Buscar

Relatorio Estágio Social- Nutrição

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE EDUVALE DE AVARÉ 
DANIELLA DE MELLO DALIO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO SOCIAL- LAR SÃO VICENTE DE PAULO TAQUARITUBA
AVARÉ 2020
20
DANIELLA DE MELLO DALIO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO SOCIAL- LAR SÃO VICENTE DE PAULO TAQUARITUBA
Relatório de estágio supervisionado apresentado ao 8º termo do curso de Nutrição da Faculdade Eduvale de Avaré como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição sob a orientação da Profa Me. Vivian Pupo Machado deOliveira.
AVARÉ
2020
Sumário	SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
2	CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO	4
3	AVALIAÇÃO NUTRICIONAL	5
3.1 CASO CLINICO 1	6
3.2 CASO CLINICO 2	8
3.3 CASO CLINICO 3	12
3.4 CASO CLINICO 4	14
4	EDUCAÇÃO NUTRICIONAL	18
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	20
6	REFERÊNCIAS	21
INTRODUÇÃO
	
A saúde coletiva consiste em um campo interdisciplinar em que as necessidades sociais em saúde é o seu objeto de estudo. Nessa área de estágio o estudante deverá estar apto a desenvolver ações no campo da saúde coletiva. A atuação da Nutrição em no âmbito social tem crescido muito nos últimos anos devido principalmente ao aumento da expectativa de vida das pessoas e das doenças crônicas degenerativas. A área de estágio de saúde coletiva almeja proporcionar ao estudante noções em Nutrição Social onde conhecimento técnico e social responda as necessidades de saúde das pessoas. O estudante estagiário deverá dominar temas que vão além das condições de saúde, chegando à instituições de saúde. Suas ações devem ser pensadas no sentido de reintegrar do indivíduo idoso ao seu ambiente, em condições de maior independência. O preceptor de estágio deverá acompanhar todas as ações desenvolvidas pelos alunos, evitandose assim, algum tipo de constrangimento e/ou agravamento das condições de saúde do paciente atendido.
O objetivo geral do estágio de Nutrição Social é preparar o estudante para a ação profissional no âmbito da saúde pública/coletiva, oportunizando atividades de educação, orientação e assistência primária em nutrição para indivíduos e coletividades. Os estudantes irão compor a equipe das Unidades de Saúde, Estratégia da Saúde da Família (ESF) ou do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), na Vigilância Sanitária e no Programa Nacional de Alimentação do Escolar (PNAE), podendo também complementar o estágio em creches, Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) ou outras instituições onde possa se desenvolver atividades relativas à profissão do nutricionista.
CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
O estágio de nutriçãosocialfoirealizado no Lar São Vicente de Paulo, localizado na ruaTejupá, número 40, Vila São Vicente, Taquarituba.
A instituição tem finalidade filantrópica onde se mantem em grande parte através de doações da comunidade local, alguns familiares dos idosos também auxiliam na renda, mas não todos.
Ao todo são em torno de 29 idosos, divididos entre homens e mulheres, sendo a grande maioria as mulheres. 
 A equipe multidisciplinar e composta por vários profissionais, sendo nutricionista, enfermeiro, técnico de enfermagem, cuidador, assistente social, fisioterapeuta, médico, assistente de farmácia, psicóloga, cozinheira, auxiliar de cozinha, faxineiras, etc.
Os horários das atividades são dispostos da seguinte maneira: 
· Ás 06:30 da manhã são realizados os banhos;
· Das 07:30 e 08:00 da manhã é administrado a medicação;
· Ás 08:00 é realizado o café da manhã;
· Ás 10:00 é realizado o lanche da manhã;
· Ao 12:00 é realizado o almoço e a administração da medicação;
· Após o almoço os idosos são trocados;
· Ás 15:00é realizado o café da tarde;
· Ás 18:30 é realizado o jantare a administração da medicação;
· Ás 21:00 é realizada a ceia;
· A partir desse horário eles vão dormir.
Os plantões de atendimento dos profissionais da saúde são tanto de manhã como a noite, seguindo a escala de 12/36.
