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Aula 02
Legislação Tributária Estadual p/ PGE-MA - Procurador do Estado
Professor: Alexandre JK
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 02 
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SUMÁRIO PÁGINA 
1. Responsabilidade Tributária 02 
2. Base de Cálculo para o ICMS-ST 06 
3. Disposições gerais sobre o ICMS-ST 13 
4. Base de cálculo para o ICMS 16 
5. Questões da Aula ± Sem comentários 29 
6. GABARITO 37 
7. Questões da Aula comentadas 38 
 
 Olá pessoal! 
Bem vindos a terceira aula de nosso curso! Hoje iremos ver um 
assunto muito temido pelos alunos: a Substituição Tributária no ICMS. 
Apesar disso, mostrarei que não há o que temer! Trata-se de um assunto 
simples! RSSSS! Vamos para a aula! 
 
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Lei Kandir ± LC 87/96 ± Parte 02 
 
1. Responsabilidade Tributária 
 
Art. 5º Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo 
pagamento do imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou 
responsável, quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não 
recolhimento do tributo. 
Art. 6º Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou 
a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, 
hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário. �³&DSXW´�
do artigo com redação dada pela Lei Complementar nº 114, de 16/12/2002) 
§ 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto 
incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam 
antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao valor 
decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas 
operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final 
localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. 
§ 2º A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a 
mercadorias, bens ou serviços previstos em lei de cada Estado. 
(Parágrafo com redação dada pela Lei Complementar nº 114, de 
16/12/2002) 
Art. 7º Para efeito de exigência do imposto por substituição 
tributária, inclui-se, também como fato gerador do imposto, a entrada de 
mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por 
ele indicado. 
 
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Começamos a aula com um assunto que faz 
a maioria dos alunos tremerem só de 
ouvirem o nome: Substituição Tributária 
do ICMS. Mas já adianto, esse assunto é babaca pacas!! RSS! É que nem 
aquele menino na escola que quando está junto com outros 10 moleques 
fica valente, mas na hora da verdade se esconde embaixo da saia da mãe! 
RSS!! Assim sendo, o texto legal parece ser assustador, mas na prática não 
põe medo em ninguém. Bizarrices à parte, vamos voltar para o assunto. 
 O Art. 5º trata de uma responsabilidade solidária do imposto. É 
aquele caso existente no Código Tributário Nacional (CTN) que determina 
que todo aquele que tiver interesse comum na prática do fato gerador, será 
responsável solidário por ele. Assim sendo, por exemplo, se um terceiro 
qualquer induzir o contribuinte ao não recolhimento do ICMS, ele mesmo 
poderá ser o responsável pelo seu recolhimento. 
 O Art. 6º inicia para valer o assunto da Substituição Tributária, 
que a partir de agora, chamarei de ICMS-ST. Nada melhor do que um 
gráfico para nos ajudar com as explicações: 
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Ai você me diz: Professor, achei que o gráfico era para ajudar! Você 
aloprou!! RSS! Calma, caro aluno, você vai ver que vai ficar muito fácil! 
Vamos lá! Inicialmente, temos que definir o que é substituição 
tributária: é uma técnica de arrecadação realizada pelos Estados, onde 
uma pessoa (SUBSTITUTO - normalmente as indústrias) em uma 
determinada cadeia de valor irá ficar responsável pelo recolhimento do 
ICMS de outros contribuintes (SUBSTITUÍDOS). Você pode me 
SHUJXQWDU�� ³4XDO� D� OyJLFD� GHVVD� WpFQLFD"´�� (X� OKH� UHVSRQGR� FRP� RXWUD�
SHUJXQWD�� ³4XDQWDV� LQG~VWULDV� H[LVWHP"� 4XDQWRV� DWDFDGLVWDV� H[LVWHP"�
4XDQWRV�YDUHMLVWDV�H[LVWHP"´� Perceba que a cada resposta o número de 
contribuintes aumenta. Assim sendo, é mais fácil fiscalizar 10 indústrias do 
que 100 atacadistas ou 1000 varejistas! Essa é a ideia! Facilitar a vida do 
fisco! Outro ponto interessante é que depois que o ICMS for recolhido por 
substituição tributária todas as operações subsequentes ILFDUmR�³OLYUHs´�
dele, pois ele já foi recolhido anteriormente. Assim sendo, a cada saída 
posterior haverá a emissão da nota fiscal do ICMS, mas sem destaque 
do imposto! 
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Temos de saber que existem três tipos principais de substituições 
tributárias: 1) as progressivas, para frente, ou subsequentes, 2) as 
regressivas, para trás, ou diferimento e 3) concomitantes, ao mesmo 
tempo da prática do fato gerador ou instantâneas. 
 Vamos explicar cada uma dessas modalidades. O ICMS-ST 
progressivo ocorre quando um contribuinte do meio de uma cadeia de 
valor é escolhido para recolher o ICMS de fato geradores futuros 
presumidos. É o caso das setas verdes em nosso gráfico. Percebam que 
a Indústria fica responsável pelos fatos geradores 4 e 5. Já o ICMS-ST 
regressivo ou diferimento, ocorre quando um contribuinte do meio de 
uma cadeia de valor é escolhido para recolher o ICMS de fato geradores 
passados que já ocorreram. É o caso da seta amarela em nosso gráfico. 
Percebam que a Indústria fica responsável pelo fato gerador 1. O ICMS-
ST concomitante ocorre quando um contribuinte é escolhido para recolher 
o ICMS de um fato gerador que ocorre ao mesmo tempo que o seu fato 
gerador. Como assim? Veja o caso da indústria: quando ela vende 
mercadorias para o atacadista, ela pratica o fato gerador 2. Para levar as 
mercadorias até o adquirente, ela contrata uma empresa de transportes, 
gerando mais um fato gerador 3. A lei pode determinar que a indústria seja 
a responsável pelo recolhimento desse ICMS sobre o transporte. Perceba 
que esse último fato concreto ocorre na mesma etapa em que ocorre o fato 
gerador de circulação de mercadoria. É por isso que essa forma de 
substituição denomina-se de concomitante! É o caso da seta roxa em 
nosso gráfico. Por fim, só gostaria de esclarecer o caso do fato gerador 2, 
representado pela seta vermelha em nosso gráfico. Muito cuidado, pois 
essa situação não se trata de uma hipótese de responsabilidade, pois a 
indústria é o próprio contribuinte da circulação de mercadoria. Ora, se ela 
é contribuinte por esse fato gerador, não pode ser responsável pelo mesmo 
fato. Ou é uma coisa ou é outra! Ela apenas pode ser responsável por 
OUTROS fatos geradores! 
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 Tudo o que eu expliquei está previsto no § 1º. O § 2º prevê nada 
mais que o óbvio, pois toda responsabilidade deve estar prevista em lei. 
Mas, é uma determinação importante, pois deixa CLARO que a técnica do 
ICMS-ST NÃO SE CONFIGURA um benefício fiscal! 
 Por fim, o Art. 7º prevê que o momento do recolhimento do ICMS-
ST pode se dar também na entrada do estabelecimento de adquirente e 
não só em sua saída. Veremos melhor isso quando falarmos mais sobre o 
diferimento. 
 
