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Emma Darcy O ROSTO DO AMOR

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Emma Darcy
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Capítulo 1
Lyn se sentia mais só que nunca. Seu pai, sentado a seu lado, conduzia o Daimler com concentração. Do assento de atrás, chegava-lhe uma espécie de zumbido, o das palavras que sua mãe dizia para confrontar ao Delvene, quem se empenhava em que todo mundo soubesse quão perturbada estava. Ninguém dirigiu a palavra ao Lyn desde que saíram do escritório do notário. Tinham-na cuidadoso como se se tratasse de um inseto repulsivo, desde que se inteiraram do legado que lhe outorgo a tia Henrietta, como seu ultimo desejo.
___Deveu estar louca!
Alicia Mansfield dirigiu a exclamação para seu marido, mas foi Lyn a que se sentiu aludida. A implicação daquelas palavras era clara. Qualquer que favorecesse ao Lyn e ignorasse a sua formosa irmã, Delvene, deveria estar desenquadrado. Lhe encheram os olhos de lágrimas. Era tão terrível que pela primeira vez alguém a tivesse preferido? Tantos anos de experimentar o rechaço de seus pais não tinham conseguido endurecê-la-o suficiente para não sentir-se ferida. A dor do falecimento de seu parienta, afligia-a. Sentiria falta da sua tia, a única pessoa da família Mansfield que a tinha tratado sempre com imparcialidade. E em seu testamento foi mais que justa.
Lyn olhou com inquietação a seu pai para captar sua reação ante a sugestão de que sua irmã tinha perdido a razão. A expressão do homem era sombria e de irritação. Sujeito com força o volante do Daimler enquanto o soluço do Delvene se para mais intenso.
___No merece a pena insistir nisso, Alicia __dijo ele com suavidad__. O testamento é válido e nenhum juiz apoiaria o argumento de que a diretora da escola para meninas de maior prestígio no Sydney, estava mentalmente transtornada. além disso, não tenho a menor intenção de ventilar problemas familiares em uma corte. Deve haver outra solução. Estou seguro de que este engano tão lamentável pode ser resolvido entre nós mesmos.
Lyn imediatamente deduziu que lhe tirariam a herança. De algum jeito, de qualquer maneira. O carro deixou de fazer ruído e os soluços do Delvene desapareceram. Missão cumprida, pensou Lyn com amargura. As lágrimas de sua irmã sempre conseguiam lhe arrebatar qualquer vantagem que ela tivesse obtido. Quase podia sentir a hostilidade de sua irmã, quão mesmo a antipatia de seus pais. Uma profunda dor se apodero de sua alma.
Não importasse o que fizesse; por mas que tratava de ser a classe de filha que seus progenitores queriam, a preferida era Delvene. Lyn sentiu fechar uma porta invisível que lhe impedia o acesso à aprovação paterna, a que sempre tinha monopolizado Delvene. Parecia-lhe incrível que a tia Henrietta a tivesse favorecido a ela, ao patito feio da família Mansfield. 
E isso não lhe faria nenhum bem, pensou desalentada. Seu nascimento tinha sido um engano e estava destinada ao fracasso. Não havia algo que ela pudesse fazer para impedi-lo. A tia Herietta só lhe ocasionou problemas com sua decisão de lhe herdar o formoso apartamento do Kirribilli.
A propriedade era custosa, embora para uma família rica como a dos Mansfield, não significava muito, exceto pelo fato de que tinha passado à mãos do Lyn. Todos foram incluídos no testamento da tia, mas foi Lyn quem recebeu a jóia maior da Henrietta, e isso não o aceitava Delvene. Ninguém se teria incomodado se esta tivesse sido a herdeira, todos a tivessem considerado uma decisão acertada.
Lyn não encaixava em sua família. Não podia fazer algo bem, ou que ao menos parecesse acertado. Nem sequer merecia a pena tentá-lo; deveria dar-se por vencida e partir de casa pois jamais superaria ou igualaria a sua irmã. Partir de casa e fazer o que desejasse, trocar de vida e deixar de ser o engano de sua família. Se conseguisse um emprego mediante o qual pudesse ajudar seus gastos, dedicaria seu tempo livre ao desenho, e estendo recebesse o dinheiro da herança, criaria seu negócio onde venderia o que ela fizesse.
Lyn se sentiu aturdida durante o resto da viagem. Estava tão ocupada com esses planos, que em seu cérebro não havia lugar para preocupar-se com o que pensassem seu pai, sua mãe ou Delvene. logo que o Daimler se deteve, Lyn desço do carro e subiu a sua habitação, cheia de esperanças.
Uma chamada Telefónica do notário lhe confirmo que podia tomar posse do apartamento da tia assim que quisesse. Quão único tênia que fazer era recolher a chave no despacho do notário. Existia um problema: o de conseguir um emprego, o qual, pensando-o bem, tampouco séria um obstáculo. Seu diploma da escola de arte era um ponto a seu favor.
Lyn se sentiu muito agradecida. Nunca teria podido terminar esses cursos de não ter sido pela intervenção da tia. Seus pais afirmavam que as estudantes de arte eram esfarrapadas, de idéias estranhas e socialmente mal vista, por isso sua filha nunca séria uma delas. O desejo do Lyn não pôde cumprir-se até que a tia Henrietta manteve uma batalha sem trégua com seu irmão. Não foi uma vitória fácil e Lyn sempre sentiu a ameaça de que pudessem tirar a da escola, mas a tia sempre a apoiou e o único que lhe pediu foi que a gratificasse com altas qualificações. Agora lhe oferecia uma ajuda invaluable: a casa. Esse pensamento comoveu ao Lyn e reforçou sua resolução.
Embora o diploma da escola de arte não lhe proporcionaria um emprego, era uma garota bem educada que sabia como atuar e arrumar-se em várias circunstâncias. Estava preparada para aceitar qualquer tipo de emprego. O fim justificava os meios, repetia-se e era precisamente o fim o mais importante, por agora. Nesta ocasião não claudicaria.
A criatividade que tinha sido reprimida por sua família, floresceu de novo. Lyn abriu uma gaveta e saco quatro bolsas grandes de plástico, “o pequeno passatempo do Lynette”, e formariam parte das estoque de sua loja. Estava a ponto de abrir a bolsa que continha sua obra favorita quando Delvene entro sem anunciar-se, um sorriso de satisfação lhe curvava os lábios.
___Nettie, sente-se agradada contigo mesma?
O brilho dos olhos verdes advertiu ao Lyn que não deveria responder. Em silêncio, retornou as bolsas de plástico a seu lugar e colina a gaveta com chave. Como sua progenitora sempre menosprezava os trabalhos artísticos do Lyn, guardava-os com zelo. Agora não permitiria que Delvene pusesse suas mãos em cima de seus desenhos, em especial o vestido que tinha criado para si mesmo. Já em uma ocasião tinha acontecido com um objeto. A pediu “emprestada” e seus pais permitiram que ficasse com ela. Mas não voltaria a acontecer, prometeu-se Lyn. Delvene jamais lhe tiraria algo outra vez.
___No é que me interesse, mas, como fez para convencer à tia de que te legasse a fatia do leão? Sempre pensei que foi muito orgulhosa para suplicar, Nettie.
Lyn Miro a sua irmã com cautela. Delvene se tinha deitado sobre a cama com uma postura estudada para fazer ressaltar sua figura curvilínea.
___Ignoro por que o fez __le respondeu, concisa.
___Velha bruxa! Deveu estar louca __Delvene jamais se incomodava em adotar um ar de virtuosismo e doçura quando seu única ouvinte era Lyn__. Alegra-me que tenha morrido __ acrescentou, sem compasión__. Sempre te preferiu. Entretanto, não te servirá de muito, porque meu esta papai de meu lado.
Lyn apertou os dentes. Embora desejava esbofetear a sua irmã, sábia que isso repercutiria contra se mesma. Em vez disso, disse com desprezo:
___Louca solo porque era a única pessoa que não ia a ti, pressurosa, cada vez que estalava os dedos, Delvene? Assim é como julga às pessoas?
Delvene sorriu como o faria um felino a ponto de atacar.
___Vaya, Nettie, sacas as unhas! Aconselho-te que não te atreva a fazê-lo diante de papai. depois de tudo, a tia esta morta, não pode sair da tumba para te defender e o testamento é só um pedaço de papel, não? __sus olhos brilharam com maldade saboreando o triunfo__. Ah, a propósito, papai quer verte na biblioteca para falar contigo. Pediu-me que te avisasse que baixe imediatamente.
Lyn sentiu que o coração lhe caía, Uma conversação com seu pai na biblioteca sópodia significar uma coisa: que estava a ponto de enfrentar-se, uma vez mais, com sua desaprovação. Sentindo-se doente, dedico a sua irmã um olhar opaco enquanto esta saía da habitação. Então, decidida a terminar com tudo aquilo quanto antes, seguiu ao Delvene e desço pela escada, disposta a enfrentar-se com seu pai, por ultima ocasião.
Odiava a biblioteca; tinha sido o cenário de muitas humilhações e derrotas. Trato de tranqüilizar seu errático pulso e se disse que devia atuar e falar com dignidade, sem importar o que seu pai dissesse. Quando entrou, encontrou ao senhor a um lado do escritório, de pé, com os braços cruzados e com seu habitual cenho franzido.
___No eu gosto que me façam esperar __le espeto, irritado.
A experiência lhe tinha ensinado ao Lyn que não merecia a pena explicar que tinha sido culpa do Delvene. Imediatamente, a garota tomou assento em uma das cadeiras estofadas de pele que sempre a tinham feito sentir em desvantagem. Esta vez tinha tomado uma decisão e estava disposta a defendê-la a qualquer preço. Elevo seu pequeno queixo com gesto desafiante e sustentou o olhar de seu progenitor.
Era um homem atrativo a seus quarenta e nove anos e tão cego como sempre no referente ao Delvene. O se esclareceu garganta.
___Lynette... estive pensando neste assunto tenha desafortunado. Dá-te conta, é obvio, de que o testamento é injusto para sua irmã. Não posso imaginar que estava pensando Henrietta. Por isso decidi que o apartamento e o que contém, deve ficar em venda. O que se obtenha disso, será dividido entre você e sua irmã, como deveu ser desde o começo.
Lyn empalideceu. Seu sonho de levar uma vida própria, evaporava-se antes seus olhos.
___No pode fazer isso __murmuró, indecisa.
___Por suposto que posso fazê-lo. Tudo o que preciso é que firmes dando seu consentimento. Espero que faça o correto, Lynette.
O homem franziu mas o cenho, lhe dando a sua expressão um ar ameaçador. Mas Lyn se manteve firme.
