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Trabalho Administração Financeira I Final

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS DE RIO PARANAÍBA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
DISCIPLINA: ADE 300 - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA I PROFESSORA: ROSIANE MARIA LIMA GONÇALVES
CLÁUDIA RESENDE GOMES – 442
MARIA CLARA LOPES DE CARVALHO – 1031
MIRLEY GONÇALVES DOS SANTOS -1453
PAULO HENRIQUE BABOS - 2796
PRISCILA TAMARA DA SILVA-2618
ANÁLISE DO NÍVEL DE INADIMPLÊNCIA E ECONÔMICO-FINANCEIRA DA EMPRESA AESG UFV CRP
RIO PARANAÍBA
JULHO 2017.
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos a economia mundial e brasileira tem sofrido mudanças importantes, o ambiente de negócios está a cada dia mais competitivo. Estar atento a mudanças, controlar custos, conseguir ter uma boa gestão dentro da empresa, além de estar disposto a viver com o novo, não é há muito tempo diferencial nas organizações, mas sim indispensável para tentar sobreviver ao mercado. Não diferente, o setor de transportes precisa estar antenado à evolução do mundo atual para conseguir alcançar os objetivos pré-estabelecidos.
Com o passar dos anos alguns meios de locomoção coletiva passaram a ser menos usados, e hoje, os ônibus são o principal meio de transporte terrestre usado na locomoção das pessoas. Segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT), o setor rodoviário é de grande importância na economia, nos últimos anos o setor sofreu com a crise, o que fez com que as empresas não investissem em novos automóveis e desempregassem milhares de pessoas. O ano de 2017 começou a melhorar, mesmo assim o quadro de funcionários deve ficar apenas com 58% do seu quadro total, a esperança é que o setor consiga retornar a sua potencialidade normal apenas em 2018.
Apesar de ser uma cidade pequena e que em vários pontos a crise não chega a ser um fator preocupante, São Gotardo também não está imune à elevação de preços e a perda de mercado em alguns setores. É importante ressaltar também que em cidades menores a inadimplência muitas vezes é muito grande, pois a maior parte dos setores ainda trabalha com carnês e notas promissórias.
Diante disso, foi-se escolhido a empresa de transporte Expresso São Gotardo, que tem como nome fantasia nos ônibus, AESG (Associação dos estudantes de São Gotardo) nome esse que é da associação e não da empresa de fato. A empresa que transporta estudantes universitários da UFV - CRP tem histórico negativo em relação à inadimplência, desde o início da sua atuação os relatos de prejuízo são constantes, sendo assim torna-se importante então, analisar este nível de inadimplência, uma vez que a empresa é a única que faz o transporte dos universitários entre as cidades de São Gotardo e Rio Paranaíba e sua continuidade é indispensável para a continuidade da vida acadêmica de muitos estudantes.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Avaliar o nível de inadimplência e a situação econômico-financeira da empresa AESG UFV, nos anos de 2015 a 2016.
2.2. Objetivos Específicos
 Buscando facilitar as análises, dividiu-se o estudo, em objetivos específicos:
Avaliar o nível de inadimplência da empresa;
Analisar a inadimplência na empresa, relacionando-a aos possíveis ou principais fatos que ocasionaram a falta de pagamento;
Verificar as medidas utilizadas pela empresa para diminuir a quantidade de não pagadores.
2.3. Justificativa
A cada ano que se passa os negócios tendem a expandir-se cada vez mais, com isso trazem maiores oportunidades para as empresas, porém as complexidades das transações tornam-se maiores. Essa complexidade faz com que as organizações fiquem mais expostas ao erro. O presente trabalho tem como objetivo relatar um destes problemas, a inadimplência, baseando-se nos contratos de consumidores inadimplentes na empresa.
Para as empresas é fundamental conhecer o perfil de seu inadimplente, podendo assim verificar e aperfeiçoar as formas de cobrança. Também é fundamental conhecer os motivos que causaram a inadimplência.
