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aprendizagem teorias clássicas, cognitivas e sociais (1)

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Aprendizagem: Teorias Clássicas, Cognitivas e Sociais
Ana Cristina Troncoso
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A concepção Behaviorista da Aprendizagem
 O homem é concebido como um ser extremamente plástico
 desenvolve suas características em função das condições presentes no meio o individuo é fruto de suas aprendizagens
 propõe-se a explicar os comportamentos observáveis do sujeito
Parte da concepção de ciência empirista metodologia de investigação gira em torno de medir, comparar, testar, experimentar, prever e controlar eventos de modo a explicar o comportamento 
Objetivo construir a “verdadeira” ciência do comportamento. 
 Pressuposto básico: através do controle dos estímulos presentes numa dada situação é possivel controlar totalmente o comportamento emitido pelo sujeito
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A Concepcao Ambientalista (classicamente definida como Teoria da Aprendizagem)
Fizemos urn estudo da motiva~o da crian~ nio reprimida e descobrimos mais do que. podiamos USaf. Nossa tarefa era preservi-la, fortificando a crian~ con· tra 0 desinimo. Introduzimos 0 desinimo tio cuidadosarnente quanto introdu­zimos qualquer situa~o emocional, iniciando ao redor dos seis meses. Alguns dos brinquedos, em nossos cubiculos com ar condicionado, sio projetados para criar perseveran~a. Urn trecho de uma melodia de urna caixa de musica, ou urn padrio de luzes faiscantes, e arranjado de maneira a seguir uma resposta apro­priada, digamos, apertar uma campainha. Mais tarde, a campainha dever' ser apertada duas vezes. I:i possivel construir urn comportamento fantasticamente perseverante sem mostrar frustra~io ou raiva. Pode nio surpreende-Io saber que alguns dos nossos experimentos falharam: a resistencia ao desinimo tor­nou-se quase estupida ou patol6gica. Corre-se alguns riscos em traballlOs des­se tipo, e claro. FelilJllente, podernos reverter 0 processo e restaurar a crian~ ao nivel satisfat6rio (B. F. Skinner, Walden II). 
Como se pode notar no trecho acima, a conce~ao ambientalista atribui urn imenso poder an ambiente no desenvolvimento humano. 0 homem e concebido como urn ser extremamente pUstico, que desenvol­ve suas caracteristicas em fun~ao das condi~Oes presentes no meio em que se encontra. Esta conce~ao deriva da corrente filos6fica denomina­da empirismo, que enfatiza a experiencia sensorial como fonte do conhe­cimento. Ainda segundo 0 empirismo, determinados fatores encontram- 
se associados a outros, de modo que e possfvel, ao se identificar tais associa~oes, controlc1-las pela manipula~ao. 
Na Psicologia, 0 grande defensor da posi~lIo ambientalista e urn norte-americano, B. F. Skinner. A teoria proposta por ele preocupa-se em explicar os comportamentos observc1veis do sujeito, desprezando a anc1lise de outros aspectos da conduta humana como 0 seu raciocfnio, os seus desejos e fantasias, os seus sentimentos. Partindo de uma conce~ao de ciencia que defende a necessidade de medir, comparar, testar, experimentar, preyer e controlar eventos de modo a explicar 0 objeto da investiga~ao, Skinner se propoe a construir uma ciencia do comportamento. 
Na concep~ao do comportamento defendida por Skinner e seus seguidores, 0 papel do ambiente e muito mais importante do que a matu­rar;ao biol6gica. Na verdade, sao os estfmulos presentes numa dada si­tua~ao que levam ao aparecimento de urn determinado comportamento. Como isso ocorre? 
Segundo os ambientalistas (ou comportamentalistas, tambem cha­mados de behavio"ristas, do ingles behavior = comportamento), os indi­vfduos buscam maximizar 0 prazer e minimizar a dor. Manipulando-se os elementos presentes no ambiente - que, por esta razao, sao cham ados de est(mu[os - e possfvel controlar 0 comportamento: fazer com que au­mente ou diminua a freqiiencia com que ele aparece; fazer com que ele desapare~a ou s6 apare~a em situa~oes consideradas adequadas; fazer com que 0 comportamento se refine e aprimore etc. Daf 0 motivo pclo qual se atribui a concep~ao ambientalista uma visao do indivfduo en­quanto ser extremamente reativo a a~ao do meio. 
Mudan~as no comportamento podem ser provocadas de diversas maneiras. Vma delas requer uma anc1lise das conseqiiencias ou resulta­dos que 0 mesmo produz no ambiente. As conseqiiencias positivas sao chamadas de reforr;amento e provocam urn aumento na freqiicncia com que 0 comportamento aparece. Por exemplo, se ap6s arrumar os seus brinquedos (comportamento), a crian~a ouvir elogios de sua mae (conse­qiH~ncia positiva), cIa procurarc1 deixar os brinquedos arrumados mais vezes, porque estabeleceu uma associa~ao entre esse comportamento e aquele da sua mae. Jc1 as conseqiiencias negativas recebem 0 nome de puni~iio e levam a uma diminui~ao na freqiiencia com que certos compor­tamentos ocorrem. Por exemplo, se cada vez que Joao quebrar uma vidra­r;a ao jogar bola (comportamento), ele for obrigado a pagar pelo estrago (conseqiiencia negativa), ele passarc1 a tomar mais cui dado ao jogar, diminuindo os estragos em janelas. 
Quando urn comportamento e absolutamente inadequado e se con­sidera desej<1vel elimin<1-lo totalmente do repert6rio de comportamen­tos de urn certo indivfduo, usa-se 0 procedimento diOO de extin~iio. Nele o objetivo e quebrar 0 elo que se estabeleceu entre 0 comportamento visto como indesej<1vel e determinadas conseqiiencias do mesmo. Para tanto, e preciso que se retire do ambiente as conseqiiencias que 0 man­tern. Por exemplo, quando uma crian~a faz bagun~a em sala de aula para chamar a aten~llo da professora, mas esta nllo d<1 mostras de que notou 0 comportamento dOl crian~a, e prov<1vel que a crian~a pare de fazer bagun­c;a. Este comportamento foi extinto porque deixou de prom over 0 apare­cimento de determinadas conseqiiencias (aten~llo da professora). 