___No, papai, não o farei, A tia quis que fora eu a proprietária do apartamento Y...
Ele exclamou furioso:
___Lynette! Foi algo abafadiço que, a nossas costas, tenha ido com sua tia e a tenha influenciado...
Palavras do Delvene! O sempre acreditava em algo que lhe dissesse a primogênita. Nunca deu ao Lyn o benefício da dúvida. A garota ficou de pé, a dor acumulada durante tantos anos a para tremer.
___É isso realmente o que crie de mim, papai?O que tratei de influir na tia?
___O que outra coisa posso pensar? É incompreensível que Henrietta fizesse a um lado ao Delvene.
Lyn tratou de suavizar o nó que lhe formou na garganta, esforçando-se por falar com maior controle para que seu pai escutasse seu ponto de vista.
___Não darei o apartamento ao Delvene! Viverei nele, conseguirei um emprego e me independizaré. Depois abrirei uma loja para...
___Uma loja! __sonrió com desdém.
___Si, isso é o que quero. Você nunca escutaste o que eu desejo. Necessito...
___Não permitirei que minha filha seja uma vulgar tendera! __le grito.
O não escutaria; nunca ia fazer o. Sua voz adquiriu tonalidades de decepção.
___Então me deserde! Já não me importa. De fato, pelo pouco que te preocupaste por mim, faz muitos anos que me deserdou.
O homem se ruborizou.
___No posso acreditar que seja capaz de dizer isso, Lynette. tiveste o mesmo amor, a mesma atenção e os mesmos privilégios que sua irmã.
___De verdade, papai? Exatamente o mesmo? __pregunto com um sorriso amargo
Seu rosto ficou ainda mais vermelho.
___Lynette, encontro seu ciúmes para o Delvene muito impróprios __su voz alcançou tons muito agudos__. me dê um exemplo! Solo um exemplo desse suposto favoritismo!.
Aquela cegueira a pareceu ao Lyn muito dolorosa para seguir lutando contra ela. Quase se deixou vencer, mas era a ultima oportunidade que teria para lhe abrir os olhos e para conservar o carinho para seu pai.
___Podría te dar milhares de exemplos, mas como solo me pede um, alguém te darei __con uns quantos passos rápidos, chego até o escritório e levanto um marco de ouro que continha uma foto e que estava localizado no sítio de honor__. Você e Delvene na noite da graduação dela... o pai orgulhoso e a filha formosa. Em onde está minha foto contigo, a da noite de minha graduação, pai?
Os olhos do Lyn se coalharam de lagrimas enquanto olhava a foto. A dor era muito intenso para suportá-lo.
___Llevaste ao Delvene à cidade e lhe comprou o vestido mas belo que encontrou, e estava tão orgulhoso dela que contratou a um fotógrafo para que viesse a casa e tomasse esta foto. Você e sua filha __las lágrimas se deslizaram por suas bochechas ao levantar o rosto para ver seu padre___. É obvio, não fez o mesmo comigo.
O se esclareceu garganta e sua resposta foi áspera, defensiva:
___Tú não me pediu isso. Tudo o que tinha que fazer...
___Delvene tampouco o pediu __le reprovo ela com tristeza__. Eu esperei a que você me oferecesse isso. Eu espere a que você me desse um pouco do amor que sempre deu ao Delvene. aguardei muito tempo, já não me importa que me veja ou não, mas minha irmã tem mas do que corresponde. Ficar com a casa da ti e me ire na manhã. Nada do que me diga agora, obtivesse que troque de opinião __dejo a foto em seu lugar e caminho para a porta.
___Lynette! Retorna aqui! 
A garota ignorou a ordem e correu para sua habitação. sentia-se muito curvada para escutar a seu pai defender-se, o que sem dúvida ia fazer. Nada cambiária e não ficava mas por dizer. Sua vida naquela casa tinha terminado. De fato, permaneceu muito tempo nela tentando um impossível.
Começou a fazer a bagagem guardando todas suas coisas em malas e caixas até que não houve algo seu no dormitório. Ninguém intento falar com ela. Lyn sábia que as discussões foram suscitar se, aquilo era tão solo uma pausa. Delvene não aceitaria ficar com as mãos vazias e seu pai trataria de agradar a sua adorada filha. No que se referia a sua mãe, ela não entenderia nem aprovaria a decisão do Lyn de partir de casa, da mesma maneira que nunca compreendeu nem apoio a atitude de sua filha menos para nada.
Lyn desço pela escada, disposta para jantar. O orgulho lhe proibia esconder-se da batalha que se desataria por seus desejos de independência e estava preparada a resistir qualquer tipo de pressão.
Uma delas foi resolvida imediatamente. Delvene estava radiante e de bom humor. A injustiça do testamento da tia Henrietta tinha sido mas que desagravada. Papaizinho depositária uma quantidade igual à da herança do Lyn, na conta bancária do Delvene ao dia seguinte, tal e como ela desejava.
___Es uma questão de justiça __declaro Gerald Mansfield.
Os olhos do Delvene brilhavam de felicidade. Quanto à senhora, a qual era idêntica a sua primogênita, estava sentada em atitude de recriminação para sua filha menor. Lyn continuava firme em sua decisão. Miro a seu pai aos olhos e disse com ironia:
___Yo não sei o que é justo e o que não o é, papai. Quão único sei é que nesta família não há lugar para mim.
Os lábios de seu pai se apertaram antes de espetar:
___Estoy muito decepcionado de ti, Lynette. Pensei que tinha esquecido seu rabieta e de novo sérias razoável. Como não posso te forçar a compartilhar algo que é legalmente teu, espero que tenha o suficiente sentido comum para te dar conta de que a venda do apartamento da tia Henrietta pode te dar uma fortuna. É absurdo que fale de partir desta casa.
___De todos modos irei. falei com o notário e assegura que posso tomar posse da casa amanhã mesmo. Partir-me cedo __comunicó Lyn com tom decidido.
___Não pode fazê-lo! __exclamo seu madre__. O que pensaria a gente? Gerald, não se pode partir.
___Si vai, Lynette, não espere que eu cubra seus gastos __le advertiu o pai com suavidade.
A jovem lhe sustentou o olhar sem piscar.
___Alguma vez soube que não é dinheiro o que eu procurava de ti? __le pergunto com tristeza.
O franziu o cenho, entretanto, não era o mesmo gesto habitual de desaprovação. Pela primeira vez, pareceu que seus olhosse abriam à dor que ela tinha sofrido por causa de sua atitude.. Enrugo o sobrecenho até mais, abriu a boca como se fora a dizer algo, mas voltou a fechá-la movendo a cabeça. Sua atitude refletia confusão.
Sua esposa não sofria tal desconcerto. Rompeu o breve silêncio com uma ordem cortante com a qual curto o leve laço de comunicação que se estabeleceu entre o Lyn e seu pai.
___Não o permitirei, Lynette! Não permitirei que vá e faça coisas que arruinassem sua posição social! É ingrata Y... e excêntrica, por dizê-lo com suavidade.
___OH, mamãe! __intervino Delvene__. Nettie tem vinte e um anos, Deixa-a que viva só durante um tempo.
O olhar do Lyn brilhava com picardia. É obvio que Delvene a apoiava em sua decisão. Convinha-lhe ser a única filha na casa. E, no que se referia a sua mãe, Lyn não ignorava que sua única preocupação era o que “outros pudessem pensar”. Essa tinha sido sempre sua principal e única preocupação, a única regra com a que meia todo.
___Viviría na casa contínua a desse homem __protesto sua mãe com desgosto marcado__. Não é um lugar adequado para uma senhorita respeitável. Estava bem para a Henrietta, ninguém podia criticar a uma anciã solteirona, mas o bom nome do Lyn estará em perigo.
Delvene riu com um delicado toque de escárnio.
___Deja de preocupar-se, mamita. Peter Kelso nem sequer notasse que Nettie vive ali.
___No se trata disso, Delvene __insistió a señora__. A proximidade pode dar origem a falações desagradáveis.
___OH, mamita! Nettie não pode ser motivo desse tipo de falatórios. Só pensa na classe de mulheres com as que esteve ligado ele. foram personalidades muito conhecidas e verdadeiras belezas.
“É certo, deu no prego, Delvene. O patito feio da família Mansfield não era o tipo de mulher que captaria o interesse de um donjuán tão famoso”.
___El apelido Mansfield é muito conhecido __aclaro Alicia com soberbia__. E esse homem não tem respeito aos sobrenomes. É provável que lhe resulte divertido nos arrastar pelo lodo. Olhe o que fez aos Thurson! __su voz adquiriu um tom fúnebre__. Não voltarão a levantar a cabeça em sociedade.
___Un corredor de bolsa não deve desfalcar, mamita __dijo Delvene com doçura.
___Nunca estive convencida de que Howard Thurson investisse em nome de seus clientes. Se não tivesse sido por isso... esse jogador... 
___Alicia franziu o cenho ao notar o silêncio de seu marido__. E sigo acreditando que foi desleal ao te assinar a sua revista financeira, Gerald. Os Thurson eram dos nossos.
___Los conselhos sempre são sãs, por isso o fiz __le respondió__. E um homem que acumulou milhões com...
___Com o jogo! __lo interrompeu sua esposa.
___Todos jogamos, Alicia, cada vez que fazemos um novo investimento __le respondo com pouco interesse.
“E isso é o que eu estou fazendo”, pensou Lyn com satisfação. “Estou realizando um novo investimento em minha vida”.
Entretanto sua mãe não se sentia satisfeita.
_Gerald! Não é possível que aprove que Lynette se mude tão perto dele. Sua reputação é sórdida. Não pode ser indiferente ante essa situação. Peter Kelso é só... um patife. E não permitirei que uma de nossas este filhas conectada com ele. É inaudito!
O olhar de seu pai retornou ao Lyn. Havia um brilho de compreensão em seus olhos.
___Lynette, sua mãe tem razão __dijo, duvidoso.
Por um momento, também Lyn duvidou, ansiosa por receber a compreensão que sempre tinha desejado. Possivelmente nesse momento os olhos e o coração de seu pai estavam mas abertos para ela. Por desgraça, Delvene estava ali e sua presença o inibia. Lyn a Miro. O sorriso irônico de sua irmã lhe advertiu que qualquer abertura imediatamente séria fechada. De qualquer maneira, já era muito tarde. Muito tarde.
___Deberías ter fé na educação dos Mansfield, pai. vivi vinte e um anos com essa educação e alguma vez intime com algum vizinho, ou sim?
