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Trabalho favorecimento da prostituiçao

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UNIP- Universidade Paulista
CRIME DE FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL.
Artigo 228, Código Penal.
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
§ 1o Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.
§ 2º – Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
Pena – reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.
§ 3º – Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Classificação doutrinária: 
É um crime comum, material, de forma livre, instantâneo ou permanente e comissivo.
Objetividade jurídica:
É o bem jurídico, a moralidade pública, em sua feição sexual.
Tipo penal: 
O art. 228 possui 5 núcleos, por este motivo é considerado um crime de tipo penal misto alternativo; de forma livre; instantâneo 
(nos núcleos “induzir”, “atrair” e “facilitar”.) ou permanente (nos núcleos “impedir” e “dificultar”.) E em regra é um crime comissivo, unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual e normalmente é considerado um crime plurissubsistente.
Ou seja, se o agente pratica mais de um dos verbos descritos no dispositivo em um mesmo fato, apenas um crime é praticado. 
São formas de se praticar o crime: 
Nestas três primeiras hipóteses, a vítima ainda não está prostituída; 
a) induzir: é dar a ideia, inspirar; 
b) atrair: é o aliciamento; 
c) facilitar: é o afastamento das dificuldades entre a vítima e
a prostituição (ex.: encontrar clientes). 
Nestas últimas hipóteses, a vítima é prostituta e pretende abandonar o ofício, mas é impedida pelo agente. Seja qual for o verbo, a conduta consiste em introduzir a pessoa à prostituição (ou outra forma de exploração sexual) ou de nela mantê-la.
d) impedir: é o mesmo que vedar, obstar;
e) dificultar: é a imposição de obstáculos. 
Sujeito ativo: 
O favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual é considerado um crime comum, podendo assim ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo: 
Qualquer pessoa pode ser vítima, independente do sexo ou raça, desde que tenha 18 anos ou mais e que possua discernimento para a pratica do ato.
Vítima menor de 18 anos:
 Se a vítima for menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou doença mental, não tenha discernimento necessário para a pratica do ato, o crime considerado será o do art. 218-B do CP. (Crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável.)
Vítima já prostituída: 
Quando a pessoa já foi prostituída antes mesmo de iniciar suas atividades no estabelecimento mantido pelo réu, sendo, então, atípica a conduta. Isto porque tem-se como sujeito passivo do delito previsto no art. 228 do Código Penal a pessoa ainda não entregue ao comércio sexual. O que se busca impedir é o ingresso do indivíduo na prostituição, de forma que, já sendo pessoa prostituída, não pode ser atraída ou induzida à atividade que já exerce. (TJSP, Ap. Cr. 0000639-72.2008.8.26.0043, Rel. Des. Souza Nucci. J. 17.02.2014).
Elemento subjetivo: 
É o dolo. Esse crime não admite a modalidade culposa.
Pessoa indeterminada: 
O crime do art. 228 do CP é residual em relação ao do art. 227. Isso porque, se a indução à satisfação da lascívia for em benefício de pessoa determinada, e desde que não exista contraprestação, deve o crime do art. 227 prevalecer em detrimento do art. 228. Contudo, se a vítima for induzida a um número indeterminado de pessoas, o crime será o do art. 228.
Consumação: 
Nos nucleos “induzir”, “atrair” e “facilitar”, a consumação se da no momento em que alguém passa a se dedicar com habitualidade ao exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual, ainda que não venha a atender nenhuma pessoa interessada em seus serviços. O crime é instantâneo, pois sua consumação ocorre no momento determinado, sem continuidade no tempo. Exemplo: O crime será consumado a partir do momento em que a mulher se encontrar a disposição para praticar os programas sexuais em um bordel, mesmo que nenhum cliente com ela mantenha atividades sexuais.
Nas modalidades “impedir” e “dificultar”, o deliro atinge a consumação no instante em que a vítima decide abandonar a prostituição ou outra forma de exploração sexual, mas o sujeito não permite ou torna mais onerosa a concretização da sua vontade. Exemplo: a prostituta resolve voltar para sua cidade de origem e trabalhar como empregada doméstica, mas o agente promete matá-la se ela não continuar no ramo do comercio sexual. Nesses casos o crime é permanente, pois sua consumação se prostrai ao tempo. 
Tentativa:
Cabe tentativa em face do caráter plurissubsistente do delito, permitindo o fracionamento do iter criminis.
Ação penal: 
Este crime é de ação penal pública incondicionada.
Figura qualificada (§ 1º): 
A pena é mais alta se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.