2. Base de Cálculo para o ICMS-ST 
 
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será: 
I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou 
concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado pelo 
contribuinte substituído; 
II - em relação às operações ou prestações subseqüentes, obtida 
pelo somatório das parcelas seguintes: 
a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto 
tributário ou pelo substituído intermediário; 
b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros 
encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de 
serviço; 
c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às 
operações ou prestações subseqüentes. 
§ 1º Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às 
operações ou prestações antecedentes, o imposto devido pelas referidas 
operações ou prestações será pago pelo responsável, quando: 
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I - da entrada ou recebimento da mercadoria, do bem ou do 
serviço; (Inciso com redação dada pela Lei Complementar nº 114, de 
16/12/2002) 
II - da saída subseqüente por ele promovida, ainda que isenta ou 
não tributada; 
III - ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a 
ocorrência do fato determinante do pagamento do imposto. 
§ 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a 
consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público 
competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição 
tributária, é o referido preço por ele estabelecido. 
§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou 
importador, poderá a lei estabelecer como base de cálculo este preço. 
§ 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II do caput será 
estabelecida com base em preços usualmente praticados no mercado 
considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou 
através de informações e outros elementos fornecidos por entidades 
representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada 
dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser previstos 
em lei. 
§ 5º O imposto a ser pago por substituição tributária, na hipótese do 
inciso II do caput, corresponderá à diferença entre o valor resultante 
da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas 
do Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor do 
imposto devido pela operação ou prestação própria do substituto. 
 
 
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§ 6º Em substituição ao disposto no inciso II do caput, a base de 
cálculo em relação às operações ou prestações subseqüentes poderá ser 
o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado considerado, 
relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em condições de 
livre concorrência, adotando-se para sua apuração as regras 
estabelecidas no § 4º deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Lei 
Complementar nº 114, de 16/12/2002) 
 
Agora vamos definir qual será a base de 
cálculo do ICMS-ST. Novamente vamos 
nos basear no gráfico abaixo: 
 
O Art. 8º, I define a BC para o ICMS-ST regressivo e 
concomitante. Ela é bastante simples, sendo representada pelo valor da 
operação ou prestação praticada pelo contribuinte SUBSTITUÍDO. É o 
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caso da seta amarela e da seta roxa em nosso gráfico. Assim sendo a 
base de cálculo será de R$ 1000 em ambos os casos. Sem mistérios. 
Já o Art. 8º, II define a define a BC para o ICMS-ST progressivo. 
A ideia aqui é saber quanto será o valor cobrado na última etapa da cadeia 
produtiva, representada pelo ponto de interrogação e pela seta laranja 
em nosso gráfico. Por que pegar a BC da última etapa de circulação? Pois, 
ela conterá o ICMS da cadeia inteira! Para chegarmos a esse valor, basta 
pegarmos a base de cálculo do contribuinte em sua operação própria, 
somar o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos 
cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço e 
somar o valor da Margem de Valor Agregado (MVA). Na prática seria 
assim: sendo R$ 2000 o valor da operação própria já incluso o montante 
dos valores de seguro, frete, etc., e com uma hipotética MVA de 30%, 
bastaria multiplicarmos esse montante por 1,3, ou somar 600, como 
queira, para chegarmos a base de cálculo do ICMS-ST: R$ 2600. Esse é o 
valor que se presume que ocorra na venda ao consumidor final pelo 
varejista. O MVA é determinado através de preços usualmente 
praticados no mercado, admitindo-se o uso de métodos estatísticos para 
a sua obtenção (amostragem). Ele representa um percentual hipotético 
que já incluiria todos os custos e lucros da operação de toda a cadeia de 
produção. Art. 8º, § 4º. 
Esse método é a regra para determinarmos a BC do ICMS-ST 
progressivo. Entretanto, os parágrafos trazem inúmeras exceções. Por 
esse motivo, montei uma tabela para sistematizar o seu estudo. Veja: 
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 E como determinar o quanto de imposto recolher a título de ICMS-
ST progressivo? É simples: Utilizando o exemplo anterior, temos uma 
operação própria de R$ 2000 e uma BC de ICMS-ST de R$ 2600. Suponha 
uma alíquota interna de 18%. Basta aplicar essa alíquota sobre as duas 
bases de cálculo e sobre os resultados recolher a diferença obtida. 
Assim sendo: 
1) 2000 x 18% = 360 
2) 2600 x 18% = 468 
3) 468 ± 360 = 108 
Esse número final em negrito é o que será recolhido a título de 
substituição tributária! Art. 8º, § 5º. Lembrem-se de que o industrial ainda 
terá de recolher 360 de sua operação própria, totalizando justamente o 
ICMS da cadeia inteira, ou seja, 468! 
 O Art. 8º, § 1º apenas determina que a responsabilidade tributária 
regressiva ou diferimento, pode ocorrer a qualquer momento, seja na 
entrada, na saída ou em um meio termo entre esses dois eventos. Pessoal, 
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o diferimento é uma praga! Ele acompanha a mercadoriapara onde ela for! 
Assim sendo, quem a receber, estará obrigado, de um jeito ou de outro, a 
pagar esse imposto do passado. A lei pode determinar que isso ocorra na 
entrada, ou na saída do adquirente. Até ai, sem mistérios. Entretanto, eu 
lhe pergunto: e saída subsequente for imune ou isenta? Não haverá 
ICMS a ser cobrado? Como fica a responsabilidade? Ela continua a 
existir! Assim sendo, o contribuinte imune ou isento ainda terá de pagar o 
ICMS pretérito! Só não precisará pagar o seu próprio ICMS! Mais uma 
pergunta: e se a mercadoria pegar fogo no estoque do contribuinte? 
O diferimento morre? É a mesma resposta anterior! A responsabilidade 
persiste e o contribuinte deve recolher nesse momento o ICMS pretérito. 
 Por fim, o Art. 8º, § 5º nos traz mais uma modalidade de 
substituição tributária que recai sobre o diferencial de alíquotas. 
Discutimos sobre esse assunto nas aulas passadas. O diferencial de 
alíquotas ocorre quando um contribuinte de um Estado A vende para um 
consumidor de um Estado B que será o destinatário final da mercadoria, ou 
seja, não irá comercializá-la ou industrializá-la. Nesse caso, o consumidor 
do Estado B irá recolher a diferença entre a alíquota interna de seu ente 
federativo e a alíquota interestadual. 
 Percebam então que, regra geral, quem recolhe esse diferencial é o 
contribuinte do Estado de destino, ou seja do Estado B. Entretanto, se 
houver ACORDO entre os dois Estados, é possível que o contribuinte do 
Estado A, que é o remetente, seja o responsável pelo recolhimento do 
diferencial de alíquotas do Estado B. Veja o gráfico: 
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 Vamos dar uma analisada nesse gráfico acima. Temos como 
suposição os seguintes dados: 1) a alíquota interestadual é de 12%, 2) a 
alíquota interna do Estado de destino é de 18%, 3) o destinatário é 
contribuinte do ICMS e 4) o destinatário não irá comercializar ou 
industrializar a mercadoria. Assim sendo, a regra normal é que o 
contribuinte do Estado B recolha o ICMS do diferencial de alíquota, situação 
representada pela seta verde em nosso gráfico. Entretanto, havendo 
acordo entre os dois Estados, o contribuinte do Estado A pode recolher o 
diferencial para o Estado B, situação representada pela seta laranja em 
nosso gráfico. 
 
 
 
 
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3. Disposições gerais sobre o ICMS-ST 
 
Art. 9º A adoção do regime de substituição tributária em operações 
interestaduais dependerá de acordo específico celebrado pelos Estados 
interessados. 
§ 1º A responsabilidade a que se refere o art. 6º poderá ser 
atribuída: 
I - ao contribuinte que realizar operação interestadual com 
petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele 
derivados, em relação às operações subseqüentes; 
II - às empresas geradoras ou distribuidoras de energia elétrica, 
nas operações internas e interestaduais, na condição de contribuinte ou 
de substituto tributário, pelo pagamento do imposto, desde a produção ou 
importação até a última operação, sendo seu cálculo efetuado sobre o preço 
praticado na operação final, assegurado seu recolhimento ao Estado onde 
deva ocorrer essa operação. 
§ 2º Nas operações interestaduais com as mercadorias de que tratam 
os incisos I e II do parágrafo anterior, que tenham como destinatário 
consumidor final, o imposto incidente na operação será devido ao Estado 
onde estiver localizado o adquirente e será pago pelo remetente. 
Art. 10. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à 
restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, 
correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar. 
§ 1º Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação 
no prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, 
em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado 
segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo. 
 