E em honra à verdade, não tênia a intenção de relacionar-se com esse homem, embora não podia negar que tênia curiosidade. Apesar de que tinha freqüentado muito a sua tia, jamais se topou com ele, mas sábia que, cedo ou tarde se conheceriam. Era inevitável, compartilhariam o mesmo piso do edifício onde se localizava o apartamento da tia.
Alicia Mansfield não confiava muito nos princípios do Lynette, e pela primeira vez ignoro os conselhos doces do Delvene.
À manhã seguinte, sua desaprovação foi major enquanto Lyn guardava seus pertences no carro. Era difícil ignorá-la, mas Lyn estava decidida a controlar seu temperamento. Já havia dito todo o pertinente.
Delvene optou por afastar-se da cena. Lyn conseguiu sorrir enquanto beijava a sua mãe na bochecha.
___Adiós, mamãe.
voltou-se para seu pai quem a tinha ajudado com sua pesado bagagem. O não disse uma só palavra contra a perorata de sua esposa, mas tampouco se uniu a sua desaprovação nem a seu protesto. Lyn se encontrou com seu olhar, que refletia inquietação.
___Adiós, pai. Obrigado por tudo o que tem feito por mi.
O tomo uma mão e ela esteve a ponto de lhe dar um forte abraço.
___Puedes ir para mim se necessitar algo, Lynette __su voz soou áspera.
Poderia? Não, decidiu com tristeza Lyn. Já tinha passado esse tempo no que sempre se negou a escutá-la e a lhe demonstrar seu amor. O ressentimento ante tantas oportunidades perdidas suavizou sua voz.
Isso ___Recordare, papai.
O olhar do Lyn se dirigiu para a mansão Mansfield uma vez mas e depois subiu ao carro. Era uma casa enorme, impressionante, magnifica, mas nunca foi seu lar.
Colina a porta do automóvel e tomo com lentidão o caminho sem voltar a vista. Depois dela ficava seu passado. Não se arrependia de sua decisão. O futuro a chamava... uma folha em branco sobre a qual poderia escrever seu próprio destino.
Capítulo 2
Lyn fecho a porta e se apóio contra ela. Com a vista percorreu o apartamento empapando-se de tudo o que havia dentro. A sensação de liberdade era lhe intoxique, e ainda mais o era a intimidade. Era um lugar amplo, encantador, luxuoso, onde poderia ser ela mesma.
afasto-se da porta e se desafogo dando algumas piruetas antes de dirigir-se para as outras habitações correndo cortinas e abrindo janelas. O sol entro e seu estado de animo se elevo a alturas insuspeitadas. Incapaz de resistir o impulso de sair ao bacón que Corria ao largo da sala, foi ali e se apóio sobre o corrimão para desfrutar de do prazer que todo aquilo lhe provocava.
A vista era magnifica. A sua direita se admirava o Sydney Harbour Bridge, ao outro lado, Opera House e as velas das embarcações brilhando sob os raios do sol, mais abaixo, o porto ao qual chegavam navios de diversos países. Também todo aquilo era dele sempre que sentisse desejos de admirá-lo.
Seu lar. regozijo-se enquanto voltava a entrar. Ao observar com olho critico a decoração da tia Henrietta, retifico seu pensamento. Ainda não era seu lar. Quando tivesse o dinheiro suficiente, arrumaria-o a seu gosto, ia trocar as cores neutras e os móveis clássicos por um pouco mais vibrante e vivo. Como suas encantadoras colchas.
Lyn suspiro ao pensar que já não teria que esconder os de outros. Converteria os dois dormitórios vazios, em lugares de trabalho onde tudo estivesse à mão. E essa noite... essa noite ela dormiria debaixo de uma de suas criações favoritas. Com isso daria cor a quarto principal.
Ansiosa de colocá-la, tomou as duas malas e as levo até a habitação que ocuparia. Sua mente estava atareadísima planejando onde poria tudo, enquanto se tirava a roupa com a que tinha ido ao despacho do notário. Depois, vestida com pantaloncillos curtos de cor limão e uma blusa veraniega, baixo à garagem e saco do carro algumas de seus pertences as quais levo a apartamento.
Carregava duas pesadas malas quando subiu ao elevador e oprimiu o botão que correspondia ao piso de seu apartamento. Todo outros pisos tinham quatro apartamentos, mas o de acima, onde se encontrava o seu, só tênia dois, o dela e o desse homem.
Lyn sorriu ao recordar a negativa de sua mãe incluso a pronunciar seu nome.Independentemente de se sua reputação era justa ou não, Lyn decidiu que não poderia ser um vizinho problemático já que a tia Henrietta levo uma boa relação com ele durante dez anos. O elevador se deteve e se abriram as portas. Lyn se inclinava a tomar as asas de suas malas quando viu que algo obstruía a saída.
Duas mãos percorriam com suavidade um traseiro feminino. Lyn começou a dirigir a vista para cima. Definitivamente não havia o menor indício de inibição naquele homem cujo rosto e silhueta estavam entre sombras, o qual não impediu que Lyn o identificasse.
Lyn não soube o que fazer. A vergonha se mesclava com a ira que lhe provocava a situação. Aquelas mãos estavam ocupadas à vista do publico! Uma coisa era ouvir falar sobre um homem como aquele e outra vê-lo em ação... sobre tudo em uma ação tão intima como essa! Solo a possibilidade de que provavelmente ele acreditasse que não havia testemunhas, mitigo a ofensa.
Lyn decidiu que a dignidade era a única maneira de confrontar o conflito. Esforçando-se por fingir desinteresse, voltou a deixar as malas, cruzo os braços e esperou.
___Ahora, me prometa que estará ali __suplico, em um sussurro, a loira.
___Jessie... __él se negou a fazer promessas.
Rechaçava tanto as promessas como as pragas, supôs Lyn.
___Bueno, tenta-o.
Lyn imagino sua panela e um gesto de desgosto curvo seus lábios enquanto se preparava para mover-se. Levanto o olhar com impaciência e encontrou uns olhos escuros que a observavam com diversão. em que pese a seu assombro Lyn lhe devolveu o olhar. Tinha suposto que o era arrumado, mas não se atreveria a afirmar que aquele rosto era formoso, Como conseguia levar a infinidade de mulheres belas a sua cama?
___Jessie, a senhorita Mansfield esteve esperando muito amavelmente e você te demoraste. Com respeito ao de esta noite, já verei como me sinto. Agora, é tempo de que vá __con um gesto de uma vez brincalhão e autoritário, separou à loira de si. Depois, tomo as malas do Lyn e as tirou.
Jessie dedico a ele um gesto de reprovação enquanto se esforçou por sorrir ao Lyn.
___Gracias. É um doce.
___De nada __murmuro Lyn incapaz de reprimir o tom de brincadeira.
Com rapidez se aparto para permitir que a loira entrasse no elevador.
Jessie talvez não tivesse uma conversação interessante, mas saltava à vista que sua anatomia supria aquela carência. Lyn sentiu inveja. Comparada com a loira, sua figura era um tanto infantil e registrava um zero na escala de sensualidade.
As portas do aparelho se fecharam e Lyn olhou a seu redor esperando ver refletida alguma emoção na cara do homem, o qual estava apoiado no marco da porta do apartamento da garota. Sua única vestimenta era uma bata e a observava com interesse.
___No há muito que olhar em mim e você não é um doce __habló com suavidade antes de lhe brindar uma ampla sonrisa__. Como está você, senhorita Mansfield?
Tinha-lhe lido o pensamento e com isso a desarmo. depois de um momento de desconcerto, ela noto que devolveu a aquele homem o sorriso.
___Me as acerto, a minha maneira, mas me resulta óbvio que não reúno com você, senhor Kelso __le respondeu em tom zombador.
Ele riu. Seu físico era impressionante, como revelava a pequena bata que o cobria. Seu tórax estava salpicado de pêlo escuro. Os braços e pernas tinham a musculatura de um boxeador e inclusive seu rosto parecia o de um homem que tinha passado vários anos no boxe.
Sua pele estava profundamente bronzeada, o cabelo escuro lhe caía sobre a frente com descuido lhe dando um ar de informalidade. Lyn pensou que se tivesse bigode, pareceria-se com o Clark Gable quando filmo a celebre filme “O que o vento se levou”.
Ela se deu conta de que ao tempo que o avaliava, ele para o mesmo. Nervosa, procuro as chaves da porta.
___Para se uma garota sensata, tem umas pernas adoráveis.
A adulação inesperada incrementou o nervosismo do Lyn. Não estava acostumada para ouvir galanteios. Ninguém se tinha fixado em seu corpo enquanto Delvene estivesse perto e Lyn não queria que um homem como Peter Kelso o fizesse. De seguro ele elogiava daquela maneira a todas as mulheres, reflito ela, surpreendida de haver-se sentido momentaneamente feliz. Encontrou as chaves e o Miro com cepticismo.
___Lastima de rosto.
___O seu ou o meu?
___Nací com o que tenho. O que lhe aconteceu ao dele? __le pergunto ela com um sorriso.
Ele encolheu os ombros e lhe deixo espaço para que pudesse abrir a porta.
___Supongo que posso dizer que a vida fez estragos. L nariz me desfiguro em um acidente de esqui aquático. Tive um enfrentamento com uma árvore durante um descida em pára-quedas e a idade está acostumada deixar cicatrizes ano com ano. Entretanto me sinto muito bem com o que tenho __ a Miro com olho critico__. Qual é sua queixa?
Enquanto falava, ele a tinha observado e Lyn era consente de seu físico. Um bom estilista lhe tinha talhado o cabelo à altura dos ombros. O estilo acentuava seus rasgos e Lyn tinha decidido que já que teria que viver com eles sempre, deveria lhe tirar partido para seu duvidoso atrativo.
Seu rosto distava muito de ser perfeito. Tênia a frente ampla e os maçãs do rosto salientes; os olhos de cor café eram muito grandes e embora estavam rodeados com grosas pestanas, estas só serviam para acentuar o tamanho de seus olhos. Seu nariz era aceitável e sua boca tênia a forma correta, embora muito teria ajudado que seus lábios tivessem sido mas largos. Por ultimo estavam suas orelhas, ligeiramente bicudas e quase sem lóbulos, o qual tinha contribuído para que ganhasse o apelido do Pixie enquanto esteve na escola. Mas pelo menos estavam muito pegas ao crânio, o qual a consolava. Não era uma beleza clássica e nunca o séria. Em troca, Delvene era muito formosa.
Abriu a porta e se voltou com um sorriso de despedida.
___Debo acomodar tudo isto. Minha cara não é meu maior tesouro, verdade?
___Me gosta. Tem originalidade __declaro com firmeza.
___Eso sim.
___La encontro interessante.
Lyn recordou a fama daquele homem e desejo não ter revelado tanto de se ao fazer os últimos comentários. Peter Kelso deveu captar suas implicações.
