Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CASOS CLÍNICOS - PARTE I PARASITOLOGIA CLÍNICA 1 - Uma criança de 1 ano de idade, residente em Sete Lagoas (MG), apresentou episódio súbito de vômito com a presença de vermes cilíndricos grandes (28cm). Como informação adicional a mãe relata que a criança não evacua há aproximadamente 5 dias. A) Qual a possível parasitose em questão? B) Qual(ais) alimento(s) poderiam estar relacionados com esta parasitose no processo de infecção e qual seria a forma evolutiva do parasito encontrada nestes alimentos? C) Qual a possível explicação para a criança não estar evacuando? D) Como deve ser tratado o comprometimento intestinal do paciente? 2 - L. P. O., um menino de 9 anos, foi levado a um posto de saúde por sua mãe. A criança apresentava diarreia mucossanguinolenta intercalada por período de constipação intestinal, febre, tosse e queixava-se de dor abdominal. Após pedido de hemograma, constatou-se intensa eosinofilia (superior a 1000 eosinófilos por mm3). A) Qual sua suspeita clínica? Justifique. B) Esse paciente poderia ter adquirido a infecção por meio da ingestão de alimentos e água contaminada? Justifique. C) Relacione os sintomas clínicos citados com a patogenia da infecção. D) Qual a técnica parasitológica indicada para confirmar sua suspeita? E) Qual seria sua conduta terapêutica? 3 - Uma menina de 5 anos apresenta prurido anal noturno, insônia, nervosismo e vaginite. A mãe relata ter observado nas fezes de sua filha algumas “lagartinhas”. A) Qual a sua suspeita? Por quê? B) Por que a paciente apresenta esses sintomas? C) O que seriam as "lagartinhas"? D) Qual deve ser o método de diagnóstico laboratorial para esta parasitose e por quê? E) Cite 2 medidas profiláticas a serem adotadas. 4 - Paciente do sexo masculino, 5 anos de idade, negro, procedente de Pelotas (RS). Os pais são criadores de ovelhas em um sítio onde possuem vários cães. Durante a consulta o pai relatou que a criança apresenta dispneia de esforço e tosse seca. Foi realizado raio-X de tórax que mostrou lesão cavitária no lobo inferior esquerdo. Tomografia computadorizada evidenciou área cística de 12 X 7 cm no lobo inferior esquerdo de paredes relativamente finas com áreas de espessamento. O paciente foi submetido a lobectomia inferior esquerda tendo apresentado boa evolução clínica. O material extraído foi encaminhado para estudo anatomopatológico. A) Qual a sua suspeita diagnóstica? B) Como a criança pode ter adquirido a parasitose? C) Se a sua suspeita for confirmada, o que será visualizado no estudo anato- mopatológico? D) Quais medidas profiláticas os pais da criança deverão adotar? 5 - Um médico atende duas crianças, acompanhadas pela mãe, que se queixam de fortes dores de barriga. A mãe relata que as crianças defecavam fezes pastosas com presença de sangue e que na região onde mora não há água tratada nem coleta de esgoto. Uma das crianças também apresentou febre baixa. A) Qual a sua suspeita? Por quê? B) Qual seria o método indicado para confirmação do diagnóstico? C) Relacione os sintomas que o paciente apresenta com os mecanismos de patogênese. 6 - Uma mulher de 56 anos, residente em Juiz de Fora, relatou estar apresentando frequentemente dores abdominais, náuseas e perturbações do apetite. Além destes sintomas, ela relata que há 3 dias vem eliminando pelo ânus “pedaços brancos, achatados e retangulares” sem que tenha que ir ao banheiro. Foi aconselhado a administração de Praziquantel e após ter tomado este medicamento não apresentou mais os sintomas citados acima. A) Qual a sua suspeita? B) Como podemos confirmar sua suspeita? C) Por que a mulher apresentou estes sintomas? D) O tratamento aconselhado foi correto? Como podemos evitar esta parasitose? 7 - L.G.O, 53 anos, morador da zona rural de Ubá e criador de porcos, vem apresentando frequentemente crises epilépticas, hipertensão intracraniana, cefaléia, náuseas, vômitos e meningite. Após consulta médica foi realizado um raio X craniano sendo observado vários pontos de calcificação. A) Com base nos sintomas e no resultado do raio X, qual seria o diagnóstico da infecção? B) Esta é uma DTA (doença transmitida por alimentos)? Explique. C) O fato de ser criador de porcos tem relação direta com a infecção? Explique. D) Quais outros exames poderiam ser realizados para confirmar o diagnóstico? E) Qual o tratamento indicado? F) Quais medidas profiláticas devem ser indicadas ao paciente para evitar futuras reinfecções? 