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Introdução à Economia: Definição e Problema Fundamental

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Aula 1
1.1. Definição e Problema Econômico Fundamental
Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas.
Não é uma ciência exata, pois suas leis ou proposições não estão sujeitas a verificações em laboratórios.
A Economia estuda a relação que os homens têm entre si na produção dos bens e serviços necessários à satisfação dos desejos da sociedade.
Ocorre que as necessidades humanas são ilimitadas, ou seja, nunca está satisfeito com o que tem e sempre quer mais coisas.
Por outro lado, os fatores de produção (terra, recursos naturais, mão-de-obra, quantidade de máquinas, etc) que a sociedade conta para efetuar a fabricação de bens e serviços são limitados. 
Logo, há uma contradição: necessidades da sociedade ilimitados versus recursos ou fatores de produção limitados.
Baseado nessa contradição, a sociedade precisa fazer escolhas sobre quais bens deverão ser produzidos (nada é de graça). 
Da mesma forma que o cidadão comum, contando com um determinado salário, não pode consumir todos os bens e serviços que deseja. Essa restrição sobre o consumo é chamada de restrição orçamentária. Então, eles devem escolher quais dos bens e serviços poderão adquirir e que estejam ao alcance de sua renda, orçamento.
Sendo assim, a Economia é definida como a ciência que estuda a alocação ou uso dos recursos escassos. É o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos. 
Então, os economistas estudam como as pessoas tomam decisões: o quanto trabalham, o que compram, quanto poupam e como investem suas economias. Eles também estudam como as pessoas interagem umas com as outras. Ou seja, os economistas examinam como um grande número de compradores e vendedores de um bem determinam, juntos, o preço de um bem. Por fim, os economistas analisam as forças e tendências que afetam a economia como um todo, incluindo o crescimento da renda média, a parcela da população que não consegue encontrar trabalho e a taxa à qual os preços estão subindo (taxa de inflação).
1.2. A Curva de Possibilidades de Produção – CPP
A CPP é um recurso utilizado pelos economistas para ilustrar o problema de escassez.
Suponhamos que uma economia tenha apenas uma empresa que tenha 10 máquinas e 40 trabalhadores e que tenha apenas dois produtos na sua linha de produção: parafuso tipo A e parafuso tipo B. Também, suponhamos que em um certo período de tempo, a empresa não possa comprar mais máquinas e nem contratar trabalhadores adicionais e que não haja nenhuma inovação tecnológica no processo de fabricação do produto.
Assim, os pressupostos são:
os recursos produtivos são fixos ou constantes;
o conhecimento tecnológico é constante;
somente dois produtos são fabricados nessa economia.
O Diretor da empresa encomenda ao engenheiro responsável pelo Departamento de Produção um levantamento de quais são as possibilidades de produção da empresa utilizando-se plenamente e da forma mais eficiente possível todos os fatores de produção da empresa (ou seja, os 40 trabalhadores e as 10 máquinas – todos os trabalhadores e máquinas plenamente utilizados e efetuando-se a produção da forma mais eficiente possível).
O engenheiro, obedecendo tais ordens, faz o seguinte levantamento de produção:
Figura 1
Se todos os recursos produtivos da fábrica fossem utilizados somente para a produção do parafuso A, obter-se-iam 20 unidades do mesmo. Caso se desejasse produzir uma unidade de B, recursos produtivos alocados na fabricação do parafuso A deveriam ser deslocados para B e haveria uma perda de 2 unidades de A. Aumentos sucessivos na produção de B levariam a reduções também sucessivas na fabricação de A até atingir-se um outro ponto-limite: caso todos os fatores fossem utilizados na produção de B, obter-se-iam 5 unidades deste tipo de parafuso.
O seguinte gráfico poderia ser montado para ilustrar as possibilidades de produção contidas na tabela levantada pelo engenheiro, colocando-se no eixo das abscissas (horizontal) a produção de A e no das ordenadas (vertical), a de B:
Figura 2
No gráfico, os pontos de produção são unidos por uma curva (a CPP). 