Mais recentemente, outros te6ricos afirmaram que 0 comportamen­to humano tambCm se modifica em fun~llo da obscrva~llo de como agem outras pessoas, que se tomam modelos a serem copiados. Quando os comportamentos dos modelos sao refor~ados, tende-se a imit<1-los e quando sao punidos, procura-se evita-Ios. Observar urn amiguinho chutar a bola de uma certa maneira e fazer gol, possivelmente fara com que a crian~a imite essa forma de chutar para obter 0 mesmo resultado. 
Na visllo ambientalista, a aten~ao de uma pessoa e, portanto, fun~ao das aprendizagens que realizou ao longo da sua vida, em contato com estfmulos que refor~aram ou puniram seus comportamentos anteriores. No entanto, apesar desse acentuado peso dado ill; conseqiiencias que urn certo comportamento acarreta, elas apenas justificam as altera~5es que se observa na freqiiencia de aparecimento do mesmo. 
Quando urn comportamento for associ ado a urn determinado estf­mulo, ele tende a reaparecer qu i 'ldo estivcrem presentes estfmulos semelhantes. Este fen6meno e chao' ,do de generaliza~iio. Quando os estfmulos sao objetos, a cor, a forma e 0 tamanho sao aspectos importan­tes para que haja percep~ao de semelhan~a c generaliza~ao de compona­mentos. Ap6s a. aqutsic;llo da linguagem pela crian~a, as palavras tor­nam-se a base para generaliza~5es. Mas nao s6 isso. Alem de a crian~a aprender a pcrcebcr semelhan~as entre estfmulos e a generalizar com- 
portamentos, ela tarnbem aprende 0 inverso, ou seja, a discriminar estf­mulos a partir das suas diferen~as. Uma crian~a que aprendeu a palavra "cachorro" associando-a a urn animal de quatm patas, pock usa-la, inici­almente, para nomear outms animais de quatro patas, como gatos e coe­Ihos. Rapidarnente, contudo, ela aprende a distinguir as caracterfsticas definidoras de urn cachorro - como 0 latido - e passa a discriminar corretamente as varias especies de animais. 
A aprendizagem, na visao arnbientalista, pode assim ser entendida como 0 processo pelo qual 0 comportamento e modificado como resulta­do da experiencia. Alem das condi~5es ja mencionadas para que a apren­dizagem se de - estabelecimento de associa~5es entre urn estfmulo e uma resposta e entre uma resposta e urn refor~ador -, e importante que se leve em conta 0 estado fisiol6gico e psicol6gico
do organismo. Crian­~as com fome tomam-se apaticas: nao prestam aten~ao aos estfmulos, nao conseguem discrimina-Ios, nao percebem as associa~5es que estes provocam. Como consequencia, nao conseguem aprender. Crian~as pri­vadas de afeto tomam-se excessivamente dependentes da aprova~ao da professora: sao incapazes de tomar iniciativa, por medo de que a sua maneira de comportar-se provoque san~5es e reprimendas. 
Para que a aprendizagem ocorra e preciso, portanto, que se conside­re a natureza dos estfmulos presentes na situa~ao, tipo de resposta que se espera obter e 0 est ado ffsico e psicol6gico do organismo. E ainda impor­tante aquilo que resultara da pr6pria aprendizagem: mais conhecimen­tos, elogios, prestfgio, not as altas etc. 
Na visao ambientalista, a enfase esta em propiciar novas aprendiza­gens, por meio da manipula~ao dos estfmulos que antecedem e sucedem o comportamento. Para tanto, e preciso uma analise rigorosa da forma como os indivfduos atuam em seu ambiente, identificando os estfmulos que provocam 0 aparecimento do comportamento-alvo e as consequen­cias que 0 mantem. A esta analise da-se 0 nome de analise funcional do comportamento. Nela defende-se 0 planejamento das condi~5es ambi­entais para a aprendizagem de determinados comportamentos. 
A introdu~ao de teorias arnbientalistas na sala de aula teve 0 meri­to de chamar a aten~ao dos educadores para a importancia do planeja­mento de ensino. A organiza~ao das condi~5cs para que a aprendizagem ocorra exige clareza a respeito dos objetivos que se quer alcan~ar (obje­tivos instrucionais ou operacionais), a estipula~ da sequencia de ativida­des que levarao ao objetivo proposto e a especifica~ao dos refor~adores que serao utilizados. A concep~ao ambientalista da educa~ao valoriza 0 papel do professor, cuja importancia havia sido minimizada na aborda- 
gem inatista. Coloca em suas m:Ios a responsabilidade de planejar, orga­nizar e executar - com sucesso - as situa~~s de aprendizagem. Para tanto, 0 professor pode fazer uso de v1rios artiffcios para refor~ar posi­tivamente os comportamentos esperados: elogios, notas, diplomas etc., premiando tambem a entrega de li~~s caprichadas e corretas. Zilma
 Para explicar o surgimento de novos comportamentos 
é preciso prestar atenção aos estímulos que provocam o aparecimento do comportamento
 a eliminação de comportamentos tidos como impróprios 
também exige atenção aos estímulos que desencadeiam a conduta tida como inadequada
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Para explicar 0 sur­gimento de novos comportamentos ou daqueles valorizados em uma dada sociedade e preciso prestar aten~ao aos estfmulos que provocam 0 aparecimento do comportamento desejado. De igual modo, a elimina~ao de modos de ser visto como impr6prios tambem exige aten~ao aos estf­mulos que desencadeiam a conduta tida como inadequada. Pode-se, assim, dizer que 0 comportamento e sempre 0 resultado de associa~5es estabelecidas entre algo que provoca (urn estfmulp antecedente) e algo que 0 segue e 0 mantcm (urn estfmulo conseqiiente). Zilma
Associacionismo e as origens do Behaviorismo 
Aristóteles “os itens semelhantes, opostos ou
contíguos tendem a associar-se entre si”
 associacionismo John Locke , século XVII. 
examina como as idéias podem associar-se na mente a fim de resultar em aprendizagem 
A aprendizagem é obtida através da associação mental de fatos ou idéias que ocorrem aproximadamente ao mesmo tempo – contiguidade
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Para discutirmos a aprendizagem do ponto de vista do behaviorismo é interessante nos remetermos inicialmente ao movimento filosófico denominado associacionismo
O associacionismo ganha forças no século XVII e um de seus representantes foi o filósofo inglês John Locke . Esse movimento filosófico examina como os fatos ou as idéias podem associar-se reciprocamente na mente(independentemente da vontade) a fim de resultar em uma for­ma de aprendizagem. O próprio associacionismo foi as­sociado com muitos outros pontos de vista teóricos. Retrocedendo no tempo, seus príncípios podem remon­tar diretamente a empíricos como Locke, que sugeriu que o conhecimento pode ser obtido pela observação de associações como contigüidade (associando coisas que tendem a ocorrer em conjunto, aproximadamente ao mesmo tempo) (se penso em algo e na sequencia penso em outra coisa há probabilidade de que em um momento futuro quando pensar em uma delas a outra apareça na “mente”também) , 
 Avançan­do no tempo, o associacionismo preparou a base para o behaviorismo e para os modelos de cognição fundamen­tados em conexões mentais. 