A nutricionista do local é responsável tanto pela admisntraçao da UAN, quanto da avaliação nutricional dos idosos. Porem devido a falta de tempo e recursos, as avaliações nutricionais só são realizadas na chegada do idoso e quando realmente necessário. 
Devido ao estagio ter sido realizado em meio a uma pandemia, houve uma dificuldade maior para ter contato com os idosos, tanto para a avalição, quanto para oficinais educacionais. Tudo foi realizado seguindo o protocolo de higienização do ministério da saúde, auxilio de mascara, álcool em gel e evitando aglomerações.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Devido as avaliações serem realizadas com idosos, vale ressaltar que foi realizado um processo mais cuidadoso, tanto e detalhado, utilizando tabelas especificas e o auxilio da nutricionista local. Foi levado em conta também as alterações biológicas e físicas. 
Os métodos utilizados para a avaliação do estado nutricional nos idoso com os recursos disponíveis:
· Peso
· Altura (Altura do joelho)
· IMC ( de acordo com a classificação do IMC para idosos (OPAS; 2002, 2003)
· Circunferências : CB, CP.
3.1 CASO CLINICO 1
R. L. A, 64 anos, branco, viúvo, nascido dia 12/07/58, do sexo masculino, hipertenso, apresenta problemas de disfunção de memoria, foi avaliado dia 26/11/2020.
· CB: 28 cm
· CP: 35,5 cm – sem risco de sarcopenia, segundo Kawakami, et al. Geriatr Gerontol int 2014.
· Peso: segundo a referência de Chumleia et al 1988 a equação para calculo de estimativa de peso é: 65 Kg
· Altura: segundo a referência de Chumleia et al a equação para calculo de estimativa de altura é: 1,62 m
· Adequação da CB (%): segundo Frisancho, a representação da soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseos, muscular e gorduroso do braço. De acordo com a medida da CB da paciente podemos obter o seguinte diagnóstico: 
· Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) /CB em percentil 50* x 100
· Adequação da CB (%) = 28/32 x 100= 85,6% -> Desnutrição leve
· IMC: 24,3 kg/m² -> eutrofia
· TMB = 1.338 Kcal/dia
· GET = 1.338 x 1,25 = 1.672 kcal/dia
· Fator Atividade: segundo a tabela de Jesus, 2002; Augustoet al., 1995; Adaptado de Silberman; Elisenberg; Guerra, 2002, o fator atividade para pacientes acamados + móveis é de 1,25. 
· Devido ao perfil hipertenso, o idoso segue uma dieta normoproteica, normolipidica e hipossódica.
PATOLOGIA
Chamamos de pressão alta ou hipertensão arterial (HA) quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias é muito forte e fica acima dos limites considerados normais para a idade. Na maioria das vezes isto só é percebido quando se mede a pressão.
Para melhor entendimento, é importante conhecer o funcionamento do coração, que trabalha como uma bomba que joga o sangue para frente quando se contrai (sístole), esvaziando o coração e enchendo as artérias. Do outro lado do coração, o sangue volta pelas veias enchendo novamente e o coração relaxado (diástole). Este movimento de vai e vem, sem parar, é que nos mantém vivos e exerce uma pressão na contração, que é chamada sistólica ou máxima e outra no enchimento do coração relaxado que tem o nome de diastólica ou mínima.
A pressão arterial é medida em milímetros (mm) ou centímetros (cm) de mercúrio (Hg), sendo considerados ótimos os valores de 120 por 80 mmHg ou “12 por 8” cm de Hg. Mas, quando esta pressão está persistentemente maior que 140 por 90 mmHg ou “14 por 9” cm Hg ela é considerada alta e um médico deve ser consultado. Sempre que a pressão estiver maior que 120 por 80 mmHg e menor que  140 por 90 mmHg, vale a pena fazer medidas semestrais ou anuais para acompanhamento.
A maior parte das vezes esta pressão alta não tem uma única causa bem definida e também não dá sintomas, por isso, é considerada um inimigo invisível. No entanto, sabemos que a doença é de natureza hereditária (atinge vários membros da mesma família), aumenta sua frequência com a idade, sedentarismo, ganho de peso e excesso de sal na comida. Confirmada a pressão alta, a pessoa deverá fazer acompanhamento médico pelo resto de sua vida para não ser prejudicada, sem mesmo saber que isso está ocorrendo.