Algumas constatações podem ser tiradas da análise do gráfico da CPP da empresa:
a produção do parafuso B é mais difícil de ser feita do que a do parafuso A; de fato, a produção máxima possível de B é de 5 unidades enquanto a de A é de 20 unidades;
os pontos da CPP expressam a quantidade máxima possível da produção de um dos bens, dada a produção do outro. Por exemplo, se a empresa desejar produzir 11 unidades do bem A, ela poderá fabricar, no máximo, utilizando todos os fatores de produção da forma mais eficiente possível, 3 unidades do bem B.
um ponto dentro da curva significa uma produção abaixo ou aquém das possibilidades da empresa. Isso seria um ponto ineficiente. Por algum motivo, talvez um alto nível de desemprego, a economia está produzindo menos do que poderia a partir dos recursos disponíveis. Se ela resolver produzir, digamos, 6 unidades de A e 3 unidades de B, alguns dos recursos produtivos ficarão ociosos ou não serão utilizados da forma mais eficiente, já que a empresa poderia perfeitamente aumentar a produção de A para 11 unidades sem ter que diminuir a produção de B.
um ponto fora da curva significa uma produção acima ou além das possibilidades da empresa. Por exemplo, não é possível que ela produza 11 unidades de A e 4 de B, já que o máximo possível de B, quando se fabrica 11 unidades de A, é de 3 unidades. Então, esse ponto mostra que os recursos são escassos, ou seja, a empresa não tem fatores de produção suficientes para sustentar esse nível de produção. Este ponto de produção só poderia ser atingido se houvesse um aumento na quantidade dos fatores de produção ou uma inovação tecnológica, fatos que aumentariam as possibilidades de produção da empresa. No entanto, lembre-se de que ambas as variáveis foram consideradas constantes para traçarmos a curva.
o fato mais importante a ser constatado é de que aumentos na produção de um bem, se a empresa estiver trabalhando em pontos situados na CPP, só poderão ser efetuados à custa de decréscimos na produção de outro.
Diante disso, a CPP ilustra o problema de escassez: os recursos produtivos são limitados e não podem atender à produção de todos os bens e serviços que seriam precisos para satisfazer as necessidades da sociedade. A sociedade, para obter mais do bem A, precisaria sacrificar a produção do bem B e vice-versa.
A quantidade perdida do bem A que a sociedade precisa incorrer para aumentar a produção de B é denominada de custo de oportunidade.
Observamos no exemplo numérico que a quantidade de A que a empresa (ou a sociedade) deve abandonar para obter uma unidade adicional de B é crescente.
Figura 3
O fato de o custo de oportunidade ser crescente faz com que a Curva de Possibilidades de Produção tenha sua concavidade (curvatura) voltada para baixo ou para a origem:
Figura 4
Repare, por exemplo, que se a perda de A para obter-se uma unidade adicional de B fosse sempre igual (constante), tal como na tabela a seguir, a CPP seria representada por uma linha reta:
Figura 5
Os economistas são de opinião que a CPP apresenta a concavidade voltada para baixo, porque o custo de oportunidade de produzir B em termos de A é crescente.
A razão do custo de oportunidade ser crescente é de que, à medida que se deslocam fatores de produção que são adequados à produção de A para a fabricação de B ou vice-versa, estes fatores serão cada vez menos eficientes.
Assim, trabalhadores especializados na produção de A ao serem transferidos para a de B serão bem menos produtivos. Da mesma forma, a terra que é utilizada no cultivo de um produto agrícola não necessariamente presta, com a mesma eficiência, à cultura de outro. Ou seja, a produção adicional de B que se obtém diminuindo a produção de A é decrescente ou cada vez menor. 
1.4. Fatores de ProduçãoA maioria dos economistas classifica os fatores de produção da sociedade em três categorias:
- recursos naturais ou terra
- mão-de-obra ou trabalho (capital humano)
 - capital físico
São considerados recursos naturais somente os elementos da natureza (terra, rios e depósitos minerais) suscetíveis de serem incorporados às atividades econômicas. O volume desses recursos depende, entre outros fatores, da evolução tecnológica (que determina a possibilidade de aproveitamento de matérias-primas e fontes de energia, do avanço da ocupação territorial, das facilidades de transporte). Assim, um recurso mineral numa grande floresta cuja exploração é inviável por não existir um meio de transporte adequado para levá-lo aos grandes centros consumidores não faz parte do estoque de Recursos Naturais (não é fator de produção) da economia.