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 (*) Uma das questões pertinentes à Filosofia era saber a origem do conhecimento.
Assim o homem, na tentativa de explicar essa epistemologia, falava que nada poderia
ser conhecido sem que antes passasse pelo mundo dos sentidos.
Desse pensamento filosófico provém o princípio de que as idéias complexas
derivam da associação de idéias mais simples. Essa teoria ficou conhecida como
Associacionismo.
Apesar do Estruturalismo ser considerado a primeira escola psicológica, o
Associacionismo, em sua tradição e desenvolvimento histórico, teve papel de influência
ao Estruturalismo, principalmente no que tange a metodologia.
Dentre os associacionistas, destacam-se três mais importantes:
- Hermann Ebbinghaus: que estudava a formação de associações, controlando as
condições que a formavam e realizando ao mesmo tempo um estudo da aprendizagem;
- Ivan P. Pavlov: fisiologista russo iniciador da análise experimental sistemática
do comportamento e dedicado ao estudo da análise experimental sistemática do
comportamento e da atividade nervosa superior.
- Edward L. Thorndike: via o aprendizado como um resultado das associações de idéias formadas entre estímulo
e resposta e indo das mais simples às mais complexas.
A proposta associacionista vem de séculos antes aos fidedignos representantes
associacionistas, quando Aristóteles propusera que “os itens semelhantes, opostos ou
contíguos tendem a associar-se entre si”. 
Embasados nisso, os empiristas britânicos adicionaram o conceito de
causalidade. Hume foi quem esmiuçou mais o tema. Ele achava que o princípio de causa
e efeito estava bastante ligado ao de contigüidade, pois só se concretizaria se a causa
fosse contígua ao efeito.
O princípio de causa e efeito é oriundo da filosofia, o próprio “Penso, logo
existo” e a dedução racional dos fenômenos do mundo e seus efeitos proposta por
Descartes são exemplos. O princípio de contigüidade fala que se uma idéia foi seguida
de uma outra, previamente, a tendência será para que conduza novamente à idéias	
contígua (HOBBES). internet
 Condicionamento clássico, comportamento eliciado, comportamento reflexo ou respondente
Habituação
Sensibilização
Veremos a seguir o condicionamento clássico de Pavlov, também denominado decondicionamento clássico, comportamento eliciado, comportamento reflexo ou respondente
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Condicionamento Clássico
 Ivan Pavlov (1849-1936)
As experiências de Pavlov com cães são o exemplo clássico da aprendizagem por associação 
cães salivavam quando as glândulas salivares se punham em contato com a carne resposta incondicionada. 
Posteriormente os cães passaram também a salivar apenas por verem o experimentador resposta condicionada 
Pavlov essa aprendizagem era devida a uma associação de estímulos. 
Comprovou esta hipótese com uma série de experimentos em que associou 
Estímulo Neutro som de uma campainha com um estímulo incondicionado carne
Após algumas associações, o som da campainha tornou-se num estímulo condicionado, pois a sua presença elicia a salivação (agora resposta condicionada.)
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 Na Rússia, o fisiologista Ivan Pavlov (1849-1936), vencedor do Prêmio Nobel, estudou o comportamento de aprendizagem involuntária em resposta a eventos externos. É cl’’assico seu experimento com cães. Os cães salivavam em
resposta à visão do técnico de laboratório que os alimentava, antes mesmo que eles vissem se o técnico tinha alimento. Para Pavlov, essa reação indicava uma forma de aprendizagem, denominada de aprendizagem condicionada, sobre a qual os cães não tinham controle consciente (Pavlov, 1955). Os trabalhos de Pavlov abriram caminho para o desenvolvimento do enfoque teorico e experimental denominado de behaviorismo
Ivan Petrovich Pavlov (língua russa: Иван Петрович Павлов) (14 de Setembro de 1849 - 27 de Fevereiro de 1936) foi um fisiólogo russo premiado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1904 por suas descobertas sobre os processos digestivos de animais. Ivan Pavlov veio no entanto entra para a história por sua pesquisa em um campo que se apresentou a ele quase que por acaso: o papel do condicionamento na psicologia do comportamento.
Na década de 1920, ao estudar a produção de saliva em cães expostos a diversos tipos de estímulos palatares, Pavlov percebeu que com o tempo a salivação passava a ocorrer diante de situações e estímulos que anteriormente não causavam tal comportamento (como por exemplo o som dos passos de seu assistente ou a apresentação da tigela de alimento). Curioso, realizou experimentos em situações controladas de laboratório e, com base nessas observações, teorizou e enunciou o mecanismo do condicionamento clássico.
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(**) 
Um pesquisador associacionista influente foi o fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936)
As famosas experiências de Pavlov com cães são o exemplo clássico da aprendizagem por associação 
Pavlov observou que os cães salivavam quando as glândulas 
salivares se punham em contacto com a carne, o que classificou de reação 
incondicionada. Posteriormente os cães passaram também a salivar apenas por verem a 
carne. Esta reação foi classificada como resposta condicionada, que teria sido aprendida. 
Pavlov pensou que tal aprendizagem ocorria devido a uma associação de estímulos. 
Comprovou esta hipótese com uma série de experiências em que tentou associar um
Estímulo Neutro (ou seja, que não provocava qualquer resposta), o som duma 
campainha, com um estímulo incondicionado (carne, que provocava a resposta 
incondicionada da salivação). Após algumas associações, o som da campainha tornou-
se num estímulo condicionado, pois à sua presença, os cães reagiam com a salivação, 
agora resposta condicionada. 