___Es você muito amável, senhor Kelso __dijo ela com secura enquanto tomava suas malas.
Ele a deteve, sua bata revelo mas de seu físico no momento em que se inclino para carregar a bagagem.
___Aún não comecei a ser amável contigo, Lynette.
___Lyn __lo corrigiu automaticamente.
___Peter __él sorriu e seu sorriso foi cálida, sincera, sem o menor signo de luxúria.
___No necessito ajuda __dijo ela com rapidez tratando uma vez mas de ignorá-lo.
___Tonterías... pesam muito. Além disso, eu gosto de representar o papel de samaritano com garotas sensatas.
Como Lyn estava empenhado em detê-lo, ele se apresso a entrar na sala, cruzo-a e se dirigiu a quarto principal. Volta como se estivesse em sua casa.
___Tem algum sexto sentido que te permita saber qual é o dormitório de uma mulher?
Ele riu sem alterar-se por sua observação.
___No dependo tanto do sexo feminino, mas me provê de um esplêndido exercício. Algumas pessoas jogam tênis para manter-se em forma, outras praticam golfe ou freqüentam os ginásios. Eu prefiro o sexo, é mais prazenteiro e freqüentemente, mais exaustivo. O recomendo a todos. Seguimos com o resto?
Como Lyn seguia lutando contra a surpresa que lhe provocava sua atitude, ele acrescentou, afável:
___Suerte que te tenha conhecido rápido. Imagino que trará mas coisas.
Lyn aceitou com um movimento da cabeça.
___Tenta me ajudar vestido assim?
Ele Miro sua bata.
___O que tem de mau? É muito cômodo __levanto uma sobrancelha ao mirarla__. De fato, estou mas talher que você. Não é que me queixe, a todas as mulheres gosta de mostrar o que têm. Do qual me sinto enormemente agradecido... dá-me o prazer de observar as curvas femininas. E as tuas as encontro particularmente atrativas.
Sem mais comentários se dirigiu para o elevador. Lyn não sábia que fazer, se sentir-se molesta ou divertida, nuncatinha conhecido a uma pessoa tão desinhibida com a qual nenhuma senhorita sensata e decente deveria ter trato. A frase a fez reagir.
___por que me chamou garota sensata? __le pergunto com curiosidad__. Nem sequer me conhece.
Ele sorriu e seu olhar foi diabólica.
___Así te descrevia sua tia. Mas a “velha Henry” não era uma pessoa a que pudesse fazer lhe falar com facilidade.
A “velha Henry”!, esse era o mote que lhe tinham dado as alunas da escola à tia Henrietta, a estrita diretora do Colégio Presbiteriano para Senhoritas, cuja moralidade era inegável. Mas para esse homem...
___Supongo que jamais te atreveu a chamá-la “velha Henry” em sua cara __le pergunto, incrédula.
___Le encantava.
___No te acredito.
Ele riu, divertido.
___Ella protestava ao princípio, mas depois que a suas costas a chamavam a “velha Henry” desde por volta de trinta anos, acredito que ao final desfrutava de que alguém o dissesse de frente. Era um nome afetivo, sabe? Fomos muito bons amigos. Inclusive, ultimo-o que me disse antes de morrer, foi: “Cuida do Lynette”, e lhe dava minha solene promessa de fazê-lo. Ela sempre se preocupo muito por ti, você sabe.
___Preocupada?
___Decía que sua família te estava opacando. Essa foi a razão pela qual mudança seu testamento em seu favor.
As portas do elevador se abriram e ele, com um gesto divertido, convido-a a entrar. Lyn já não pensava negar-se. Por incrível que parecesse, Peter Kelso tinha desfrutado da confiança da tia Henrietta e Lyn sentia muita curiosidade para afastá-lo. Subiu ao aparelho sem pronunciar palavra.
O pulso o botão e se apóio contra uma das paredes enquanto observava à garota. Com toda deliberação, ela se moveu para o extremo oposto e o Miro da mesma forma. Ele sorriu ante aquela manobra como se lhe agradasse e Lyn se irrito ao notar que tinha feito o que ele queria.
___Debiste conhecer muito bem à tia Henrietta __declaro, mais cortante do que tivesse desejado.
___Fuimos amigos. No melhor e mais intimo sentido da palavra. 
Lyn não podia aceitar aquilo. Sem dúvida sua tia desaprovava a conduta do Peter Kelso. Séria absurdo que uma mulher com seus princípios morais fora amiga de um mulherengo como ele. E de havê-lo visto vestido tão somente com aquela bata, o olhar da tia o teria partido em dois.
___No acredito. Eram pólos opostos... sem nada em comum __una sorriso zombador curvo os lábios do Lyn__. Se minha mãe me visse agora contigo, escandalizaria-se. E o que minha tia, que era ainda mais estrita que mamãe, tenha-te pedido que me cuidasse... __ella moveu a cabeça mostrando uma vez mais sua incredulidade.
O elevador se deteve e Lyn deu um passo adiante esperando que se abrisse as portas. Logo o fizeram mas antes que pudesse mover-se, sentiu cair sobre um ombro uma pesada mão que oprimiu sua pele. Miro ao Peter Kelso com expressão de rechaço. O olhar do homem já não era de diversão, adquiriu uma seriedade absoluta enquanto a via os olhos.
___Las costure não sempre são o que aparentam __le disse ele com suavidade mas sua voz mostrava autoritarismo__. dediquei toda minha vida a procurar o melhor, o que é estranho, único, diferente, especial. E de tudo o que experimentei, posso te assegurar que a gente é o mais decepcionante.
Seus dedos se afundaram mas sobre a suave pele lhe dando maior ênfase a suas palavras.
___Y de todas as personan que conheci, sua tia foi a que reuniu a maioria das qualidades que eu procuro em outra pessoa. Eu a valore como a um tesouro. Minha vida se tornou árida desde sua partida. Você não a conheceu, Lyn.
O a sotaque em liberdade e saiu do elevador, termino sua seriedade e lhe sorriu ao acrescentar.
___Si alguma vez obtém médio encher seus sapatos, será um grande consolo. Enquanto isso, minha busca contínua.
Lyn se sentiu confundida. Seguiu-o para o carro ao tempo que sua mente se esforçava por estudar a aquele homem. O que havia dito?
“As coisas não sempre são o que aparentam”. Se de verdade tinha sido amigo da tia Henrietta, possivelmente não fora o terrível mulherengo que outros acreditavam. Talvez só desfrutava de conmocionando às pessoas. Aquele homem era imprevisível e contraditório.
Mas o tinha visto com o Jessie, essa era uma evidência de sua conduta habitual. Por isso lhe incomodo a afirmação de que ele tinha conhecido melhor à tia Henrietta que ela. além da relação familiar, Lyn tinha assistido à escola da tia durante seis anos, desfrutando de seus pratica e sobre aquela fascinante filosofia da vida. E essa filosofia se opunha a tudo o que representava Peter Kelso.
Uma lembrança lhe chego de repente. Enquanto abria o carro, Lyn levanto uma sobrancelha com gesto cético enquanto via seu vizinho.
___Lamento muito não ter conhecido a minha tia tão bem como é óbvio que a conheceu você, mas acredito que te engana com respeito à opinião que ela tênia de ti. Posso te dizer com precisão o que ela pensava de ti. 
Ele sorriu deixando de manifestou que aquelas palavras não o perturbavam.
___E qual era sua opinião?
___Decía que foi um gênio e um parvo. Um gênio pelo que foi capaz de fazer e tolo pelo que tinha feito __respondió satisfeita.
O inclino a cabeça para permitir que as palavras chegassem até sua mente e as cotejar com sua própria versão.
___Ela disse isso?
___Sí.
A satisfação mudança de dono.
___Já o vê? Apesar de si mesmo, eu lhe simpatizava. Devo ver meu notário amanhã __añadió com gosto.
Lyn se sentiu perdida.
___Para que?
___Quiero que essas palavras sejam meu epitáfio quando mora. E agora, se o crie conveniente, podemos começar a tirar o resto de sua bagagem.
Ele voltou a fazê-lo... surpreendendo-a e atuando de uma maneira diferente ao que ela teria suposto. Suspirando, Lyn abriu a porta do automóvel.
Peter se inclino e começou a tirar caixas. Lyn noto que ele tinha franzido o cenho como se lhe desagradasse o trabalho ao que ele mesmo se ofereceu. Fez-o sem comentários, transportando as caixas para o elevador com rapidez. Ele parecia molesto com ela. Lyn estava sentida saudades pela mudança de sua atitude. pergunto-se se o teria ofendido apesar de que a conversação do Peter não tinha mostrado o menor signo de rancor.
Tratou de acalmar sua inquietação. Não devia lhe afetar o que Peter Kelso decidisse pôr barreiras entre eles. O não era o tipo de homem no que ela se interessava. Só foi seu comentário a respeito da amizade com a tia o que a tinha intrigado, mas se ele já não queria falar com ela, perfeito. Além disso, não lhe pediu que a ajudasse; ele insistiu apesar de sua negativa.
Entretanto seu silêncio a inquietava. Havia um ligeiro ar de recriminação que ela não entendia. Além disso, que direito tênia ele de queixar-se? Lyn se alegro quando a ultima caixa chego a seu apartamento e com ela não existia nenhuma razão para que Peter permanecesse em sua companhia.
A garota consigo esboçar um sorriso.
___Muchas obrigado, foi muito amável.
Ele a viu com mofa.
___Espero que a velha Henry não se esteja movendo inquieta na tumba!
Havia um pouco de sarcasmo e Lyn franziu o cenho.
___por que teria que fazê-lo? que eu me mude não vai contra seus desejos.
Ele sorriu com ironia.
___Sabe a razão pela que a velha Henry fez esse testamento, Lyn?. Disse-me que você tênias mas talento artístico em um só de seus dedos, que qualquer outra pessoa que ela tivesse conhecido durante toda sua carreira como professora. Pensou que sua família estava reprimindo esse talento e queria que você estivesse livre dessa influência nociva __él fez um movimento com o braço percorrendo toda a habitación__. Mas ainda não vejo nenhum cavalete, tecido...
___Eu não Pinto! __lo interrompeu a garota sentindo-se ofendida pela implicação de que estava falhando aos desejos da tia.
Peter levanto uma sobrancelha.
___OH!
___Hay outras manifestações de arte __remarco com acritud__. E o que transportaste é o fruto de meu trabalho.
O olhar dele se deteve nas bolsas de plástico e Lyn se sentiu agradada de que pela primeiravez ele se mostrasse inseguro.