Embora os recursos naturais sejam importantes, não são necessários para que uma economia seja altamente eficiente na produção de bens e serviços. O Japão, por exemplo, é um dos países mais ricos do mundo, apesar de ter poucos recursos naturais de que necessita, como petróleo, e exporta bens manufaturados para economias ricas em recursos naturais.
É considerada, como fator de produção Trabalho (capital humano), a População Economicamente Ativa (PEA) da sociedade.
A população de um país é constituída pelos seus habitantes. Se da população subtrairmos as pessoas que não estão em idade de trabalhar (os muitos jovens ou muito idosos), chegaremos ao conceito de População Ativa. Se da população ativa computarmos apenas as pessoas que estão procurando emprego no mercado formal de trabalho (excluindo, por exemplo, estudantes e donas de casa), obteremos a População Economicamente Ativa (PEA).
A PEA é constituída por empregados e desempregados. A parcela da PEA que está empregada é denominada de População Ocupada. O quociente entre a parcela desempregada da PEA e o seu total é denominada de taxa de desemprego da economia.
Além disso, o fator capital humano é o termo designado pelos economistas para designar o conhecimento e as habilidades que os trabalhadores adquirem por meio de educação, treinamento e experiência. O capital humano inclui as habilidades adquiridas nos programas de primeira infância, no ensino fundamental e médio, na universidade e no treinamento no emprego para trabalhadores adultos.
O fator de produção Capital ou Capital Físico corresponde ao conjunto dos edifícios, máquinas, equipamentos e instalações que a sociedade dispõe para efetuar a produção. Este conjunto é denominado de estoque de capital físico da economia. Quanto mais bens de capital físico dispuser a economia, mais produtiva ela será e o trabalho será desenvolvido com maior rapidez (ou seja, mais bens e serviços poderá produzir). Então, por exemplo, o trabalhador que tenha apenas ferramentas manuais básicas fabricará menos móveis por semana do que outro que tenha equipamento de marcenaria mais sofisticado e especializado. 
Uma característica importante do capital é ser um fator de produção produzido. Ou seja, o capital é um insumo do processo produtivo que foi, no passado, o produto de outro processo produtivo.
Semelhança entre capital físico e capital humano: assim como o capital físico, o capital humano aumenta a capacidade da nação para produção de bens e serviços. Da mesma forma que o capital físico, o capita humano é um fator de produção produzido, pois produzir capital humano exige insumos sob a forma de professores e bibliotecas.
ADENDO: CUSTO DE OPORTUNIDADE
Como as pessoas enfrentam escolhas, a tomada de decisões exige comparar os custos e os benefícios de possibilidades alternativas de ação. Em muitos casos, contudo, o custo de uma ação não é tão claro quanto pode parecer à primeira vista.
Consideremos, por exemplo, a decisão de ir à faculdade. O benefício é o enriquecimento intelectual e toda uma vida com melhores oportunidades de emprego. Mas, qual é o custo? Para responder a essa pergunta, você talvez sinta-se tentado a somar os gastos que tem com anuidades, livros, moradia e alimentação. Mas, na verdade, esse total não representa aquilo que você sacrifica para passar um ano na faculdade.
Então, o maior custo de cursar a faculdade é o seu tempo. Quando você passa um ano frequentando aulas, lendo livros-texto e fazendo trabalhos, não pode dedicar esse tempo a um emprego. Para a maioria dos estudantes, os salários que deixam de ganhar enquanto estão na faculdade são o maior custo da sua educação.
O custo de oportunidade de um item é qualquer coisa de que se tenha de abrir mão para obter esse tal item. Ao tomarem qualquer decisão, como a de frequentar a faculdade, por exemplo, os tomadores de decisões precisam estar cientes dos custos de oportunidade que acompanham cada ação possível. Atletas universitários que podem ganhar milhões se abandonarem os estudos e se dedicarem ao esporte profissional estão bem cientes de que, para eles, o custo de oportunidade de cursar a faculdade é muito elevado. Não é de surpreender que muitas vezes concluam que o benefício de estudar não compensa o custo de fazê-lo.

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