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Sistema bancário nos anos 1990 e 2000 •processo de consolidação bancária • reestruturação patrimonial dos bancos federais; •privatização dos bancos estaduais; •abertura aos bancos estrangeiros. •ciclo expansivo de crédito dos anos 2000 e crise financeira internacional. Determinantes do crédito • Comportamento pró-cíclico – Incerteza e preferência pela liquidez – Sob expectativas otimistas, bancos optam por mais rentabilidade e menos liquidez – Compatibilidade entre prazo e risco dos ativos e as obrigações (composição do passivo) Fatos marcantes para o setor bancário brasileiro • Desequilíbrios patrimoniais dos bancos públicos federais na década de 1980 • Criação do FAT – nova fonte de funding para o BNDES • Estabilidade monetária a partir de 1994 reduz receita de floating dos bancos • Programa de Estimulo à Reestruturação e Fortalecimento do SFN (Proer), 1995 Fatos marcantes para o setor bancário brasileiro • Estímulo ao ingresso de bancos estrangeiros no País - 1995 • Adesão ao Acordo de Basileia – índice de capital sobre ativos ponderados pelo risco de 8%, elevado para 11% - 1997 • Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária (Proes) – 1997 Fatos marcantes na atuação dos bancos públicos brasileiros • Programa de Fortalecimento das Instituições Financeiras Federais – 2001 • Crédito consignado em folha – 2003 • Crise financeira internacional – 2008 Bancos públicos federais • Dificuldades de sistematização: – Controle do capital: • BB, BASA, BNB: sociedades de economia mista • BNDES, CEF: empresas públicas – Processo de criação de moeda: • Exclui BNDES, que não possui funções de banco comercial – Organograma: • BB, CEF, BASA, BNB: Ministério da Fazenda • BNDES: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Perfil dos bancos públicos federais • CEF: – infraestrutura urbana e financiamento habitacional (herdou o antigo SFH) • Recursos: FGTS, depósitos judiciais – Administração das loterias, monopólio do penhor – Pagamento de benefícios (aposentadoria, Bolsa Família) – Atividades típicas de banco comercial Perfil dos bancos públicos federais • Curiosidade: diferença entre caixa econômica e banco: – Caixa econômica – para captação de poupança popular, com teto de remuneração • Depositava-se pouco para tomar emprestado muito – Banco – sem limite de remuneração • Depositava-se muito para fazer poucas retiradas Perfil dos bancos públicos federais • BNDES: – Financiamento de longo prazo – indústria e infraestrutura econômica (mas não exclusivamente) – Recursos: FAT, recursos externos, Tesouro (últimos anos) – Gestor do programa de privatizações nos anos 1990 – Finame e BNDESPar Perfil dos bancos públicos federais • BASA E BNB: – Escopo regional (Amazônia Legal e Nordeste) – Fundos Constitucionais ( Perfil dos bancos públicos federais • BB: – Instituição mais diversificada – Principal agente do crédito rural – Recursos oriundos de captação junto ao mercado, repasses oficiais Reestruturação dos Bancos Públicos federais • Bancos públicos federais foram revitalizados, contrastando com outros setores, alvos de programas de privatização – Redesenho do sistema a partir de projeto do Banco Mundial: • Eliminação da interferência governamental • Aumento da competição • Eliminação da “repressão financeira” – Busca de resultados econômico-financeiros positivos, assemelhando o padrão de atuação aos bancos privados Bancos Públicos • Bancos estaduais – Proes (Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária (Proes) – 1997 – Privatização dos bancos estaduais e renegociação das dívidas dos Estados – Criação das agências estaduais de fomento Reestruturação dos Bancos Públicos federais • BB – Fim da conta movimento – necessidade de elevar captações junto ao mercado – Chega ao fim da década de 1980 com a carteira de ativos comprometida • Apoiara setores agora penalizados pela recessão • Baixa rentabilidade da carteira era compatível com antiga fonte de recursos, mais baratos Com a perda de acesso a recursos baratos, surge a necessidade de ampliar a rentabilidade da carteira Desequilíbrio