A pressão alta sem tratamento pode causarlesões no coração (angina e infarto), cérebro (derrame), rins (insuficiência renal) e vasos do organismo (entupimentos e cegueira). Mas, isso só acontece com quem não dá bola para este diagnóstico. Modificando os hábitos de vida, tais como fazer uma dieta saudável, retirar o excesso de sal da comida, fazer atividade física adequada na maioria dos dias da semana, corrigir a obesidade, controlar o estresse, parar de fumar e consumir álcool apenas em pequenas quantidades, ajudam muito no controle da pressão alta.
MEDICAMENTO
Espironolactona: É indicado para hipertensão essencial, distúrbios edematosos, tais como: edema e ascite da insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e síndrome nefrótica, edema idiopático, terapia auxiliar na hipertensão maligna, hipopotassemia quando outras medidas forem consideradas impróprias ou inadequadas, profilaxia da hipopotassemia e hipomagnesemia em pacientes tomando diuréticos, ou quando outras medidas forem inadequadas ou impróprias, diagnóstico e tratamento do hiperaldosteronismo primário e tratamento pré-operatório de pacientes com hiperaldosteronismo primário.
DIAGNOSTICO NUTRICIONAL
De acordo com o resultado das medidas, pode se concluir que o paciente encontra-se em desnutrição leve, apresentando depleção de tecido muscular, estando em risco nutricional.
3.2 CASO CLINICO 2
C.F.S, sexo feminino, branca, 62 anos, nascida dia 13/10/1957, aposentada por invalidez, apresenta Insuficiência cardíaca, foi avaliada dia 26/11/2020.
· CB: 24 cm
· CP: 27 cm – com risco de sarcopenia, segundo Kawakami, et al. Geriatr Gerontol int 2014.
· Peso: segundo a referência de Chumleia et al 1988 a equação para calculo de estimativa de peso é: 43 Kg.
· Altura: segundo a referência de Chumleia et al a equação para calculo de estimativa de altura é: 1,44 m.
· IMC: 20,7 kg/m² -> eutrofia
· Adequação da CB (%): segundo Frisancho, a representação da soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseos, muscular e gorduroso do braço. De acordo com a medida da CB da paciente podemos obter o seguinte diagnóstico: 
· Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) /CB em percentil 50* x 100
· Adequação da CB (%) = 24/31,2 x 100= 76,9% -> Desnutrição moderada
· TMB = 1.055 Kcal/dia
· GET = 1.055 x 1,2= 1.266 Kcal/dia
· Fator Atividade: segundo a tabela de Jesus, 2002; Augustoet al., 1995; Adaptado de Silberman; Elisenberg; Guerra, 2002, o fator atividade para pacientes acamados é de 1,2. 
· A idosa segue uma dieta normoproteica, normolipidica e normocalorica.
PATOLOGIA
A insuficiência cardíaca pode surgir em qualquer idade, mesmo em crianças pequenas (sobretudo nas nascidas com algum defeito cardíaco congênito). Entretanto, ela é bem mais comum entre pessoas idosas, pois elas têm mais chances de terem distúrbios que predispõem à insuficiência cardíaca (como doença arterial coronariana que danifica o músculo cardíaco) ou distúrbios das válvulas cardíacas. As alterações no coração relacionadas à idade também tendem a fazer com que o coração funcione com menos eficácia.
Cerca de 6,5 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm insuficiência cardíaca e cerca de 960.000 novos casos surgem anualmente. Em todo o mundo, por volta de 26 milhões de pessoas são afetadas. É provável que o distúrbio se torne mais frequente porque as pessoas estão vivendo mais tempo e porque, em alguns países, determinados fatores de risco para doença cardíaca (como obesidade, diabetes, tabagismo e hipertensão arterial) estão afetando um número maior de pessoas.
