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Educação em saúde: aspectos históricos no Brasil Profª Sâmya Lobo Mestre em Enfermagem UFC 1 INTRODUÇÃO 2 O que é EDUCAÇÃO EM SAÚDE? INTRODUÇÃO • constitui um campo de conhecimento e de prática do setor saúde que tem a finalidade de promover a saúde e atuar na prevenção de doenças. • Trata-se de um recurso por meio do qual o conhecimento cientificamente produzido no campo da saúde, com auxílio dos seus profissionais, pode alcançar a vida cotidiana das pessoas 3 INTRODUÇÃO 4 Qual a importância de estudar EDUCAÇÃO EM SAÚDE? INTRODUÇÃO • Objetiva integrar os saberes científico e popular, na tentativa de colaborar com o indivíduo para uma maior participação responsável e autônoma frente à saúde no cotidiano. • Deve ser compreendida ainda como um espaço em que a população pode refletir criticamente, valorizando de forma coletiva as suas formas de aprender, apreender e explicitar os saberes da vida em sociedade e em família 5 INTRODUÇÃO 6 Como a EDUCAÇÃO EM SAÚDE atua? INTRODUÇÃO • o processo de educar em saúde pode ser entendido também como um diálogo que se estabelece entre as pessoas, • com o objetivo de mobilizar forças e motivação para mudanças, seja de comportamento, de atitude ou de adaptações às novas situações de vida, contribuindo para a melhoria das condições de saúde da população. • Destaca-se que a educação em saúde se constitui em instrumento essencial na construção histórica da assistência integral requerida na Atenção Primária à Saúde 7 INTRODUÇÃO As atividades de educação em saúde potencializam • o alcance da melhoria qualitativa dos serviços ofertados, • a democratização do conhecimento, • a utilização de tecnologia simplificada e a participação da população na definição dos problemas de saúde e das prioridades e estratégias a serem implementadas. 8 ES considerada como um dos mais importantes elos entre as perspectivas dos indivíduos, os projetos governamentais e as práticas de saúde. INTRODUÇÃO 9 Muitas informações foram consideradas como “desde sempre sabidas” HISTÓRICO 10 MODELO TRADICIONAL DE EDUCAÇÃO HUMANIDADE EDUCAÇÃO PROCESSO CONTÍNUO DE APRENDIZAGEM Transmissão de conhecimento e experiência do educador, atribuindo uma importância suprema ao conteúdo ensinado e reproduzam fielmente Educação bancária, o educador tem papel de “encher” os educandos de conteúdos Homens passivos Civilização ocidental HISTÓRICO • Europa, segunda metade do século XIX, epidemias presentes, associadas as condições de vida • Nos EUA, já 1919, EDUCAÇÃO SANITÁRIA é proposto numa conferência internacional sobre crianças, em que as noções de higiene são propostas através de medidas preventivas, IMUNIZAÇÕES E CUIDADOS INDIVIDUAIS, mas com uma orientação comportamentalista. 11 Ações de disciplinamento das classes populares com difusão de regras de higiene e de condutas morais Modelo Tradicional de Educação no campo da saúde HISTÓRICO • No Brasil, século XIX até meados século XX, a prática educativa em saúde estava relacionada às regras e às normas de prevenção de doenças 12 ORIENTAÇÃO DE DISCURSO HIGIENISTA E INTERVENÇÕES NORMALIZADORAS NECESSIDADES DE DOMÍNIO SOBRE EPIDEMIAS DE VARÍOLA, PESTE, FEBRE AMARELA, TUBERCULOSE HISTÓRICO 13 Urbanização crescente Crescente Problemas de saúde Maior necessidade de atuação do estado EDUCAÇÃO SANITÁRIA DÉCADA DE 20 HISTÓRICO 14 EDUCAÇÃO SANITÁRIA POLÍCIA SANITÁRIA LIDERADA POR OSVALDO CRUZ VACINAÇÃO COMPULSÓRIA VIGILÂNCIA SOBRE ATITUDES E MORALIDADE DOS POBRES COM FINALIDADE DE CONTROLAR A DISSEMINAÇÃO DE DOENÇAS CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO: o pensar e a ação são controlados Levando os homens ao ajustamento ao mundo HISTÓRICO 15 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO: o pensar e a ação são controlados Levando os homens ao