___Tapeçarias?
___No, não são tapeçarias __Lyn deu um passo à frente e tomo a bolsa que continha seu melhor desenho.
___Espera aqui... mostrar-te e depois, poderá te desculpar.
Sem lhe dar oportunidade de responder, ela se dirigiu ao dormitório principal, desato a bolsa e saco com muito cuidado a colcha. Desenrolou-a e o Quito o papel protetor. Depois, estendeu-a sobre a cama para que pudesse observar-se com maio facilidade. Deu um passo atrás para admirá-la com orgulho antes de chamar o Peter Kelso.
Foi então quando as dúvidas diminuíram sua confiança. O que aconteceria se ele não se impressionava? Seu instinto automóvel protetor a fez reagir. Se Peter Kelso menosprezava sua arte, seus projetos se veriam ameaçados. Por outro lado, séria absurdo esconder a cabeça na areia. Independentemente de que seu trabalho fora ou não vendível, a reação do Peter séria um indicador sobre o qual poderia apoiar-se.
Pausa profunda e o chamo. Sua necessidade de aprovação era tão intensa que esquecimento que um dormitório era o ultimo lugar onde uma senhorita decente e sensata convidaria ao Peter Kelso.
Capítulo 3
Lyn se fez a um lado quando Peter entro na quarto. Sentiu que lhe contraía o estomago. Ela o ignoro, repetindo-se que sua opinião pouco importava. Centro sua atenção na colcha, assegurando-se que não tinha cometido um engano ao considerar que tênia valor artístico.
O pôr-do-sol nas montanhas era seu desenho mas espetacular e ela o amava... o púrpura e o azul escuro das colinas feitas em veludo, o dourado sol de cetim, as raias liliáceas e azul pálido do céu, as nuvens de cor de rosa e branco em seda, davam-lhe equilíbrio ao conjunto. O tapete e as cortinas da tia Henrietta não eram o complemento adequado para fazer ressaltar a colcha, mas na mente do Lyn, esses detalhes careciam de importância.
Era bom e ela o sábia. Peter Kelso não podia dizer o contrário. Apesar de sua segurança, não foi capaz de olhar ao Kelso aos olhos. O coração lhe pulsava devagar, como se algo o oprimisse e em silêncio, as dúvidas começaram a minimizar sua confiança e a fazer estragos.
Ele deu um passo adiante para observar do mesmo ângulo da garota. Sua cabeça começou a mover-se no que parecia um gesto negativo e Lyn se mordeu o lábio inferior enquanto lutava por não emitir um grito de protesto. Peter aproximou uma mão à colcha e com lentidão começou a apalpar os diferentes tecidos para captar a mudança das texturas.
Voltou para sua posição original e a Miro aos olhos, os dele tinham uma expressão estranha e distante, como se a considerasse em outra dimensão. Com lentidão, seus lábios se curvaram em um sorriso.
___Extraordinaria __musito ele.
Uma risada nervosa afloro os lábios do Lyn antes que pudesse dizer:
___Tendrá que ser extraordinária se é que consigo vendê-la no preço que quero.
Ele sorriu:
___Qual é o preço? me pode vender isso agora mesmo.
Ela riu, aliviada. Gostava tanto que estava disposto a comprá-la.
___Lo sinto, mas não está à venda. Fiz-a para mim.
___Y não haverá cópias.
___No.
___Quanto pediria por um trabalho como este?
Ela encolheu os ombros antes de responder.
___Alrededor de cento e cinqüenta dólares.
___Es muito troca __señalo ele com lentidão e depois pareceu reflexionar__. Poderia oferecê-la em quatro ou cinco mil dólares. Eu estaria disposto a pagar essa soma por esta. Se trocar de opinião...
___De verdade? __dudó perguntando-se-se séria razoável pedir tal quantidade.
___A venderia?
___No, não está à venda.
___De todos modos a quero __dijo com firmeza e seu tom indico que não estava acostumado a que lhe negasse algo__. Darei-te dez mil dólares.
___Está louco! __lo Miro com incredulidade.
___No. Dez mil dólares é suficiente?
___No está à venda __le repetiu, irritada. Estava tão habituado a conseguir tudo o que queria só porque tênia dinheiro para comprá-lo?
Ele inclinou a cabeça. Seu rosto estava tão tenso que parecia que cada um de seus músculos tinha perdido elasticidade.
___Não te convenci? Eu gosto de ter coisas únicas. Parecem-lhe bem vinte mil dólares, Lyn?
Ela moveu a cabeça franzindo o cenho ante sua insistência. Não podia aceitar ele que ela não queria vendê-la? Era dela. Sua primeira criação verdadeiramente satisfatória e não ia desfazer se dela.
___Cincuenta mil.
___OH, Por Deus! Isto é ridículo! __exclamó com impaciência.
___Iré por meu talonário de cheques.
___Não, não o fará! É minha, forma parte de mi. Séria como me vender a mim mesma. Não importa que quantidade esteja disposto a oferecer, não a venderei. Não poderia adquiri-la nem com todo o dinheiro do mundo!
O olhar que lhe dirigiu foi de franco aprovação. Os músculos de seu rosto se relaxaram e seus lábios se curvaram com um simples sorriso.
___Tienes razão... a integridade não tem preço. Compreendo que teria que ser a maneira de presente. Assim, pois, que seja um obséquio de ti para mim.
Lyn mostrou sua exasperação.
___Yo não apostaria a que isso aconteceria.
___Soy um jogador, Lyn, e estou acostumado a ganhar.
O brilho diabólico de seus olhos foi inquietante. Ela teve a estranha sensação de que Peter Kelso falava de algo mais que de colchas. Seus dedos voltaram a percorrer os tecidos e parecia fascinado com a texturas. Lyn sorriu. Ela também adorava aquelas sensações. O tato lhe proporcionava mais agradar que seu impacto visual, que era grande.
___Hermosa e erótica __murmuro Peter Kelso ao levantar a vista para a garota, e algo na profundidade daqueles olhos masculinos, algo depredador, fez que o coração lhe desse um tombo.
O se referia a seu trabalho... é obvio. Não era possível que pensasse nela, o patito feio da família Mansfield, formosa e erótica.
___Você gostaria de ver as outras que tenho feito?
___Me gostaria de ver tudo o que tem __le respondeu são suavidade.
Lyn o Miro suspeitando uma dobro intenção em suas palavras, mas seu sorriso de inocência a desarmo. Deu-lhe o caderno de anotação onde tênia seus desenhos enquanto tirava as outras três colchas. Os comentários do Peter a respeito de seus desenhos lhe revelaram que admirava as linhas e a cor, assim como a sutileza de cada um dos desenhos. Ninguém, exceto seus professores, tinha mostrado tal interesse por seus trabalhos, e para o Lyn aquela experiência resultava lhe intoxique. Entretanto, sentiu uma pequena decepção quando o não ofereceu nada pela segunda, terceiro e quarta colchas que ela desdobrou.
___Estas três sim estão à venda __dijo ela.
___Y se venderão bem __le asseguro ele com uma sonrisa__. São deliciosas, únicas. Mas nada do que mostraste supera à primeira. Essa tem paixão.
Lyn quase salta de prazer.
___Cuando tenha suficientes, abrirei uma loja __le confiou.
___No tem sentido, limita suas possibilidades. Isso séria te atar a algo desnecessário. Canaliza suas obras através de um decorador de interiores. Posso te nomear a meia dúzia que derrubaria sua porta te suplicando que lhes permita exibir essas criações únicas. Estes são produtos que dão prestígio.
Lyn não tinha pensado nisso. Sempre desejou uma loja própria. Não tênia experiência na área comercial e por precaução tinha descartado a idéia de colocar seu trabalho em estabelecimentos alheios.
___No acredito que possa fazer isso __dijo, duvidosa.
O a Miro com certo ar de especulação.
___Mejor para ti. Um artista nunca pode avaliar com imparcialidade suas criações. Necessita um agente.
___Você? __pregunto esperançada. Só a confiança suprema do Peter Kelso poderia convencê-la.
Ele negou com a cabeça.
___No é minha linha. Mas posso te apresentar à pessoa adequada. por que não tentá-lo? Pensa nas vantagens.
Não gostava da idéia de depender de outros. Além disso, sempre tomavam vantagens. Tênia muitas experiências amargas a respeito.
___Yo o arrumar todo __insistió ele, persuasivo.
Lyn o Miro com receio. Esse oferecimento era muito generoso para ser certo, a gente não dava seu tempo nemseu esforço em troca de nada.
___por que faria isso por mim? Em que te beneficia?
___Me daria prazer __respondió com suavidade e seu sorriso foi provocadora.
O coração do Lyn se desboco. Deus! Essas palavras que ele usou... tinham tido um segundo sentido. E tênia a desfarçatez de estar parado ali, sonriéndole como uma aranha que tinha capturado a sua presa.
Ela pôde sentir o rubor lhe tingindo as bochechas e perdeu o controle.
___Luxurioso! Tudo o aproveita para suas sórdidas atividades sexuais!, verdade? Pois bem, comigo te equivoca, vizinho, assim vá vender sua cama de porta em porta longe daqui, e te aconselho que te afaste de mim!
Apesar do olhar repulsivo do Lyn, ele riu.
___Qué sob conceito tem de sexo, Lyn. É o ato de prazer mais delicioso entre uma mulher e um homem e você o define com essas palavras. Que vergonha!
O caminho para ela, a mofa e a raiva combinando-se em sua expressão.
___Tú me subestima. Desfruto dos prazeres, de muitos deles. E neste momento gozo de ter descoberto um novo talento __se deteve frente à jovem com olhar burlona__. Eu não gosto de ver perder tempo e esforço, particularmente quando esse tempo e esse esforço podem ser aproveitados quando se tem seu talento para a criação.
Lyn se sentiu confusa. Teria julgado mal a esse homem? Não, por completo. Cada um de seus nervos registrava a forte sensualidade que projetava Peter Kelso. Era um varão muito agressivo, seguro, controlado... e ela era muito dúvidas, insegurança e acanhamento.
De repente, já não havia burla nos olhos dele, a não ser um profundo respeito que se introduzia na alma árida e solitária da garota para formar uma flor de extraordinária beleza. 
___Eres muito especial, Lyn __murmuro ele e sua voz foi como uma doce caricia__. Muito especial para que te esconda detrás de um mostrador. Deve gozar de liberdade para te expressar na maneira em que só sabe fazê-lo. Daria-me um grande prazer saber que eu te proporciono essa liberdade.
Lyn estava hipnotizada por aquela veneração. Criava mais vício que uma potente droga. Ele levo uma mão para a bochecha da garota e com o dedo polegar a acaricio. Lyn sucumbiu ante o prezado presente de aprovação, uma aprovação que jamais tinha experiente.