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§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sobrevindo decisão 
contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no prazo de quinze 
dias da respectiva notificação, procederá ao estorno dos créditos 
lançados, também devidamente atualizados, com o pagamento dos 
acréscimos legais cabíveis. 
 
O Art. 9º traz a possibilidade da 
substituição tributária ocorrer entre 
estados, ou seja, um contribuinte de um 
Estado A recolhendo ICMS para um Estado B, assim como vimos para o 
Diferencial de Alíquota. Uéee! Mas, isso não é ilegal? Já que, segundo o 
CTN, a legislação de cada ente federativo apenas vigora dentro de seu 
território? É verdade, caro aluno! Entretanto, o próprio texto legal 
determinou que para que isso ocorra, deva existir acordo entre esses 
Estados, ampliando os efeitos da lei interna dos entes federativos para fora 
de seus territórios. O § 1º e o § 2º trazem alguns casos de imunidades 
constitucionais quando esse acordo de substituição poderá ocorrer. 
 Já o Art. 10º traz o direito de restituição pelo fato gerador 
presumido da substituição tributária que não ocorrer! Nada mais justo, já 
que essa sistemática é utilizada para eventos futuros ou incertos. Se isso 
não existisse, teríamos uma configuração de enriquecimento ilícito por 
parte do Estado. Só gostaria de chamar a atenção para o fato de que quem 
tem direito a restituição é o contribuinte SUBSTITUÍDO e não o 
SUBSTITUTO! Por que isso ocorre? Isso ocorre porque é o SUBSTITUÍDO 
que arca com o ônus tributário! Veja alguns exemplos de quando a 
restituição pode ocorrer no ICMS-ST: 
1) Atacadista tem a mercadoria furtada de seu estoque 
2) Atacadista perde a mercadoria devido a um incêndio de grandes 
proporções 
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3) Venda pelo varejista abrangida por isenção (não há ICMS a se pagar) 
4) Consumo da mercadoria pelo varejista 
Percebam que em todos os casos o fato gerador presumido NÃO 
ocorreu! Assim sendo, o contribuinte SUBSTITUÍDO (atacadista ou 
varejista) terá direito à restituição do ICMS-ST pago. 
O § 1º traz mais uma proteção para o contribuinte, na medida em 
que autoriza que, se o pedido de restituição não for analisado dentro do 
prazo de 90 dias, o contribuinte automaticamente se credite do valor 
pedido. Entretanto, se posteriormente houver decisão contrária ao 
contribuinte, ele deverá estornar esse crédito no prazo de 15 dias contados 
da respectiva notificação (§ 2º). 
Pessoal, sobre a responsabilidade tributária do ICMS era apenas isso 
que precisaríamos ver! Vejam que não tem nada de outro mundo! Agora 
vamos partir para o estudo da base de cálculo das operações e prestações 
comuns do ICMS, ou seja, aquelas praticadas pelos próprios contribuintes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Base de cálculo para o ICMS 
 
Art. 13. A base de cálculo do imposto é: 
I - na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do art. 12, 
o valor da operação; 
II - na hipótese do inciso II do art. 12, o valor da operação, 
compreendendo mercadoria e serviço; 
III - na prestação de serviço de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação, o preço do serviço; 
IV - no fornecimento de que trata o inciso VIII do art. 12; 
a) o valor da operação, na hipótese da alínea a; 
b) o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada, 
na hipótese da alínea b; 
V - na hipótese do inciso IX do art. 12, a soma das seguintes 
parcelas; 
a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de 
importação, observado o disposto no art. 14; 
b) imposto de importação; 
c) imposto sobre produtos industrializados; 
d) imposto sobre operações de câmbio; 
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas 
aduaneiras; (Alínea com redação dada pela Lei Complementar nº 114, de 
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VI - na hipótese do inciso X do art. 12, o valor da prestação do 
serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com 
a sua utilização; 
VII - no caso do inciso XI do art. 12, o valor da operação acrescido 
do valor dos impostos de importação e sobre produtos industrializados e de 
todas as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente; 
VIII - na hipótese do inciso XII do art. 12, o valor da operação de 
que decorrer a entrada; 
IX - na hipótese do inciso XIII do art. 12, o valor da prestação no 
Estado de origem. 
§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese 
do inciso V do caput deste artigo: (Parágrafo com redação dada pela Lei 
Complementar nº 114, de 16/12/2002) 
I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo 
destaque mera indicação para fins de controle; 
II - o valor correspondente a: 
a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou 
debitadas, bem como descontos concedidos sob condição; 
b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou 
por sua conta e ordem e seja cobrado em separado. 
§ 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do 
Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a operação, realizada 
entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização 
ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos. 
 
 
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§ 3º No caso do inciso IX, o imposto a pagar será o valor resultante 
da aplicação do percentual equivalente à diferença entre a alíquota 
interna e a interestadual, sobre o valor ali previsto. 
§ 4º Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em 
outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo do 
imposto é: 
I - o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria; 
II - o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do 
custo da matéria-prima, material secundário, mão-de-obra e 
acondicionamento; 
III - tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço 
corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente. 
§ 5º Nas operações e prestações interestaduais entre 
estabelecimentos de contribuintes diferentes, caso haja reajuste do valor 
depois da remessa ou da prestação, a diferença fica sujeita ao 
imposto no estabelecimento do remetente ou do prestador. 
 
