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Introdução à Eletroterapia: Conceitos Básicos

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MÓDULO – ELETROTERAPIA (FACIAL E CORPORAL) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora Paola 
Rodrigues 
Email: 
srapaolarodrigues@g
mail.com 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2017 
O QUE É ELETRICIDADE 
 
“Eletricidade: É o ramo da física que estuda o conjunto de fenômenos naturais que envolvem a 
existência de cargas elétricas estacionárias ou em movimento.” 
 
 A eletricidade é uma forma de energia que, quando está em movimento, exibe efeitos 
magnéticos, químicos ou térmicos; um fluxo de elétrons. Ela é um fluxo de elétrons, que são 
partículas de carga negativa que giram ao redor dos átomos. Geralmente não vemos a 
eletricidade mas sentimos , mas hoje em dia somos extremamente dependentes da energia 
elétrica. 
 
Temos duas subdivisões da Eletricidade: 
 
• Eletrostática: é a parte da eletricidade que estuda os fenômenos que ocorrem com as 
partículas eletrizadas que estão em repouso, ou seja, que estão em equilíbrio 
estáticos. (estudo das cargas elétricas em repouso, processos de eletrização, força 
eletrostática etc) 
• Eletrodinâmica: É a parte da eletricidade que estuda os fenômenos que ocorrem com 
as partículas eletrizadas em movimento. Sabemos que as partículas portadoras de 
carga elétrica movimentam-se em matérias denominados condutores elétricos. 
(estudo dos fenômenos que envolvem cargas elétricas em movimento e 
eletromagnetismo). 
 
• Principais temas estudados em Eletricidade 
 
1. Processos de eletrização: Eletrizar significa gerar um desequilíbrio no número de prótons e 
elétrons de um corpo. Existem três processos de eletrização: Atrito, contato e indução; 
 
• Lei de Atração e Repulsão 
Corpos eletrizados com cargas de mesmo sinal se repelem. Corpos eletrizados com cargas de 
sinais contrários se atraem. 
 
Repulsão 
 
Atração 
 
 Repulsão 
+ F ---F - - 
F + ----- + F 
F - ----- - F 
 
Para eletrizar um corpo neutro, devemos colocar ou retirar elétrons, e isso pode ser feito de 
três maneiras clássicas. 
 
• Atrito 
Após o atrito os corpos adquirem cargas de mesmo valor (mesma intensidade0 e sinais 
contrários. Atrito entre vidro e seda. Os elétrons do bastão passam para a seda: assim, a região 
do bastão atritada fica eletriza positivamente e a da seda negativamente. 
 
• Contato 
Ocorre quando existe contato entre um corpo neutro e um corpo eletrizado. Na eletrização 
por contato os corpos adquirem cargas de mesmo sinal. Um caso particular da eletrização por 
contato é que se os corpos forem idênticos, adquirem cada um a mesma quantidade de carga. 
 
• Indução 
Indução é a eletrização sem que haja contato. Se o corpo B for ligado à terra, desparecem de B 
as cargas de mesmo sinal de A. 
 
2. Lei de Coulomb: determina a força de interação elétrica existente entre duas partículas; 
3. Resistores: Equipamentos que são reguladores de corrente elétrica em circuitos e realizam 
o efeito joule (transformação de eletricidade em calor); 
4. Geradores e receptores: Estudo dos equipamentos que recebem e geram energia elétrica. 
 
RELEMBRANDO UM POUCO SOBRE FÍSICA 
 
ESTRUTURA DA MATÉRIA 
 
• Matéria: É tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Por exemplo: A madeira, 
o ferro, a água 
• Corpo: É qualquer porção limitada de matéria (como uma barra de cobre, um fio de aço). 
• Objeto: É um corpo que tem uma finalidade ou um uso: um cinzeiro, um copo, um banco. 
 
 
 
Como propriedades gerais, podemos criar: 
 
1) Massa, que mede a quantidade de matéria que um corpo ou objeto possui. 
2) Extensão, que é o espaço que a matéria ocupa, isto é, o seu volume. 
3) Divisibilidade, que permite a matéria ser dividida sem alterar sua estrutura. 
4) Impenetrabilidade, que nos mostra que dois corpos não podem ocupar o mesmo 
espaço no mesmo tempo. 
5) Elasticidades, que permite á matéria retornar ao seu estado inicial, após sofrer uma 
formação dentro de certo limite. 
6) Compressibilidade, isto é, a matéria pode ser comprimida, tendo o seu volume 
diminuído dentro de certo limite. 
 
 A matéria é formada por pequenas partículas denominadas como átomos. 
 Átomos: São formadas por partículas como Prótons, os nêutrons e os elétrons. Elas 
estão organizadas em núcleo e eletrosfera. No núcleo ficam os prótons e os nêutrons, e na 
eletrosfera os elétrons. 
 
 As partículas que formam o átomo caracteriza-se por suas cargas elétricas e massas. 
 
Partícula Carga elétricas Massa Relativa 
Elétrons - 1 
Praticamente 
Nula 
Elétrons: É uma partícula 
subatômica de símbolo com carga 
elétrica (-) negativa 
Prótons + 1 1 Os prótons, juntamente com os 
nêutrons, constituem os núcleos 
atômicos. Prótons possui presença 
de cargas elétricas positivas no 
átomo através do tubo de raios 
catódicos, experimento pelo qual se 
transferia cargas elétricas por 
eletrodos gerando energia (luz). 
Nêutrons 0 1 
 
Os nêutrons e prótons são mantidos juntos por uma força de atração muito forte. 
A eletrosfera é atraída pelo núcleo devido às cargas elétricas opostas. A eletrosfera tem cargas 
elétrica negativa equivalente a carga elétrica positiva dos prótons do núcleo. Por isso, o átomo 
é eletricamente neutro. 
No átomo, o número de elétrons e o número de prótons são sempre iguais. 
 
- Ions: São átomos que perderam ou ganharam elétrons em razão de reações eles se 
classificam em ânions e cátions. 
- Ânion: Átomo que recebe elétrons e fica carregado negativamente 
- Cátion: Átomo que perde elétrons e adquire carga positiva 
 
 A unidade fundamental da energia é o elétron (do grego: elektron). Elektron significa 
âmbar, pois os gregos logravam atrair pequenos fragmentos fibrosos como papel ou plumas, 
por meio de um bastão de âmbar atritado contra um tecido. 
 Faraday denominou anodo o pólo positivo, dando o nome catodo ao negativo. Foi o 
primeiro a postular que elétrons movimentavam-se do anodo para o catodo, quando que hoje 
em dia se sabe que o movimento é exatamente o oposto: os elétrons deslocam-se do catodo 
para o anodo, ou seja, do negativo para o positivo. 
 Os meios condutores destes elétrons são os sistemas biológicos fluidos, tais como: 
sangue, linfa e água, nos quais estão contidos os íons sódio, cálcio, cloreto, que conduzem a 
corrente elétrica. Quando a corrente é conduzida por estes íons, ocorre secundariamente o 
fenômeno da eletrolise, no qual a eletricidade “quebra” a substância condutora em seus 
componentes, como, por exemplo, no caso da água: sua molécula é partida em 2 átomos de 
hidrogênio e um de oxigênio. Este processo ocorre em todos os tecidos orgânicos, tais como 
nervos, músculos e ossos. 
 Este processo de condução é altamente complexo e não totalmente explicado até o 
momento. Muitos neurotransmissores têm sua ação particularmente alterada pela 
estimulação elétrica. Muitos respondem de uma forma bem conhecida através de uma 
freqüência conhecida de onda, mas ainda há muito o que se pesquisar para podermos 
especificar o efeito individual de cada forma de onda. 
 A quantidade de corrente que passa por um certo local chama-se Ampère (ou micro-
Ampère ou Mili Ampère) 
 O controle da corrente é a intensidade, que determina a quantidade máxima de 
corrente elétrica que deve ser selecionada para uso. 
 
 
 
 
 
 
ELETROTERAPIA 
 
 
 Eletroterapia consiste na utilizaçãode correntes elétricas para fins terapêuticos, ao 
qual utilizaremos agentes ou recursos físicos, corrente elétricas de forma direta ou para 
transformar em outras energias. O fato de empregar a corrente elétrica como agente físico, 
nos obriga de certa forma, óbvia, que a eletroterapia somente faça referência aos aparelhos 
que empregamos para incidir ao organismo unicamente os estímulos elétricos sensoriais e ou 
motores. Neste sentido, a eletroterapia não deveria englobar modalidades terapêuticas como 
o Laser, LED, Ultrassom, Radiofrequência e ondas curtas, por exemplo. Estas modalidades já 
fazem parte dos estímulos que utilizam a corrente elétrica previamente transformada em 
outro agente físico cujas respostas se diferem pelas alterações químicas e teciduais. Os 
“agentes físicos” podem ser: 
- A água (hidroterapia); a luz (fototerapia); o movimento (cinesioterapia); o calor (termoterapia 
– lembrando que o calor compreende quente e frio) e a corrente elétrica (eletroterapia). 
 O termo eletroterapia é oriundo da corrente elétrica e caso desejamos usá-la de forma 
direta ou indireta, ou seja, transformando-a em outro tipo de agente físico terapêutico como 
Ultrassom, Laser, Radiofrequência, onde a base de estimulação ou da formação de uma nova 
energia sempre será a corrente elétrica. Assim poderemos definir a eletroterapia como sendo 
o “uso da corrente elétrica de baixa intensidade, como forma direta ou previamente 
transformada a fim de estimular diferentes órgãos ou sistemas com distintos objetivos” 
 Uma corrente elétrica é o fluxo da eletricidade ao longo de um condutor. Todas as 
substâncias podem ser classificadas como condutoras ou isolantes, dependendo da sua 
facilidade para transmitir a corrente elétrica. 
 Um condutor é qualquer substância que transmita a eletricidade facilmente. A maioria 
dos metais são bons condutores. O Cobre é um condutor particularmente bom e é usado nos 
cabeamentos e motores elétricos. Os componentes iônicos da água a tornam uma boa 
condutora. Isto explica por que não se deve manter em uma lago durante a tempestade 
elétrica. 
 Um isolante ou não condutor é uma substância que não transmite a eletricidade 
facilmente. Borracha, seda, madeira, vidro e cimento são ótimos isolantes. Os cabos elétricos 
são constituídos de fios de metal trancados (condutor) coberto por borracha (isolante). Um 
circuito completo é o caminho de uma corrente elétrica desde a fonte geradora, passando 
pelos condutores e voltando a fonte original. 
 