A insuficiência cardíaca não significa que o coração parou. Significa que o coração não consegue manter o esforço necessário para bombear adequadamente o sangue para todas as partes do corpo (sua carga de trabalho). Essa definição, entretanto, é muito simplista. A insuficiência cardíaca é extremamente complexa e nenhuma definição simples consegue abranger suas diversas causas, aspectos, formas e consequências.
A função do coração é bombear sangue. O bombeamento move líquidos de um local para outro. Com o coração,
O lado direito do coração bombeia o sangue das veias para os pulmões.
Já o lado esquerdo bombeia o sangue que sai dos pulmões pelas artérias para o restante do corpo.
O sangue sai do coração quando o músculo cardíaco se contrai (durante a sístole) e entra no coração quando o músculo cardíaco relaxa (durante a diástole). A insuficiência cardíaca se desenvolve quando a ação de contração ou relaxamento do coração é inadequada, normalmente devido à fraqueza ou rigidez do músculo cardíaco (ou ambos). Como resultado, o sangue pode não sair do coração em quantidades adequadas. Também pode haver acúmulo de sangue nos tecidos, o que causa congestão. É por esse motivo que a insuficiência cardíaca também é conhecida como insuficiência cardíaca congestiva.
O acúmulo de sangue que entra no lado esquerdo do coração provoca congestão pulmonar e dificuldade respiratória. O acúmulo de sangue proveniente do lado direito do coração provoca congestão e acúmulo de líquidos em outras partes do corpo, como nas pernas e no fígado. Em geral, ambos os lados do coração são em certo grau afetados pela insuficiência cardíaca. Todavia, um dos lados pode ser mais afetado do que o outro. Nesses casos, a insuficiência cardíaca pode ser descrita como insuficiência cardíaca direita ou insuficiência cardíaca esquerda.
Na insuficiência cardíaca, o coração não pode bombear sangue suficiente para atender à necessidade do corpo por oxigênio e nutrientes, que são fornecidos pelo sangue. Consequentemente, os músculos dos braços e pernas podem se cansar mais rapidamente e os rins podem não funcionar normalmente. Os rins filtram líquidos e resíduos presentes no sangue, que são despejados na urina, porém, quando o coração não consegue bombear apropriadamente, os rins funcionam de forma incorreta e não conseguem remover o excesso de líquido do sangue. Assim, ocorre aumento da quantidade de líquido na corrente sanguínea, o que aumenta a carga de trabalho do coração debilitado, estabelecendo-se um círculo vicioso. Assim, a insuficiência cardíaca agrava-se ainda mais.
MEDICAMENTO
Carvedilol: é indicado para tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva estável e sintomática leve, moderada e grave, de etiologia isquêmica e não isquêmica. Em adição à terapia padrão (incluindo inibidores da enzima conversora de angiotensina e diuréticos, com ou sem digitálicos opcional), carvedilol demonstrou reduzir a morbidade (hospitalizações cardiovasculares e melhora do bem estar do paciente) e a mortalidade, bem como a progressão da doença. Pode ser usado como adjunto à terapia padrão, em pacientes incapazes de tolerar inibidores da ECA e também em pacientes que não estejam recebendo tratamento com digitálicos, hidralazina ou nitratos. De acordo com os resultados de um estudo (Copernicus), carvedilol é eficaz e bem tolerado em pacientes com insuficiência cardíaca crônica grave.
DIAGNOSTICO NUTRICIONAL
De acordo com o resultado das medidas, pode se concluir que o paciente encontra-se em desnutrição moderada, apresentando depleção de tecido muscular, estando em risco nutricional.
3.3 CASO CLINICO 3
E.D.V, sexo feminino, branca, 91 anos, nascida dia 03/02/1929, aposentada, apresenta infecção urinaria, foi avaliada dia 26/11/2020.
· CB: 21 cm
· CP: 25 cm - com risco de sarcopenia, segundo Kawakami, et al. Geriatr Gerontol int 2014.
· Peso: segundo a referência de Chumleia et al 1988 a equação para calculo de estimativa de peso é: 49 Kg.
· Altura: segundo a referência de Chumleia et al a equação para calculo de estimativa de altura é: 1,56 m.
