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Resenha: AGUERRA CIVIL EM FRANÇA_ KARL MARX

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Resenha: A Guerra Civil em França – Karl Marx
O contexto: 
 A obra A Guerra Civil em França foi um texto escrito por Karl Marx em 1871 e expõe o episódio da Comuna de Paris, segundo a visão do autor. O movimento foi um levante popular ocorrido nos conturbados dias da derrota da França na Guerra Franco-Prussiana, na Batalha de Sedan (setembro 1870), da deposição do imperador Napoleão III e da fundação da Terceira República Francesa (janeiro de 1871). 
 Em meio à crise e ao vácuo de poder entre o final de 1870 e início de 1871, e à imensa confusão que reinou no início de 1871, a situação na capital francesa foi se degenerando, com a criação de Comitês entre elementos insatisfeitos da Guarda Nacional, das associações de operários e do movimento socialista e sindical, que formaram clubes revolucionários, nos moldes da Revolução Francesa de 1789. Com o levante da Guarda nacional, os insurretos formaram comitês revolucionários compostos por representantes populares de vários seguimentos, especialmente operários, que exigiam uma série de reformas. Nesse contexto de reação ao governo republicano do Primeiro-Ministro Thiers, os insurretos formaram um governo paralelo circunscritos à capital. O movimento durou de 18 de março a 28 de maio de 1871, e terminou com a derrota dos insurgentes. 
 Karl Marx aproveitou o episódio e redigiu A guerra Civil em França, como panegírico à Associação Internacional dos Trabalhadores, considerando o movimento o primeiro governo socialista da história. 
Resenha: A Guerra Civil em França – Karl Marx
 Pode-se dizer que o episódio da Comuna de Paris confirmou a perspectiva político-ideológica de Marx ao abolir o estado burguês e instaurar um tipo de organização social que representava os interesses da classe proletária. Na obra o autor analisa o episódio da Comuna de Paris, que ele caracteriza como o primeiro governo socialista da história.
 S o episódio da Comuna de Paris confirmou a perspectiva de Marx, segundo a qual o Estado representa os interesses da classe dominante. Nesse sentido, Marx destaca que o estado burguês contra o qual os comunards se levantaram representava os interesses da burguesia, razão pela qual os comunards aboliram o Estado e instalaram a sua própria concepção de organização político-administrativa e social.
 É significativo que os comunards tenha abolido as instituições representativas do estado burguês, como a polícia, a justiça, o sistema econômico e financeiro, o exército e a legislação, como também substituíram a administração nacional centralizada pela administração local. Dessa forma os comunards promoveram uma “emancipação social” conforme afirma Marx, e instauraram uma forma de administração política e social que respondia aos interesses do proletariado.
 Por fim, pode-se dizer, que a Comuna de Paris concretizou o empreendimento intelectual e político de Marx ao abolir o estado burguês a partir de suas instituições e instaurar uma forma de administração político administrativa e social que respondia aos interesses da classe proletária, confirmando a sua concepção de que o estado representa os interesses da classe dominante.

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