A partir de agora vamos analisar a base de 
cálculo para as operações e prestações dos 
contribuintes do ICMS. Vamos ver as suas 
possibilidades: 
1) da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que 
para outro estabelecimento do mesmo titular / da transmissão a terceiro 
de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no 
Estado do transmitente / da transmissão de propriedade de mercadoria, ou 
de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo 
estabelecimento transmitente / do fornecimento de alimentação, bebidas e 
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outras mercadorias por qualquer estabelecimento / do fornecimento de 
mercadoria com prestação de serviços não compreendidos na competência 
tributária dos Municípios / da entrada no território do Estado de 
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e 
energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização - o valor da operação 
2) do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços 
compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação 
expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido 
na lei complementar aplicável - o preço corrente da mercadoria 
fornecida ou empregada 
3) na importação de mercadorias e bens - o valor da mercadoria ou bem 
constante dos documentos de importação + II + IPI + IOF + 
quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas 
aduaneiras. Cuidado, pois o frete do porto até o importador NÃO entra na 
base de cálculo do ICMS. 
4) da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do 
exterior e apreendidos ou abandonados - o valor da operação acrescido 
do valor dos impostos de importação e sobre produtos 
industrializados e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao 
adquirente 
5) na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e 
de comunicação - o preço do serviço 
6) importação de serviço - o valor da prestação do serviço, acrescido, 
se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua 
utilização 
7) da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha 
iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação 
subsequente - o valor da prestação no Estado de origem 
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 Podemos perceber que, apesar de extensa, a lista é muito similar. A 
maioria das situações para as mercadorias se resume ao valor da 
operação, enquanto que para os serviços se resume ao valor da 
prestação. A base de cálculo mais complexa é a da importação de 
mercadorias e bens, em que praticamente tudo que é exigido nessa 
operação entra na base de cálculo do ICMS. 
 A seguir o § 1º prevê tudo aquilo que deva entrar na base de 
cálculo do imposto. Pessoal, eu poderia ficar aqui repetindo o que a lei 
disse. Entretanto, vou te passar a lógica da coisa, para que vocês nunca 
mais errem. A ideia aqui é que tudo o que represente CUSTO da operação 
faça parte da base de cálculo! Assim sendo, o frete, que sempre embaralha 
a cabeça dos candidatos, entrará na base de cálculo se representar custo 
da operação! Exemplo: se for cobrado frete do adquirente, ele entrará naBC. Se o próprio adquirente buscar a mercadoria ou contratar um terceiro 
por conta própria, o frete NÃO entrará na BC. Simples assim! 
 Em relação ao frete gostaria de falar sobre mais um detalhe. 
Sabemos que o ICMS incide sobre transportes intermunicipais e 
interestaduais. Assim sendo, o transporte dentro de um Município sujeita-
se apenas ao ISS. Entretanto, na hora de se definir a base de cálculo das 
MERCADORIAS, ou seja, das OPERAÇÕES, queremos saber o CUSTO 
para o vendedor. Portanto, não importa se o frete estava ou não sujeito 
ao ICMS, importa que ele tenha sido pago pelo vendedor e cobrado do 
adquirente. Assim sendo, não misture o fato do frete ter sido 
intermunicipal, interestadual, intramunicipal ou internacional com o fato 
dele entrar ou não na BC do ICMS! Perceba que o frete aqui é tratado da 
mesma maneira que os juros e outros custos! Sobre os juros também não 
incide ICMS, entretanto, eles fazem parte da base de cálculo do imposto! 
 Vale a pena explicar o inciso I do § 1º. Pessoal, o ICMS é um 
imposto cobrado sobre ele mesmo! Coisa de maluco!! Vou explicar: quando 
um produtor fabrica uma mercadoria, ele chega a um preço final que inclui 
todos os seus custos e lucro. Entretanto, nesse valor, o ICMS ainda não 
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está embutido! Exemplo: custo final de uma mercadoria = R$ 1000. 
Suponha uma alíquota de 18%. E agora? O que fazemos? 1000 x 18%? 
Errado! O ICMS ainda não está embutido nesse montante! Para isso 
precisamos dividir 1000 / (1 ± ALÍQUOTA DO ICMS), ou seja 1000/0,82 = 
R$ 1219,51. Agora sim podemos fazer 1219,51 x 18% para chegar ao valor 
do imposto, ou seja, 219,51. Faça o teste ai em casa! Lembrem-se de que 
na IMPORTAÇÃO a base de cálculo do imposto TAMBÉM NÃO POSSUI o 
ICMS embutido nela! Assim sendo, nessa situação sempre vocês precisarão 
realizar essa conta para chegar a esse número! Muito cuidado com isso! 
 Finalizando essa parte, lembrem-se da diferença essencial entre os 
descontos condicionais e incondicionais. Os primeiros são incertos e 
condicionados a um evento futuro. Eles ENTRAM na BC do imposto. Já os 
últimos, não dependem de nada, são instantâneos. Eles NÃO ENTRAM na 
BC do imposto. 
 Outra situação interessante é a exclusão do IPI da base de cálculo 
do ICMS. O texto parece complicado, mas a coisa é bem simples. Quando 
o imposto for sair de um contribuinte do ICMS, industrial ou equiparado a 
um, basta você se perguntar se a mercadoria vai ser destinada a 
consumidor final ou não, ou seja, se vai haver posterior comercialização ou 
industrialização. Se a resposta for sim, o destinatário é consumidor final, 
o IPI entra na BC do ICMS, se a resposta for não, o destinatário NÃO é 
consumidor final, o IPI NÃO entra na BC do ICMS. É só isso! (§ 2º). Vejam 
o gráfico resumo abaixo: 
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 E como fica a situação em que um contribuinte do ICMS enviar 
mercadorias para um estabelecimento seu localizado em outro 
Estado? Qual a BC a ser utilizada já que não ocorre a venda? O § 4º 
responde: 1) Se o contribuinte for um comerciante, a BC será o valor 
correspondente à entrada mais recente da mercadoria, 2) Se o contribuinte 
for um industrial, a BC será o custo da mercadoria produzida, assim 
entendida a soma do custo da matéria-prima, material secundário, mão-
de-obra e acondicionamento e 3) Se as mercadorias forem matérias 
primas (não industrializadas), a BC será o seu preço corrente no mercado 
atacadista do estabelecimento remetente. 
 Por fim, o § 5º traz uma regra de proteção para o Estado. Imagine 
que um contribuinte, com o objetivo de pagar menos ICMS combine o 
VHJXLQWH�FRP�R�DGTXLUHQWH�GH�PHUFDGRULD��³9RX�YHQGHU�HVVD�PiTXLQD�SDUD�
você por R$ 500, entretanto, dois dias depois a gente ajusta o preço para 
5������´��3DUD�TXH�R�(VWDGR�QmR�SHUFD�XPD�%&�GH�5�������D�OHL�GHWHUPLQD�
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que, se houver esse reajuste futuro, a diferença ficará sujeita ao 
imposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 14. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será 
convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no 
cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou 
devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio até o pagamento 
efetivo do preço. 
Parágrafo único. O valor fixado pelo autoridade aduaneira para 
base de cálculo do imposto de importação, nos termos da lei aplicável, 
substituirá o preço declarado. 
Art. 15. Na falta do valor a que se referem os incisos I e VIII do 
art. 13, a base de cálculo do imposto é: 
I - o preço corrente da mercadoria, ou de seu similar, no mercado 
atacadista do local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista 
regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador inclusive de 
energia; 
II - o preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o 
remetente seja industrial; 
III - o preço FOB estabelecimento comercial à vista, na venda 
a outros comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante. 
§ 1º Para aplicação dos incisos II e III do caput, adotar-se-á 
sucessivamente: 
I - o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na 
operação mais recente; 
II - caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria, o 
preço corrente da mercadoria ou de seu similar no mercado 
atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista 
regional. 
 
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§ 2º Na hipótese do inciso III do caput, se o estabelecimento 
remetente não efetue vendas a outros comerciantes ou industriais ou, em 
qualquer caso, se não houver mercadoria similar, a base de cálculo será 
equivalente a setenta e cinco por cento do preço de venda corrente 
no varejo. 
 
O Art. 14 traz regras adicionais para a BC 
do ICMS na Importação. A taxa de 
câmbio a ser utilizada é a mesma que foi 
utilizada para o cálculo do Imposto de Importação. Não importa se essa 
taxa diminui, aumentou ou se manteve depois dessa apuração. O 
Parágrafo único nos lembra que a BC da Importação também pode ser 
arbitrada pela autoridade administrativa. Lembrem-se que isso ocorre 
quando o sujeito passivo, de alguma forma, pisa na bola, seja omitindo 
dados, seja fraudando a BC. Se houver arbitramento, o valor resultante do 
procedimento será a BC do imposto. 
A seguir, no Art. 15, temos mais regras para a base de cálculo 
quando não houver valor da operação. Você poderia me perguntar qual 
a diferença desse artigo para o que vimos anteriormente, o Art. 13, § 4º.A diferença é que no artigo anterior, a operação era interestadual e para 
o mesmo contribuinte e nesse caso não há essa restrição, ou seja, são 
todas as outras situações que sobraram (operação interna, etc.). Portanto, 
temos as seguintes regras: 1) Se o remetente for comercial, a BC será o 
preço FOB estabelecimento comercial à vista, na venda a outros 
comerciantes ou industriais, 2) Se o remetente for industrial, a BC será o 
preço FOB estabelecimento industrial à vista, 3) Se o remetente for 
produtor, extrator ou gerador inclusive de energia, a BC será o preço 
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corrente da mercadoria, ou de seu similar, no mercado atacadista do 
local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional. 
FOB significa Free on Board. É o preço da mercadoria disponibilizada 
no local de fabricação ou armazenamento (é o popular preço "posto na 
fábrica" ou "a retirar"), ou seja, livre da obrigação de frete, seguro, etc. 
Nos casos 1 e 2 acima, esse preço FOB será obtido pela operação mais 
recente. Se não houver operação, o valor FOB será obtido pelo preço 
corrente da mercadoria ou de seu similar no mercado atacadista do local 
da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional. (§ 1º) 
Por fim, se todas as regras de obtenção de preço falharem para os 
remetentes que forem comerciantes, adotar-se-á como base de cálculo o 
equivalente a setenta e cinco por cento do preço de venda corrente no 
varejo. (§ 2º) 
 