· IMC: 20,13 kg/m².-> desnutrida
· Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) /CB em percentil 50* x 100
· Adequação da CB (%) = 21/28,4 x 100 = 73,9% -> Desnutrição moderada
· TMB = 1.238 kcal/dia
· GET = 1.238 x 1,25= 1.547 Kcal/dia
· Fator Atividade: segundo a tabela de Jesus, 2002; Augustoet al., 1995; Adaptado de Silberman; Elisenberg; Guerra, 2002, o fator atividade para pacientes acamados + moveis é de 1,25. 
· A dieta da idosa tem o perfil normoproteica, normolipidicae normocalorica.
PATOLOGIA
Infecção urinária é qualquer infecção por micro-organismos que acometa o trato urinário. Dependendo da estrutura acometida, a infecção tem nomes diferentes: uretrite (uretra), cistite (bexiga) ou pielonefrite (rins). Embora vários micro-organismos possam causar o problema, geralmente a responsável é a bactéria Escherichia coli, presente naturalmente no intestino e importante para a digestão, mas patogênica para o aparelho urinário.
Os sintomas na cistite e pielonefrite são diferentes. Na cistite, há geralmente dor ao urinar, urgência para urinar, aumento da frequência do desejo de urinar, e dor suprapúbica (na parte inferior do abdome). A febre, na maior parte das vezes, não está presente. O que pode ocorrer, é alteração do odor, aspecto e cor da urina, embora nem sempre.  Já na pielonefrite, que se inicia habitualmente após um quadro de cistite, ocorre frequentemente febre alta (geralmente superior a 38°C), associada a calafrios e dor lombar de um ou de ambos os lados. Febre, calafrios e dor lombar formam a tríade de sintomas característicos da pielonefrite, estando presentes na maioria dos casos.
A causa infecciosa na maior parte das vezes é bacteriana, podendo porém, ser causada por fungos. Quando adquirida na comunidade, a ITU é geralmente causada pela bactéria Escherichia coli (70% a 85% dos casos), seguido por outros tipos como o Staphylococcus saprophyticus, espécies de Proteus e de Klebsiella e o Enterococcus faecalis. Já quando adquirida em ambiente hospitalar, os agentes são bastante diversificados, predominando as enterobactérias, embora a E. coli também seja uma das mais frequentes.  
A escolha da terapia antimicrobiana para a ITU depende da apresentação da infecção, ou seja, compatível com cistite ou pielonefrite. Depende também da pessoa afetada (idosos, mulheres gestantes, adultos, crianças), do agente infeccioso, e da própria evolução do quadro clínico. Portanto, para decisão do tratamento, o médico baseia-se em dados laboratoriais e clínicos. A cistite não tratada adequadamente pode evoluir para pielonefrite. Esta, por sua vez, pode ser grave, podendo levar à sepse e óbito, inclusive.
MEDICAMENTO
Azitromicina: é indicado em infecções causadas por organismos suscetíveis, em infecções do trato respiratório inferior incluindo bronquite e pneumonia, em infecções da pele e tecidos moles, em otite média aguda e infecções do trato respiratório superior incluindo sinusite e faringite/tonsilite. (A penicilina é o fármaco de escolha usual no tratamento de faringite devido à Streptococcus pyogenes, incluindo a profilaxia da febre reumática. A Azitromicina Di-Hidratada geralmente é efetiva na erradicação do estreptococo da orofaringe; porém dados que estabelecem a eficácia da Azitromicina Di-Hidratada e a subsequente prevenção da febre reumática não estão disponíveis no momento).
Nas doenças sexualmente transmissíveis no homem e na mulher, Azitromicina Di-Hidratada é indicado no tratamento de infecções genitais não complicadas devido à Chlamydia trachomatis. É também indicado no tratamento de cancro devido à Haemophilus ducreyi, e em infecções genitais não complicadas devido à Neisseria gonorrhoeae sem resistência múltipla. Infecções concomitantes com Treponema pallidum devem ser excluídas.
DIAGNOSTICO NUTRICIONAL
De acordo com o resultado das medidas, pode se concluir que o paciente encontra-se em desnutrição moderada segundo a CB%, porém seu IMC sendo a tabela de IMC para idosos aponta desnutrição, apresentando depleção de tecido muscular, estando em risco nutricional.