 
✓ TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA 
 
Existem dois tipos de corrente elétrica. 
 Corrente continua (CC) é uma corrente constante e de fluxo uniforme que se desloca 
apenas em uma direção. Lanternas, celulares e ferramentas elétricas sem fio usam a corrente 
continua produzida pelas baterias. A bateria de seu carro armazena energia elétrica. Sem ela, o 
carro não da à partida. 
 Conversor é o aparelho que transforma a corrente contínua em corrente alternada. 
Alguns carros têm conversores que permitem usar aparelhos que normalmente seriam ligados 
em uma tomada elétrica. 
 A corrente alternada (CA) é uma corrente rápida e interrompida, fluindo primeiro em 
uma direção e depois na oposta. Essa mudança de direção ocorre 60 vezes por segundo. Os 
secadores e chapinhas que são ligados nas tomadas usam a corrente alternada produzida por 
geradores mecânicos. 
 Um retificador é o aparelho que transforma a corrente alternada em corrente 
continua. Os carregadores de baterias usam um retificador para converter a CA de uma 
tomada elétrica na CC necessária para recarregar suas baterias CC. 
 
✓ O QUE SÃO AGENTES FÍSICOS TERAPÊUTICOS 
 
Agentes físicos terapêutico é todo o material ou ação empregada para obter ou 
estimular uma resposta fisiológica no organismo, que por sua vez, desencadeie um 
efeito terapêutico. Dessa forma, todo agente físico terapêutico será portador de uma 
determinada energia a qual poderá ser térmica, mecânica, ou eletromagnética que, na 
sua interação com o material biológico, cederá toda ou parte desta energia. Estamos 
falando de energia mensurável (W/cm², J/cm², mA/cm², etc.), que corresponde 
basicamente a dosimetria do tratamento. 
 
Fisio = Agentes físicos terapia = Tratamento 
É fundamental compreender que nosso organismo está formado por bilhões de 
microbaterias, as células, as quais necessitam de energia para seu completo 
funcionamento. Por diferentes motivos em especial nos quadros patológicos, a energia 
celular estará deficiente e necessitando de uma fonte externa de estimulação para se 
recuperar ou favorecer sua manutenção. É nesse sentido poderemos lançar mão dos 
agentes físicos terapêuticos, os quais, em situações específicas podem contribuir nessa 
reorganização, ou melhor, energização celular. Termos como capacitância, ou seja, a 
capacidade que tem a célula de gerar, armazenar e liberar energia faz parte do rol dos 
mecanismos biofísicos específicos da interação agente terapêutico e célula. 
Os agentes físicos higiênicos era considerados os “agentes naturais” que atuavam 
habitualmente sobre o organismo sadio sustentando nele a vida e que, em ocasiões, 
podiam aliviar ou curar padecimentos. Seriam os de origens natural como o sol, a 
água, o calor do fogo, o frio do clima ou do gelo, etc. Graças aos importantes 
descobrimentos da física, esta terapia do tipo “natural” passou a incorporar agentes 
físicos produzidos artificialmente como a eletricidade, o ultrassom, a radiofrequência, 
o laser e etc. 
 Os agentes físicos podem ser divididos em duas categorias: Ionizantes e Não 
Ionizantes. 
 Os ionizantes (Raio X e Raio Gamma), podem gerar alterações genéticas e 
inclusive desenvolverem células tumorais. 
 Os não ionizantes (ultrassom, laser e eletroterapia), sugere a manutenção das 
propriedades intrínsecas das células e com a impossibilidade de gerar ou estimular a 
formação de células tumorais, salvo em pacientes submetidos à quimioterapia e 
radioterapia cujas células tumorais podem estar circulantes e desenvolver metástases. 
 Os agentes físicos não ionizantes podem classificados em: - cinéticos ou 
mecânicos; térmicos; elétricos ou luminosos. 
- Agentes cinéticos ou mecânicos: Ultrassom terapêutico emissor de ondas mecânicas 
emitidas de forma continua ou pulsadas, podendo gerar maior ou menor efeito 
térmico. (Ondas de choque de baixa freqüência). 
- Agentes térmicos: Termoterapia promovendo aumento ou diminuição da 
temperatura tecidual. Esses agentes pode ser quentes (parafina, compressa quente0 
ou frias (crioterapia – gelo). Nessa classificação temos que entender que fisicamente o 
termo calor significa quente e frio e também existem diferentes agentes e formas de 
emitirem essas energias. 
- Agentes elétricos: Eletroterapia classificada de acordo com repetição do pulsos 
elétricos em baixa e média freqüência. É utilizada para o tratamento e exploração da 
função neuromuscular (eletrodiagnósticos) 
- Agentes luminosos: Fototerapia compreende uma série de recursos fundamentados 
nos efeitos da luz sobre os tecidos biológicos. Além dos tradicionais agentes como 
ultravioleta e infravermelho, teremos também a nossa disposição a Laserterapia de 
baixa e média potência, terapia fotodinâmica, Emissão de luz por diodo (LED) e Luz 
Intensa Pulsada (ILP). 
 Para que possamos entender os efeitos dos agentes físicos é necessário 
estabelecer parâmetros na interação desses com o meio biológico. Para que ocorram 
os efeitos desejados será estabelecida uma relação do estímulo com a reposta. 
“...considerando a correspondência entre estímulo (dose) e a reação (resposta), 
estabelece que “não se produzem reações ou alterações nos tecidos se a energia 
absorvida éinsuficiente para estimular os tecidos absorventes”. 
 Existe uma estreita relação entre a dosimetria (quantidade de energia 
distribuída em determinada área) e os efeitos produzidos pelos agentes físicos, isso 
ocorre de forma geral. Além da escolha do agente físico de maneira adequada é 
necessário estabelecer todos os parâmetros de emissão do mesmo, em especial a sua 
intensidade e forma de emissão. Um agente físico terapêutico pode produzir efeitos 
totalmente opostos, isto é, poderemos estabelecer parâmetros direcionados aos 
efeitos terapêuticos ou caso a dosimetria seja excessiva, poderá resultar em dano 
tissular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura – representação da interação dos agentes físicos terapêuticos, diferentes energias, com 
os tecidos biológicos e suas respostas. 
 
MEDIÇÕES ELÉTRICAS 
 
 O fluxo de uma corrente elétrica pode ser comparado á água passando por uma 
mangueira e jardim. Os elétrons individuais passam pelo cabos da mesma maneira que as 
moléculas de água individuais passam pela mangueira. 
 
AGENTES FÍSICOS 
- ENERGIA - 
• TÉRMICA 
• MECÂNICA 
• ELETROMAGNÉTICA 
 
Interação física 
com os tecidos 
biológicos 
• RESPOSTA PRIMÁRIA 
Resposta química á nível celular 
 
Respostas 
Secundária 
Nível tecidual 
 
• ADEQUADA (Ação terapêutica) 
• INADEQUADA (Ação lesiva ou sem efeitos) 
 O Volts (V), ou tensão (termo usado atualmente em vez de voltagem), é a unidade que 
mede a pressão da força que empurra o fluxo de elétrons para frente através de um condutor, 
assim como a pressão da água que empurra as moléculas de água ao longo da mangueira. Sem 
pressão, nem água nem elétrons poderiam fluir. A bateria do carro tem 12 volts; as tomadas 
normais para ligar o secador e a chapinha têm 110 volts, e a maioria dos aparelhos de ar 
condicionados e secadores de roupas funciona a 220 volts. Uma tensão mais alta indica mais 
pressão ou força. 
 Um Ampere (A) é a unidade que mede a força de uma corrente elétrica (o número de 
elétrons que fluem por um cabo). Como ocorre na mangueira de água, que deve ser capaz de 
expandir à medida que a quantidade de água aumenta o cabo deve expandir conforme há 
aumento na quantidade de elétrons (amperes). Um secador de 12 ampreres deve ter um cabo 
duas vezes mais grosso que um secador de 5 amperes; do contrário, o cabo pode 
superaquecer e pegar fogo. Uma classificação mais alta indica um número maior de elétrons e 
uma corrente mais forte. 
 1 ampere corresponde ao transporte de 1 Coulomb de carga por segundo (1c/s) 
Na prática podem ser usados os submúltiplos do ampere. 
 1mA= 1 miliampere = 0,001 = 1 milionésimo de ampere 
 1 µA = 1 microampere = 0,000 001 = 1 milésimo de ampere 
 1nA= 1nanoampere = 0,000 000 001 = 1 bilionésimo de ampere 
 
Os aparelhos para tratamentos faciais e de couro cabeludo trabalha em Miliampere. 
Ex: TENS (para lift facial) – (40 a 20 ampere) = 1h30 de Ginástica facial 
“quanto menor a potência melhor no facial” – Aperagem > que 45 pode dar paralisia facial. 
 
Um miliampere é um milésimo de um ampere. A corrente para os tratamentos faciais e do 
couro cabeludo é medida em miliamperes, uma corrente de amperes seria forte e poderia 
machucar a pele. 
 Os volts medem a pressão da força que empurra os elétrons para frente. 
 O Ohm (O) é a unidade de mede a resistência de uma corrente elétrica. A corrente não 
flui através do condutor a menos que a força (volts0 seja mais forte que a resistência (ohms). 
 Um Watt (W) é a medição de quanta energia elétrica esta sendo usada em um 
segundo. 
 Um Kilowatt (K) corresponde a 1.000 watts. A eletricidade de uma casa é medida em 
que killowatt por hora (kWh). 
 HERTz (Hz) é a unidade que determina o comprimento da onda sonora e envolve a 
freqüência do som, ou seja, a capacidade de perceber sons graves e agudos. Assim, a audição 
normal é aquela que se situa entre 0 a 20 db e entre 250 a 4.000 Hertz. Para determinar a 
perda em um teste audiométrico geralmente são usadas às freqüências 500, 1000, 2000 Hz e 
4000 Hz. 
 Megahertz é a medida para a velocidade de processamento de um computador. Um 
megahertz, ou MHz, equivale a 1 milhão de ciclos por segundo, ou 10 elevado à potência 6, 
diferentemente de megabyte. Em termos científicos, serve para medir qualquer coisa que 
oscila a intervalos regulares (como as ondas do rádio). Quem tem, por exemplo, um daquele 
relógios de paredes antigos, com pêndulos, notará que o pêndulo faz um vai-e-vem a cada 2 
segundos. O relógio, portanto, oscila a velocidade de 0,5 Hz (2 segundos divididos por quatro 
movimentos), ou 0,0000005 megahertz. Hoje em dia, já temos processador com 3 gigahertz 
(GHZ), ou seja, que funcionam a 3 bilhões de ciclos por segundos. 
 