Art. 16. Nas prestações sem preço determinado, a base de cálculo 
do imposto é o valor corrente do serviço, no local da prestação. 
Art. 17. Quando o valor do frete, cobrado por estabelecimento 
pertencente ao mesmo titular da mercadoria ou por outro 
estabelecimento de empresa que com aquele mantenha relação de 
interdependência, exceder os níveis normais de preços em vigor, no 
mercado local, para serviço semelhante, constantes de tabelas elaboradas 
pelos órgãos competentes, o valor excedente será havido como parte 
do preço da mercadoria. 
Parágrafo único. Considerar-se-ão interdependentes duas 
empresas quando: 
I - uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, e respectivos 
cônjuges ou filhos menores, for titular de mais de cinqüenta por cento 
do capital da outra; 
 
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II - uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qualidade de 
diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra 
denominação; 
III - uma delas locar ou transferir a outra, a qualquer título, 
veículo destinado ao transporte de mercadorias. 
Art. 18. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em 
consideração, o valor ou o preço de mercadorias, bens, serviços ou direitos, 
a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele 
valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as 
declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos 
pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em 
caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. 
 
Vimos até agora como determinar a base de 
cálculo para as operações que não 
possuam valor determinado. O Art. 16 
prevê qual será essa BC para os serviços sem valor determinado e diz que 
ela será o valor corrente do serviço, no local da prestação. 
O Art. 17 traz mais uma proteção para os cofres públicos. Imagine 
a seguinte situação. Empresa A quer transferir para a Empresa B, 
pertencente ao mesmo grupo financeiro, determinado número de 
mercadorias. Para isso contrata empresa para realizar o frete. Suponha 
alíquota para a operação de 18% e para a prestação de 12%. Com o 
objetivo de pagar menos ICMS, a Empresa A subfatura o valor da 
mercadoria e superfatura o valor do frete. Perceba que por causa das 
alíquotas, o valor a pagar de ICMS será menor. Prevendo essa simulação, 
o legislador determinou que o valor excedente do frete será havido 
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como parte do preço da mercadoria. O Parágrafo único define com 
detalhes o que se considera interdependência de empresas para fins da 
aplicação do caput do artigo 17. 
Por fim, o Art. 18 traz a possibilidade de arbitramento da base de 
cálculo. Pessoal, já falei algumas vezes para vocês que o arbitramento é 
um procedimento que levará a um lançamento por ofício. Vejam as 
SDODYUDV��³RPLVVR´��³QmR�PHUHoDP�Ip´��(OH�RFRUUH�SRU�DOJXPD�pisada na 
bola por parte do sujeito passivo. É claro que esse procedimento admite 
contestação. 
 
 Pessoal, por hoje é só! Na próxima aula finalizaremos o estudo da 
Lei Kandir, analisando o assunto do Crédito do ICMS. Vocês verão o 
porquê de estarmos perdendo um bom tempo nessa lei quando entrarmos 
no regulamento! Vocês perceberão que a maioria das coisas são meras 
reproduções dessa lei! Ai bastará que estudemos apenas aquilo que for 
diferente ou possuir um maior detalhamento, otimizando o nosso estudo! 
 Vamos praticar um pouco? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
Q.01 ± (CESPE ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ AL ± 2002) 
Diferimento é a situação tributária através da qual, 
alternativamente, transfere-se para o adquirente ou tomador, 
conforme dispuser a legislação tributária específica, a 
responsabilidade pelo imposto devido em determinada operação ou 
prestação ou adia-se, para outro momento, indicado na legislação 
tributária específica, o termo inicial do prazo de recolhimento do 
imposto devido. 
 
Q.02 ± (CESPE ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ AL ± 2002) 
Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no 
prazo de 60 (sessenta) dias, o contribuinte-substituído poderá 
creditar-se, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, 
devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao 
tributo. 
 
Q.03 ± (CESPE ± FISCAL ESTADUAL ± SEFAZ AC ± 2009) 
O estado do A pode celebrar convênio com o estado de B para 
atribuir responsabilidade pelo pagamento do ICMS, quando se 
tratar da prestação de serviço de transporte interestadual efetuada 
por mais de uma empresa. 
 
Q.04 ± (FCC ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ PB ± 2006) 
A base de cálculo, para fins de substituição tributária, poderá ser: 
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a) tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, 
único ou mínimo, seja fixado por órgão ou entidade competente da 
Administração Pública, o mencionado preço. 
b) existindo preço final a consumidor, sugerido pelo varejista ou 
importador, o mencionado preço 
c) o somatório das parcelas seguintes parcelas: o valor da operação ou 
prestação própria realizadapelo contribuinte substituto ou pelo 
contribuinte-substituído intermediário; o montante dos valores de seguro, 
de frete e de outros encargos cobrados; a margem de valor agregado, 
inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subseqüentes, que será 
estabelecida tomando-se por base os preços usualmente praticados no 
mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por 
amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos por 
entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a média 
ponderada dos preços coletados ou transferíveis aos adquirentes ou 
tomadores de serviço. 
d) o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado 
considerado, relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em 
condições de monopólio. 
 
Q.05 ± (FGV ± AUDITOR DA RECEITA ± SEFAZ AP ± 2010) 
Com relação à base de cálculo do ICMS devido por substituição 
tributária para frente (abrangente das operações posteriores), 
assinale a alternativa incorreta. 
a) tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, 
único ou máximo, seja fixado por órgão ou entidade competente da 
Administração Pública, o mencionado preço. 
b) existindo preço final a consumidor, sugerido pelo fabricante ou 
importador, o mencionado preço. 
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c) não se inclui na base de cálculo do ICMS retido o valor de outros 
encargos, mesmo que cobrados ou transferíveis aos adquirentes das 
mercadorias 
d) o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado 
considerado, relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em 
condições de livre concorrência. 
 
Q.06 ± (ESAF ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ PA ± 2002) 
O estabelecimento X, situado no Pará, engarrafador de água 
mineral, deu saída a 2.000 unidades de água mineral (embalagem 
não retornável, capacidade 500 ml), para estabelecimento 
contribuinte de ICMS também situado no Pará, para fins de 
comercialização. O preço de venda foi de R$ 0,50 a unidade, o frete 
e o seguro cobrados do destinatário foram de, respectivamente, R$ 
70,00 e R$ 30,00. Não houve incidência de IPI na operação. O preço 
final de venda a consumidor sugerido pelo fabricante (assim 
entendido o engarrafador) é de R$ 1,00 a unidade. Considerando a 
situação descrita, e tendo em vista as normas do Regulamento do 
ICMS, assinale a opção que contém uma assertiva verdadeira. 
Suponha uma alíquota interna de 17%. 
a) O valor do imposto a ser recolhido por X por substituição tributária é de 
R$ 153,00. 
b) O valor do imposto a ser recolhido por X por substituição tributária é de 
R$ 340,00. 
c) O valor do imposto a ser recolhido por X por substituição tributária é de 
R$ 170,00. 
d) A operação descrita não se submete ao recolhimento do imposto pelo 
regime de substituição tributária. 
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e) É assegurado a X, como contribuinte substituto, o direito à restituição 
do imposto recolhido por força da substituição, correspondente a fato 
gerador presumido que não se realizar. 
 