Então o condicionamento clássico é um tipo de aprendizagem em que um
organismo aprende a transferir uma resposta natural perante um estímulo, para outro 
estímulo inicialmente neutro, que depois se converte em condicionado. Este processo 
dá-se através da associação entre os dois estímulos (incondicionado e neutro)
Condicionamento Clássico
 o condicionamento clássico é um tipo de aprendizagem em que um
organismo aprende a transferir uma resposta natural perante um estímulo, para outro estímulo inicialmente neutro, que depois se converte em condicionado.
 Este processo dá-se através da associação entre os dois estímulos (incondicionado e neutro)
 
Os trabalhos de Pavlov abriram caminho para o desenvolvimento da abordagem psicológica behaviorista
Condicionamento Clássico
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Condicionamento Clássico
FIGURA 5.1
Aparelho de Pavlov para condicionar um cão de modo clássico. O cientista se senta atrás de um espelho de visão unilateral e acompanha a apresentação do estímulo condicionado (um toque aplicado à perna) e do estímulo não-condicionado (a comida). O tubo vai das glândulas salivares do cão até um pequeno frasco, no qual as gotas de saliva são coletadas para medir a intensidade da resposta. Morris e maisto, 2004
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Habituação e Sensibilização
Figura 1. Três tipos de aprendizagem implícita. A habituação, a sensibilização e o 
condicionamento clássico . 
... No condicionamento clássico, um animal aprende a responder a um 
estímulo neutro da mesma maneira como responderia a um estímulo efetivo, 
ameaçador ou negativo. Ou seja, ele forma uma associação entre o estímulo neu- 
tro e o estímulo negativo. Na habituação e na sensibilização, um animal aprende 
a responder a um tipo de estímulo sem associá-Io com qualquer outro estímulo. 
...
Através da habituação, a forma mais simples de aprendizagem, um animal 
aprende a reconhecer um estímulo inofensivo. Quando percebe um barulho repentino, ele responde, de início, com uma série de mudanças defensivas no seu 
sistema nervoso autônomo, incluindo a dilatação das pupilas e o aumento na fre- 
quência respiratória e dos batimentos cardíacos (figura 1). Se o barulho é repetido 
várias vezes, o animal aprende que o estímulo pode ser ignorado com segurança. 
As pupilas do animal não se dilatam mais e sua frequência cardíaca já não aumenta 
mediante a apresentação do estímulo. Se este é removido durante certo período 
de tempo e então apresentado novamente, o animal voltará a responder a ele. 
A habituação torna possível que as pessoas trabalhem com eficiência num 
ambiente ruidoso. Acostumamo-nos com o som do relógio no escritório e 
também com nossos próprios batimentos cardíacos, movimentos do estômago 
e outras sensações corporais. Essas sensações, então, raramente entram em 
nossa consciência e apenas o fazem sob circunstâncias especiais. Nesse sentido, 
a habituação nos ensina a reconhecer estímulos recorrentes que podem ser 
ignorados com segurança. 
A habituação também elimina respostas defensivas inadequadas ou exagera- 
das. Isso é ilustrado na seguinte fábula (com um pedido de desculpas a Esopo): Uma raposa que até então nunca tinha visto uma tartaruga ficou tão assustada ao 
se encontrar com uma pela primeira vez na floresta que quase morreu. Ao se 
encontrar com a tartaruga pela segunda vez, ainda ficou bastante alarmada, mas 
não tanto quanto da primeira. Ao ver a tartaruga pela terceira vez, a raposa já 
demonstrava uma coragem tão grande que ela se aproximou da tartaruga e corn-. 
çou a conversar com ela. 
A eliminação de respostas que não servem a um propósito- útil permite 
que o comportamento de um animal adquira foco. Animais imaturos quase 
sempre mostram respostas de fuga a uma variedade de estímulos não ameaça- 
dores. Uma vez que eles se habituem a esses estímulos, passam a se concentrar 
em estímulos novos ou associados ao prazer e ao perigo. A habituação é, por- 
tanto, importante na organização da percepção. 
A habituação não se restringe às respostas de fuga: a frequênc:ia de respos- 
tas sexuais também pode ser diminuída através da habituação. Se tiver livre 
acesso a uma fêmea receptiva, um rato macho copulará seis ou sete vezes ao 
longo do período de uma ou duas horas. Depois disso, ele parece ficar sexual- 
mente esgotado e torna-se inativo por trinta minutos ou mais. Isso se deve à 
habituação sexual, e não à fadiga. Um macho aparentemente exausto voltará 
prontamente a copular se uma nova fêmea for colocada à sua disposição. 
Devido à sua simplicidade como um meio de se testar o reconbecimento de 
objetos familiares, a habituação é um dos métodos mais eficientes para se estudar 
o desenvolvimento da percepção visual e da memória nos bebês. Os bebês res- 
pondem de forma característica a uma imagem nova, apresentando dilatação das 
pupilas e aumento nas frequências respiratória e cardíaca. No entanto, se a 
mesma imagem for repetidamente exposta a eles, deixarão de responder a esse 
estímulo. Desse modo, um bebê a quem se mostrou repetidamente um círculo 
passará a ignorá-lo. Mas se, então, mostrarmos a ele um quadrado, suas pupilas 
se dilatarão novamente e sua frequência respiratória e cardíaca aumentará, indi- 
cando que ele é capaz de distinguir entre as duas imagens. 
…
A sensibilização é a imagem espelhada da habituação. Em vez de ensinar 
um animal a ignorar um estímulo, a sensibilização é uma forma de medo 
aprendido: ela ensina o animal a prestar atenção e a responder mais vigorosa- 
mente a quase todo estímulo, depois de ter sido submetido
a um estímulo 
ameaçador. Assim, imediatamente depois de um choque ter sido aplicado à 
pata de um animal, por exemplo, ele exibirá respostas exageradas de retirada e 
de fuga ao som de um sino, de uma campainha ou a um estímulo tátil suave. , 
Da mesma forma que a habituação, a sensibilização é comum nos huma- 
nos. Após ouvir o disparo de uma arma de fogo, a pessoa mostrará uma res- 
posta exagerada e se assustará ao ouvir o som de uma campainha ou sentir um 
toque em seu ombro. Konrad Lorenz descreve em detalhes o valor de sobrevi- ' 
vência dessa forma aprendida de vigilância até para os animais simples: "Uma 
minhoca que acaba de escapar de ser devorada por um melro [ ... ] fará bem em 
responder com um limiar consideravelmente mais baixo a estímulos seme- 
lhantes, uma vez que é quase certo que o pássaro ainda estará por perto durante 
os próximos segundos". 