 
Exemplo: 929, 662, 500 
 
 
 
 
 
 
 
POLARIDADE 
 
Polaridade indica o pólo negativo ou positivo de uma corrente elétrica. Os aparelhos de 
eletroterapia sempre possuem um pólo negativo e um de carga positiva. O eletrodo positivo é 
chamado de ânodo. O ânodo é normalmente vermelho e marcado com “P” ou sinal de positivo 
(+). O eletrodo negativo é chamado de catado. Ele é normalmente preto e marcado com um 
“N” ou sinal de negativo (-). 
 
 
 
 
 
 
1 HZ 
10 HZ 
100 HZ 
1 KHZ – 1 mil ondas por segundo 
10 KHZ 
100 KHZ 
1 MHZ – 1 milhão de ondas por segundos 
10 MHZ 
100 MHz – 100 milhões de ondas por segundos 
 
Megahertz 
Kilohertz 
Hertz 
MICROCORRENTE 
 
 
 
A Eletroterapia, a partir de 1982, teve um novo impulso com a criação das “microcorrentes”, 
uma vez que não só se inovou o conceito elétrico de tratamento das estruturas orgânicas, 
como também forma de gerá-las. 
 
A Célula, nosso Alvo 
 
As células componentes do tecido têm um melhor incremento em sua atividade, 
principalmente na produção de energia se esses valores forem mais próximo de seu tamanho, 
ou seja, se os valores da corrente a ser paliçada forem em microamperes (=1/1.000.000 de um 
Ampere). Quando do trauma o potencial elétrico das células nos tecidos danificados é afetado, 
prejudicando a cura. 
 A aplicação correta de microcorrentes a um local lesionado aumenta o fluxo endógeno 
de corrente. Isto permite que a área traumatizada recupere sua capacidade elétrica. A 
resistência do tecido lesionado fica então reduzida, permitindo que a bioeletricidade entre na 
área, restabelecendo a homeostasia. À medida que a microcorrentes aumenta a produção de 
ATP, os nutrientes podem fluir novamente para dentro das células lesionadas e os produtos 
residuais podem efluir. 
 Surge então a figura do ajuste de freqüência, onde controlaremos o número de 
emissão de elétrons que, quando menor o número de elétrons gerados – freqüência mais 
baixa – mais profundamente teremos essa ação da corrente de menor valor e quanto maior 
for o número de elétrons gerados mais superficial será o nosso campo de ação. 
 É uma terapia que utiliza corrente polarizada, galvânica, pulsátil e níveis baixos de 
intensidade de corrente que é determinado como microampère (µA). Também chamada de 
MENS, é mil vezes menos intensa do que as eletroterapias comuns e é exatamente por isso 
que ao se trabalhar com ela, o cliente não deve sentir a corrente elétrica, ou seja, ela deve 
ser subsensorial (não atinge as fibras sensoriais subcutâneas) sem sensações de 
formigamento, ou mesmo desconforto para quem recebe a terapia, sensação essa geralmente 
associada aos procedimentos eletroterápicos. 
 A microcorrentes trabalha com a menor quantidade de corrente elétrica mensurável, 
ou seja, ela se liga com os potenciais elétricos naturais da pele ficando compatível com o 
campoeletromagnético do corpo, portanto, a microcorrentes se comunica diretamente com 
as células do nosso organismo, aumentando seu ATP local em até 500% de sua produção 
natural, trabalhando também na síntese de proteínas como o colágeno e a elastina. 
 Os efeitos da microcorrentes promovem regeneração nas células, aumenta a produção 
do colágeno e da elastina, aumenta a circulação sanguínea local o que consequentemente 
aumenta a oxigenação celular clareando a pele, tonificando o tecido e combatendo a flacidez. 
 Na estética conseguimos obter efeitos como: Normalização, nutrição, estimulação do 
processo de reparo tecidual, inibição celular, e além disso a microcorrentes também tem 
efeito sobre o sistema linfático. 
 A aplicação da microcorrentes pode ser realizada de duas formas: automática e 
manual. Na aplicação automática, ocorre a colocação de eletrodos fixos em pontos 
predeterminados da área a ser tratada. Nesse caso, como é uma terapia mais rápida, podemos 
utilizar em conjunto outras técnicas (manuais e cosméticas) para complementar o tratamento. 
Na aplicação manual, o profissional é quem movimenta dois eletrodos do tipo caneta 
lentamente no local de aplicação. Técnica essa, indicada para pessoas que necessitam de uma 
atenção especial e focalizada. Para realizar essa técnica é necessário que haja uma 
higienização da pele antes da aplicação da microcorrentes. Nos casos de peles espessas, 
desvitalizadas e desidratadas, é indicado que realize algumas sessões de hidratação 
previamente, para melhorar a condutibilidade da corrente. 
 A microcorrente é um nível extremamente baixo de eletricidade, que espelha os 
impulsos elétricos naturais do corpo. Por meio da estimulação elétrica, a microcorrente imita a 
maneira pela qual o cérebro transmite mensagens para os músculos. Acredita-se que ela ajuda 
na cicatrização no reparo do tecido e influencia a atividade celular. O Objetivo é a acelerar 
processos regenerativos naturais do corpo, usando a quantidade adequada de corrente de 
nível baixo de 400 µA. A microcorrente requer manipulação manual para reeducar os 
músculos, mas não causa uma contração visível ou física do rosto por meio da corrente 
elétrica. Ela pode ser eficiente das seguintes maneiras: 
✓ Melhora a circulação do sangue e da linfa; 
✓ Aumenta o tônus muscular; 
✓ Restaurar a elsticidade; 
 
INDICAÇÕES 
– Para tratamentos de revitalização cutânea 
– Para processos onde necessitar reparação tecidual 
– Em casos onde há necessidade de normalização de tecido, edema, etc. 
– Estrias (tanto no modo de eletrolifting, quanto para nutrição e prevenção das mesmas) 
– Tratamentos de quadro acneico, com ação anti-inflamatória e cicatrizante 
– Prevenção do envelhecimento cutâneo. 
– Melhora dos quadros de rosácea. 
CONTRAINDICAÇÕES 
– Gestantes; 
– Portadores de marca-passo; 
– Neoplasias; 
– Paciente em tratamento com anticoagulantes; 
– Alergias gerais; 
– Pacientes imunodeprimidos; 
– Cardiopatas descompensados; 
– Hiper e hipotireoidismo descompensados; 
– Próteses metálicas no local da aplicação. 
– Pessoas com distúrbios de sensibilidade 
As Microcorrentes não faz permeação de ativos. A microcorrentes é um aparelho que estimula 
as células e “conversa” com elas e não consegue fazer uma iontoforese, ou seja, não é capaz 
de enviar produtos para dentro da nossa pele como primeira intenção, mas claro que por um 
atrito físico acaba ocorrendo essa permeação dos ativos cosméticos. É por esse motivo que 
para uma melhor resposta no tratamento com a microcorrentes usamos gel neutro para a 
condução da corrente elétrica. 
Obs: Como a microcorrentes fornece energia para as células, é importantíssimo saber se o 
cliente tem histórico de queloide ou tendência, caso tenha, não aplique a microcorrentes no 
modo de estimulação, pois pode estimular o surgimento de queloides. Se o cliente durante a 
aplicação da microcorrentes relatar desconforto ou formigamento, diminua a intensidade da 
corrente, lembrando que ela deve ser subsensorial. 
 
ATENÇÃO: A microcorrentes não realiza contração muscular! 
 
DICA IMPORTANTE: Cada vez que é retirado o contato dos eletrodos com a pele em 
tratamento a microcorrentes demora pelo menos 11 segundos para retomar seu 
funcionamento da corrente elétrica (para agir), por isso, não retire o tempo todo os eletrodos 
do contato com a pele, realize os movimentos lentos e deslize o eletrodo sobre a pele para 
passar para outro local ao invés de retirá-los. 
 
HIGIENIZAÇÃO DOS ELETRODOS 
Higienize os eletrodos com álcool à 70% sempre que for utilizá-los de um cliente para o outro. 
 
FORMAS DE ONDA 
 
Classificamente, as microcorrentes têm quatro tipos de ajustes: 
 
Suave (Gentle) - É a forma de tratamento em eletroterapia mais indicada para tratamentos de 
regeneração de tecido, tais como cicatrizes acneicas, incisões cirúrgicas, estrias, flacidez 
tissular. Isso se deve ao fato de ela iniciar seu ciclo de forma lenta e suave e após atingir seu 
pico máximo, decrescer suavemente até zero, propiciando uma estimulação celular compatível 
com a tolerância da mesma. Normalmente usado ao início dos tratamento ativar os elementos 
celulares já desgastados (NORMALIZAÇÃO) e com isso facilitar o trabalho que seguirá. Também 
indicada em processos de cicatrização e regeneração. Suas freqüências devem variar de 
acordo com a profundidade da lesão, situando-se sempre entre 0,5 Hertz – penetração 
profunda= fáscia muscular) 500 uA -Arrasto 
 
 
✓ ARRASTO: O profissional posiciona os dois eletrodos com uma distância máxima de 1 
cm entre eles, afastando-os com movimento de arrasto até 2cm , contando 
mentalmente 5 segundos de duração. 
 