Q.07 ± (ESAF ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ PA ± 2002) 
A empresa BETA importou do exterior uma máquina para seu ativo 
imobilizado. O preço declarado nos documentos de importação foi 
de US$ 10,000.00. O valor fixado pela autoridade aduaneira para 
base de cálculo do imposto de importação foi de US$ 15,000.00. A 
empresa arcou ainda com os seguintes ônus: a) US$ 750.00 de 
imposto de importação, à taxa de câmbio de R$ 2,50; b) R$ 
1.350,00 de IPI; c) R$ 500,00 de despesas aduaneiras diversas; d) 
R$ 200,00 de frete pelo transporte do porto até seu 
estabelecimento. O pagamento da máquina ao exportador 
estrangeiro foi feito ao câmbio de R$ 2,80. Das opções abaixo, 
assinale aquela que corresponde à base de cálculo do ICMS. 
(Suponha uma alíquota interna de 17%) 
a) R$ 28.725,00 
b) R$ 28.925,00 
c) R$ 41.425,00 
d) R$ 30.875,00 
e) R$ 41.225,00 
 
Q.08 ± (ESAF ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ MG ± 2005) 
O estabelecimento E, comerciante do produto P, comprou, nos dias 
10, 20 e 30 do mês X, respectivamente, 1000, 1000 e 300 produtos 
ao preço unitário de, respectivamente, R$ 500,00, R$ 500,00 e R$ 
700,00. No dia 05 do mês seguinte transferiu, para o 
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estabelecimento E1, de sua própria titularidade, localizado em 
outro Estado, 100 unidades do produto. A operação de 
transferência foi sem valor. Nessa mesma data (dia 05), o preço 
corrente no mercado atacadista local, para o produto, era de R$ 
550,00 por unidade. Considerando a situação descrita, assinale, a 
seguir, a afirmativa correta. 
a) Na saída dos produtos de E para E1, não ocorre fato gerador do ICMS. 
b) A base de cálculo do ICMS na saída de E para E1 é R$ 55.000,00. 
c) A base de cálculo do ICMS na saída de E para E1 é R$ 70.000,00. 
d) A base de cálculo do ICMS na saída de E para E1 é R$ 52.608,70. 
e) A base de cálculo do ICMS na saída de E para E1 é R$ 56.666,00. 
 
Q.09 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2006) 
Um certo fabricante, substituto tributário pela legislação do ICMS 
do Estado de São Paulo, remeteu para um atacadista estabelecido 
dentro do Estado, uma partida de mercadorias de sua fabricação, 
com o ICMS retido antecipadamente. Os dados dessa operação 
foram os seguintes: 
íYDORU�GD�PHUFDGRULD�í FOB: R$ 10.000,00 
ívalor do IPI: R$ 2.000,00 
ívalor do frete efetuado por terceiro e pago pelo atacadista: R$ 1.000,00 
ímargem de valor agregado fixado para a mercadoria na legislação: 45% 
íalíquota do produto nas operações internas: 18% 
Com base na legislação do ICMS, a base de cálculo da substituição 
tributária e o valor do imposto retido por antecipação, nessa ordem, 
são: 
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a) R$ 18.850,00 e R$ 1.233,00 
b) R$ 18.850,00 e R$ 1.593,00 
c) R$ 18.850,00 e R$ 1.332,00 
d) R$ 17.400,00 e R$ 972,00 
e) R$ 11.000,00 e R$ 180,00 
 
Q.10 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
A base de cálculo do ICMS, no recebimento pelo importador de 
mercadoria ou bem importados do exterior, é o valor constante do 
documento de importação (DI e DCI), deduzidos os valores dos 
impostos de importação sobre produtos industrializados e das 
despesas aduaneiras, assim entendidas aquelas efetivamente 
cobradas pela repartição alfandegária até o momento do 
recebimento pelo importador, com entrada real ou ficta. 
 
Q.11 ± (CESPE ± FISCAL ESTADUAL ± SEFAZ AC ± 2009) 
Com relação à base de cálculo do ICMS, assinale a opção correta. 
a) Caso uma mercadoria entre em um estabelecimento para fins de 
industrialização e seja, em seguida, destinada ao ativo permanente desse 
estabelecimento, o valor do imposto sobre produtos industrializados 
cobrado na operação da qual decorrer a sua entrada não integrará a base 
de cálculo do ICMS. 
b) O imposto de importação e o imposto de operações de câmbio sãoparcelas que integram a base de cálculo de bem importado do exterior. 
c) Na alimentação fornecida por um restaurante, a base de cálculo do ICMS 
será a mercadoria, e não compreenderá os serviços prestados. 
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d) Quando o transporte é realizado pelo próprio remetente, dentro do 
estado, o valor do frete não integra a base de cálculo, em qualquer 
situação. 
 
Q.12 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2009) 
A empresa Zidefonte, fabricante de máquinas para indústria 
metalúrgica, vende uma lingoteira para uma siderurgia, por R$ 
100.000,00, cobrando, ainda, do cliente, com base em cláusula 
contratual, os seguintes valores: R$ 30.000,00 a título de serviços 
de montagem; R$ 10.000,00 de despesas de frete; R$ 12.000,00 de 
despesas de guindaste; R$ 3.000,00 de escolta e R$ 5.000,00 de 
seguros. Considerando que o IPI destacado na NF foi de R$ 
10.000,00, o valor da base de cálculo é, em R$, 
a) 140.000,00 
b) 145.000,00 
c) 155.000,00 
d) 160.000,00 
e) 170.000,00 
 
Q.13 ± (FCC ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ RO ± 2010) 
NÃO integra a base de cálculo do ICMS o 
a) valor correspondente a descontos sob condição. 
b) valor correspondente a seguros. 
c) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente e seja 
cobrado em separado. 
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d) montante do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), quando a 
operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à 
industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os 
impostos. 
e) montante do próprio imposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 02: GABARITO 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 
E E C C C A E C B E B E D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
Q.01 ± (CESPE ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ AL ± 2002) 
Diferimento é a situação tributária através da qual, alternativamente, 
transfere-se para o adquirente ou tomador, conforme dispuser a legislação 
tributária específica, a responsabilidade pelo imposto devido em 
determinada operação ou prestação ou adia-se, para outro momento, 
indicado na legislação tributária específica, o termo inicial do prazo de 
recolhimento do imposto devido. 
Comentários: 
Essas características do diferimento são CUMULATIVAS e não 
ALTERNATIVAS, ou seja, elas precisam ocorrer de forma concomitante. 
GABARITO: E 
 
Q.02 ± (CESPE ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ AL ± 2002) 
Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de 
60 (sessenta) dias, o contribuinte-substituído poderá creditar-se, em sua 
escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo 
os mesmos critérios aplicáveis ao tributo. 
Comentários: 
Quando o contribuinte tiver direito à restituição do imposto pago por 
substituição tributária, se a autorização a esse pedido não for analisada no 
prazo de 90 dias, o contribuinte poderá automaticamente realizar o crédito 
correspondente. Isso é uma garantia da lei para o contribuinte, caso 
contrário o fisco poderia adiar essa decisão indefinitivamente. 
GABARITO: E 
 
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Q.03 ± (CESPE ± FISCAL ESTADUAL ± SEFAZ AC ± 2009) 
O estado do A pode celebrar convênio com o estado de B para atribuir 
responsabilidade pelo pagamento do ICMS, quando se tratar da prestação 
de serviço de transporte interestadual efetuada por mais de uma empresa. 
Comentários: 
Regra geral, as legislações e regras de um ente federativo só possuem 
vigência dentro dele. Entretanto, através de convênios, acordos ou 
protocolos, esses efeitos poderão ser estendidos para fora de seus 
territórios. 
GABARITO: C 
 