ajustamento ao mundo Os educandos não são chamados a conhecer, mas a MEMORIZAR Enxergam a sua realidade com a ótica do educador Compromete a qualidade do conhecimento alienante ESTABILIDADE DO EDUCADOR HISTÓRICO 16 PRÁTICAS EDUCATIVAS ABORDAM DOENÇAS E INTERVENÇÃO CURATIVA REFERENCIAL BIOLOGICISTA DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA INFORMAÇÃO NÃO FACILMENTE INFORMAÇÕES VERTICALIZADAS POUCA OU NENHUMA INTERAÇÃO COM OS EDUCANDOS RELAÇÃO ASSIMÉTRICA E PATERNALISTA HISTÓRICO 17 EDUCADORES TRADICIONAIS RELAÇÃO ASSIMÁTRICA E PATERNALISTA IGNORÂNCIA ABSOLUTA ENFRENTAMENTOS OS PROBLEMAS DE SAÚDE FRACASSO DO ENSINO RECEBER ENSINAMENTOS HISTÓRICO 18 ABORDAGEM EDUCATIVA RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL REPASSE DE INFORMAÇÕES MUDANÇA INDIVIDUAL HISTÓRICO 19 CRIAÇÃO FUNDAÇÃO SESP (SERVIÇOS ESPECIAIS DE SAÚDE PÚBLICA) IMPORTÂNCIA DE ENVOLVER OS INDIVÍDUOS NO PROCESSO EDUCATIVO DOENÇA AINDA como fenômeno individual SESP teve influência na ideologia do desenvolvimento de comunidade, participação comunitária e educação de grupos 1940 Educação sanitária como solução para prevenir doenças e ganhar saúde HISTÓRICO 20 APELO À PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE PARA SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE MEDICINA COMUNITÁRIA CAMUFLADO INEXPRESSIVAS/ LIMITAÇÕES ESPAÇOS INSTITUCIONAIS 1960 REGIME MILITAR CONDIÇÕES DE EMERGÊNCIA DE PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE HISTÓRICO 21 ABERTURA POLÍTICA INFLUÊNCIA DAS IDÉIAS E CONCEPÇÕES DE PAULO FREIRE EXPOSIÇÃO DIALOGADA PRINCÍPIOS DO SUS PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO NO PROCESSO EDUCATIVO Década 1970 e 1980 HISTÓRICO 22 PRÁTICAS EDUCATIVAS NO CAMPO DA SAÚDE Mudanças comportamentais por meio da informação INTERAGINDO SABERES CIENTÍFICOS E POPULAR AÇÕES EDUCATIVAS PARTICIPATIVAS Novos rumos HISTÓRICO 23 MOVIMENTOS TRADIÇÃO AUTORITÁRIA E NORMALIZADORA ENTRE OS SERVIÇOS DE SAÚDE E A POPULAÇÃO CONCEPÇÃO BANCÁRIA MOVIMENTO DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE 1970 EDUCAÇÃO PROBLEMATIZADORA HISTÓRICO 24 EDUCADOR PROBLEMATIZADOR EDUCANDOS PROCESSO CONSTRUÇÃO CRIATIVA E REFLEXIVA DO CONHECIMENTO HISTÓRICO 25 O educando tem a opção de aceitar ou rejeitar as novas informações, podendo, também adotar ou não novos comportamentos frente aos problemas de saúde. Não basta apenas sugerir normas e/ou Recomendações de como ter mais saúde e evitar doenças. HISTÓRICO 26 Proposta de aprendizagem de Aristóteles Conhecimento deva partir da experiências Saber anterior Processo pedagógico Ponto de partida Incompletude do saber profissional HISTÓRICO 27 Educandos Investigadores críticos Diálogo com educador Despertar criticidade do indivíduo Capacidade de se perceber como sujeito na construção do seu processo histórico Reagir as desigualdades sociais Assumir postura de luta AÇÕES LIBERTADORAS Contextualizando... 28 No campo da saúde Práticas educativas MODELO TRADICIONAL Doença X ações curativas Concepções freirianas Educação problematizadora Educando como receptor Diálogo necessário no processo educativo/ educando responsável 29 Nesse novo modelo de saúde preconizado pelo SUS, qual nosso papel como educador em saúde? BIBLIOGRAFIA FEUERWEKER, LCM. Além do discurso na educação médica: processos e resultados. 1.ed. Rio de Janeiro: Hucitec, 2002. MARINS, JJN; REGO, R; LAMPERT, JB; ARAUJO, JGC. Educação médica em transformação ? intrumentos para a construção de novas realidades. 1. Ed. Rio de Janeiro: Hucitec, 2004 Ensinar saúde: a integralidade e o SUS nos cursos de graduação na área da saúde / Roseni Pinheiro, Ricardo Burg Ceccim e Ruben Araujo de Mattos,organizadores. 2. ed. - Rio de Janeiro: IMS/UERJ: CEPESC: ABRASCO, 2006. 336 p. ISBN 85-9737-35-7. 30
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