MODERADA (MILD) As ondas penetram inicialmente com estimulação mais intensa, 
mantemos por um período de 1 segundo na maior intensidade ajustada e a seguir se decresce 
lentamente. Com isto, temos um substancial aumento na produção de ATP celular, mantendo 
assim seu nível de atividade e renovação próximo dos padrões normais. Recomendamos nesta 
forma de onda usar produtos de características ionizáveis (os de veículo gel nos dão melhor 
facilidade no manuseio dos eletrodos) com princípios ativos relativos ao tipo de trabalho que 
desejemos proporcionar ao cliente. A reação à descarga elétrica é moderada. Também 
utilizada em processos de modulação, regeneração e relaxamento muscular. Tem uma ação 
preferencial sobre o sistema circulatório, sendo sempre utilizado com freqüências acima de 
200 Hertz e abaixo de 300Hertz. 
É correto afirmamos que nesta forma de onda temos um padrão de penetração de substâncias 
aceitável, e por isso usamos freqüências de baixa para média. Derme papilar – 300 uA - 
preessão 
 
 
 
FORTE (SHARP) de sensação intensa, destinada principalmente a penetração de produtos 
cosméticos e medicamentos, também é chamada de mesoterapia iontoforético. Sua 
freqüências são semelhantes as da onda moderada . Flui gradualmente nos planos profundos 
dermo-epidérmicos. Indicada para o controle da dor, tratamento de seromas e/ou edemas 
secundários ao procedimento cirúrgico. Indicada também, quando utilizar um produto 
ionizável. Quando o tratamento é realizado com eletrodo fixos (placas) e usando uma 
intensidade alta, deve-se finalizá-lo com onda suave por alguns minutos. 
As freqüências de utilização são médias, pois teremos assim uma ação mais direta 
principalmente, no fibroblasto – derme reticular – 200 ua – preensão 
 
 
VIBRANTE - Pulse: Por ser a onda maior repetibilidade de contrações tem uma ação analgésica 
a nível de sistema nervoso, e por isso tem sua indicação no tratamento de algias diversas ou na 
finalização do tratamento. Pela sua característicade trens de pulso, é usada com freqüência 
elevada – 500 hertz – pouca penetração, utilizamos no final do tratamento para darmos uma 
estabilização nos tecidos e ainda temos na fisioterapia e medicina a aplicação de atenuação da 
dor osteoarticulares. Atinge epriderme – 500 ua – movimentos circulares. 
 
 
As aplicações Estéticas 
 
Vamos a principio, dividí-las em faciais e corporais: 
 
Faciais: Regeneração cicatricial, atenuação de linhas de expressão; nutrição e hidratação 
tissular; drenagem linfática com ou sem mediações; flacidez de pele (hipotomia tissular). 
Corporais: Flacidez interna de coxa; aceleração de cicatriz operatória; regeneração de estrias; 
se ressaltam como as principais. 
 
FORMAS DE APLICAÇÃO 
 
Temos os eletrodos tipo caneta, tendo a sua superfície metálica várias formas para se 
adequarem ao tipo de região a ser tratada. 
Um eletrodo é um aplicador que dirige a corrente elétrica da máquina para a pele do cliente. 
Normalmente, ele é feito de carbono, vidro ou metal. Cada modalidade (exceto o tesla de alta 
freqüência) exige dois eletrodos – um negativo e um positivo – para conduzir o fluxo da 
eletricidade pelo corpo. 
 
MODALIDADES 
 
As quatro modalidades usadas na estética são a galvânica, farádica, sinusoidal e Tesla de alta 
freqüência. 
 
 
 
CORRENTE GALVÂNICA 
 
 A modalidade mais comumente utilizada é a corrente galvânica. Ela é usada 
para desbloquear ósteos “poros” entupidos e ajudar as soluções a penetrarem na 
epiderme. A Corrente Galvânica é uma corrente do tipo contínua e com sentido 
unidirecional, ou seja, os elétrons caminham num só sentido do pólo negativo para o 
positivo. São utilizados dois eletrodos, um positivo e outro negativo, havendo 
necessidade de ambos estarem em contato com o paciente fechando o circuito. Essa é 
uma corrente contínua e constante, que possui um pólo positivo e outro negativo e 
produz alterações químicas quando passa pelos tecidos e fluidos do corpo. 
 A corrente galvânica funciona por meio da criação de duas reações químicas 
diferentes dependendo da polaridade (negativa ou positiva) usada. O eletrodo ativo é 
usado na área a ser tratada. O eletrodo inativo é o pólo oposto do ativo. Os efeitos 
produzidos pelo pólo positivo são exatamente opostos aos do negativo. 
 O termo “contínuo" indica que a intensidade de corrente é constante em valor 
e em direção. A aplicação terapêutica da corrente contínua divide-se em: galvanização 
propriamente dita, e iontoforese (ionização). 
 Os efeitos terapêuticos da Corrente Galvânica devem-se, em grande parte, aos 
efeitos polares da corrente contínua sobre as células do organismo. A CG produz uma 
diminuição do limiar de excitabilidade das fibras nervosas motoras, levando a uma 
maior capacidade de reação e função. As fibras nervosas motoras reagirão mais 
efetivamente, elevando sua função, principalmente nos casos de paresias e atrofias. 
 
✓ Galvanização: É o uso da corrente galvânica, utilizando exclusivamente os 
efeitos polares (que se manisfestam unicamente sob os elétrons) por ele 
promovidos. Os tecidos biológicos apresentam uma grande quantidade de íons 
positivos e negativos dissolvidos nos líquidos corporais, os quais podem ser 
colocados em movimento ordenado por um campo elétrico polarizado, 
aplicado á superfície cutânea. Ao lado desses efeitos polares de transferência 
iônica, haverá durante a galvanização, outros efeitos denominados 
interpolares: 
1) Eletroforese: é a migração de soluções coloidais, células sanguineas, bactérias e 
outras células simples, fenômeno este que se dá por absorção ou oposição de 
íons. 
2) Eletrosmose: Sob influência da carga elétrica adquirida pelas estruturas 
membranosas, é produzida uma modificação da água continua dos tecidos. 
3) Vasodilatação da pele: Todas as reações químicas e alterações de ligações que 
ocorrem na presença da corrente contínua liberam energia e altera a 
temperatura local. 
4) Eletrotônus ou Potencial Eletrônico: São as modificações elétricas locais, 
produzidas pela corrente elétrica, no potencial de repouso das membranas 
celulares. 
 
 Os nervos vasomotores permanecem por considerável tempo 
hipersensibilizado tomando ativa a hiperemia do tecido. A hiperemia atinge 
também estruturas mais profunda, por ação reflexa. Com isso há aumento da 
irrigação sanguínea, acarretando maior nutrição tecidual profunda 
(subcutâneos faciais e músculos superficial). Decorrente da hiperemia tem-se 
maior oxigenação, aumento do metabolismo, aumento das substâncias 
metabolizadas. 
 A presença dos metabólicos produz reflexamente vasodilatação das 
arteríolas e capilares, o que leva a um aumento do fluxo sanguíneo, maior 
quantidade de substâncias nutritivas, mais leucócitos e anticorpos, facilitando a 
reparação da área. 
EFEITOS DA CORRENTE GALVÂNICA 
PÓLO POSITIVO (ÂNODO) PÓLO NEGATIVO (CÁTODO) 
Produz reações ácidas Produz reações alcalinas 
Fecha os poros Abre os poros 
Acalma os nervos Estimula e irrita os nervos 
Diminui o suprimento de sangue Aumenta o suprimento de sangue 
Contrai os vãos sanguíneos Expande os vasos sanguíneos 
Endurece e tonifica os tecidos Amolece os tecidos 
 
Indicação: a indicação da corrente galvânica difere de acordo com o pólo positivo (vermelho0 
e pólo negativo (preto). O Pólo Positivo (Ânodo) – Diminui tudo (Vasocontritor, Analgésico, 
Detém Sangramento, Desidrata tecidos, Causa isquemia e Antiinflamatório). O Pólo Negativo 
(Cátodo) – Aumenta tudo (Vasodilatador, pode provocar dor, Hemorragia, hidrata tecidos, 
hiperemia, amolece tecidos e reparação tecidual). 
 
EFEITOS FISICOS: 
 
1) Iônico: quando se produz transporte íons de um pólo para outro. 
2) Térmico: relacionado à temperatura 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS: 
 
1) Estimulação sensorial 
2) Alívio da dor 
3) Vasomotor 
4) Aceleração da cicatrização 
 
 A iontoforese (ionização) é uma técnica não invasiva que usa a corrente elétrica 
para prover uma maneira controlada de aumentar a transferência transdermal de uma 
variedade de drogas. 
 Além de favorecer a penetração de substâncias nutritivas, também estimula os 
tecidos, promovendo um aumento do metabolismo e melhora da atividade celular. 
Podem ser utilizados dois eletrodos em esfera movimentados ao mesmo tempo, ou 
uma esfera e o outro em bastonete, ou eletrodos em forma de caneta. 
✓ Iontoforese: (ionização) É a penetração de substâncias no organismo, por meio de 
uma corrente galvânica. Quando dois eletrodos metálicos, conectados a uma fonte de 
corrente contínua, são interpostos a um segmento corpóreo, em contato com uma 
solução eletrolítica, há possibilidade de se promover a transferência de íons para o 
interior dos tecidos, utilizando-se para tanto, das propriedades polares da corrente 
galvânica. A passagem da corrente galvânica através de uma solução eletrolítica 
produz íons, partículas eletricamente carregadas, dissolvidas ou suspensas na solução, 
migrando de acordo com a carga elétrica. A base do sucesso da transferência iônica 
está no principio físico básico “pólos semelhantes se repelem e pólos opostos se 
atrem”, sendo, portanto a seleção da polaridade iônica correta, e a realização desta 
com a polaridade semelhante do eletrodo para administração são da maior 
importância. 
A iontoforese associa os efeitos polares da corrente galvânica aos efeitos inerentes do produto 
utilizado, sendo, portanto bastante efetiva para diversos protocolos na área da estética. 
✓ Sua intensidade na corporal varia de 5 a 12 MA (miliampere), num tempo máximo de 
30 minutos” 
 
A cataforese força as substâncias ácidas a penetrarem em tecidos mais profundos, usando acorrente galvânica do pólo positivo na direção do negativo. 
A anaforese é o processo que força os líquidos alcalinos a penetrarem nos tecidos do pólo 
negativo na direção do positivo. 
Desincrustação módulo gerador de corrente contínua (galvânica), através da qual podemos 
obter processo eletroquímico, de nome eletrólise, transformando sebosidade da pele em 
sabão, numa reação chamada de saponificação. “O desincruste é um procedimento de ação 
eletroquímica que tem como objetivo retirar o excesso de sebo das peles exageradamente 
seborréicas. A desincrustação executa-se com um aparelho constituído para gerar corrente 
contínua”. 
 É o processo que usa o pólo negativo para amolecer e emulsificar os depósitos de 
gordura (óleo) e os cravos nos folículos capilares. Esse processo é freqüentemente usado para 
tratar acne, milhetes (espinhas pequenas, parecidas com cistos brancos) e comedões (cravos). 
Os produtos mais utilizados são os seguinte: Carbonato de Sódio a 2% e Lauril Sulfato de Sódio 
a 2%. Acompanha dois eletrodos: bastonetes que é segurado pela cliente e um eletrodo onde 
se coloca algodão som solução desincrustante. 
 