8 - J.V.C., sexo masculino, 50 anos residente em uma pequena cidade do Vale do Jequitinhonha (MG), chega ao ambulatório do HPS de Juiz de Fora, com queixa de dor abdominal e diarréia mucossanguinolenta episódica, intercalada por períodos de constipação e de normalidade da função intestinal, de início insidioso a mais ou menos 2 anos atrás. Paciente relata que neste tempo ocorreu também aumento do volume abdominal, com surgimento de veias superficiais muito dilatadas. Sua maior preocupação reside em episódio de vômito com sangue vivo (hematêmese) no dia anterior. Ao exame físico, constata-se hepatoesplenomegalia. A) Qual sua suspeita diagnóstica? Justifique. B) Como J.V.C. pode ter adquirido essa parasitose? C) Explique porque o paciente apresenta os sintomas descritos acima. D) Indique o exame parasitológico de escolha para o diagnóstico dessa parasitose. E) Qual seria sua conduta terapêutica 9 - C.C.T., sexo masculino, 27 anos, residente em São João Nepomuceno (cidade da Zona da Mata Mineira, distante a 65 Km de Juiz de Fora). Queixa-se que há uma semana vem sentindo forte dor lombar, parestesia e dificuldade urinária. Relatou que faz turismo ecológico e frequenta com regularidade lagoas, rios e cachoeiras em seu município. Responda: A) Qual a possível parasitose em questão? B) Qual a relação entre turismo ecológico e a infecção? C) Relacione a forma evolutiva do parasito com os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. D) Como podemos confirmar o diagnóstico? E) Cite as principais medidas profiláticas para essa parasitose. 10 - Após visita de uma semana de duração a uma cidade no interior de Minas Gerais, um vendedor de 31 a nos pro cura o pronto-socorro relatando a ocorrência de fezes volumosas e oleosas, dor abdominal, acompanhadas de náuseas e arrotos. Vem utilizando medicamentos para controlar diarreia e enjoo desde que os sintomas surgiram, há um mês, porém os sintomas vêm piorando nos últimos dias. O paciente também apresentou perda de peso. Não há presença de catarro, pus ou sangue nas fezes. (Temperatura corporal: 36,5°C). A) Qual(is) sua(s) suspeita(s) diagnóstica(s)? Por quê? B) Qual exame pode ser realizado para confirmar o diagnóstico? C) Qual a relação entre a viagem feita pelo paciente e a ocorrência da parasitose? D) Qual o tratamento indicado para este paciente? 11 - Uma mulher de 36 anos relata que há 2 meses começou a apresentar diarreia com 3 a 6 evacuações nas 24 horas e fezes pastosas e/ou líquidas. Após a realização de uma colonoscopia fez diagnóstico de uma retocolite ulcerativa. Mesmo fazendo uso do tratamento indicado, o seu quadro diarreico continuou piorando progressivamente, apresentando agora 10 a 15 evacuações nas 24 horas, com fezes líquidas acompanhadas frequentemente de muco e sangue, além de fraqueza e emagrecimento. A) Qual sua suspeita diagnóstica? B) Por que o paciente está apresentando estes sintomas? C) Que investigações deveriam ser feitas para confirmar seu diagnóstico? Qual fase de desenvolvimento do parasito você esperaria encontrar na investigação? 12 - Com o objetivo de testar um sistema de captação e tratamento de água um engenheiro viaja para uma cidade do interior do Nordeste. Ao retornar, ele procura o pronto-socorro queixando-se de diarréia líquida (em média 12 evacuações/dia) acompanhada de dor abdominal emcólica. Relata ainda que as fezes são fétidas, claras, há presença de gordura (esteatorréia) não sendo observada a presença de catarro, pus ou sangue. Perda de peso, náuseas e flatulência também são sintomas mencionados durante a consulta. A) Qual sua suspeita clínica? Justifique. B) Como esse indivíduo pode ter adquirido a infecção? C) Com o objetivo de confirmar o diagnóstico clínico, o paciente foi orientado a coletar 3 amostras de fezes em dias alternados usando MIF como conservante. Diante de sua suspeita e dos sintomas relacionados acima, essa conduta foi correta? Explique. D) Quais técnicas parasitológicas poderiam ser indicadas para o diagnóstico da infecção? Explique o fundamento desses métodos. E) Qual o tratamento indicado para este paciente? 