___É um trato?
___Trato? __repitió ela com voz rouca sentindo a garganta seca.
O olhar dele descendeu até seus lábios e ela fez o mesmo. Seu coração deu um tombo prevendo-a e uma espécie de alarme lhe advertiu o perigo. Ela suspiro, exasperada por sua vulnerabilidade e se afasto daquele contato. Tênia que recuperar-se, sair da habitação, tirá-lo do dormitório. De repente, foi muito consente do corpo que meio ocultava aquela bata.
___O que tem em mente? __pregunto ela caminhado para a sala, que era o sítio mais adequado para falar de negócios. Se é que ele queria falar disso.
Esse homem era perigoso, lhe exasperem. Confundir e conquistar, esse era seu jogo, um jogo onde ele sempre tomava vantagem. Por isso Lyn não permitiria que um mulherengo a manipulasse. Ela tênia agora um propósito na vida, e os meios para obtê-lo, graças à tia Henrietta. Peter Kelso podia fazer o que quisesse, mas não a conduziria para um caminho do qual ignorava onde terminava.
Ele a seguiu, tranqüilo, sem dar o menor signo de frustração, simplesmente se limito a seguir o bate-papo como se nada tivesse acontecido.
___Creo que Sinclair é o melhor homem ao que podemos acudir. Sua sala de exibição é a maior, e ele tem o estilo e o gosto para aumentar o impacto de qualquer peça de arte. E o que é mais, estará na inauguração do Caswell esta noite __la sorriso que dedico ao Lyn, refletia satisfacción__. Desfrutar de muito jogando no Charles a seu regaço.
___Regaço? __pregunto ela mostrando seu desagrado pela palavra.
Peter sorriu e voltou a desarmá-la.
___Não conhece o Charles Sinclair?
___No.
___Lo faremos saltar entre as argolas. Recorda a um perrito mulherengo, perfeitamente cepillazo, congraçando-se com todos os compradores. Deve conhecer seu estabelecimento, chama-se “Interiores de Distinção”.
___Mi mãe e minha irmã se voltam loucas ali, mas... __Lyn encolheu os hombros__, eu nunca fui. Eu não gosto de sair às compras __no com elas, acrescentou em silêncio.
Peter levanto uma sobrancelha
___Freqüenta as galerias de arte?
___Leí algo a respeito de que Arnie Caswell teria uma nova exibição de esculturas. Entretanto, não estou acostumado a ir nas inaugurações. Há muita gente e falatório para apreciar as obras __y, é obvio, ao Delvene adorava esses eventos sociais e a presença de sua irmã, invariavelmente, arruinava sua diversão.
___Esta noite teremos coisas mais importantes que fazer que ver a exibição. Sugiro que cheguemos lá ao redor das sete. As formalidades já teriam terminado e então poderemos acossar ao Charles.
Lyn duvidou. Peter a estava levando para um caminho que não estava segura de querer tomar. Por outra parte, se lhe conseguia algo, seus problemas financeiros ficariam resolvidos. Além disso, possivelmente o da loja não era uma idéia tão boa. Ela preferia dedicar seu tempo ao desenho que a atender o negócio. Não ia prejudicar lhe tentar a opção que Peter lhe oferecia.
___De acordo __aceptó ao fim.
Ele sorriu triunfal.
___Será divertido. E agora, permite-me te convidar a comer para festejá-lo?
___No, obrigado __contesto com firmeza. Necessitava uma pausa ante a perigosa atração que Peter Kelso exercia sobre ella__. Quero acomodar todas minhas coisas. Agradeço-te sua ajuda, de verdade é muito amável.
___É essa uma despedida cortês? 
___Sí __suspiro a garota, temerosa ante o fato de que ele era capaz de lhe dar diferente sentido a tudo.
___Como queira, mas sigo pensando que minha idéia é a melhor __se encaminho para a puerta__. Tem algum vestido que tenha desenhado você mesma? Um pouco adequado para usá-lo em uma exibição?
___Sí.
___É capaz de impressionar?
Ela impressionando a alguém? Não pôde reprimir um sorriso amargo.
___Por o menos é original e exclusivo.
___Úsalo. Às seis e meia deve estar lista para partir à galeria do Jessie.
___Jessie? __el nome saiu da garganta do Lyn com um brilho de incredulidade.
Peter sorriu ante a reação da garota ao recordar algo que para ela era uma imoralidade.
___Sí, a loira com a que me viu antes. Deveria ter uma mente mais aberta, Lyn. Jessie é uma mulher de negócios muito capaz.
___Y também muito capaz para outras coisas __replico, mordaz.
___Así é. Quer igualá-la? __su sorriso se fez mais ampla.
___Hoy não, obrigado __respondió irada.
___Quizá amanhã __dijo ele lhe fazendo uma piscada enquanto abria a porta.
___Te farei saber quando estiver livre __levanto uma sobrancelha em atitude cética.
___Por favor, não o esqueça. Por ti, farei algo para estar disponível.
A porta se fechou antes que ela pudesse protestar. Moveu a cabeça perguntando-se se estava louca por relacionar-se com ele, embora só se tratasse de negócios. Ele era louco, mau e perigoso. As palavras chegaram a sua mente enquanto recordava que aqueles adjetivos lhe foram outorgados ao poeta Lorde Byron. Também se aplicavam ao Peter Kelso e o instinto de auto preservação do Lyn lhe advertiu que deveria manter-se a uma distância segura.
Entretanto, tinha sido bondoso, útil e se mostrou genuinamente interessado em seu trabalho. O qual a confundia em extremo. Vá vizinho!
Lyn estava colocando seus livros, quando de repente, lhe ocorreu que Delvene talvez iria na inauguração do Arnie Caswell e a veria com o Peter Kelso. Escândalo instantâneo no que a sua mãe se referia. A ansiedade a invadiu mas se desfez dela imediatamente. As opiniões de sua progenitora a tinham dominado durante vinte e um anos. Eram suficientes. Ela tinha tomado uma decisão e ia manter a.
A idéia do Peter Kelso podia ser boa ou não. Já o julgaria ela quando fora oportuno, enquanto isso, manteria uma mente aberta para esse homem. Era sua vida, seu futuro, deveria deixar atrás o passado e tomar outro caminho. Agora sábia que a tiaHenrietta quis isso para ela. Peter Kelso tinha sido o confidente da tia, o que indicava que era confiável.
CAP 4
Quando Lyn se olhou no espelho soube que nunca tinha tido melhor aspecto. Podia usar esse vestido agora; Delvene não poria suas belas mãos nele. Lyn tinha talhado as rosas e as folhas de uma tapeçaria de linho e as aplicou ao pescoço e à cintura. As flores vermelhas e as folhas contrastavam com o verde escuro do tecido, criando um grande efeito. Além disso, as cores foram à perfeição ao Lyn.
Bateram na porta e soube que era Peter Kelso. Miro o relógio e se deu conta de que era pontual. Colocou os pés nas sandálias de cor verde e cobre, tomou a bolsa que para jogo e se dirigiu à porta.
Os olhos escuros mostraram sua aprovação.
___Perfeita!
Lyn sorriu, Peter Kelso tinha confirmado sua opinião.
___Gracias __dijo com sinceridade. Sábia que ele não mentiria e o fato de que tivesse apreciado os desenhos de suas colchas a tinha convencido de que ele era um conhecedor. Sua adulação era genuína e a fez sentir... perfecta__. É essa sua vestimenta de homem de negócios?
O estava muito sensual. Levava uma jaqueta de cor nata combinada com umas calças de cor bronze. Sua camisa de tom oro queimado era de seda e desenhada para mostrar seu tórax. Desenho italiano, decidiu Lyn e não lhe coube a menor duvida de que a cadeia e o medalhão de ouro que descansava sobre sua pele bronzeada eram um articulo genuíno e não uma simples imitação.
___Las regra do jogo __sonrió Peter__. Terá que vestir-se para dar no branco. Uma vez que é aceito como um deles, tudo se facilita.
___É todo um jogo para ti, Peter? __le perguntou enquanto se dirigiam para a garagem.
___El êxito na vida consiste em aprender e dirigir à perfeição as regras. A satisfação está em aproveitar as oportunidades. E o ganhar é a meta.
Seu carro era um Lamborghini branco e não vermelho como a maioria dos automóveis esportivos que Lyn tinha visto. A tapeçaria também era branca, não do acostumado negro. Era um indicativo da personalidade do Peter Kelso, pensou Lyn. E saltava à vista que lhe gostava desse toque italiano.
Enquanto conduzia ao veículo pela cidade, Lyn o observou e decidiu que tênis o encanto de um jogador e à mente ágil de um demônio. Não estava segura de que sua associação com ele pudesse lhe proporcionar algum bem. Mas esse era seu jogo. E o dado já se lançou.
A galeria de arte não era uma das que ela freqüentava. especializava-se em artistas de moda e não naqueles que lutavam por oferecer algo novidadeiro. antes de pôr um pé dentro dela, se sábia que qualquer obra das expostas custaria uma fortuna. Arnie Caswell tinha obtido prestígio e os convidados na inauguração eram pessoas enriquecidas, como Peter Kelso e os Mansfield.
Jessie estava no vestíbulo dando a bem-vinda aos que chegavam e repartindo catálogos. Sua aparência era totalmente diferente a daquela manhã. A sofisticação tinha tomado o lugar da sensualidade, e ao observá-la, Lyn notou que aquela mulher se aproximava mais à idade do Peter que à sua. Os formosos olhos azuis brilharam quando captaram a presença do Peter, mas o prazer diminuiu quando olhou ao Lyn, quase desapareceu ao ver o vestido do Lyn. O sorriso se voltou amarga.
___No perde o tempo, Peter __dijo com tom seco e sem poder dissimular seu pesar.
Lyn se ruborizou. Esperou a que ele corrigisse a má interpretação da loira, mas não o fez.
___La única gente que perde o tempo é a que não sabe como usá-lo, Jessie. Eu não sou um deles.
A mulher encolheu os ombros e se dirigiu a jovem.
___Espero que saiba aonde te dirige, querida. Nenhuma mulher pode aplacar a este homem. Alegra-me que tenha vindo, Peter. Charles acredita que tem algo para ti. Está em seu escritório.
___Entonces este é seu dia de sorte. Eu também tenho algo para o Charles __despidiéndose do Jessie, conduziu ao Lyn para o salão principal.
___Não tem vergonha? __le pergunto a garota com voz baixa.
___Casi nada __le dedico uma sonrisa__. Se sua sensibilidade se sente afetada, me deixe te dizer que um dos motivos do Jessie para dormir comigo ontem à noite, foi me convencer de vir aqui hoje. Dessa maneira obterá uma boa comissão por parte do Charles.