Figura qualificada (§ 2º): 
A pena também é mais alta se o crime for cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude. Quanto à violência ou grave ameaça, caso o seu emprego se dê com o intuito de constranger a vítima a ter conjunção carnal ou a praticar ato libidinoso diverso, o crime será o de estupro (CP, art. 213). Outra característica a ser levada em consideração é que se a conduta criminosa se enquadrar em mais de uma qualificadora (exemplo: crime cometido contra ascendente com o emprego de grave ameaça.) o julgador ao fixar a pena, deve utilizar o §2° como qualificador, tendo em vista a sua maior gravidade.
Ademais, a forma qualificada também pode ocorrer pela fraude, pelo emprego de artifício que induza a vítima a erro, reduzindo o seu consentimento.
Forma qualificada (§ 3º): 
O crime também é qualificado se o proxeneta age com o intuito de obter lucro. O crime se consuma ainda que a vantagem não seja recebida. Além da pena do caput, incide também a pena de multa. Trata-se do intitulado lenocínio questuário ou mercenário.
Exemplo: BAHAMAS NIGHT CLUB
Boate localizada no bairro de Moema, o local é frequentado por casais liberais, homens e mulheres profissionais;
Shows de Entretenimento, com balneário completo incluindo sauna mista, restaurante executivo e 23 suítes luxuosas para encontros íntimos;
Proprietário Oscar Maroni considerado “magnata do sexo”; ficou conhecido em 2007 após a queda do avião da TAM a boate teve o alvará cassado pelo prefeito de SP (Gilberto Kassab) o qual alegou que a Boate tinha altura acima da permitida naquela área, próximo ao Aeroporto de Congonhas.
O MPSP, denunciou o empresário Oscar Maroni juntamente com alguns funcionários e em setembro/2011, o juízo da 5ª.Vara criminal de SP condenou o empresário e alguns funcionários a 11 anos e 8 meses em regime de reclusão, pelos crimes de favorecimento à prostituição( art. 228,§3o do CP), devido a local destinado a encontros libidinosos; a juíza se baseou no livro O Doce Veneno do Escorpião, da ex-prostituta Bruna Surfistinha, que descrevia o Bahamas como um prostíbulo.
De acordo com a denúncia, as mulheres eram atraídas com a promessa de lucro e recebiam R$ 300 pelo programa, sendo fiscalizadas para que ficassem o menor tempo possível com os clientes;
“A maioria doslugares, como o Bahamas, era de bom gosto, elegante mesmo”.
De acordo com a sentença, “durante décadas Oscar Maroni Filho fez da exploração da prostituição alheia a fonte de sua fortuna, transformando-a em negócio que gerava R$ 1 milhão por mês;
De acordo com a denúncia, as mulheres eram atraídas com a promessa de lucro e recebiam R$ 300 pelo programa, sendo fiscalizadas para que ficassem o menor tempo possível com os clientes;
Em Outubro/2017 A 4ª.Camara do Turma doTJSP absolve Oscar Maroni , por manter casa de prostituição.
 ACORDÃO: “ analisa-se, adiante, a expiação derivada do art. 228, § 3º do Código Penal, por treze infrações, conforme o acordão o tipo penal não alcança a pessoa maior de 18 anos, pessoa esta que já exercia esporadicamente o sexo pago”.
 As 13 mulheres alegaram que foram a BOATE BAHAMAS a convite de suas amigas, em resumo o empresário Oscar Maroni e seus funcionários não recebiam nenhum valor ref. Aos encontros sexuais destas mulheres dentro do BAHAMAS, face a isto o empresário e os seus funcionários foram todos ABSOLVIDOS.
TJSP em 2017 Absolve o “empresário do sexo”
De acordo com a sentença, “durante décadas Oscar Maroni Filho fez da exploração da prostituição alheia a fonte de sua fortuna, transformando-a em negócio que gerava R$ 1 milhão por mês;
Em Outubro/2017 A 4ª.Camara do Turma doTJSP absolve Oscar Maroni , por manter casa de prostituição.
ACORDÃO: “ Adiante, a expiação derivada do art. 228, § 3º do Código Penal, por treze infrações, conforme o acordão o tipo penal não alcança a pessoa maior de 18 anos, pessoa esta que já exercia esporadicamente o sexo pago”.
 As 13 mulheres alegaram que foram a BOATE BAHAMAS a convite de suas amigas, em resumo o empresário Oscar Maroni e seus funcionários não recebiam nenhum valor ref. Aos encontros sexuais destas mulheres dentro do BAHAMAS, face a isto o empresário e os seus funcionários foram todos ABSOLVIDOS.
Referência Bibliografia:
- Guilherme de Souza Nucci – Código Penal Comentado – 5ª Edição.

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