Q.04 ± (FCC ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ PB ± 2006) 
A base de cálculo, para fins de substituição tributária, poderá ser: 
a) tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a 
consumidor, único ou mínimo, seja fixado por órgão ou entidade 
competente da Administração Pública, o mencionado preço. 
Esse peço é único ou máximo. Alternativa incorreta. 
b) existindo preço final a consumidor, sugerido pelo varejista ou 
importador, o mencionado preço 
Esse preço é sugerido pelo fabricante ou importador. Alternativa incorreta. 
c) o somatório das parcelas seguintes parcelas: o valor da operação 
ou prestação própria realizada pelo contribuinte substituto ou pelo 
contribuinte-substituído intermediário; o montante dos valores de 
seguro, de frete e de outros encargos cobrados; a margem de valor 
agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações 
subseqüentes, que será estabelecida tomando-se por base os 
preços usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por 
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levantamento, ainda que por amostragem ou através de 
informações e outros elementos fornecidos por entidades 
representativas dos respectivos setores, adotando-se a média 
ponderada dos preços coletados ou transferíveis aos adquirentes 
ou tomadores de serviço. 
Essa é a forma mais usual de cálculo da base de cálculo do ICMS-ST, 
quando se utiliza a margem de valor agregado. Alternativa correta. 
d) o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado 
considerado, relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, 
em condições de monopólio. 
As condições do mercado têm de ser de livre concorrência. Alternativa 
incorreta. 
GABARITO: C 
 
Q.05 ± (FGV ± AUDITOR DA RECEITA ± SEFAZ AP ± 2010) 
Com relação à base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária 
para frente (abrangente das operações posteriores), assinale a alternativa 
incorreta. 
a) tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, 
único ou máximo, seja fixado por órgão ou entidade competente da 
Administração Pública, o mencionado preço. 
b) existindo preço final a consumidor, sugerido pelo fabricante ou 
importador, o mencionado preço. 
c) não se inclui na base de cálculo do ICMS retido o valor de outros 
encargos, mesmo que cobrados ou transferíveis aos adquirentes das 
mercadorias 
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d) o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado 
considerado, relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em 
condições de livre concorrência. 
Comentários: 
Pessoal, praticamente tudo entra na base de cálculo do ICMS-ST. Por que 
isso? Pois trata-se de um montante que representa a operação final da 
cadeia, ou seja, a aquisição pelo consumidor final. Nessa fase, todos os 
custos presentes na cadeia de produção estarão embutidos no preço. Assim 
sendo, na letra C temos uma afirmativa incorreta, pois tudo que é cobrado 
do adquirente representa custo da operação do vendedor, fazendo parte da 
base de cálculo própria do imposto. 
GABARITO: C 
 
Q.06 ± (ESAF ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ PA ± 2002) 
O estabelecimento X, situado no Pará, engarrafador de água mineral, deu 
saída a 2.000 unidades de água mineral (embalagem não retornável, 
capacidade 500 ml), para estabelecimento contribuinte de ICMS também 
situado no Pará, para fins de comercialização. O preço de venda foi de R$ 
0,50 a unidade, o frete e o seguro cobrados do destinatário foram de, 
respectivamente, R$ 70,00 e R$ 30,00. Não houve incidência de IPI na 
operação. O preço final de venda a consumidor sugerido pelo fabricante 
(assim entendido o engarrafador) é de R$ 1,00 a unidade. Considerando a 
situação descrita, e tendo em vista as normas do Regulamento do ICMS, 
assinale a opção que contém uma assertiva verdadeira. Suponha uma 
alíquota interna de 17%. 
a) O valor do imposto a ser recolhido por X por substituição tributária é de 
R$ 153,00. 
b) O valor do imposto a ser recolhido por X por substituição tributária é de 
R$ 340,00. 
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c) O valor do imposto a ser recolhido por X por substituição tributária é de 
R$ 170,00. 
d) A operação descrita não se submete ao recolhimento do imposto pelo 
regime de substituição tributária. 
e) É assegurado a X, como contribuinte substituto, o direito à restituição 
do imposto recolhido por força da substituição, correspondente a fato 
gerador presumido que não se realizar. 
Comentários: 
Para sabermos o quanto deve-se recolher de substituição tributária, 
precisamos saber quanto de ICMS é devido na operação própria do 
estabelecimento X e quanto é devido de ICMS na venda final de varejo 
desse produto. 
ICMS da venda própria do estabelecimento X: 
Base de cálculo: (2000 x 0,5) + 70 + 30 = 1100 x 0,17 (alíquota de venda 
interna) = 187 
ICMS na venda final de varejo: 
Base de cálculo = 1 x 2000 = 2000 x 0,17 = 340 
ICMS devido a título de substituição tributária: 
340 ± 187 = 153 
A letra E está errada, pois quem tem direito à restituição é o contribuinte 
SUBSTITÚÍDO e não o SUBSTITUTO. 
GABARITO: A 
 
Q.07 ± (ESAF ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ PA ± 2002) 
A empresa BETA importou do exterior uma máquina para seu ativo 
imobilizado. O preço declarado nos documentos de importação foi de US$ 
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10,000.00. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo 
do imposto de importação foi de US$ 15,000.00. A empresa arcou ainda 
com os seguintes ônus: a) US$ 750.00 de imposto de importação, à taxa 
de câmbio de R$ 2,50; b) R$ 1.350,00 de IPI; c) R$ 500,00 de despesas 
aduaneiras diversas; d) R$ 200,00 de frete pelo transporte do porto até 
seu estabelecimento. O pagamento da máquina ao exportador estrangeiro 
foi feito ao câmbio de R$ 2,80. Das opções abaixo, assinale aquela que 
corresponde à base de cálculo do ICMS. (Suponha uma alíquota interna de 
17%) 
a) R$ 28.725,00 
b) R$ 28.925,00 
c) R$ 41.425,00 
d) R$ 30.875,00 
e) R$ 41.225,00 
Comentários: 
É sempre gostoso resolver na prova uma questão desse tipo não é 
mesmo??? RSSS! Bom, vamos lá: 
Primeiramente, o que importa é o valor arbitrado pela autoridade 
administrativa no montante de US$ 15,000.00. A taxa de câmbio a ser 
utilizada é aquela da conversão do imposto de importação, ou seja, R$ 
2,50. Por último, tudo entra na base de cálculo, menos o transporte do 
porto até o seu estabelecimento, pois nesse momento a mercadoria já é 
nacional e ocorre uma outra prestação interna fora da importação. 
A base de cálculo é: 15.000 x 2,5 + 750 x 2,5 + 1.350 + 500 = 41.225. 
O examinador considerou esse valor como resposta, entretanto isso não 
está correto. O motivo é que sobre esse valor ainda não está incluso o 
ICMS. Para incluí-lo, basta dividir esse valor por 1 ± a alíquota interna, ou 
seja, 41225 / 1-0,17 = 49.668,67. Fica a ressalva. 
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Veja como é tranquilo de fazer isso na mão, rsssss! 
GABARITO: E 
 
Q.08 ± (ESAF ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ MG ± 2005) 
O estabelecimento E, comerciante do produto P, comprou, nos dias 10, 20 
e 30 do mês X, respectivamente, 1000, 1000 e 300 produtos ao preço 
unitário de, respectivamente, R$ 500,00, R$ 500,00 e R$ 700,00. No dia 
05 do mês seguinte transferiu, para o estabelecimento E1, de sua própria 
titularidade, localizado em outro Estado, 100 unidades do produto. A 
operação de transferência foi sem valor. Nessa mesma data (dia 05), o 
preço corrente no mercado atacadista local, para o produto, era de R$ 
550,00 por unidade. Considerando a situação descrita, assinale, a seguir, 
a afirmativa correta. 
a) Na saída dos produtos de E para E1, não ocorre fato gerador do ICMS. 
b) A base de cálculo do ICMS na saída de E para E1 é R$ 55.000,00. 
c) A base de cálculo do ICMS na saída de E para E1 é R$ 70.000,00. 
d) A base de cálculo do ICMS na saída de E para E1 é R$ 52.608,70. 
e) A base de cálculo do ICMS na saída de E para E1 é R$ 56.666,00. 
Comentários: 
Nas transferências internas de mercadoria para estabelecimento 
pertencente ao mesmo titular ocorre o fato gerador do ICMS e a base de 
cálculo será o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria, 
tratando-se de estabelecimento comercial. Assim sendo, como a entrada 
mais recente foi de R$ 700 a base de cálculo será de 700 x 100 = R$ 70.000 
GABARITO: C 
 