3.4 CASO CLINICO 4
A.V.S, sexo masculino, branco, 78 anos, nascida dia 17/10/1942, aposentado, apresenta refluxo gastroesofágico, foi avaliado dia 26/11/2020.
· CB: 27 cm
· CP: 31 cm - com risco de sarcopenia, segundo Kawakami, et al. Geriatr Gerontol int 2014.
· Peso: segundo a referência de Chumleia et al 1988 a equação para calculo de estimativa de peso é: 69 Kg.
· Altura: segundo a referência de Chumleia et al a equação para calculo de estimativa de altura é: 1,73 m.
· IMC: 23,05 kg/m².-> eutrofia
· Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) /CB em percentil 50* x 100
· Adequação da CB (%) = 27/31,3 x 100 = 86,2% -> Desnutrição leve
· TMB = 1.346 kcal/dia
· GET = 1.346 x 1,25 = 1.682 Kcal/dia
· Fator Atividade: segundo a tabela de Jesus, 2002; Augustoet al., 1995; Adaptado de Silberman; Elisenberg; Guerra, 2002, o fator atividade para pacientes acamados + moveis é de 1,25. 
· A dieta tem o perfil normoproteica, normolipidica e normocalorica.
PATOLOGIA
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é a condição que se desenvolve quando o conteúdo do estômago retorna ao esôfago e provoca sintomas desagradáveis e/ou complicações. É um dos diagnósticos mais comuns na gastroenterologia, pois se trata de uma afecção que afeta cerca de 12% a 20% da população brasileira.
Numerosos fatores podem contribuir para o refluxo se tornar patológico, merecendo destaque as aberturas ou relaxamentos transitórios do esfíncter inferior do esôfago. Esses relaxamentos ocorrem independentemente da deglutição e podem estar relacionados com hipotensão do esfíncter. Outra causa facilitadora da DRGE é a presença de hérnia de hiato, principalmente de grande tamanho.
Os sintomas da DRGE são divididos em dois tipos: típicos e atípicos. São considerados sintomas típicos:
· Pirose: também chamada de azia, é a sensação de queimação na região central do peito, que pode irradiar da parte superior do estômago até o pescoço.
· Regurgitação: definida como a percepção do fluxo do conteúdo gástrico refluído para boca.
As manifestações atípicas da DRGE são:
· Dor torácica não cardíaca (DTNC)
· Globus faringeus 
· Asma
· Tosse crônica Fibrose pulmonar idiopátíca Apneia do sono
O diagnóstico da DRGE se inicia com uma anamnese cuidadosa, capaz de identificar os sintomas característicos, bem como definir sua intensidade, duração e frequência. Devem ser observados fatores desencadeantes e de alívio, além de ser determinado o padrão de evolução da doença, assim como o impacto na qualidade de vida dos pacientes.
Com relação aos exames, a endoscopia digestiva alta (EDA) é o método de escolha para avaliar se há lesões causadas pelo refluxo.
A pHmetria e a impedanciopHmetria esofágica são consideradas métodos diagnósticos específicos e sensíveis para diagnóstico do refluxo e sua correlação com os sintomas referidos pelos pacientes. São indicados para documentar a exposição ácida no esôfago.
O tratamento da DRGE objetiva controlar os sintomas, cicatrizar as lesões e prevenir complicações, podendo ser fundamentalmente clínico ou cirúrgico.A grande maioria dos pacientes se beneficia com tratamento clínico, que deve abranger medidas comportamentais e farmacológicas, as quais devem ser implementadas simultaneamente. As modificações comportamentais no tratamento da DRGE são:
· Perder peso ou impedir ganho adicional;
· Moderação na ingestão dos seguintes alimentos: ricos em gorduras, condimentados , cítricos, café, chá, chocolate, bebidas alcoólicas e que possuem gás;
· Evitar refeições volumosas;
· Evitar deitar por duas horas após as refeições; Cessação do tabagismo;
· Evitar roupas apertadas;
· Evitar medicamentos que causam boca seca;
· Não comer antes das atividades físicas (alimentar hora antes de se exercitar);
· Elevação da cabeceira da cama (15cm).