13 - Você recebeu fezes negras e pastosas (melena) no seu laboratório. O pedido médico dizia: fezes. A) Qual (is) exame(s) você deverá realizar? Explique. B) Quais os prováveis parasitos? Por quê? C) O pedido foi solicitado de forma correta? Se não, corrija-o. 14 - Um homem de 73 anos, natural do Rio de Janeiro, portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e asma brônquica, fazendo uso de imunossupressores por tempo prolongado, apresentou quadro de pneumonia grave, com insuficiência respiratória aguda. Os exames revelaram eosinofilia periférica persistente. Úlcera duodenal, diarreia, dor abdominal e urticária também foram constatadas. A) Qual sua suspeita diagnóstica? Por quê? B) Que outras investigações você realizaria? C) Qual a relação entre esta parasitose e a imunossupressão? D) Relacione os sintomas que o paciente apresenta com os mecanismos de patogênese. 15 - A paciente apresenta icterícia, perda de apetite, dor abdominal e quadros diarreicos intercalados por períodos de constipação intestinal. Há também a presença de sangue nas fezes e hepatoesplenomegalia discreta. A paciente relata que durante a infância tinha o hábito de tomar banho de rio na fazenda dos seus avós situada em São Lourenço da Mata, região metropolitana de Recife-PE. A) Qual a suspeita diagnóstica? Por quê? B) Quais exames complementares você solicitaria para a confirmação do diagnóstico? C) Relacione os sintomas apresentados com os mecanismos de patogênese. D) Qual seria o tratamento indicado? E) Como pode ser feita a profilaxia desta parasitose? 16 - Criança de quatro anos de idade chega à UBS com história de vômitos, distensão abdominal e parada de eliminação de fezes iniciados há 10 horas. Relato de queda do estado geral, prostração. A mãe relata que a criança estava eliminando “vermes brancos pela boca” há 15 dias. Na ocasião procurou um médico que pediu exame parasitológico de fezes. a) Qual o diagnóstico provável? b) Para esse caso, há necessidade de exames complementares? Justifique. c) Qual tratamento proposto? d) Quais complicações podem ocorrer nessa criança? 17 - Criança de um ano de idade, residente em aglomerado, em condições precárias de saúde, é levado à UBS com história de diarreia frequente com muco e sangue. Mãe relata vários episódios de “saída de hemorroida”, sendo que a reversão do quadro se deu com a ajuda da mãe, que já tinha experiência com outro filho. a) Qual(is) a(s) provável(is) etiologia(s) da diarreia? b) Cite as causas mais comuns na infância da alteração referida pela mãe como “saída de hemorroida”. c) Qual a conduta indicada para essa criança? 18 - Criança de quatro anos, sexo feminino, trazida pela mãe ao Centro de Saúde com história de corrimento vaginal amarelado com prurido. Fez exame parasitológico de fezes há uma semana cujo resultado foi negativo. a) Qual a causa mais comum de vulvovaginite na infância em nosso meio? b) Qual é o tratamento proposto? c) Analise o resultado do EPF. Ele deveria ter sido feito por algum método específico? É comum o EPF ser positivo nesses casos? 19 - Escolar de nove anos, procedente do Vale do Jequitinhonha, recentemente mudou-se com a família para Betim. Tem queixas de fraqueza e “amarelão” há aproximadamente um ano. Sua dieta é normocalórica e hipoprotéica. Apresenta ao exame intensa palidez cutâneomucosa, frequência cardíaca de 104 bpm e SS grau II/IV mais audível em BEE inferior, sem irradiação. Não tem edema e seu fígado foi palpado no RCD na LHC. Seu baço não foi palpado. a) Qual(is) a(s) hipótese(s) diagnóstica(s) mais provável(is) para o quadro acima? Justifique. b) Qual (is) exame (s) você pediria? c) Qual o tratamento proposto? d) Cite as medidas preventivas necessárias. 20 - Paciente com dois anos de idade, masculino, apresenta quadro de diarreia de repetição há aproximadamente cinco meses, com fezes amolecidas, acinzentadas, com algum muco, sem sangue, com aproximadamente quatro evacuações diárias, porém, sem cólicas ou tenesmo. Mantém bom estado geral. No exame físico há discreta distensão abdominal. Não há relato de eliminação de parasitos nas fezes. A água consumida pela família é de cisterna e não há rede de esgoto no bairro. a) Você pensaria em qual etiologia para essa diarreia? b) Qual a propedêutica indicada e qual sua utilidade? c) Qual o tratamento proposto? Os pacientes assintomáticos devem ser tratados? Justifique.
Compartilhar