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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO
A doença do refluxo gastroesofagico (DRGE) é considerada uma das afecções mais prevalentes em todo o mundo, sendo a que afeta com prioridade o sistema digestivo alto, a doença pode comprometer de forma significativa a qualidade de vida dos pacientes. A DRGE é uma condição que acontece quando o conteúdo estomacal ou outros conteúdos estomacais retornam do tubo digestivo para o esôfago ao invés de seguir o fluxo normal da digestão, podendo acontecer de maneira fisiológica ou patológica (FRAGA; MARTINS, 2012). 
O refluxo gastresofágico irrita a parede do esôfago, podendo causar sintomas e ou complicações, as manifestações clínicas consideradas típicas da DRGE são pirose e regurgitação ácida. A pirose é conhecida como azia que é caracterizada por um desconforto ou sensação de queimação atrás do esterno que se irradia do manúbrio eternal ate a base do pescoço (HENRY, 2014). 
Esse sintoma ocorre em um intervalo de 30-60 minutos após a ingestão de alimentos e principalmente após refeição copiosa, ricas em gorduras ou ácidos, durante o exercício físico, ou quando estiverem deitados, os sintomas podem ser aliviados após a ingestão de antiácidos ou água. A regurgitação ácida é o retorno do conteúdo ácido até a cavidade oral. O diagnóstico do refluxo deve ser suspeitado quando apresentar sintomas no mínimo duas vezes por semana em um período de quatro a oito semanas ou mais (JÚNIOR, 2014).
Outras manifestações clínicas também podem ser resultantes do refluxo gastresofágico, são as manifestações atípicas pulmonares, tosse crônica, pigarro, pneumonia e bronquiectasia, as otorrinolaringológicas rouquidão, otite e sinusite e as orais erosão dental, aftas, halitose (FRAGA; MARTINS, 2017). 
Apesar de esses sintomas indicarem a presença da doença, vale destacar que outras doenças como úlcera péptica, gastrites e eventualmente neoplasias podem cursar com um deles. Geralmente quando tais queixas existem, a possibilidade do paciente ter DRGE é superior a 90% (FERREIRA et al., 2014). 
Como medidas de prevenção, cuidado e orientação foi realizada durante o periodo de estágio consultas com pacientes que apresentavam alguns dos sintomas referente a DRGE, a partir daí selecionamos alguns pacientes para realizar esse acompanhamento, o qual foi obtido resultados significantes de melhora.
RELATO DE PACIETES
Durante o périodo que estavamos na FARMAM-Farmácia Escola, atendemos 16 pacientes, dentre eles selecionamos uma paciente para relatar a experiência vivida.
A paciente S. F. M. A. 11 anos, sexo feminino, residente na cidade de Sapeaçu, foi atendida no dia 16/09/2018 apresentando sintomas de azia, regurgitação, desconforto abdominal, vômito, diarreia e gases.
Paramêtros encontrados: 
Peso corporal: 70,5Kg altura 1 metro e 54 centímetros 
Pressão arterial: 120x80 mmHg
Glicemia: 108 mm/dl
Diagnóstico: Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).
Durante a consulta coletamos informações sobre os sintomas relacionados à patológia, onde foi relatado apresentar os sintomas sitados desde os quatro meses de idade. Nesse período de descoberta realizou um tratamento que não obteve uma melhora significativa. 
2.1 RECOMENDAÇÕES
Recomendamos a paciente realizar algumas medidas não farmacologicas, como: 
Elevar a cabeceira da cama na hora de dormir utilizando um travesseiro mais alto;
Evitar deitar-se imediatamente após as refeições, aguardando um período de mais ou meoss uma hora;
Evitar alimentação copiosa, gordurosas e ácidas;
Recomendamos manter uma alimentação saudável;
Praticar atividade fisica e consumir bastante água por dia (2 litros). 
2.2 ENCAMINHAMENTO E PRESCRIÇÃO
Encaminhamos a paciente para o nutricionista, a fim de conseguir equilibrar a alimentação e perder peso;
Prescrevemos LuftaGastrol Pro, um anti-ácido a base de aluminio, para melhorar nos sintomas de azia e ajudar no tratamento da diarreia, visto que o aluminio causa constipação intestinal;
Prescrevemos Simeticona gotas, para alívio dos gases.
2.3 CONSULTA DE REVISÃO
No dia 02/10/2018 na consulta de retorno, a paciente reportou ter feito a consulta com nutricionista, já estava aderindo à dieta e seguindo nossas orientações não farmacologicas, a partir de então apresentava melhora no quadro clínico com redução na sensação de azia, mal estar e todos os sintomas relatado na primeira consulta, também reportou sentir um desconforto quando utilizava roupas apertadas.
Orientamos evitar utilizar roupas apertas e continuar com a dieta e as orientações nao farmacologicas.
RELATO DE EXPERIÊNCIA
 Durante os atendimentos realizdos pudemos perceber que o atendimento farmacêutico contribui de forma significativa para a melhora do quadro clínico dos pacientes. De forma especial a paciente atendida apresentou resultados positivos conforme as orientações recomendadas, o que nos fez entender que o farmacêutico pode atuar e contribuir para o alívio dos sintomas e acompanhameto de patologias além de atuar diretamente com os medicametos na adesão e conscientização do uso correto, ele pode estar inserido em todos os aspectos que envolvem o bem estar e a segurança do paciente.
3 CONCLUSÃO
Concluimos que o estágio supervisionado de Atenção farmacêutica realizada na FARMAM- Farmácia Escola é uma atividade que contribui para o nosso crescimento profissional, visando aproximar-mos dos pacientes, realizando orientações, previnindo e solucioando problemas relacionados aos medicamentos.
O contato com o paciente nos permitiu uma troca de experiência de forma ímpar e junto com os farmaceuticos da instituição aprendemos e adquirimos informações e conhecimentos valiosos que levaremos para o melhorameto profissional. 
 REFERÊNCIAS
FERREIRA, Cristina Targa et al. Gastroesophageal reflux disease: exaggerations, evidence and clinical practice. Jornal de Pediatria, v. 90, n. 2, p.105-118, mar. 2014. 
FRAGA, Pedro Lopes; MARTINS, Fábio dos Santos Cosso. Doença do Refluxo Gastroesofágico: uma revisão de literatura. Cadernos UniFOA, v. 7, n. 18, p. 93-99, 2017.
JOÃO, Luiz; JUNIOR, Abrahão. Doença do refluxo gastroesofágico. J. bras. med, v. 102, n. 6, 2014.

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