___Charles Sinclair?
___El é o dono da galeria, Jessie a administradora.
___OH! __el estar com o Peter Kelso ampliava sua educação, pelo visto. Supôs que não importava o que Jessie acreditasse. Uma mulher com uma moral como a dela, jamais acreditaria a verdade.
Peter a levou entre a multidão que bebia champanha, sem deter-se observar as esculturas do Caswell. Subiram por uma escada e quando chegaram ao alto, ele murmurou:
___No importa o que eu diga, não interrompa a conversação. Confia em mim. Se tiver que falar, me siga a idéia.
Lyn aceitou sentindo-se aliviada de que sua intervenção fora mínima. Seu estomago começou a contrair-se quando Peter bateu na porta. Ela não queria regatear com sua arte. Era algo pessoal, parte de sua alma. Peter abriu a porta e Lyn olhou com nervosismo ao homem que estava de pé detrás de um escritório e esquecimento toda a referente a sua arte.
Era formoso... não havia outra palavra para defini-lo. Seus rasgos eram clássicos e seu rosto sensível. Parecia perfeito com sua pele suave e bronzeada e grandes olhos azuis. O cabelo loiro tinha um corte impecável. Seu físico também era perfeito. Com apenas olhá-lo-se acelerou o pulso do Lyn. Era, sem dúvida, o homem mais atrativo que ela tinha visto em sua vida.
___Ah, Dorian, tão arrumado como sempre __dijo Peter com uma nota de brincadeira na voz.
Lyn foi favorecida só com um olhar de reojo antes que os olhos azuis olhassem ao Peter com aborrecimento.
___Me sentiria adulado se pudesse recordar que meu nome é Damien.
Peter estalo os dedos.
___Un lapsus de minha língua. De algum jeito sempre me recorda “O retrato do Dorian Grei”... todo físico, nada de substância.
Damien não se deu por aludido.
___Segue invejoso, Peter?
A risada de este era de mofa.
___No enfrentaria a suas vantagens, Dorian... suplico seu perdão, Damien... por todo o ouro do mundo.
___Tampoco eu enfrentaria a vocês... defeitos __replicó o loiro com acritud.
___Bien, tudo arrumado __declaró Peter sonriendo como se fora um gato.
Tudo arrumado! Era evidente a antipatia entre os dois homens. Tratou de pensar em algo diplomático que dizer quando fora apresentada, mas Peter se negava a essa cortesia.
___Y agora aos negócios. Em onde está seu pai? A boa e leal Jessie me assegurou que estava esperando minha grata presença.
___Regresará em um momento.
___Toma assento, Lyn __le aproximou uma cadeira e depois, com irreverência, ele se sentou ao bordo do escritório de cedro__. Damien tende a perder suas bons maneiras quando eu estou perto __añadió, malicioso.
___Por favor, sintam-se comodos __dijo Damien muito rígido e a irritação se manifestou em sua voz quando añadió__: Peter, invariavelmente, faz-o.
Lyn se sentou mas estava longe de sentir-se cômoda. Tal parecia que Damien não estava interessado em conhecer alguém que estivesse ligado ao Peter Kelso, e este não tênia a menor intenção de fazer as apresentações. Seu estomago se contraía mais. A garota teve a esperança de que Peter tivesse uma relação mais amistosa com o pai do Damien, preocupada, Miro ao loiro e descobriu que este observava seu vestido com interesse e com o cenho ligeiramente franzido.
___É isto o que Charles queria me mostrar? __pregunto Peter tomando uma pequena caixa que estava sobre o escritório e observando-a com interesse.
Damien retiro o olhar do vestido do Lyn e respondeu, distraído:
___Sí. É uma caixa para rapé, Luis XIV, genuína. conseguiu-se na França.
___As garotas são muito fáceis para ti? __inquirió Peter de maneira casual sem apartar a vista da caixa.
As mandíbulas do Damien se esticaram e apertou os dentes. Lyn agradeceu que não respondesse. Os nervos da garota estavam a ponto de explorar ante a atmosfera hostil que se respirava naquele escritório,mais quando ouviu que a porta situada a suas costas, abria-se. tranqüilizo-se um pouco ao notar o sorriso que Peter lhe dedicava ao recém-chegado.
___Hola, Charles. vim a te fazer um favor.
___No, muito obrigado __fue a resposta firme, mas cortés__. Já recebi antes seus favores e sempre me hão flanco dinheiro.
___No minta. Você sempre ganhaste com meus favores. Não tanto como você gostaria, claro, mas ao fim e ao cabo ganhaste.
___En um ponto duvidoso. Já vejo que Damien te mostrou o favor que eu ofereço a ti.
Charles passou a um lado do Lyn e logo que notou sua presença. Seu cabelo era grisalho, levava bigode e os olhos azuis os associava com um cão mulherengo, mas para o Lyn, Charles Sinclair era um homem formidável e arrumado. Seu traje cinza era de um corte perfeito, a gravata de cor cinza pérola destacava sobre a camisa de tom rosa pálido. A mão com a qual assinalava a caixa era impecável, mas seu sorriso não era genuíno. Lyn teve a impressão de que se tratava de um tubarão disfarçado de golfinho.
___Te estou dando a primeira opção. Formosa, não te parece? __preguntó Charles com tom persuasivo.
Damien se manteve à margem, permitindo que o peso da venda recaísse sobre seu pai. Tomou assento junto ao escritório e pareceu relaxar-se. Lyn sedeó fazer o mesmo. Charles Sinclair não parecia estar interessado em que se fizessem as apresentações e Peter não fez nada a respeito. A omissão se aproximava muito ao insulto e ela não o entendia.
___Mmm, muito bonita __concedió Peter__, mas não única. Lyn se o é, faz colchas.
O olhar que Charles Sinclair lhe dedicou a fez sentir pouco mais que um inseto. Era o tipo de olhar que estava acostumada a receber de seus pais e sua reação foto instantânea foi deprimir-se. Não tênis razão para fazê-lo, posto que seu trabalho era bom. Levanto o queixo e seu olhar era de dignidade. Foi Charles quem baixou a vista.
___Que bem! __el comentário do Sinclair não mostrava o menor signo de interés__. Observa o trabalho de filigrana em...
___Y as vende __lo interrompeu Peter.
O olhar do Charles para o Lyn foi de desagrado e apertou os lábios.
___Eso é difícil.
___En cinco mil dólares.
A incredulidade se converteu em chateio.
___Não trate de me fazer tolo! Não há clientes que paguem esse aprecio __la cara com que olhou ao Lyn demonstrava um claro rechazo__. Sinto muito, senhorita, mas não estou disposto a perder meu tempo nem a fazê-la perder o seu. Ninguém esse pagamento soma por uma colcha. Simplesmente não estou interessado.
Lyn guardou silêncio. encolerizou-se ante aquele julgamento a priori. Pelo menos poderia lhe dar a oportunidade de lhe mostrar seu trabalho! Nesse momento ela se teria posto de pé e saído imediatamente, mas Peter não fez movimento algum e lhe prometeu lhe seguir a idéia.
___Tienes razão, Charles __concedió Peter__. O preço agora é de seis mil dólares... é uma espécie de castigo por seu rechaço irracional. Vão Gogh e Gauguin o entenderiam. Eles também tiveram problemas com seus representantes.
Os olhos azuis adquiriram a dureza de um diamante.
___No há mercado.
___Lo haverá, Charles. Quando as vir te convencerá __Peter sorriu.
Sua provocação pareceu sortir efeito. Charles queria lhe vender a caixa, assim com atitude estudada se sentou sobre a cadeira situada atrás do escritório e adotou um ar desdenhoso.
___De verdade, Peter, acredito que te equivoca!Tem que lhe apresentar a suas noivas ao Charles Sinclair com a promessa de um trato para que assim possa receber uma recompensa?trata-se de um favor por outro?
A mortificação e a raiva avermelharam as bochechas do Lyn.
___Nunca confundo o dinheiro com o sexo, Charles __Peter o Miro e depois observo ao Lyn enquanto acrescentava com cinismo__. Esta será uma lição para ti, Lyn. O rechaço absoluto só porque ele acredita que me está oferecendo o prazer de seu femineidad. Ciúmes e inveja. Estou seguro de que sugerirá uma visita a sua cama quando vir seu trabalho. te negue categoricamente. Ele é um homem sujo, sórdido e luxurioso. Uma garota sensata como você não necessita de sua atenção para vender seu trabalho. Graças a Deus que Vão Leeuwin prefere aos meninos. Ele pagará o preço quando vir sua obra, sem nenhum prejuízo sexual.
O rechaço do Sinclair tinha sido suficiente molesto, mas o comentário do Peter era o cúmulo. Lyn ficou de pé.
Isto ___ é intolerável! __su voz tremeu por causa da ira__. Não quero ter nenhum trato comercial com você, senhor Sinclair __miro ao Peter com reproche__. Nem tampouco quero...
___De acordo __Peter impediu que terminasse a frase, tomou pelo cotovelo e retornou sua atenção ao Charles e sua voz foi despectiva__. Até hoje, respeitei sua perspicácia para os negócios, Charles, mas agora vejo que tem cansado ao nível de seu filho.
___Me está difamando! __gritó Charles.
___Vaya, vá, está perdendo sua frieza __señalo, burlón__. Além disso, não é difamação, é calúnia. Arruína minha reputação ao associar minha vida sexual com o dinheiro e eu destruirei sua reputação, sua vida sexual e sua posição financeira. Sinto muito, Charles. Sempre desfrute ao fazer negócios contigo, mas já não posso seguir. E, é obvio, terei que comentá-lo em meu boletim de notícias.
Isso ___ é chantagem!
___No, esse é o preço da estupidez
e ao dizê-lo, fez que Lyn caminhasse para a porta e a seguiu. Ela queria afastar-se a toda velocidade, Peter o para com lentidão. A garota se obrigou a seguir o ritmo dele sabendo que em uns instantes mais se afastariam da cena. E séria o final de sua relação com o Peter Kelso no que ela se referia. Vá jogo no que se colocou! Deveu estar transtornada ao confiar nele.
___Oh, vamos __dijo Charles detrás de ellos__. Aqui houve um mal-entendido...
___Por suposto que o houve __estuvo de acordo Peter com acritud voltando-se para o Charles enquanto agarrava o trinco da puerta__. insultaste à dama e a seu trabalho, isso sem mencionar minha integridade.
Insultar! Deus, e era ele quem o dizia, pensou Lyn.
Charles Sinclair o observou com ira.