O estudo que ora se inicia, procurará mostrar o nível de inadimplência da empresa desde o início da sua atividade no mercado.
2.4. Problemática
Em muitos países, principalmente no Brasil, o crediário é um hábito constante na vida do consumidor. As pessoas são induzidas ao consumo, tendendo a concretizá-lo. No ato da compra a crédito, grande parte dos consumidores, não possui o controle exato do seu orçamento familiar. No longo prazo, cresce a possibilidade de ocorrência de acidentes ou imprevistos com o consumidor, inclusive perda total da fonte de renda (desemprego) podendo resultar em inadimplência temporária ou permanente.
Neste sentido, propõe-se como problema deste estudo o seguinte questionamento: “Porque a inadimplência é constante em uma empresa com uma quantidade pequena de alunos? Alguma coisa é feita para diminuir a inadimplência e para receber os atrasados? ”
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Júnior, Rigo e Szabo (2005) a principal função da administração financeira é potencializar a riqueza dos sócios da empresa, o administrador financeiro é essencial para que essa estratégia seja efetivada na mesma. Para isso ele toma decisões de forma a alcançar com eficiência esse objetivo, essas decisões podem ser tanto de curto, quanto de longo prazo. As de curto prazo envolvem decisões relacionadas a pagamentos, recebimentos diários e fluxos de caixa, já as contas de longo prazo envolvem decisões ligadas a investimentos e financiamentos. 
Ao se analisar essas funções o administrador financeiro deve se atentar aos riscos que essas decisões influenciam nas organizações. Com isso, esse referencial se atentará a essas questões, mas, principalmente a questão da inadimplência. 
3.1. Risco
De acordo com Gitman (2004) a palavra risco é utilizada para significar incerteza. Para Assaf Neto (2007) o risco é algo que se mostra futuramente uma provável perda, ou seja, quando uma empresa toma uma decisão ela está sendo tomada sob uma situação de risco. Ainda segundo Assaf Neto (2007) o risco de inadimplência é identificado através do potencial da empresa de geração de fluxos de caixa e de seus compromissos financeiros, incluindo juros e amortizações. Dessa forma, quanto mais alta a capacidade da empresa de gerar caixa em comparação com as suas despesas, melhor é a sua capacidade de realizar pagamentos. Assim, quanto mais estável o fluxo de caixa, menor o risco de inadimplências. 
Para confirmar essa ideia Bernardes, Reis e Horita (2009), afirma que risco é a possibilidade de não recebimento de uma venda realizada a prazo, ou seja, diminuição nos lucros e perda financeira. Por isso, é necessário que a organização implante medidas de forma que seu nível de inadimplência seja reduzido.
Segundo Blatt (1999) há várias formas de se medir o risco, como por exemplo:
a duração de tempo num negócio: é quando a empresa oferece um tempo muito maior para o cliente pagar sua dívida; 
o pagamento lento: que é quando o cliente paga em prestações;
o não pagamento. 
Já Assaf Neto (2007) diz que a avaliação do risco de inadimplência é feita através de índices financeiros com base no fluxo de caixa da empresa e a sua capacidade de cobrir juros. Essa avaliação também pode ser feita através de uma instituição de rating, que são agências de classificação de risco sobre a qualidade de crédito, como “S&P – Standart and Poor’s” e a “Moody’s", que são empresas classificadoras de risco de inadimplência com atuação no mercado mundial. Esse tipo de instituição tem a função de classificar as obrigações da empresa e assim medir o risco de inadimplência da mesma. 
Mas, na falta de uma norma para classificar os riscos de empresa, cada organização pode e deve adotar aquela que melhor se adequar na instituição.
Conhecendo o risco que se pode ter na organização é possível traçar formas de se evitar e diminuir o nível de inadimplência. De acordo com Mariani (2008) as estratégias de gestão do risco devem estar sempre atualizadas, pois as organizações precisam estar preparadas para qualquer mudança no cenário econômico.Ainda de acordo com Mariani (2008) para uma melhor avaliação do risco dentro das organizações, é preciso que se leve em conta as experiências passadas e o ambiente envolvido para que a melhor decisão seja tomada.