CORRENTE FARÁDICA 
 
 A corrente farádica definida como uma corrente “desigualmente” alternada. Esta 
forma de corrente apresenta, portanto suas fases: positiva (+) primeiro semiciclo de maior 
intensidade e negativa (-) segundo semiciclo. Os impulsos desta corrente tem duração de 0,1 a 
1 milisegundo e intensidade que pode variar de 0 a 200 Lts de pico. Outro parâmetro desta 
forma de corrente é a frequencia de 0,5 a 60 hertz (pulsão de impulsos por segundo). Os 
benefícios derivados da corrente farádica incluem: 
 
✓ Aumento do tônus muscular; 
✓ Remoção de resíduos; 
✓ Aumento na circulação sanguínea; 
✓ Alívio da congestão do sangue; 
✓ Aumento da atividade glandular; 
✓ Estimulação do crescimento dos pelos; 
✓ Aumento do metabolismo; 
 
Estimulador: a contração muscular varia de finalidade, principalmente em razão da força 
exercida, encurtamento da fibra muscular e tempo de contração. Existe dois tipos de 
contração; 
 
a) Contração Isométrica: quando não ocorre contração muscular, ou seja, força e peso 
são iguais; origem e inserção do músculo não se aproximam e nem se distanciam. Tem 
como característica baixíssimo consumo calórico e pequena utilização de oxigênio, 
anaeróbica, todas destinadas a aumentar a massa muscular e com isso diminuir a 
flacidez muscular. 
 A Isometria ultrapassa 3 segundos de contração, funciona como anaeróbico aumentando a 
massa muscular, aumentando o aporte de fibras. A isometria é tensão sem encurtamento. 
Deve ser colacada no sentido longitudinal do músculo nunca transversal. 
Na isometria, as placas devem ser colocada na origem e inserção do músculo e sempre 
localizada. 
✓ Glúteo: a paciente devera ficar deitada na maca em decúbito ventral sobre uma 
almofada de forma que as nádegas fiquem para cima. 
✓ Coxa: a posição do cliente é sentada em uma cadeira ou poltrona com tornozelos fixos 
aos pés desta. 
✓ Abdome: a paciente deverá deitar em decúbito dorsal, com joelho flexionado e a 
cervical também. Em caso de abdome caído colocar as positivas e as negativas em 
baixo. 
b) Contração isotônica: Têm como característica principal: duração rápida de contração 
muscular, todo o músculo se encurta; produz um acentuado consumo de energia o 
que lhe confere alto grau de consumo. 
 
 
 
 
ELETROLIFTING 
 
 É um tratamento que visa a atenuação de rugas e linhas de expressão, baseado nos 
efeitos fisiológicos da GMES – micro corrente galvânica, de baixa intensidade (micro âmperes). 
Para realização dessa terapia, há necessidade de um eletrodo ativo especial, o qual consiste de 
uma fina agulha, necessária para que haja a concentração da corrente, ocorrendo assim o 
carreamento de partículas hidratadas para a região afetada, sustentada por uma haste do tipo 
caneta; o eletrodo passivo é do tipo placa ou bastonete. Verifica-se que nas partes 
pontiagudas dos condutores existe um maior concentração de cargas, o que acarreta um 
campo elétrico mais intenso nas suas proximidades, podendo provocar o escoamento de 
cargas elétricas através deles, onde de deve ter o cuidado para não provocar lesões, pela 
concentração das mesmas. 
 O procedimento técnico consiste da estimulação das rugas e linhas de expressão de 
forma individual até que seja obtida uma hiperemia em todo o trajeto da ruga. A estimulação 
química dos capilares da pele determina uma hiperemia ativa e o conseqüente aumento da 
circulação local. Desta forma, são intensificados os processos metabólicos, a nutrição, a função 
e a regeneração do tecido sub-epidérmico. 
 Os procedimentos técnicos para a execução do eletrolifting podem ser divididos em 
três grupos. 
✓ Deslizamento da agulha dentro do canal da ruga; 
✓ Penetração da agulha em pontos adjacentes e no interior da ruga; 
✓ Escarificação – método de deslizamento da agulha no canal da ruga, diferencia-se pela 
agulha se reposicionada a noventa graus, ocasionando uma lesão do tecido. 
 Embora as rugas também correspondam histologicamente a uma atrofia da pele, a 
lesão por agulhas nas regiões acometidas, promovem uma sensação não muito agradável. 
Devido a este fato, alguns terapeutas preferem a técnica de deslizamento, sem a penetração. 
Porém, o estimulo físico ocasionado pela penetração da agulha desencadeia um processo de 
inflamação aguda, que é de grande interesse no nível de regeneração tecidual. 
 As três técnicas possuem bons resultados, atenuando sobremaneira as rugas e linhas 
de expressão. Entretanto as duas técnicas que desencadeiam um processo inflamatório 
proporcionam resultados mais rápidos. 
 A intensidade da corrente utilizada é baixa, na faixa de 100 a 200 micro âmperes. O 
tratamento não oferece risco quando efetuado em região glandular. 
 
 
Tratamento: 
a) Dese-se limpar a pele, e escolher uma das técnicas, sendo que para cada região do rosto, 
deve-se testar a sensibilidade do paciente antes da aplicação (região dos olhos e lábios é 
mais sensível do que a testa); 
b) A sensibilidade do paciente vai determinar a intensidade que será utilizada; 
c) O eletrodo tipo placa deve ser fixado próximo ao local da aplicação com a esponja úmida; 
d) Caso a técnica empregada produza um processo inflamatório, as sessões deverão ser 
estabelecidas de acordo com a reação do paciente, só podendo ser reaplicado o 
tratamento após todo o processo ser eliminado, sendo com um intervalo mínimo de três 
dias, o ideal de sete dias; 
e) Caso a aplicação tenha sido efetuada apenas por deslizamentos, a freqüência de 
tratamento pode ser diária; 
f) Não utilizar procedimentos que produzam uma ação antiinflamatória pós-tratamento 
(recursos ou produtos); 
g) Pode-se associar o tratamento com exercícios de fortalecimento facial (manual ou 
eletroestimulação); 
h) Cada paciente deve ter sua agulha, que deverá ficar envolvida em líquido esterilizante e 
não oxidante. Esse líquido deve ser eliminado da agulha antes da estimulação, além de ser 
trocado a cada sessão. 
 
Sinais e cuidados pós-procedimento: 
 
a) Quando se promove um processo inflamatório mediante a penetração da agulha ou 
arranhadura, a região irá ficar hiperêmica e edemaciada; porém caso a aplicação seja 
efetuada apenas por deslizamento, deverá apresentar apenas a hiperemia. 
b) Não é permitido tomar sol quando o processo inflamatório estiver ativo, pelo perigo 
de se produzir manchas, além de se evitar a utilização de produtos 
descongestionantes. 
 
Orientações para aplicação da Corrente Galvânica: 
 
✓ Baixas intensidade são mais eficientes como força direcional, que as altas intensidadesde corrente; 
✓ A intensidade da corrente não deve ultrapassar 0,1 mA/cm² de área de eletrodo ativo; 
✓ Há necessidade de um bom acoplamento entre os eletrodos e a pele, e uma boa 
umidificação das almofadas para que se diminua a resistência e evite queimaduras; 
✓ Limpar a pele do cliente, tendo-se a certeza de que não há nenhum resíduo e/ou 
impurezas, ou ainda quaisquer tipo de produto ou medicamento; 
✓ A pele deve estar nutrida e hidratada; 
✓ A pele deve estar íntegra, ou seja, não ter qualquer tipo de lesão, mancha ou perda da 
sua característica. 
✓ O tempo máximo de punturação será de 40 minutos; 
✓ A seqüência média de tratamento é de 10 aplicações; 
✓ Para peles sensíveis (alípicas e normais) intensidade de 74uA. Para peles resistentes 
(lipícas) intensidade de 86 uA ; 
✓ Método de aplicação: linear (reta) e Chevron (lateral). A agulha penetrará 
aproximadamente 1 mm no trajeto da ruga; tracione suavemente para cima a área por 
2 segundos, abaixando-a após, e remova a agulha; a distância das punturações deve 
ser a menor possível. 
 
 
 
 
ULTRASSOM 
 
 São ondas sonoras longitudinais, inaudíveis aos ouvido humano (acima de 20.000 hz). 
Essas ondas ultra-sônicas são produzidas a partir da transformação da corrente elétrica 
comercial em corrente de alta-frequência, que ao incidir sobre um cristal de quartzo, provoca 
compressão e expansão alteranada do cristal. 
 Esta ação mecânica (pressão), sobre o cristal, provoca a emissão de ondas ultra-sônicas 
com freqüência igual à corrente elétrica recebida que incide sobre um cristal dentro do 
transdutor (efeito piezoelétrico). Transdutor é um dispositivo capaz de transformar uma forma 
de energia em outra, no caso, elétrica em mecânica. 
 A energia das ondas ultra-sonoras promove a vibração das moléculas dos tecidos e, 
desse fenômeno, decorrem os efeitos biofísicos: térmicos e os mecânicos. As ondas ultra-
sônicas são absorvidas pelos tecidos e transformadas em calor. No tecido ósseo, 
aproximadamente 70% das ondas incidentes são absorvidas. A absorção consiste na 
transferência da energia da onda para as moléculas do meio. Já o alastramento é causado por 
reflexões e refrações de parte da onda ultra-sonora que ocorrem nas interfaces entre os 
diferentes meios de propagação, como por exemplo, entre diferentes tecidos biológicos. A 
taxa na qual a energia da onda ultra-sonora é absorvida pelas moléculas do meio de 
propagação depende tanto da freqüência da onda quanto das características acústicas do 
meio, como densidade e elasticidade, que juntas especificam o que é conhecido como 
impedância acústica. 
 A impedância acústica de um material pode ser definida como a resistência que o meio 
oferece a passagem da onda ultra-sonora. Portanto, quanto maior a impedância acústica do 
meio de propagação, pior a transmissão de energia ultra-sonora através dele. 
 Em 1987, Wiliams observou que água e pele tinham impedância acústica muito 
similiar, de modo que apenas 0,2% da energia é refletida quando a onda é transmitida da água 
para a pele. Este dado justificou a eleição da água como o melhor meio de acoplamento para 
aplicação do ultrassom terapêutico. 
 
