leprae M. leprae Clínica: - Lesões cutâneas hipopigmentadas (tuberculóide) M. leprae Forma lepromatosa: - Hanseníase multibacilar - Forte resposta humoral - Ac - [bactérias] nas lesões e nas células de Schwan do nervo periférico Forma mais infecciosa M. leprae Clínica: - Lepromatosa: lesões cutâneas desfigurantes, nódulos, placas, espessamento da derme e afeta mucosa nasal M. leprae M. leprae Clínica: - Crônica Pele e nervos periféricos Compromentimento difuso dos nervos - Sistema imune define tipo da doença M. leprae Epidemiologia da hanseníase: - Índia, Nepal, Brasil - Endêmica em tatus nos EUA - Pessoa-pessoa - Inalação aerossóis - Contato com: secreções respiratórias (nasais) e feridas OBS: não cresce em culturas M. leprae Diagnóstico: - Histopatológico - Teste cutâneo à lepromina Microscopia : globias Ñ cresce em cultura Complexo M. avium (MAC) - M. avium e M. intracellulare - Pacientes imunocompetentes - universais: água, plantas, solo - Doença pulmonar - 3 formas: 1. Homens de meia idade e mais velhos: tabagismo e doença pulmonar primária (≈ tuberculose) 2. Mulheres idosas ñ fumantes (Síndrome de Lady Windermere) 3. Nódulo pulmonar solitário: M. avium mais comum Complexo M. avium (MAC) - EUA = HIV – principalmente M. avium infecção disseminada (todos os orgãos) - ingestão da bactéria (água e alimentos contaminados) - pessoa – pessoa: não comprovado Epidemiologia: Clínica (HIV): - Pulmão e sistema gastrointestinal - Massa de bactérias: altera os órgãos afetados - HIV: [bactérias] nos órgãos afetados Outras Micobactérias de Crescimento Lento - Importância: doenças em humanos - Novas espécies vem sendo descritas - AIDS, neoplasias, transplantados - Potencial virulento baixo - Clínica ≈ tuberculose pulmonar (M. bovis) lesões localizadas, infecções cutâneas, septicemia - encontradas água, solo, animais infectadas (M. bovis) - Disseminação pessoa-pessoa: ñ ocorre Micobactérias de crescimento rápido - 7 dias - potencial virulento baixo - Mais sensíveis a antibióticos - M. fortuitum, M. chelonae e M. abscessus - Clínica raramente disseminada trauma ou porta de entrada (catéter, próteses) - = Devido pacientes internados e pacientes imunocomprometidos Tratamento M. leprae: - 6 meses a 12 meses - Rifampicina, dapsona, clofazimina - Claritromicina, azitromicina, etambutol, rifabutina M. avium: Micobactérias de crescimento rápido - Claritromicina, imipinem, amikacina, cefoxitina, sulfonamidas Tratamento Imunoprofilaxia: - BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) = M. bovis - Administrada em jovens - Só eficiente contra meningite em crianças - Apenas em países com icidência alta Mycobacterium Diagnóstico: Avaliação da imunidade celular: - Teste da tuberculina: M. tuberculosis Antígeno protéico - parede celular Inoculação cutânea - 48 h Reação (+) – 3 a 4 semanas após exposição HIV (+) – são (-) - Teste da lepromina: M. leprae Só p/ hanseníase tuberculóide Reação (+) – 3 a 4 semanas após injeção do Ag Mycobacterium Diagnóstico: 2. Microscopia: forma mais rápida de confirmar a doença - Coloração Ziehl-Neelsen ou Kinyoun - 3 amostras escarro – manhã (M. tuberculosis) - M. leprae o bacilo gosta de T° mais frias linfa orelhas, cotovelos e lesões Mycobacterium Diagnóstico: 2. Ziehl-Neelsen: 1. Fucsina 2. Lavar 3. Álcool – ácido (1´) 4. Lavar 5. Azul de metileno (2´) 6. lavar Mycobacterium Diagnóstico: 3. Biologia molecular: - Sondas específicas: M. tuberculosis 4. Cultura: - Amostras contaminadas – hidróxido de sódio (4%) - Ñ para amostras estéreis - Meios de cultura: Lowenstein-Jensen (gema de ovo) Caldos – aceleram o crescimento (10-14 dias) T = 37°C M. haemophilum, M. marinum...= 30° C Verde malaquita Mycobacterium Diagnóstico: 4. Identificação final: - Provas bioquímicas = produçãode niacina, redução de nitrato e urease (3-4semanas) - Análise dos lipídios da parede - Sondas moleculares - RNAr 16S Obrigado!!
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