Inadimplência
Segundo Gundin e Detoni (2015) a inadimplência significa o não pagamento de uma obrigação dentro do prazo de vencimento anteriormente estabelecido. Sendo assim inadimplente é o consumidor que não efetuou o pagamento das suas obrigações. 
O nível de inadimplência no Brasil segundo a Revista Exame (2017) é alto, representando 39% da população com idade entre 18 e 95 anos. O que se confirma segundo o Portal G1(2017), que diz que o nível de inadimplência no primeiro trimestre no Brasil cresceu 39,36%, significando 59,2 milhões de consumidores.
Segundo o Fiorentini (2009) consultora do SEBRAE, há alguns fatores que levam o consumidor à inadimplência, como por exemplo: 
dificuldades financeiras pessoais;
desemprego;
falta de controle financeiro;
redução de renda;
má fé;
atraso de salário.
Ainda de acordo com a autora, é possível que as empresas usem estratégias para se evitar a inadimplência, como por exemplo, exigir documentos pessoais no momento da compra, consultar o SPC, utilizar como forma de pagamento cartões de crédito ou débito, fazer sempre a atualização dos clientes antigos.
Quando o índice de inadimplência de uma empresa é alto, ela corre o risco de não arcar com seus próprios compromissos, podendo chegar à falência. A saída é buscar estratégias para ter um menor número possível de inadimplentes, para não colocar em risco o futuro do seu negócio.
METODOLOGIA 
Previamente realizamos uma pesquisa bibliográfica, para aprimorarmos o conhecimento sobre a política de crédito, com o intuito de elaborar um referencial teórico de qualidade, adquirindo mais suporte para abordar o tema, com maior clareza e com melhor entendimento. Segundo Andrade “todo trabalho científico pressupõe uma pesquisa bibliográfica preliminar”.
A forma de abordagem usada foi a pesquisa descritiva-qualitativa, por retratar as aplicações da política de crédito na AESG (Associação dos estudantes de São Gotardo). Conforme Mattar (1944), para realizar uma pesquisa descritiva é necessário ter intimidade com o assunto a ser estudado e pesquisado e, além disso, saber quais serão seus objetivos com o estudo. Ventura (2007) justifica o uso deste tipo de pesquisa, por ela explicar a razão e o porquê das coisas, esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade. 
Para realizar este estudo, analisamos o setor financeiro da AESG (Associação dos estudantes de São Gotardo), coletamos por meio de entrevista informal os primeiros dados necessários para conhecermos a empresa e no decorrer da análise o proprietário nos forneceu alguns documentos do banco, onde ele realiza o controle dos carnês de seus clientes, para podermos identificar a real situação da saúde financeira da AESG. 
Para cálculo de inadimplência foi utilizada a seguinte fórmula:
Inadimplência = Total de débitos pendentes do período/ Total de débitos emitidos no período. 
Segundo o proprietário Alaelso Xavier, o seu interesse por ônibus começou na infância ao ver seu pai trabalhando. Anos mais tarde, ele comprou uma linha de ônibus que transportava trabalhadores rurais para realizarem colheitas. Mais tarde passou a fazer a rota de transporte de São Gotardo ao distrito de Guarda dos Ferreiros. No ano de 2015 ele entrou na disputa da licitação pela rota de transportar os alunos de São Gotardo para a Universidade Federal de Viçosa, em Rio Paranaíba. Assim, neste mesmo ano a comissão de alunos optou pelos seus serviços, que até então, está em vigor. 
RESULTADOS
5.1. Análise Geral de Inadimplência 
De acordo com os dados apresentados na Tabela 1 e Tabela 2, que mostram os valores do faturamento da empresa juntamente com os valores não recebidos em cada mês dos anos de 2015 e 2016, foram analisados o nível de inadimplência dos mesmos na empresa AESG. É possível notar que o nível de insolvência obteve uma pequena redução de um ano para outro, passando de 3,78%, para 3,61%.
	