...
 condicionamento clássico aversivo
Essa forma de condicionamento clássico ensina um animal a associar 
um estímulo desagradável, como um choque elétrico, com outrp estímulo que 
geralmente não provoca nenhuma resposta. O estímulo neutro deve sempre 
preceder o estímulo aversivo e, consequentemente, passará a prenunciá-Io. Por 
exemplo, Pavlov usou um choque aplicado à pata de um cachorro como estí- 
mulo aversivo. O choque fazia o animal levantar e retirar a pata, numa resposta 
de medo. Pavlov descobriu que, depois de diversas tentativas em que ele pa- 
reava o choque com o barulho de um sino - primeiro fazendo soar o sino e 
então administrando o choque -, o cão retirava a pata sempre que o sino 
tocava, ainda que nenhum choque seguisse esse estímulo. Assim, o condicio- 
namento clássico aversivo configura uma forma associativa de medo apren- 
dido . 
O condicionamento clássico aversivo assemelha-se à sensibilização no 
sentido de que a atividade num caminho sensorial acentua a atividade num 
outro caminho, mas difere dela em dois aspectos. Primeiro, no condiciona- 
mento clássico forma-se uma associação entre um par de estímulos que ocor- 
rem em rápida sequência. Segundo, o condicionamento clássico acentua as 
respostas defensivas de um animal apenas para o estímulo neutro, e não para 
os estímulos ambientais em geral, como ocorre na sensibilização. 
Kandel, E. Em Busca da Memória
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O Reflexo (Conditioned Reflexes , Pavlov)
A relação entre um evento ambiental (estímulo) e uma mudança resultante no comportamento (resposta) tem sido denominada de reflexo
A aplicação da terminologia reflexo utilizada para o comportamento foi introduzida por René Descartes
 aparelhos hidráulicos dos jardins reais da França movido por alavancas 
 similaridade com o comportamento humano
 o comportamento é causado por eventos ambientais
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4.	Comportamento Eliciado e Comportamento Emitido
sessão A - O Reflexo: eliciação
...A relação entre um evento ambiental - um estimulo e uma mudança resultante no comportamento - uma resposta, tem sido denominada de reflexo. A aplicação da terminologia reflexo para o comportamento tem uma história que começa com René Descartes, um filosofo francês do séc. XVII. Descartes estava familiarizado com os aparelhos hidráulicos construídos para entreter os visitantes nos jardins reais da França. Quando alguém pisava em uma alavanca escondida, disparava um fluxo de água que movimentava as estátuas. Descartes viu uma similaridade entre tais dispositivos e o comportamento...
Para nossos propósitos, a parte mais ipte do conceito de reflexo, como formulado por Descartes, é que o termo incorporava a noção de que o comportamento, as vezes , é causado por eventos ambientais, como quando retiramos rapidamente a mão ao tocar uma chama
 fisiologistas mecanismo das relações comportamentais
 mecanismos do arco reflexo
 rota desde impacto sensorial do estimulo sistema nervoso central sistema muscular ou glandular
Watson (1919) e Pavlov ( 1927) reflexo unidade básica do comportamento 
extensão do joelho produzida por uma batida no tendão patelar; salivação produzida por alimento na boca
 
 tem em comum: estímulo produz seguramente uma resposta 
 o estímulo elicia uma resposta
“O reflexo não é o estimulo nem a resposta, é a relação entre ambos” (Skinner, 1931).
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Eventualmente os fisiologistas voltaram sua atenção para o mecanismo de tais relações comportamentais e começaram a explorar os mecanismos do arco reflexo,a rota desde o impacto sensorial original do estimulo através do sistema nervoso central e a volta ao sistema muscular ou glandular. As análises do reflexo tornaram-se mais e mais sofisticadas e tornaram-se a unidade básica do comportamento nos conceitos de reflexo condicionado de Pavlov ( 1927) e Watson (1919). Muitos outros são familiares: a extensão do joelho produzida por uma batida no tendão patelar; salivação produzida por alimento na boca. Tais ex, tem em comum a característica de que algum estimulo produz seguramente uma resposta. Essa é a propriedade que define o reflexo. Nessas circunstancias dizemos qie o estímulo elicia uma resposta ou a resposta é eliciada pelo estímulo ou o estimulo é um estimulo eliciador e a resposta é uma resposta eliciada. 
O reflexo não é o estimulo nem a resposta, é a relação entre ambos (Skinner, 1931). Por ex, não podemos falar de reflexo se disparamos fogos de artifício mas não observamos a resposta de sobressalto, também , em si mesma, a resposta de sobressalto não é um reflexo... Cat 61 (este trecho pode tbem ser usado para o tópico teorias).
Behaviorismo
O behaviorismo (Watson,1878-1958)) pode ser considerado uma versão do associacionismo 
 aprendizagem fruto unicamente da associação entre um estímulo e uma resposta observada 
Para o behaviorismo a psicologia deveria tratar apenas do comportamento observável 
 Questões como pensamentos, satisfação, mecanismos mentais, auto–observação, sentimentos e introspecção embora possam pertencer ao domínio da filosofia não devem ser objetos de estudo da psicologia
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o behaviorismo(de Watson, que veremos a seguir) pode ser considerado uma versão extre­ma do associacionismo, focalizando inteiramente a as­sociação entre um estímulo observado e uma resposta observada. o behaviorismo afirma que a ciência da psi­cologia deveria tratar apenas do comportamento obser­vável. De acordo com watson, algumas hipóteses sobre os pensamentos internos e as maneiras de pensar nada mais são do que especulações e, embora possam pertencer ao domínio da filosofia, certamente são inaceitáveis por completo na psicologia.
John Watson 
 (1878-1958)
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O homem geralmente reconhecido como o pai do beha­viorismo é John Watson (1878-1958). 