Os medicamentos que são indicados no tratamento da DRGE favorecem a inibição da secreção gástrica, haja visto que atuam melhorando os sintomas e cicatrizando a esofagite. Os fármacos disponíveis são:
· Inibidores da bomba de prótons (omeprazol, esomeprazol);
· Antiácidos e sucralfato;
· Alginato;
· Bloqueadores dos receptores H2 da histamina (cimetidina, ranitidina);
· Procinéticos (metoclopramida, domepridona). 
Somente o médico é capaz de prescrever qual melhor medicamento, baseado na apresentação clínica e na gravidade dos sintomas dos pacientes. Não use medicação sem receita médica, eles possuem efeitos colaterais e podem ser prejudiciais à saúde.
Com relação a cirurgia, pacientes jovens,não obesos, muito sintomáticos, que respondem bem ao uso de medicação e que apresentam exames alterados (EDA, pHmetria ou impedânciopHmetria esofágica) poderão se candidatar à cirurgia antirrefluxo, conhecida como fundoplicatura. A cirurgia consiste em envolver a parte superior do estômago em volta do esfíncter esofágico inferior para criar uma barreira que impeça o refluxo.
MEDICAMENTO
Lansoprazol: é indicado para cicatrização e alívio sintomático de esofagite de refluxo (incluindo úlcera de Barrett e casos de resposta insatisfatória a antagonistas de receptores histamínicos H2), de úlcera duodenal e de úlcera gástrica, em tratamento de curto prazo. Também é indicado para tratamento em longo prazo de pacientes hipersecretores, portadores ou não de Síndrome de Zollinger-Ellison. Dados clínicos atuais indicam que Lansoprazol é seguro e eficaz nessas desordens em tratamentos de até 2,6 anos de duração.
DIAGNOSTICO NUTRICIONAL
De acordo com o resultado das medidas, pode se concluir que o paciente encontra-se em desnutrição leve segundo a CB%, porém seu IMC sendo a tabela de IMC para idosos aponta eutrofia, apresentando um começo de depleção de tecido muscular, entrando em risco nutricional.
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
A educação nutricional no Lar foi por meio de um debate sobre hipertensão com um grupo “x” de idosos devido aos cuidados da pandemia para que não houvesse aglomeração. O debate foi realizado com as devidas precauções, como: uso de máscara, presença de poucas pessoas no ambiente e distanciamento adequado. A maioria dos idosos presentes apresentavam essa comorbidade e muito interesse sobre o tema.
Foi distribuídos folders confeccionados por mim mesma, com o intuito de explicar de forma simples sobre a comorbidade e como a nutrição pode auxiliar no tratamento.
Após a distribuição e explicação sobre a temática, foi aberto espaço para os idosos exporem suas opiniões e dúvidas e as dúvidas mais freqüentes realmente foi direcionada a alimentação.
As dúvidas mais freqüentes foram:
· Qual a diferença de sal e sódio?
Resposta apresentada: O sódio é um mineral presente no sal, que tem uma função mais direcionada a estabilização da pressão arterial, pois faz parte do equilíbrio hidroeletrolítico, impulso nervoso e contração muscular. Já o sal, uma das suas principais funções é dar sabor aos alimentos. O consumo excessivo pode levar a hipertensão arterial em qualquer fase da vida. Se consumido na quantidade ideal, só irá trazer benefícios, sem prejuízos. 1g de sal possui 400 mg de sódio.
· Só alimentos salgados contém sódio?
Resposta apresentada: Os alimentos salgados são os que guardam a maior concentração do mineral, contudo, podemos encontrar essa substância em doces, em bolos, biscoitos e até mesmo em gelatinas e achocolatados.
· Quais alimentos contém mais sódio?
Resposta apresentada: Caldos de carnes industrializados, macarrão instantâneo, salgadinhos industrializados, queijos amarelos e embutidos (mortadela, salame, patês).
Folder:
A dinâmica colaborou para o conhecimento de ambos, tanto dos idosos como o meu no âmbito profissional, pois a partir da troca de informações é possível identificar qual o melhor método de se expressar para grupo “x”, neste caso idosos.