___Acepta minhas desculpas. E não tenho intenção de seduzir a jovencita.
___Espero que não. Quero a exclusividade absoluta __Peter soltou o trinco.
“Nunca”, prometeu-se Lyn em silêncio. A garota tomou o trinco, mas Peter lhe impediu qualquer movimento ao tomar a da mão.
Charles se esclareceu garganta.
___Bien, possivelmente possamos chegar a um trato amistoso. Se os artigos de verdade forem vendíveis.
Peter a olhou lhe ordenando que devia confiar nele.
___Esta amanhã ela rechaço um oferecimento de cinqüenta mil dólares por uma de suas criações __dijo Peter com um sorriso triunfal.
__O fez? __le pergunto Charles Sinclair com voz cheia de incredulidade.
___Sí __respondió Lyn com orgulho e tomando cuidado de não acrescentar mais.
Peter a Miro com aprovação. Sua mente se esclareço e soube que aquele era o jogo do Peter e que tudo o que dizia tênia um propósito. Inclusive essa loucura de lhe oferecer cinqüenta mil dólares. Estava pressionando botões psicológicos para manipular suas reações. Lyn Miro ao Charles desejando saber se sua teoria era correta.
Sinclair franziu o cenho, dois pensamentos se mesclavam, sua incredulidade e a perspectiva de que aquilo pudesse chegar a ser um negócio produtivo.
___Tomen assento, tomem assento, falaremos de negócios __ordeno, abrupto__. Qual é o preço dessa colcha? __le pergunto ao Lyn enquanto Peter a conduzia para a cadeira que acabava de deixar.
___Sigo tendo a primazia __protesto Peter com ire triunfal__. E não esta à venda... nem para ti, nem para ninguém.
Lyn se sentou, conmocionada pelo desenvolvimento dos fatos. Peter parecia controlado, acabava de forçar ao Charles a saltar no primeiro aro.
Este olhou ao Peter com atitude calculadora.
___Si é tão bom como diz... sim, pode ter possibilidades __le sorriu com condescendência ao Lyn__. Olharei-o. Não posso me comprometer a algo sem vê-lo primeiro, mas o farei. Possivelmente poderíamos falar de consignação.
Lynnão podia acreditar o que escutava. Estava disposto a negociar. Peter tinha quebrado sua resistência. Lyn moveu a cabeça, incrédula e Peter aproveito esse gesto.
___Lyn não quer nenhum trato nessas condições. Pagasse pelo que compre __declaro Peter com firmeza.
___A cinco mil dólares como miúdo!
___Cuatro mil no atacado e seis mil ao miúdo __Peter sorriu com dulzura__. Recorda que tem pouco controle na língua.
Lyn só conseguiu reprimir o temor. Peter estava açulando a um cavalo que já tinha sido castigado.
___De verdade crie que seu trabalho seja tão bom? __Charles voltou a franzir o ceño__. Poderei vendê-lo a esses preços?
___Por suposto que sim.
Peter sustentou o olhar cético do Charles com uma de absoluta confiança. Finalmente, Sinclair se rendeu.
___De acordo. Veremo-nos amanhã na sala de exibição.
___Traeré o contrato. Vi-te trabalhar antes, Charles, e o deixaremos tudo por escrito. O preço menor é quatro mil, mas não me cabe a menor duvida de que poderão vender-se a um preço maior que o estipulado por varejo. Sei que te especializa em marcas, assim que se estipulasse que Lyn receberá o sessenta por sinto da quantidade que transborde a venda de uma colcha em seis mil dólares. Não permitirei que quentes sua cama com o talento do Lyn.
Charles sorriu ante o duplo sentido da frase do Peter e dedico ao Lyn um olhar de condolências.
___le asseguro, senhorita...
___Mansfield __interrumpió Peter são suavidad__. Senhorita Lynette Mansfield, a filha menor do Gerald e Alicia Mansfield. Estou seguro de que os conhece, Charles. Pertencem à alta sociedade do Sydney a muito tempo, muito tempo. Sei que são teus clientes.
A comoção fez que Charles Sinclair retificasse seu comportamento anterior. ficou de pé de um salto, rodeou o escritório com nervosismo.
Meu ___ querida senhorita Mansfield! Espero que se dê quanta de que fui vitima de uma armadilha do Peter. Suas excentricidades transbordam os limite da discrição. Além disso, você pôde ter vindo diretamente comigo...
___Y enquanto te estreita com uma mão, rouba-te com a obra __interrumpió Peter, sardônico.
___Soy um homem de negócios, senhorita Mansfield, alguém deve proteger-se dos riscos __Charles sorriu, indulgente__. Estou seguro de que você compreende.
___Sí, compreendo __dijo Lyn com frieza desprezando ao homem por sua reação ante o sobrenome Mansfield.
Peter o conhecia muito bem, teve razão ao assegurar que era um perrito mulherengo. Esse hipócrita não merecia confiança e ao Lyn deixou de lhe importar a manipulação do Peter. Ele tinha obtido um negócio... um negócio que transbordava seus maiores sonhos.
Peter lhe sorriu com prazer enquanto a ajudava a ficar de pé. Damien se aproximou nesse momento. Tinha permanecido em silencio durante toda a conversação e Lyn se havia sentido muito humilhada e envergonhada com as insinuações obscenas de seu pai, ao grau de que não se atreveu a vê-lo, mas agora lhe sustentou o olhar com orgulho e frieza.
___Señorita Mansfield, se minha pergunta não for muito pessoal poderia me dizer se desenhou você seu vestido?
Pergunta-a foi exposta com tão encantador interesse que Lyn se sentiu adulada.
___Sí, desenhei-o eu. E não há outro igual, como minhas colchas __añadió com ênfase.
Damien lhe sorriu e seus olhos azuis brilharam com ávido interesse.
___Entonces, amanhã também irei eu a ver suas colchas.
De algum jeito, a aprovação do Damien lhe deu maior solidez ao trato. Veria-a amanhã e também suas colchas. O rosto do Lyn se relaxou e lhe sorriu.
__Sí, sim __estuvo de acordo Charles Sinclair__. É um prazer fazer negócios com você, senhorita Mansfield.
___No esqueça me agradecer o favor, Charles __le fez ver Peter enquanto conduzia ao Lyn para a porta.
Charles a abriu e sorriu ao Peter.
___Uno destes dias, seu maquiavélico senso de humor te levasse a ruína. Amanhã te agradecerei o favor.
A porta se fechou e Peter abraçou ao Lyn com força.
___Satisfeita?
Estava louco. Mas nesse instante Lyn não lhe podia reprovar as horríveis costure que havia dito. Lhe tinha conseguido algo que ela nunca teria obtido e se sentia profundamente agradecida, apesar de que a fez quase adoecer de fúria e indignação.
___Sí, obrigado __dijo com graça e depois, fazendo uma careta, añadió__: padeci momentos terríveis, mas estou satisfeita e lhe agradeço isso muito.
Ele riu e fez que Lyn apoiasse um braço sobre o seu.
___Tranquilízate, temo-lo no bolso. Agora já podemos desfrutar. Faremos um pequeno percurso pela exibição só em caso de que Arnie Caswell esteja por aqui, e depois iremos jantar ao Luigi’S. Dá conta de como te cuido?;enquanto Peter a conduzia escada abaixo, Lynette começou a rir. Era difícil controlar essa sensação de histeria. Apenas essa manhã tinha deixado a mansão Mansfield e o estilo de vida refinado e estático que ali reinava. Quis pôr em movimento sua própria vida, e em movimento estava já. Com o Peter Kelso o mundo ficava de barriga para baixo, e o interior se convertia em exterior.
Mas, estar com ele daria insipidezes ao mesmo tempo que recompensas. A integridade do Lyn estaria em perigo. Jessie não tênia a menor duvida de qual séria seu destino aquela noite e só Deus sabia o que Damien e Charles Sinclsir estavam pensando neste momento.
___Era necessário que dissesse que pretendia me seduzir? __pregunto ela com uma careta.
___Tivesse preferido que mentisse? __Peter levanto uma sobrancelha.
___Por suposto que não. Pode dizer tudo o que queira, mas nunca minta.
___Es sensacional estar com uma mulher que compartilha meu sentido da integridade.
Integridade! A risada voltou a subir pela garganta do Lyn e começou a perguntar-se se a loucura era contagiosa.
Peter a conduziu pela sala de exibição mas ela não punha atenção ao que via. Sua mente seguia fixa nos acontecimentos que se desenvolveram no escritório de acima. quanto mais pensava nisso, mas apreciava o que Peter fazia por ela. Ele era um manipulador de pessoas e de situações... disso não havia dúvida. Sentiu crescer seu respeito para a agilidade de sua mente e a sua percepção sagaz.
O que tinha conseguido era fantástico, se é que se referendava ao outro dia. Mesmo assim, não havia razão para confiar. Lyn começava a desfrutar de um otimismo relaxante quando Peter a conduziu a outra sala de exibição... e ali estava Delvene.
Capítulo 5
Ali estava ela, tão brilhante como um raio de sol, Delvene a formosa, alta, a de figura sensacional, com um vestido de seda de cor amarela e branca. Sua loira cabeleira se movia cada vez que ria. Seu rosto de rasgos perfeitos aceitava, com graça, os comentários de seu corte de admiradores.
Mas os olhos do Lyn não refletiam a mesma adoração que a desses indivíduos. sentia-se como um coelho apanhado e o velho e familiar pânico se apodero dela. Delvene podia lhe danificar tudo. Sempre o para. Não o permitiria agora que seu futuro parecia prometedor.
Oprimiu o braço do Peter como querendo afastar o do Delvene e ele levanto uma sobrancelha, surpreso. Lyn estava a ponto de dizer que sentia fome quando a antena que acautelava sempre do Delvene da presença de um homem atrativo, fez que descobrisse ao Peter.
Lyn guardo silêncio. Era muito tarde para escapar. Em um ou dois segundos mais Delvene a veria e a carne séria posta no assador. Não havia mais que fazer exceto enfrentar a situação. Não tênia que envergonhar-se, não havia razão para fugir e esconder-se. Não tinha feito algo mau e Peter Kelso a tinha ajudado muito.
Os olhos verdes de sua irmã captaram ao casal do Peter. Lyn sorriu alimentando a esperança de que, por única vez, sua irmã se sentisse contente com o que já tênia. Mas a surpresa foi major quando Delvene descobriu a identidade do Peter.
Um gesto de irritabilidade apareceu no rosto do Delvene ao avaliar o vestido do Lyn e o vexame se reflito em seus lábios antes que lhe dedicasse um sorriso hipócrita. O vestido lhe tinha escapado, mas o homem não, interpreto Lyn. Delvene se dispôs à ação... deu-lhe

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