Nasceu em 1878, na Carolina do Sul
 Em sua autobiografia Watson (1936) relatou poucas memórias agradáveis de sua infância
 Não foi um bom aluno durante sua educação básica
Mencionou ter sido anti-social e ter tido poucos amigos. 
 Watson cursou a pós-graduação na University of Chicago, em filosofia, mudando depois para a psicologia
Foi em seu curso de filosofia que se tornou adepto das idéias associacionistas de Locke
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Nasceu em 1878, na Carolina do Sul. Em sua autobiografia Watson (1936) relatou poucas memórias agradáveis de sua infância. Ele mencionou ser um bom carpinteiro e que as ha­bilidades manuais nunca deixaram de atraí-Io. Embora não se te­nha saído muito bem na escola, em 1894 ingressou na faculdade da Furman University. Mencionou ter sido anti-social, então, e ter tido poucos amigos íntimos. Em verdade, Watson afirmou que, du­rante todo o curso secundário e faculdade, tivera apenas um único real amigo - um professor de química da faculdade. .Depois da faculdade, Watson se inscreveu para trabalho pós­graduado na University of Chicago, iniciando seus estudos no cam­po da filosofia e mudando depois para a psicologia. Ele mudou nporque achou que não tinha jeito para filosofia e afirmou que, em­bora tivesse aproveitado
algo de Locke, não extraíra nada de Kant. Este comentário' é interessante à luz da distinção de Allport, apon­tada no capítulo 1, entre aqueles que adotam a concepção lockeana de homem e os que adotam a concepção kantiana. Os últimos tra­balhos de Watson seguiam claramente a tradição lockeana e, eviden­temente, sua orientação nesse sentido já estava claramente definidana época de sua pós-graduação.	.Watson cursou a University of Chicago de 1899 a 1908. Duran­te essa época ele trabalhou com pessoas eminentes, como, por exem­plo, Dewey e Angell, fez cursos de neurologia e fisiologia e começou a acumular uma considerável quantidade de pesquisa animal. Parte dessas pesquisas referiam-se ao estudo da complexidade crescente de comportamento no rato e o desenvolvimento associado do sistema nervoso central. No ano anterior ao seu doutoramento, teve um es­gotamento emocional e noites de insônia por muitas semanas, umperíodo que Watson descreveu como útil para prepará-Io a aceitar uma grande parte das idéias de Freud (Watson, 1936, pág. 274).- 
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­O trabalho de pós-graduação em Chicago culminou numa dis­sertação sobre Aprendizagem Animal e :relacionou-se com o desenvolvi­mento de uma importante atitude relacionada com o uso de sujeitos humanos:"Em Chicago, comecei pela tentativa -de formular meu último ponto de vista. Nunca quis usar sujeitos humanos. Odiava servir como sujeito. Não gostava das instruções artificiais e austeras dadas aos sujeitos. Eu me sentia desconfortável e agia de maneira artifi­cial. Com animais eu me sentia à vontade. Sentia que, ao estu­dá-los, não estava me afastando da biologia e mantinha meus pés no chão. Sempre mais a idéia se me apresentava: Será que não posso encontrar através de seus comportamentos tudo o que os outros es­tudantes estão descobrindo através do uso de O (sujeitos humanos)?"Watson, 1936, pág. 276“
Watson tornou-se professor titular da John Hopkins University em 1908, onde permaneceu até 1919. Durante sua permanência nessa universidade,desenvolveu suas idéias sobre o behaviorismo
Em 1913 Escreve o manifesto A Psicologia tal Como a Vê um Behaviorista onde defende que a Psicologia deveria ser redefinida como o estudo do comportamento 
divorciou-se em 1919 e casou-se com uma aluna e foi forçado a demitir-se da Hopkins. 
Após sair da Universidade passou ao mundo dos negócios e relatou, "que podia ser tão excitante observar o crescimento de um novo produto quanto observar a curva da aprendizagem...". (Watson, 1936) 
 foi bem sucedido nos negócios
 Suas esperanças de que os instrutores começassem a ensinar psicologia objetiva ao invés do que denominava de “mitologia”, vieram a se realizar nos anos posteriores
Watson postulava a aprendizagem com função única e exclusiva do ambiente, negando as características pessoais 
 
 
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Watson deixou Chicago para tornar-s~ professor titular da John Hopkins University em 1908, onde permaneceu como membro do corpo docente até 1919. Durante sua permanência nessa universi­dade, que foi interrompida por sua convocação para a I Guerra Mundial, Watson desenvolveu suas idiéas sobre o behaviorismo como abordagem à psicologia. Estas idéias, que enfatizaram o estudo do comportamento claramente observável e que excluíam o estudo da auto-observação ou introspecção, foram apresentadas em conferências públicas em 1912 e publicadas em 1914 no livro de Watson, Behavior. Suas idéias foram desenvolvidas posteriormente de modo a incluir o trabalho de Pavlov e podem ser encontradas no seu trabalho mais significativo, o Psychology from the Standpoint of a Behaviorist ( 1919) . Logo após a publicação deste livro, Watson relatou o con­dicionamento de reações emocionais num bebê. O relato do traba­lho com Albert, uma criança de 11 meses de idade, tornou-se um clássico em psicologia.O caso de Albert ilustra o condicionamento de uma reação de medo a um rato, um estímulo que previamente fora neutro à criança. O~. experimentadores Watson e Rayner (1920) descobri­ram que uma pancada de martelo numa barra de aço suspensa pro­duzia uma reação de susto e medo no pequeno Albert. Tomando isto como ponto de partida, eles planejaram testar se poderiam con­dicionar o medo a um animal pela sua apresentação visual enquanto simultaneamente martelavam a barra de aço. No experimento, a barra foi martelada imediatamente atrás da cabeça de Albert no mo­mento em que ele tentasse atingir o rato que lhe tinha sido apre­sentado. Depois de uma série dessas tentativas, Albert desenvol­veu uma reação emocional c()ndicionada. No momento em que ape­nas o rato lhe era mostrado, ele começava a~chorar. Além disso, demonstrou-se que a reação de choro não se generalizou. para a sala, mas generalizou-se para um coelho e para um casaco de pele. Wat­son e Rayner concluíram que muitas fobias são reações emocionais, condicionadas, e criticaram as interpretações psicanalíticas mais com­plexas.Daqui a vinte anos, a menos que suas hipóteses mudem, quando os freudianos vierem a analisar o medo de Albert por seu casaco de p~lo de foca. .. provavelmente elaborarão para ele a narrativa de um sonho cuja análise demonstrará que Albert, aos tr~s anos de idade, tentou brincar com os cabelos púbicos da mãe e foi violenta­mente repreendido por isso. .. Se o analista tiver preparado Albert o suficiente para aceitar tal sonho como eiplicação de suas tend~n­das fóbicas e se o analista tiver autoridade e personalidade para se fazer impor, Albert poderá vir a ficar inteiramente convencido .de que o sonho foi um verdadeiro revelador dos fatores que suscitaram o medoWatson e Rayner, 1920, pág. 14
Watson divorciou-se em 1919, casou-se imediatamente com Rày­ner e foi forçado a demitir:-se de Hopkins. As circunstâncias de sua saída da universidade levaram-no ao mundo dos negócios para o resto da vida. Embora ele já tivesse uma reputação considerável como psicólogo e tivesse sido, em 1915, presidente da American Psycholo­gical Association, foi então forçado a dedicar-se a estudos do poten­cial de vendas para viver. EI~ descobriu, entretanto, "que podia ser tão excitante observar o crescimento de um novo produto quanto observar a curva da aprendizagem de animais e homens". (Watsort, pág. 280) e foi bem sucedido nos negócios. Após 1920, Watson es­creveu alguns artigos populares e publicou seu livro Behaviorism ( 1924), mas sua carreira como experimentador e teórico ~produtivo terminou com sua saída de HopkiQs. Suas esperançàsde que os instrutores começariam a ensinar psicologia objetiva ao invés dé mi­tologia, entretanto, vieram a se r(;:alizar nos anos posteriores.