 
 
✓ Modo de aplicação: O ultrassom pode ser aplicado de duas formas dependendo do 
tipo de enfermidade em tratamento. 
a) Contínua: A forma contínua produz 50% de efeito térmico e 50% de efeito mecânico. 
No ultrassom contínuo, temos; feixe ultra-sônico / feixe ultra-sônico/, sem ocorrer 
pausa entre os feixes. 
b) Pulsada (intermitente): a forma pulsada produz ação mecânica sem produzir calor 
(atérmico). No ultrassom pulsado, temos pulsos de ondas determinados períodos, os 
quais emitem energia de forma periódica, onde, através do tempo de repouso entre os 
pulsos permitem-se que a circulação sanguínea resfrie a área tratada, impedindo um 
excesso de aquecimento. Sendo assim temos efeitos fisiológicos resultantes de uma 
processo não térmico. Possui efeitos mais regeneradores e despolimerização da 
substância fundamental amorfa. 
 
✓ Freqüência: A freqüência do ultrassom é um fator determinante na absorção de calor 
pelo tecido . 
 
 
✓ Efeitos do Ultra-som 
 
a) Térmico: o efeito térmico produzido pelo ultra-som terapêutico consiste no aumento 
da temperatura secundária a essa agitação das moléculas dos tecidos que ocorre 
resultado da energia ultra-sonora. O aquecimento do tecido pode propiciar diversos 
efeitos terapêuticos desejáveis como favorecimento da cicatrização, alívio da dor, 
redução da rigidez articular e do espasmo muscular e aumento do fluxo sanguíneo 
local; 
b) Atérmico: Produz ações fisiológicas não decorrentes da ação térmica: 
✓ Hiperemia – Vasodilatação: Resulta da ação do US sobre os plexos terminais 
nervosos, que, ao serem estimulados, produzem vasodilatação reflexa dos 
capilares e arteríolas. Concomitante a isso acontece o aumento do 
metabolismo e do fluxo sanguíneo, produzindo também hiperemia. 
O ultrassom produz aumento da permeabilidade da membrana celular ao 
cálcio, que devido ao aumento intracelular rompe o mastócito (degranulação 
mastocitária) liberando histamina – vasodilatação. Os movimentos 
peristálticos, dos vãos, aumentam em dez vezes ao serem estimulados pelo 
ultrassom. 
✓ Ação antiinflamatório: Auxiliada pela aceleração da reabsorção de edema e 
pela defesa. 
✓ Melhora do retorno venoso e linfático: O aumento da permeabilidade celular, 
aumento da permeabilidade celular, aumento da circulação e a 
micromassagem produzida pelo ultrasom, influencia e auxilia o retorno venoso 
e linfático, favorecendo a reabsorção de edemas e de irritantes tissulares. 
Reduz o tempo da fase inflamatória, acelerando a fase proliferativa. 
 
ULTRASSOM ESTÉTICO 
 
 O ultrassom estético é uma das modalidades terapêuticas mais empregadas na 
prática clínica da estética corporal para tratamentos de algumas condições inestéticas. É um 
recurso terapêutico que utiliza ondas ultrassônicas que em contato com o tecido promove 
efeitos biofísicos. 
 O ultrassom é uma modalidade terapêutica de penetração profunda, capaz de 
produzir alterações nos tecidos por mecanismos térmicos e mecânicos. 
É considerado uma energia mecânica acústica, que se caracteriza pelo choque de moléculas ao 
redor na matéria que pode ou não produzir aquecimento de acordo como a onda que se 
propaga. Dependendo dos parâmetros de aplicação do ultrassom obtemos diferentes efeitos 
biofísicos. O ultrassom é definido como uma forma de vibração acústica com frequências 
muito altas que não podem ser percebidas pelo ouvido humano. 
 
PRODUÇÃO DE ULTRASSOM 
 
 Som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano, e este é capaz de escutar 
ondas sonoras que variam de 16 a 20.000 Hz. Os sons acima ou abaixo dessa frequência são 
inaudíveis para o ouvido humano. São denominados infrassons quando o som é abaixo da 
frequência audível humana, e ultrassons quando acima da frequência audível humana. 
O ultrassom terapêutico varia de 500.000 a 5.000.000 Hz (0,5 a 5MHz) na estética usamos o 
ultrassom de 3MHz que por sua vez atinge a derme e o tecido adiposo. 
 
PARÂMETROS 
 
 Quanto menor for à freqüência, maior é a capacidade de penetração, então 
o ultrassom de 3MHz atua nas estruturas superficiais, enquanto as frequências menores de 
1MHz são usadas para estruturas mais profundas como ossos, por exemplo. 
Energia mecânica na aplicação terapêutica depende dos parâmetros (ajustes) de freqüência 
que variam entre 1Mhz ou 3MHZ, modo de emissão: Contínuo ou Pulsado, tempo de aplicação 
e intensidade. 
 
MODO DE EMISSÃO 
 
✓ Modo contínuo 
Na emissão contínua predomina o efeito térmico, a aplicação sem interrupções podeaquecer 
com eficiência os tecidos localizados a centímetros de profundidade e isso depende da 
freqüência empregada. No modo contínuo o ciclo de funcionamento é de 100% o que indica 
uma saída constante de ultrassom e conseqüentemente um maior aquecimento. 
✓ Modo pulsado 
Na emissão pulsada, entre um impulso e outro há um tempo que facilita a dispersão do calor, 
por isso o efeito térmico é menor, potencializando o efeito mecânico ou cavitacional. A 
emissão pulsada é indicada quando não se quer obter os efeitos fisiológicos do aquecimento 
tecidual. Ou seja, condições inflamatórias agudas, como por exemplo, no tratamento agudo 
de cicatrizes pós-operatórias e flacidez tissular (flacidez de pele). 
Na emissão pulsada, a duração do tempo de pulso é variável, por isso teremos que ajustar o 
ciclo e a frequência desta onda no modo pulsado. Podemos encontrar na maioria 
dos ultrassons frequências de 100Hz, 48Hz e 16Hz e ciclos de 5% a 75%. 
 
FREQUÊNCIA 
A frequência é o número de oscilações por unidade de tempo de uma onda, simbolizado por 
Hz (Hertz) , que equivale a uma oscilação por segundo, ou seja, 16 Hz é igual a 16 oscilações 
por segundo, e assim por diante. 
CICLOS 
Os ciclos se definem pelo tempo de atuação da onda de ultrassom, ou seja, se o ciclo estiver 
em 5%, o aparelho estará emitindo a onda de ultrassom (de calor) somente nesse período de 
5% e os 95% do tempo restantes ele estará em pausa, e assim por diante. Quanto maior o 
ciclo, maior o fornecimento de calor para o tecido. 
 
 
 
Exemplo: 
Em um ciclo de 20% –> 80% do tempo de aplicação estará em repouso e 20% estará emitindo a 
onda de ultrassom. 
 
INTENSIDADE 
 
 A potência de saída de um equipamento gerador de ultrassom é medida em watts (W) 
e representa a quantidade de energia produzida por um transdutor. A intensidade é a taxa na 
qual a energia é liberada em área por unidade, e é expressa em unidades de watts por 
centímetro quadrado (w/cm²); 
 A intensidade utilizada na estética varia de 0,1 até 2,0 W/cm² no modo contínuo e 
0,1 até 3,0 W/cm² no modo pulsado. 
 
 Para calcular a intensidade utilizada no cliente, é feita uma regra de três que envolve 
medir a área a ser tratada com adipômetro ( em cm), o máximo de profundidade da corrente 
no tecido ( 5cm) e o máximo de potência utilizado no modo contínuo (2W/cm²) ou pulsado 
(3W/cm²). 
 CÁLCULO DE INTENSIDADE 
Modo Contínuo 
5,0 cm ————- 2W/cm² 
cm tecido adiposo —— x 
Modo Pulsado 
5,0 cm ————- 3W/cm² 
cm tecido adiposo —— x 
EXEMPLO DE CÁLCULO DE INTENSIDADE 
Uma pessoa com 3,5 cm de gordura (medido no adipômetro) 
Modo Contínuo 
5,0 cm — 2W/cm² 
3,5 cm — x 
3.5 . 2 = 5.x 
7 = 5.x 
7/5 = x 
x= 1,4 W/cm² 
 
Modo Pulsado 
5,0 cm — 3W/cm² 
3,5 cm — x 
3,5 . 3 = 5.x 
10,5 = 5.x 
10,5/5 = x 
x= 2,1W/cm² 
 
Observação: Esse cálculo de intensidade (regra de três), só é utilizado em Ultrassom 
convencional, com apenas um cristal piezoelétrico. Já no Ultrassom de alta potência com três 
cristais, o cálculo da potência é feito automaticamente pelo aparelho ao inserir a adipometria. 
 
TEMPO 
 
 A aplicação do tempo é calculada sendo 1 minuto por área do cabeçote, 
para ultrassom de um cristal piezoelétrico. 
 Na literatura existem várias opiniões diferentes sobre o tempo de duração das 
aplicações do ultrassom, dependendo da dimensão da área a ser tratada, da intensidade da 
saída e do objetivo do tratamento, estima-se que uma sobrecarga de energia para o organismo 
seja prejudicial, por isso usa-se uma conta para calcular o tempo do tratamento: 
Tempo = ÁREA / ERA 
 O tempo de tratamento é igual a ÁREA (tamanho da área a ser tratada) 
dividida pela, ERA (tamanho em cm² do cabeçote) 
* Deve-se dividir a área a ser tratada em quadrantes para a aplicação do ultrassom. 
 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO 
 
 Utilizar meio acoplador (gel com ou sem princípio ativo próprios para utilização 
no ultrassom). Realizar movimentos circulares com uma certa pressão sob a pele, não 
permitindo o levantamento do transdutor e assim o desacoplamento do cabeçote (isso pode 
danificar seu aparelho e/ou causar queimadura no cliente). 
 