	2015
	Mês 
	Faturamento
	Não recebidos
	Inadimplência
	Março 
	 R$ 20.074,25 
	 R$ 725,45 
	3,61%
	Abril
	 R$ 27.537,05 
	 R$ 1.022,26 
	3,71%
	Maio
	 R$ 25.967,06 
	 R$ 1.024,23 
	3,94%
	Junho/ Julho
	 R$ 31.688,63 
	 R$ 1.116,87 
	3,52%
	Agosto 
	 R$ 36.235,00 
	 R$ 1.175,00 
	3,24%
	Setembro 
	 R$ 29.295,46 
	 R$ 1.127,28 
	3,85%
	Outubro 
	 R$ 27.899,00 
	 R$ 1.084,62 
	3,89%
	Novembro/ Dezembro 
	 R$ 22.924,64 
	 R$ 1.105,00 
	4,82%
	Total 
	 R$ 221.621,09 
	 R$ 8.380,71 
	3,78%
	
	43 alunos devedores 
	
Tabela 1: Análise da empresa no ano de 2015.
Fonte: Elaboração própria.
	
	2016
	Mês
	Faturamento
	Não recebidos
	Inadimplência
	Março
	R$ 28.378,10
	R$ 1.056,75
	3,72%
	Abril
	R$ 35.284,87
	R$ 1.242,00
	3,52%
	Maio
	R$ 33.792,62
	R$ 1.140,32
	3,37%
	Junho/ Julho
	R$ 39.249,92
	R$ 1.224,40
	3,12%
	Agosto
	R$ 43.850,00
	R$ 1.296,24
	2,96%
	Setembro
	R$ 36.820,46
	R$ 1.442,57
	3,92%
	Outubro
	R$ 35.239,00
	R$ 1.512,94
	4,29%
	Novembro/Dezembro
	R$ 30.173,64
	R$ 1.297,67
	4,30%
	Total
	R$ 282.788,61
	R$ 10.212,89
	3,61%
	
	28 alunos devedores
	
Tabela 2: Análise da empresa no ano de 2015.
Fonte: Elaboração própria.
Análise Geral da Empresa 
A Tabela 3 mostra que os custos e despesas incorridos ao longo dos dois anos analisados. A partir dos valores exibidos é possível avaliar a situação econômica e financeira da empresa, que será exposta na Tabela 4.
	Custos e Despesas
	2015
	2016
	Salário
	R$ 3.600,00 x 9 = R$ 32.400,00
	R$ 4.000,00 x 9 = R$ 36.000,00
	Secretária
	R$ 500,00 x 9 = R$ 4500,00
	R$ 600,00 x 9 = R$ 5.400,00
	Contador
	R$1000,00 x 9 = R$ 9.000,00
	R$ 1100,00 x 9 = R$ 9.900,00
	Combustível 
	R$ 15.200,00 x 9 = R$ 136.800,00
	R$16.500,00 x 9 = R$ 148.500,00
	Impostos com funcionários
	R$ 800,00 
	R$ 1.000,00 
	Acerto
	R$ 10.000,00 
	R$ 10.400,00 
	Manutenção e peças 
	R$ 4.000,00
	R$ 10.000,00 
	Total
	R$ 197.500,00
	R$ 221.200,00
Tabela 3: Análise Geral da Empresa
Fonte: Proprietário da Empresa
	DRE
	2015
	2016
	RECEITA
	