 
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Q.09 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2006) 
Um certo fabricante, substituto tributário pela legislação do ICMS do Estado 
de São Paulo, remeteu para um atacadista estabelecido dentro do Estado, 
uma partida de mercadorias de sua fabricação, com o ICMS retido 
antecipadamente. Os dados dessa operação foram os seguintes: 
íYDORU�GD�PHUFDGRULD�í FOB: R$ 10.000,00 
ívalor do IPI: R$ 2.000,00 
ívalor do frete efetuado por terceiro e pago pelo atacadista: R$ 1.000,00 
ímargem de valor agregado fixado para a mercadoria na legislação: 45% 
íalíquota do produto nas operações internas: 18% 
Com base na legislação do ICMS, a base de cálculo da substituição tributária 
e o valor do imposto retido por antecipação, nessa ordem, são: 
a) R$ 18.850,00 e R$ 1.233,00 
b) R$ 18.850,00 e R$ 1.593,00 
c) R$ 18.850,00 e R$ 1.332,00d) R$ 17.400,00 e R$ 972,00 
e) R$ 11.000,00 e R$ 180,00 
Comentários: 
A base de cálculo da substituição será: 10.000 + 2.000 + 1.000 = 13.000 
x 1,45 = 18.850,00. 
A base de cálculo da operação própria é: 10.000 
O imposto da operação própria é: 10.000 x 0,18 = 1.800,00 
O imposto da substituição é: 18.850 x 0,18 = 3.393,00 ± 1.800 = 1.593,00 
GABARITO: B 
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Q.10 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
A base de cálculo do ICMS, no recebimento pelo importador de mercadoria 
ou bem importados do exterior, é o valor constante do documento de 
importação (DI e DCI), deduzidos os valores dos impostos de importação 
sobre produtos industrializados e das despesas aduaneiras, assim 
entendidas aquelas efetivamente cobradas pela repartição alfandegária até 
o momento do recebimento pelo importador, com entrada real ou ficta. 
Comentários: 
Na importação, a base de cálculo do ICMS INCLUIRÁ os valores do II, IPI, 
IOF, PIS/COFINS, o próprio ICMS e as despesas aduaneiras. Assim, os 
valores mencionados pela alternativa não serão deduzidos e sim 
adicionados. 
GABARITO: E 
 
Q.11 ± (CESPE ± FISCAL ESTADUAL ± SEFAZ AC ± 2009) 
Com relação à base de cálculo do ICMS, assinale a opção correta. 
a) Caso uma mercadoria entre em um estabelecimento para fins de 
industrialização e seja, em seguida, destinada ao ativo permanente 
desse estabelecimento, o valor do imposto sobre produtos 
industrializados cobrado na operação da qual decorrer a sua 
entrada não integrará a base de cálculo do ICMS. 
O IPI só não entra na base de cálculo do ICMS quando em operação 
posterior houver uma nova comercialização ou industrialização. Perceba 
que aqui não ocorrerá nenhuma dessas duas novas hipóteses. Alternativa 
incorreta. 
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b) O imposto de importação e o imposto de operações de câmbio 
são parcelas que integram a base de cálculo de bem importado do 
exterior. 
Vimos em questões anteriores que esses dois impostos fazem parte da BC 
do ICMS Importação. Alternativa correta. 
c) Na alimentação fornecida por um restaurante, a base de cálculo 
do ICMS será a mercadoria, e não compreenderá os serviços 
prestados. 
Em restaurantes a base de cálculo do ICMS incluirá tudo, inclusive os 
serviços prestados. Alternativa incorreta. 
d) Quando o transporte é realizado pelo próprio remetente, dentro 
do estado, o valor do frete não integra a base de cálculo, em 
qualquer situação. 
Se o valor do frete for cobrado do destinatário em separado e for realizado 
pelo próprio remetente, ele irá fazer parte da BC do ICMS. Alternativa 
incorreta. 
GABARITO: B 
 
Q.12 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2009) 
A empresa Zidefonte, fabricante de máquinas para indústria metalúrgica, 
vende uma lingoteira para uma siderurgia, por R$ 100.000,00, cobrando, 
ainda, do cliente, com base em cláusula contratual, os seguintes valores: 
R$ 30.000,00 a título de serviços de montagem; R$ 10.000,00 de despesas 
de frete; R$ 12.000,00 de despesas de guindaste; R$ 3.000,00 de escolta 
e R$ 5.000,00 de seguros. Considerando que o IPI destacado na NF foi de 
R$ 10.000,00, o valor da base de cálculo é, em R$, 
Comentários: 
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Praticamente tudo o que for exigido do destinatário fará parte da base de 
cálculo do ICMS, pois irá integrar o valor da operação. Em algumas 
situações o IPI poderá ficar de fora, o frete não será incluído se não for 
exigido e cobrado em separado do destinatário, um desconto incondicional 
poderá ser abatido, etc. Mas, as situações são raras. Veja que aqui TUDO 
entra na base de cálculo. A dúvida poderia ficar quanto à inclusão ou não 
do IPI. Entretanto, perceba que a lingoteira será destinada a consumidor 
final, não sendo, portanto, revendida. Nesse caso, o IPI deverá fazer parte 
da base de cálculo do ICMS. Vamos para as alternativas. 
a) 140.000,00 
b) 145.000,00 
c) 155.000,00 
d) 160.000,00 
e) 170.000,00 
GABARITO: E 
 
Q.13 ± (FCC ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ RO ± 2010) 
NÃO integra a base de cálculo do ICMS o 
a) valor correspondente a descontos sob condição. 
Apenas os descontos INCONDICIONAIS NÃO entram na base de cálculo do 
imposto. Alternativa incorreta. 
b) valor correspondente a seguros. 
Esse montante integra a BC do ICMS, pois representa custo da operação. 
Alternativa incorreta. 
c) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente e 
seja cobrado em separado. 
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Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
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Se o frete for cobrado do destinatário e feito pelo próprio remetente, ele 
irá fazer parte da BC do ICMS. Alternativa incorreta. 
d) montante do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), 
quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a 
produto destinado à industrialização ou à comercialização, 
configurar fato gerador de ambos os impostos. 
Perfeito. Para saber se em uma saída devemos incluir ou não na BC do 
ICMS o IPI, basta saber o que será feito com a mercadoria a seguir. Se ela 
for ser comercializada ou usada em processo produtivo, o IPI ficará de fora. 
Caso contrário, fará parte da BC. Alternativa correta. 
e) montante do próprio imposto. 
O ICMS faz parte da sua própria BC. Coisa de maluco não é mesmo? Vejam 
só. Imagine uma smartphone produzido pela Apple. Suponha que ela gaste 
82 reais para produzi-lo. Nesse valor não está incluso o ICMS, apenas os 
custos de produção. Suponha uma alíquota de 18%. Para incluir o imposto, 
basta dividir 82 / 1-0,18 = 100. Para saber o quanto de ICMS a Apple vai 
se debitar, basta multiplicar 100 x 0,18 = 18. Alternativa incorreta. 
GABARITO: D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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É isso ai pessoal! Essa foi a nossa terceira aula. Vimos hoje uma das 
partes mais difíceis do ICMS. Entretanto, mostrei para vocês que 
não há o que temer quando o assunto é Substituição Tributária. Na 
próxima aula iremos finalizar a Lei Kandir! 
 
Até a próxima aula! 
 
Estou à disposição para tirar as dúvidas. Bons estudos! 
 
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