Os pressupostos básicos de sua teoria são os seguintes: 
o comportamento compõe-se inteiramente de secreções glandulares e movimentos musculares, sendo, portanto, redutível a processos físicos-químicos; 
existe sempre uma resposta a todo e qualquer estímulo; 
os comportamentos mais complexos podem ser entendidos como cadeias de reflexos mais simples; 
os processos conscientes não podem ser estudados cientificamente 
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John Watson desenvolveu sua teoria do comportamento utilizando sujeitos animais e humanos em suas experiências. Seu programa de pesquisa se contrapôs às abordagens introspectivas da psicologia. Entendia a psicologia como a parte das ciências naturais que toma o comportamento como objeto de estudo a ser investigado por meio de estímulos e respostas. Esta formulação corresponde aos critérios epistemológicos do positivismo, que conhecera nos estudos sobre filosofia. (Marx e Hillis, cap. 6). 
Os pressupostos de sua teoria são os seguintes: 
o comportamento compõe-se de elementos de resposta e pode ser analisado em cada átomo de sua constituição; 
o comportamento compõe-se inteiramente de secreções glandulares e movimentos musculares, sendo, portanto, redutível a processos físicos-químicos; 
existe sempre uma resposta a todo e qualquer estímulo; toda a resposta tem alguma espécie de estímulo; 
os comportamentos mais complexos podem ser entendidos como cadeias (redes) de reflexos mais
simples; 
há um grande número de reações aos estímulos que é hereditário, as quais se transformam - por condicionamento - em diferenciações individuais mais complexas; 
os processos conscientes não podem ser estudados cientificamente. 
Condicionamento Clássico já foi demonstrado em quase todas as espécies animais, por ex: aplisias, lulas e aranhas
 
Ex cotidiano: gato começa a ronronar toda vez que escuta o som do abridor de latas em ação
 
 Sabor e cheiro da comida ENC 
 Ronronar RNC
 Som do abridor de latas estímulo neutro que após pareamento com ENC torna-se EC
 Ronronar após pareamento RC 
 
O condicionamento clássico já foi demonstrado em quase todas as espécies de animais, até mesmo em lulas e aranhas (Krasne e Glanzman, 1995). Até mesmo você, sem saber, pode ter aplicado o condiciona­mento clássico a algum de seus animais de estimação. Por exemplo: você deve ter percebido que seu gato começa a ronronar toda vez que escuta o som do abridor de latas em ação. Para um gato, o sabor e o cheiro da comida representam o estímulo não-condicionado para a resposta de ronronar. Mas, ao empa­relhar repetidamente o som do abridor de latas com o fornecimento de comida, você transformou esse som em um estímulo condicionado que dá início a uma resposta condicionada. Morris e maisto
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Condicionamento Clássico
 Se você queimou seu dedo com fosforo no momento em que ouvia uma música porque essa música não faz agora com que você mova a mão bruscamente ?
 Único emparelhamento
 Se o condicionamento ocorresse com base em emparelhamentos únicos, todos os estímulos que normalmente são irrelevantes gerariam algum tipo de resposta condicionada
 em pouco tempo estaríamos dominados por associações aprendidas contraproducentes 
Exceção: aversão condicionada ao sabor único emparelhamento pode ser efetivo
Estabelecendo uma resposta condicionada de modo clássico
Se você queimou seu dedo com fosforo no momento em que ouvia uma música porque essa música não faz agora com que você mova a mão bruscamente como reflexo?
Certos procedimentos facilitam o estabelecimento de uma resposta condicionada de modo clássico. Um desses procedimentos é emparelhar sucessivamente o estímulo não-condicionado com a pista, que final­mente passará a ser o estímulo condicionado. A probabilidade ou a intensidade da resposta condicionada aumenta a cada vez que esses dois estímulos são emparelhados. 
 Ainda bem que, em geral, são necessários repetidos emparelhamentos para que ocorra o condicio­ namento clássico (Schwartz, 1989). Afinal, existem — e sempre existirão — vários estímulos do am­biente onde quer que um estímulo não-condicionado provoque uma resposta não-condicionada; se o condicionamento ocorresse com base em emparelhamentos únicos, todos esses estímulos que normal­mente são irrelevantes gerariam algum tipo de resposta condicionada. Em pouco tempo, estaríamos dominados por associações aprendidas. Pelo fato de ser necessário um determinado número de empa­relhamentos para que se produza uma reação condicionada, em geral somente uma pista consistente -mente relacionada ao estímulo não-condicionado se torna um estímulo condicionado.