Atenção: Não reutilize géis, mesmo que for na mesma cliente, pois o ultrassom forma bolhas 
no gel e as ondas do ultrassom não são capazes de atravessar o ar, sendo assim seu aparelho 
pode não funcionar adequadamente. No caso dos géis com ativos além de formar bolhas, você 
perderá a ação dos ativos, pois eles já terão sido usados, assim, você pode não obter o 
resultado esperado para o tratamento. 
 
EFEITOS 
 
EFEITOS BIOFÍSICOS 
Tanto o efeito térmico quanto o não térmico ocorrem no organismo, mais a proporção de cada 
depende do ciclo de fornecimento (pulsado ou contínuo) e da intensidade da saída, e assim 
maior será a grandeza dos efeitos. 
Efeitos não térmicos: Alterações dentro dos tecidos, resultantes do efeito mecânico das ondas 
ultrassônica; Aumento da permeabilidade da membrana celular, aumento da permeabilidade 
vascular e consequentemente o aumento do fluxo sanguíneo, aumento da atividade dos 
fibroblastos, estimulação da fagocitose, síntese de proteína, redução de edema, síntese de 
colágeno, difusão de íons, regeneração de tecido. 
 
Efeitos Térmicos: Alterações dentro dos tecidos, elevação da temperatura do tecido. Aumento 
da velocidade de condução do nervo sensorial, aumento do alongamento das estruturas ricas 
em colágeno, aumento da deposição de colágeno, aumento do fluxo sanguíneo, redução do 
espasmo muscular, aumento da atividade das células de defesa (macrófagos), melhora da 
adesão dos leucócitos a células endoteliais danificadas. 
 
Ação Coloidoquímica 
Diminuição da hiperpolimerização da substância fundamental intersticial; Inibição do 
extravasamento de sérum para o meio extra vascular; Diminuição do edema intersticial; 
Diminuição da compressão vascular; Ativação da circulação; Remoção dos detritos metabólicos 
que irritam o tecido conjuntivo o que minimiza os processos de fibrose. 
Cavitação – Ação fibrinolítica: Reorganização e modelagem da deposição de fibras de 
colágeno no tecido conjuntivo subcutâneo. 
 
Neovascularização: Aumento da circulação local que favorece a nutrição e otimiza a retirada 
dos detritos metabólicos; reduz o processo de formação de fibrose. 
 
FONOFORESE 
 
 É um processo em que fisicamente o ultrassom leva o medicamento/cosmético 
através da pele e penetre mais profundamente nos tecidos por via transanexial (pelos anexos 
da pele). A energia ultrassônica pode ser utilizada para liberar medicamentos/ativos 
cosméticos nos tecidos pelo processo de fonoforese. A teoria da fonoforese é semelhante à da 
iontoforese, mas essa técnica não necessita que o produto tenha polaridade, porém, o 
produto deve conter moléculas de tamanho pequeno e baixo peso molecular para que haja a 
permeação. 
IMPORTANTE 
Quanto maior o conteúdo de água (hidratação), mais permeável é a pele à passagem de ativos. 
A passagem mais fácil de cosméticos através da pele ocorre perto de folículos pilosos, 
glândulas sebáceas e ductos sudoríparos. 
Áreas altamente vascularizadas permitem melhor a transferência de ativos para tecidos 
profundos. A pele espessa oferece uma barreira muito grande à permeação de ativos, do que 
peles mais finas, por tanto é necessário esfoliar a pele antes de aplicar o aparelho de ultrassom 
com géis contendo ativos. 
APLICAÇÃO 
 
Utilizar sempre um meio de contato, como géis próprios para o tipo de ultrassom que o 
profissional usar; manter o cabeçote em constante movimento; considerar atenuação como 
pelos por exemplo, para estabelecer a intensidade; relacionaro tempo com a área a ser 
tratada e intensidade com profundidade. 
INDICAÇÕES 
 
–Hidrolipodistrofia Ginóide ( HLDG – “celulite”), Fibrose e quando se deseja a permeação de 
algum princípio ativo em tratamentos corporais. Respeitando as contraindicações, feridas, 
tecido cicatricial. Condições inflamatórias agudas (modo pulsado), condições inflamatórias 
crônicas (pulsado ou contínuo). 
 
 
PREPARO DO CLIENTE 
-Verificar se não há contraindicações. 
-Determinar o método e o modo de aplicação de ultrassom a serem utilizados durante o 
tratamento. 
– Limpar o local a ser tratado, para remover oleosidade, impurezas ou qualquer outro tipo de 
sujidade que atrapalhe a propagação das ondas de ultrassom. 
– Sempre explicar para o cliente as sensações que poderão surgir durante o tratamento, como, 
calor leve. Peça para o cliente informar sobre quaisquer sensações inesperadas. 
 
CONTRA INDICAÇÕES E CUIDADOS 
 
• Sobre áreas com distúrbios vasculares periféricos, como trombose venosa profunda (TVP) ou 
aterosclerose severa; 
• Sobre a pele com lesão cutânea ou irritações; 
• Sobre a pele anestésica (sem sensibilidade). 
• Sobre epífises de crescimento em crianças e jovens; 
• Sobre regiões corporais previamente expostas a radiação; 
• Pacientes com hemofilia não-controlada; 
• Pacientes portadores de tumores malignos; 
• Pacientes com processos infecciosos; 
• Sobre o tórax de cardiopatas ou portadores de marca-passo cardíaco; 
• Gestantes; 
• Sobre as gônadas (ovários e testículos); 
• Sobre os olhos; 
 
Lembre-se que você como profissional deve ser apto e capacitado antes de manusear 
qualquer tipo de aparelho ou de efetuar qualquer procedimento e ser formado na área. Leia 
atentamente o manual que acompanha o aparelho e faça cursos disponibilizados pela empresa 
que o vendeu. Existem diversos modelos no mercado, analise atentamente o que cada um 
oferece antes de comprar. 
 
 
ENDERMOTERAPIA 
 
 A endermoterapia foi criada na França nos anos 70. O principal objetivo da técnica era 
eliminar cicatrizes decorrentes de queimaduras e acidentes. Depois de algumas sessões, o 
criador da técnica, Louis Paul Guitay, observou que na região tratada havia uma melhora, 
principalmente, na redução de celulite e gordura localizada. A textura da pele fica lisinha, sem 
contar que tonifica a musculatura remodelamento o corpo. 
 A endermoterapia é uma técnica criada a partir de experimentações utilizando-se a 
pressoterapia por pressão negativa, sendo que receptor de pressão tem suas paredes ativas, 
destinadas ao incremento circulatório, tanto venoso quanto linfático e ainda à “massoterapia 
por rolagem e palpação”. 
 A endermoterapia pode ser usada de duas formas diferentes, sendo movimentos para 
“quebra” da fibrose do tecido celulítico (movimento em zigue-zague ou vai-vem) e 
movimentos para massageamento no sentido do retorno venoso e linfático. 
✓ Objetivos terapêuticos: Os principais efeitos fisiológicos desejados são: 
a) Diminuição do transtorno circulatório: o tecido celulítico tem como uma de suas 
principais características, uma alteração na circulação local, que prejudica não só a 
oxigenação tissular, como também a drenagem de substâncias indesejáveis ao 
funcionamento do tecido. Nesse aspecto dado a pressão negativa, que promove um 
movimento ativo no tecido desencadeia-se uma vasodilatação secundária a tração 
exercida na pele. 
b) Atenuação da fibrose: a tração do tecido promovida pela aspiração somada ao 
movimento ativo concêntrico dos roletes situados nas unidades de masso-compressão 
exerce uma força mecânica para atuar sobre a fibrose tissular. 
c) Auxílio na drenagem tissular: principalmente quando atuamos no sentido distal, 
simulando o fluxo linfático. 
✓ Efeitos da endermoterapia no organismo: A ação sinérgica de aspiração e 
amassamento (variando de intensidade), mobiliza a pele de maneira intensa, com 
efeitos: circulatórios (venoso e linfático); mecânicos nos planos tissulares, uns em 
relação aos outros; reflexos a distância por efeitos sobre os dermátomos. 
As conseqüências das manobras realizadas sobre o tecido conjuntivo são diversas: 
a) Vascularização graças à aplicação de zonas tratadas; 
b) Eliminação da estase venosa pela aspiração combinada com o deslocamento da dobra 
cutânea no sentido da circulação de retorno; 
c) Drenagem dos espaços tissulares pela mobilização da linfa, graças a leve tração distal 
para proximal efetuada sobre os tecidos e o deslocamento específicos dos cabeçotes; 
d) Transformação das zonas de fibrose, de celulalgias que se liberam, flexibilizam o efeito 
da vascularização , drenagem linfática e da mobilização mecânica em relação aos 
planos subjacentes. 
e) Estimulação reflexa pela ação sobre os dermátomos que, pela metamerização, estão 
relação com vísceras, músculos, vasos, articulações e ossos. 
Na epiderme vai provocar uma esfoliação eliminando células mortas, tonificando a pele 
devolvendo seu brilho natural. 
✓ Efeitos fisiológicos da endermoterapia: Quando se exercita o corpo, a freqüência 
cardíaca aumenta, conseqüentemente aumenta-se a circulação. A lipólise faz uma 
ligação direta com a circulação. 
 Então quando entramos nesse estado aeróbico, receptores beta, presentes nos 
adipócitos, são estimulados promovendo lipólise, ou seja, a gordura se transformará em 
glicerol, que será usado como energia. 
 Os receptores beta, estão em maior quantidade nas mulheres, nas camadas mais 
profundas da gordura, e os receptores alfa estão presentes em maior quantidade nas camadas 
mais superficiais, logo o tecido adiposo responde mal a dietas e exercícios por serem mal 
vascularizados, e se os adipócitos não são bem vascularizados, outro tipo de receptores são 
estimulados, os alfa, responsáveis pela lipogênese. Nos homens este processo inverso, por isso 
respondem diferentemente a dietas e exercícios. 
 Devido a estas diferenças, percebe-se que os resultados frente a um emagrecimento 
com dietas e exercícios físicos difere entre homens e mulheres. O homem perde gordura 
facilmente nas pernas e com mais dificuldade no abdome e flancos, já na mulher, a dificuldade 
maior são as áreas da coxa, glúteos e culotes. O tecido gorduroso celulítico funciona como um 
depósito de energia (gordura), na qual não pode ser retirada quando se quer, e sim em 
situações extremas, quando já se queimou antes todas as outras fontes de gordura e ai sim 
começa-se a queimar esta gordura. 
 Através da Endermoterapia, com o aumento da perfusão sanguínea nas áreas tratadas 
conseqüentemente aumento da circulação, os receptores beta são mais estimulados, logo a 
lipólise ocorre com mais facilidade. Em relação sobre os hormônios, primeira haveria uma 
captação, da corrente sanguínea, do estradiol pelos adipócitos. Esta diminuição do estradiol 
livre levaria e um efeito de feedback provocando seu aumento posteriormente. 
 