patrimonial Reestruturação dos Bancos Públicos federais • BB – Desequilíbrio patrimonial • Passivo: perda da conta movimento, fim de repasses do Tesouro, dependência de captação da poupança rural (que perdia espaço para os fundos mútuos) • Ativo: anistia e refinanciamento dos créditos rurais – Em 1994, o Banco eleva as provisões para devedores duvidosos e registra prejuízo de R$ 4,2 bi em 1995 e R$ 7,2 bi em 1996/1 Reestruturação dos Bancos Públicos federais • BB – Reestruturação patrimonial (1996) • Aumento de capital em R$ 8 bi (R$ 6,4 bi do Tesouro + R$ 1 bi do Previ + R$ 0,5 bi do BNDES) • Securitização de dívidas da carteira rural Reestruturação dos Bancos Públicos federais • CEF – No final dos 1990, a Caixa possuía estoques de contratos de financiamento habitacional com desequilíbrios decorrentes dos descasamentos contratuais • Prestações do financiamento eram reajustadas anualmente de acordo com a categoria profissional (Plano de Equivalência Salarial por Categoria Profissional) • Saldo devedor era reajustado pela TR Saldo devedor crescia mais rápido do que as prestações, que muitas vezes sequer pagavam os juros – especialmente nos planos econômicos da década de 1980 Contratos sem Fundo de Compensação de Variação Salarial tinham que ser repactuados Juros altos na década de 1990 agravaram o problema Reestruturação dos Bancos Públicos federais • CEF – A solução somente se deu quando da reforma patrimonial de 2001, quando os créditos habitacionais em desequilíbrios foram segregados e transferidos para a Emgea – Empresa Gestora de Ativos (ou Podrebras...) – A missão da Emgea era cobrar R$ 26,7 bi devidos por mutuários inadimplentes da Caixa, dos quais R$ 14,7 seriam cobertos pelo FCVS – Operação de capitalização do Tesouro no valor de R$ 9 bilhões em 2001 Ingresso dos bancos estrangeiros – pós-Real • Duas naturezas de motivos (Exposição de Motivos 311): – Microeconômica: presença estrangeira aumentaria a solidez e eficiência do setor bancário; – Macroeconômica: quadro mais geral de captação de recursos externos para equilibrar as contas externas O processo de abertura • Intervenção nos bancos Econômico e Nacional • Proer – disponibilização de recursos por parte do BCB para que IF sólidas adquirissem o controle das IF em dificuldades • Aquisição de bancos privados por estrangeiros – Bamerindus HSBC – Excel Econômico Bilbao-Viscaya – Real ABN-Amro • Privatização de bancos estaduais – Banespa Santander Objetivos dos banqueiros estrangeiros • Explorar o mercado brasileiro tal como ele era – Não possuiam a mesma eficiência operacional dos grandes bancos privados nacionais • Estratégia de crescer pela compra de outros bancos e por espaços que seriam deixados pela redefinição da atuação de BB e CEF • Custo elevado de tomar clientes da concorrência 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 Participaçãonos ativos totais do segmento bancário privados nacionais controle estrangeiro públicos Fonte: BCB, Composição e Evolução do SFN. Elaboração própria. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 Participação no saldo das operações de crédito privados nacionais controle estrangeiro públicos Fonte: BCB, Composição e Evolução do SFN. Elaboração própria. Ciclo expansivo de crédito pós-2004 • Características – Crescimento da relação crédito/PIB – Induzido pelos bancos privados até 2008, quando passa a ser induzido pelos bancos privados • Bancos públicos têm atuação mais “conservadora” do que os privados – indicadores de preferência pela liquidez – Setores líderes: pessoas físicas até 2008; habitação a partir de 2009 Ciclo expansivo de crédito pós-2004 • Possíveis causas – Introdução do crédito consignado em folha de pagamento (2003) – Redução da Selic – Ambiente macroeconômico estável 26 26 25 26 28 31 35 40 44 45 49 54 55 20 25 30 35 40 45 50 55 60 Saldo total das operações de crédito/PIB Fonte: BCb. Elaboração própria. Fonte: Araujo (2013: 56) Fonte: Araujo (2013: 58) Fonte: Araujo (2013: 65) Fonte: Araujo (2013: 67) Fonte: Araujo (2013: 68) Fonte: Araujo (2013: 70)
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