	
	 Faturamento
	 R$ 221.621,09 
	R$ 282.788,61
	(-) CUSTOS E DESPESAS
	
	
	 Salário
	R$ 32.400,00
	R$ 36.000,00
	 Secretária
	R$ 4500,00
	R$ 5.400,00
	 Contador
	R$ 9.000,00
	R$ 9.900,00
	 Combustível 
	R$ 136.800,00
	R$ 148.500,00
	 Acerto
	R$ 10.000,00 
	R$ 10.400,00 
	 Manutenção e peças 
	R$ 4.000,00
	R$ 10.000,00 
	(=) LAIR
	R$ 24.921,09
	R$ 62.588,61
	 (-) Impostos
	R$ 800,00 
	R$ 1.000,00 
	(=) LUCRO LÍQUIDO
	R$ 24.121,09
	R$ 61.588,61
Tabela 4: DRE 
Fonte: Elaboração própria.
	Analisando a Tabela 4, é possível observar que mesmo com o nível de inadimplência da empresa não se alterando consideravelmente, o lucro líquido da empresa aumentou significativamente de 2015 para 2016. Esse aumento se deve principalmente ao fato de o valor das mensalidades dos alunos ter aumentado em R$ 30,00 por mês de um ano para o outro, e também a ingressão de novos alunos associados. 
Principais Fatores que Influenciam a Inadimplência
Como já citado anteriormente, há vários fatores que influenciam a inadimplência, como por exemplo: dificuldades financeiras pessoais, desemprego, falta de controle financeiro, redução de renda, má fé, atraso de salário. A crise financeira do país em 2015 fez com que o Brasil perdesse o selo de bom pagador, influenciado pelo desemprego que saiude 6,5% em 2014 para quase 9% em 2015 (FOLHA DE SÃO PAULO, 2015).
	A maioria dos associados da empresa pertence ao público jovem, em contrapartida muitos não trabalham ou não possuem controle sobre seus gastos, deixando o pagamento do ônibus em última opção. Em algumas situações, muitos associados agem de má fé e deixam de pagar o ônibus, pois não irão mais utilizá-lo em função da formatura ou da desistência do curso.
Análise da Inadimplência em 2015
O ano de 2015 foi o primeiro de atuação da empresa de transporte universitário, a inexperiência do proprietário e uma nova comissão de estudantes fizeram com que a empresa tivesse altos níveis de inadimplência ao longo do período analisado. Os principais meses que demonstram menor índice de pagamento são os do último quadrimestre, sendo mais acentuado nos meses de novembro e dezembro. Como pode ser observado no gráfico abaixo:
Análise da Inadimplência em 2016
Apesar de a inadimplência ter reduzido em 2016, o último quadrimestre também apresenta um alto índice de insolvência. Mesmo estando no segundo ano de atuação a empresa ainda não conseguiu adotar medidas eficazes que controlassem seus valores não recebidos. O gráfico mostra que ao fim do ano as dívidas dos alunos sobressaem diante dos demais períodos, provavelmente em decorrência da formatura, desistência de alunos e outros motivos. 
Medidas de Redução de Inadimplência
Atualmente, a AESG não utiliza nenhum método efetivo de cobrança. O tópico tem como objetivo sugerir algumas medidas a serem tomadas para mudar essa realidade. 
Inicialmente a empresa poderia formular contratos individuais, com registro em cartório, já que hoje apenas membros da comissão assinam o contrato e respondem pelos demais, porém isso não garante pagamento. Outra medida a ser adotada é gerar boletos com possibilidade de protesto, que após 15 dias serão protestados causando a obrigatoriedade da quitação da dívida ou do contrário o nome do devedor será inserido no SPC/SERASA.
Outra sugestão de redução do não pagamento seria colocar uma cláusula no contrato individual informando que após o terceiro mês da dívida com a empresa, o aluno será desvinculado da associação, impossibilitando a utilização do transporte. 
CONCLUSÃO
O propósito desse trabalho foi verificar o nível de inadimplência da empresa AESG, bem como analisar sua situação econômica e financeira no período de 2015 a 2016, citando os possíveis ou principais fatos que ocasionaram a falta de pagamento e detectando as medidas utilizadas pela empresa para diminuir essa inadimplência.
Diante dos resultados encontrados, foi possível verificar que seu nível de inadimplência não diminuiu significativamente de um ano para o outro, se mantendo praticamente o mesmo. Os possíveis fatos que ocasionaram essa falta de pagamento são a desistência de alunos, formatura, desemprego, má fé, dentre outros já citados. Foi visto que a empresa não possui métodos efetivos de cobrança e sugerimos mudanças na emissão de boletos e um novo modelo de documento contratual.
É válido ressaltar que mesmo com o nível de inadimplência da empresa, esta aumentou seu lucro líquido anual consideravelmente, se justificando pela elevação de alunos associados e do aumento do valor cobrado mensalmente. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CNT. Crise afeta setor de transporte, mas há otimismo moderado para 2017: CNT divulga Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2016. Disponível em: <http://www.cnt.org.br/Imprensa/noticia/crise-afeta-setor-de-transporte-mas-ha-otimismo-moderado-para-2017>. Acesso em: 23 maio 2017.
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GUNDIN, Viviane da Silva; DETONI, Dimas José. Análise da inadimplência na empresa Fisio Vida da cidade de Corbélia – PR: um estudo no caixa da atividade de serviços odontológicos. 2015. Disponível em: <http://www.univel.br/sites/default/files/conteudo-relacionado/analise_da_inadimplencia_na_empresa_fisio_vida_da_cidade_de_corbelia_-_pr.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2017.
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