HECCUS 
 O Heccus, que é um aparelho de estética corporal não invasivo, que não oferece 
efeitos colaterais. 
Como é feito o tratamento? 
 O moderno equipamento Heccus combina terapia por ultrassom, terapia por correntes 
de média freqüência (Corrente Aussie) e terapia conjunta (ultrassom e corrente Aussie). 
“Seu objetivo é, através do calor do ultrassom, quebrar as células de gordura e, por meio da 
corrente Aussie, aumentar o metabolismo para que essa gordura seja eliminada do corpo 
através das fezes e urina”. 
A Corrente Aussie proporciona estímulos elétricos tripolares para ativação do sistema linfático, 
o que aumenta o metabolismo local, promovendo a quebra das células de gordura. Dessa 
forma, o tratamento é potencializado e apresenta bons resultados em menos tempo, inclusivetrabalhando a questão da flacidez. 
“A paciente fica deitada na maca de massagem. É aplicado, então, um gel e ultrassom na área 
escolhida, em movimentos circulares. Poderá haver uma sensação de aquecimento na pele e 
um leve desconforto ocorrido pela corrente elétrica, o que pode ser amenizado pela 
profissional que está fazendo a aplicação”. 
 
 
Para quem é indicado? 
 O tratamento é indicado para qualquer pessoa – seja homem ou mulher – que queira 
um auxílio na perda de gordura localizada, no tratamento de celulite e flacidez. 
Isso porque, dentre os resultados, pode-se ressaltar: a ativação do sistema linfático 
(garantindo melhor drenagem linfática), a melhora da flacidez e da textura da pele, a melhora 
da definição da musculatura, a melhora da celulite e a redução gordura localizada (redução de 
medidas). 
As áreas mais comuns para se fazer o tratamento são coxas, parte posterior das coxas, os 
chamados “culotes” e a região do abdômen. 
Quantidade de sessões 
Devem ser feitas, no mínimo, 10 sessões e, no máximo, 30 sessões por programa, sempre em 
dias alternados. O custo de cada um gira em torno de 80 reais, dependendo bastante da 
cidade/local onde será realizado o tratamento. 
Alguns resultados podem ser sentidos na primeira sessão. Ao término dela, é possível perder 
até três centímetros de medida. Porém, essa perda não é definitiva. “Na primeira sessão 
ocorrerá a quebra das moléculas de gordura, mas, o que de fato vai ser eliminado é o excesso 
de líquido na região do abdômen. Tanto que na segunda sessão você poderá ter ganhado dois 
centímetros, em média, na região. Ou seja, quase a medida inicial do começo do 
procedimento”. O resultado só será verificado ao final do procedimento, que exige, no 
mínimo, 10 sessões. A perda total de medidas costuma ser de 4 a 10 centímetros, em média. 
Vale destacar que, para resultados realmente satisfatórios, a paciente também precisa 
colaborar, ingerindo muita água – para facilitar o metabolismo do corpo e a eliminação da 
gordura quebrada – e seguindo uma alimentação adequada. 
 
RADIOFREQUÊNCIA 
 
 A radiofrequência é um equipamento que tem como objetivo trabalhar a flacidez 
tissular (de pele). Ainda é uma técnica recente, que gera muitas dúvidas, principalmente com 
relação aos parâmetros para cada caso, mas existem muitos estudos que podem comprovar a 
eficácia – principalmente com relação a regeneração de tecido. Dizem os especialistas, que 
trata-se do melhor aparelho até o momento para estimular a produção de colágeno. 
 A radiofrequência utiliza uma radiação de espectro eletromagnético que gera calor 
entre 30 Khz a 300 Mhz. Esse tipo de calor alcança os tecidos mais profundos, mantendo a 
superfície da pele, a epiderme, resfriada e protegida. Portanto a cliente sente o calor, mas algo 
que é suportável. O aquecimento da radiofrequência começa a partir da camada basal. Na 
derme papilar e reticular, camadas mais profundas, a radiofrequência ocasiona a contração 
das fibras colágenas existentes e estimula a formação de novas fibras, tornando-as mais 
eficientes na sustentação da pele. 
 
COMO FUNCIONA? 
 
 O equipamento ocasiona um efeito imediato e um tardio. Num primeiro momento, a 
radiofrequência vai causar a contração das fibras de colágeno e elastina, gerando um efeito 
“lifting”. Dentro de 14 a 21 dias após a aplicação, vai acontecer a neocolagênase, que é uma 
estimulação do fibroblasto para maior produção de colágeno e assim formar novas fibras, 
melhorando o aspecto da pele. Como resultado, há uma pele mais hidratada, e mais firme. 
 Só se obtém a neocolagênase na faixa de 38ºC a 40ºC do uso do equipamento 
na epiderme. Esta temperatura é medida pela pessoa que aplica o equipamento através de 
um termômetro infra-vermelho na superfície da pele. Na derme, a temperatura estará pelo 
menos 2 graus a mais. Por isso, não podemos ultrapassar 41ºC na temperatura superficial. É 
importantíssimo que o equipamento seja manipulado por uma pessoa capaz de usa-lo, com a 
potência correta para a área trabalhada – para não queimar a epiderme e não desnaturar as 
proteínas na derme, o que geraria mais flacidez no tecido – pois ocasiona a destruição das 
fibras de sustentação. 
 A radiofrequência tem sido utilizada também para tratamento de cicatriz, pois dá 
maleabilidade do tecido. Para tratamento de HLDG também pode mostrar bons resultados, 
pois causa o aumento da circulação local – mas não é o melhor equipamento se o caso for só 
de HLDG. A radiofrequência é mais aconselhada para flacidez tissular mesmo. 
 
COMO É FEITA A PRODUÇÃO DE CALOR ATRAVÉS DA RADIO FREQUÊNCIA? 
 
Existem 3 formas de gerar calor por este aparelho. 
 
• Através da agitação de moléculas com carga (polares). As moléculas vão acelerar e a energia 
cinética é convertida em calor. 
• Através das moléculas dipolares, como a H20. É a que produz mais calor, pois onde tem mais 
água, a agitação é maior e a energia cinética também. 
• Moléculas não polares (como as células adiposas), respondem produzindo pequena 
quantidade de calor. 
 
APLICAÇÃO 
 
 Se a área a ser trabalhada for o corpo, deve ser dividida em quadrantes (de 10x20cm 
ou 15x15cm). Quando for a face, deve ser dividida em partes ou hemifaces. Observar a pressão 
da manopla é essencial, pois deve ser constante com toda superfície do eletrodo para que a 
energia seja dissipada igualmente, evitando concentração de calor num único local. Começar a 
passar o equipamento devagar. 
 Quando a profissional alcança a temperatura ideal na área a ser trabalhada, deve 
manter a temperatura de 2 a 4 minutos no local. Lembre-se que a técnica da radiofrequência é 
de temperatura dependente e não de tempo total de aplicação. O sucesso do protocolo 
depende do tempo de permanência térmica para cada tipo de tratamento. O monitoramento 
da temperatura é fundamental para o sucesso do tratamento. 
 Devemos respeitar o limiar de sensibilidade de cada cliente, mudando de área e 
aumentando a velocidade da manopla quando atingir a temperatura desejada. Para flacidez 
cutânea corporal, a temperatura deve ser de 38ºC a 40ºC e pode ser associada a técnica 
de vacuoterapia. Para flacidez cutânea facial, a temperatura deve alcançar 37ºC a 40ºC e pode 
ser associada a técnicas de microdermoabrasão, microcorrentes e ionização. 
 Uma dica para potencializar o tratamento é pedir que o cliente se hidrate bastante 
durante o tratamento – inclusive durante a sessão – pois a pele hidratada responde melhor. 
 
TIPOS DE RADIOFREQUÊNCIA 
 
 Existem vários modelos de radiofrequência. Atualmente existem duas tecnologias de 
emissão de ondas eletromagnéticas: capacitiva e resistiva. A capacitiva é quando a manopla 
possui uma camada isolante no eletrodo – como material plástico, por exemplo, o que faz com 
que o aquecimento seja menos intenso. A resistiva não possui nenhum isolante do eletrodo da 
sua manopla, trazendo um aquecimento mais intenso. 
 
TIPOS DE MANOPLAS 
 
Existem tipos diferentes de manoplas para áreas distintas do corpo. 
 
Monopolar: A manopla monopolar tem apenas um cabeçote é uma placa. Elas possuem maior 
profundidade de ação. Devem ser usadas para tratamentos mais profundos, como as 
alterações corporais. 
 
Bipolar: É uma manopla que possui dois pólos nela mesma. Neste caso, o circuito fecha de um 
lado para o outro. Mais utilizada em alterações mais superficiais. 
 
Tripolar: Possui 3 pólos ativos nela mesma, sendo que a energia transmitida não apresenta 
distribuição homogênea – pois um dos pólos concentra maior energia. 
 
Hexapolar: Possui 6 pólos ativos e apresenta homogeneidade na passagem de energia, pois o 
número de eletrodos ativos é par. 
 O meio

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