Foi evidente o interesse de interação e de vontade de conhecimento dos idosos presentes. Pode-se perceber que há sim um interesse maior sobre os alimentos que consomem e como “prometido”, me disseram que com essas informações dariam o melhor para consumir menos alimentos com excesso de sódio e consumir alimentos mais saudáveis para terem uma vida longa e boa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio supervisionado de nutrição social colaborou para minha formação tanto profissional, quanto pessoal. Ao conviver com pessoas de idades superiores e com rotinas diferentes você aprende a ter um olhar mais cuidadoso e direcionado antes de agir sobre qualquer situação, pois o cuidado com o idoso deve ser redobrado pensando sempre em seu conforto e felicidade.
Os idosos sempre tem um modo de nos ensinar coisas simples de maneira mais harmoniosa, fazendo que tenhamos mais responsabilidade e afeto no que estamos fazendo, sempre nos proporcionando palavras amigas e motivadoras e a todo momento me disponibilizando toda informação possível. 
A nutricionista local me recebeu muito bem e me ajudou em tudo que fosse possível, e o que ela não tinha conhecimento buscava informações para aprendermos juntas. Me deu total autonomia para que eu pudesse criar um perfil profissional próprio e me instruiu sempre antes de tomar as decisões. Ela foi totalmente essencial para a minha formação e um espelho para minha vida profissional, pois demonstra uma paixão muito grande naquilo que faz.
O auxilio da supervisora também foi essencial em momentos de dúvidas e inseguranças no momento em que eu estava estagiando, sempre pensava como ela iria agir naquela determinada situação e buscava sempre me espelhar em seu método de solucionar as coisas. Sua disposição para me instruir também foi essencial.
O lar São Vicente de Paulo me deixou muitos aprendizados e saudades, sou grata por tudo que me proporcionaram, desde o conhecimento ao carinho.
REFERÊNCIAS 
ANVISA. Medicamento Medley. Bula Azitromicina. Consulta remédios, 3 abr. 2020. Disponível em: https://consultaremedios.com.br/azitromicina/bula. Acesso em: 30 nov. 2020.
ANVISA. Medicamento Coreg. Bula Carvedilol. Consulta remédios, 28 fev. 2020. Disponível em: https://consultaremedios.com.br/carvedilol/bula. Acesso em: 30 nov. 2020.
ANVISA. Medicamento Aldactone. Bula Espironolactona. Consulta remédios, 8 jul. 2020. Disponível em: https://consultaremedios.com.br/espironolactona/bula. Acesso em: 30 nov. 2020.
ANVISA. Medicamento Legrand. Bula Lansoprazol. Consulta remédios, 11 jan. 2020. Disponível em: https://consultaremedios.com.br/lansoprazol/bula
. Acesso em: 30 nov. 2020.
ARAUJO, Juliana et al. ATIVIDADES EM NUTRIÇÃO SOCIAL NAS DIVERSAS ÁREAS DE ATUAÇÃO. Recife-PE: UNINASSAU, 2018. Disponível em: http://blogs.uninassau.edu.br/sites/blogs.uninassau.edu.br/files/anexo/atividades-nutricao_social.pdf. Acesso em: 23 nov. 2020.
CWORKS. Sociedade brasileira de nefrologia. Hipertensao arterial. [S. l.], 2018. Disponível em: https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/doencas-comuns/hipertensao-arterial/. Acesso em: 2 dez. 2020.
CWORKS. Sociedade brasileira de nefrologia. Infecção urinária. [S. l.], 2016. Disponível em: https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/doencas-comuns/infeccao-urinaria/ Acesso em: 17 dez. 2020.
MORAES FILHO, Joaquim Prado P.; DOMINGUES, Gerson. Doença do Refluxo Gastroesofágico. In: ZARTEKA, Schlioma; EISIG, Jaime Natan. Tratado de Gastroenterologia: Da Graduação à Pós-Graduação. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. Cap. 39. p. 445-457
SHSH, Sanjiv. Insuficiência cardíaca. Northwestern University Feinberg School of Medicine, 2018. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca. Acesso em: 2 dez. 2020.

Continue navegando