 O intervalo entre os emparelhamentos também é importante para estabelecer uma resposta condicio­ nada de modo clássico. Caso os emparelhamentos do EC e do ENC ocorram com um intervalo de tempo muito curto — ou muito longo —, a aprendizagem da associação será mais lenta. Será, ao contrário, mais rápida se o intervalo entre os emparelhamentos for moderado — nem tão longo, nem tão curto. Também é importante que o EC e o ENC raramente ocorram sozinhos — se ocorrerem. O ato de emparelhar o EC e o ENC apenas de vez em quando, chamado de emparelhamento intermitente, reduz tanto a veloci­dade de aprendizagem quanto a intensidade final da resposta aprendida. Morris e maisto, 2004
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Condicionamento Clássico em seres humanos
 Pequeno Albert e Peter
Terapia de dessensibilização (Wolpe, J)
 pensamento que desperta medo é repetidamente emparelhado com um estado muscular que gera uma sensação de calma até que o pensamento que antes era assustador não produza mais ansiedade
condicionamento clássico e o sistema imunológico 
drogas de contenção do sistema imunológico (ENC) pareado com odor ou sabor (EC)
 após vários pareamentos EC contem sozinho a atividade do sistema imulogico (RC) 
 Condicionamento Clássico em seres humanos
O que seria um exemplo de condicionamento clássico em sua própria vida?
 O condicionamento clássico é tão comum em seres humanos como em outros animais. Algumas pessoas aprendem a sentir fobias por meio dele. As fobias são medos intensos e irracionais de coisas ou situações em particular, tais como aranhas, cobras, viajar de avião ou estar em lugares fechados (claustrofobia). No Capítulo l, falamos a respeito do estudo em que John Watson e sua assistente Rosalie Rayner emprega­ram o condicionamento clássico para fazer com que, pouco a pouco, o pequeno Albert, um bebé de um ano de idade, sentisse medo de ratos brancos (Watson e Rayner, 1920). Eles começaram por mostrar a Albert um rato branco, com o qual ele tentava brincar, contente. Porém, toda vez que ele se aproximava do ratinho, os pesquisadores produziam um barulho estridente com uma barra de aço posicionada atrás da cabeça do bebé. Após algumas experiências de emparelhar o rato com o barulho assustador, Albert co­meçou a chorar de medo ao ver o bicho. Por ter sido emparelhado com o estímulo não-condicionado re­presentado pelo barulho estridente, o rato passou a ser um estímulo condicionado para uma reação condicionada de medo.
 Muitos anos depois, a psicóloga Mary Cover Jones demonstrou uma maneira de perder os medos pelo mesmo método (Jones, 1924). Seu paciente, um menino de três anos chamado Peter, também tinha medo de ratos brancos. Jones emparelhou, então, o ato de ver o rato com uma experiência intrinseca­mente agradável — comer doces. Enquanto Peter estava sentado sozinho em uma sala, um rato branco era trazido dentro de uma gaiola e colocado a uma distância suficiente para que o garoto não sentisse medo. Nesse momento, Peter ganhava um monte de doces para comer. Dia após dia, a gaiola era trazida cada vez mais para perto de Peter, que em seguida recebia os doces. Em determinado momento, ele parou de demonstrar medo do rato, mesmo sem ganhar os doces. Por ter sido repetidamente empare­lhado com um estímulo que gerava uma resposta emocional agradável, o rato passou a ser um estímulo condicionado de prazer.
 Mais recentemente, o psiquiatra Joseph Wolpe (1915-1997) adaptou o método de Jones para o trata­ mento de certos tipos de ansiedade (Wolpe, 1973, 1982). Wolpe deduziu que, uma vez que os medos irra­cionais são aprendidos ou condicionados, eles também poderiam ser desaprendidos por meio do condicionamento. Ele percebeu que não é possível ter medo e sentir-se relaxado ao mesmo tempo. Desse modo, se as pessoas pudessem ser ensinadas a relaxar diante de situações de medo e ansiedade, seu nervo­sismo desapareceria. A terapia de dessensibilização de Wolpe começa pelo ensinamento de um sistema de profundo relaxamento muscular. Em seguida, a pessoa elabora uma lista de situações que instigam di­versos graus de medo ou de ansiedade, que vão desde intensamente até pouco assustadoras. Uma pessoa que tenha medo de altura, por exemplo, pode fazer uma lista que se inicie pela situação de ficar à beira de um abismo e termine com a subida de dois degraus de uma escada. Quando está relaxada, a pessoa pri­meiro imagina a situação menos angustiante da lista. Se conseguir se manter relaxada, passa para o item seguinte e assim por diante, até que não sinta nenhuma ansiedade, mesmo quando imaginar a situação mais amedrontadora. Dessa maneira, o condicionamento clássico é empregado para modificar uma reação indesejada:
um pensamento que desperta medo é repetidamente emparelhado com um estado muscular que gera uma sensação de calma até que, finalmente, o pensamento que antes era assustador não produza mais ansiedade.
O condicionamento clássico e o sistema imunológico Em outro exemplo de condicionamento clássico em seres humanos, pesquisadores elaboraram uma nova maneira de tratar distúrbios auto-imunes, os quais fazem com que o sistema imunológico ataque órgãos e tecidos sadios. Embora possam ser emprega­das drogas potentes para conter o sistema imunológico e assim reduzir o impacto do distúrbio auto-imune, tais drogas geralmente produzem efeitos colaterais perigosos e, por isso, precisam ser administradas mode­radamente. Assim, o desafio era encontrar um tratamento que fosse capaz de conter o sistema imunológico sem provocar danos a órgãos vitais. Os pesquisadores descobriram que poderiam empregar estímulos,
x:es neutros, tanto para intensificar quanto para conter a atividade do sistema imunológico (Ader e
l nen, 1975; Hollis, 1997; Markovic, Dimitrijevic e Jankovic, 1993). Vejamos como isso funciona: os pes-
iuisadores utilizam drogas de contenção do sistema imunológico e um EC específico, como um odor ou sabor característico. Depois de alguns poucos emparelhamentos da
droga (ENC) com o odor ou sabor (EC), o EC consegue conter, sozinho, a atividade do sistema imunoló-
gico (RC) sem que ocorra nenhum efeito colateral perigoso! 
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O Condicionamento Clássico é seletivo
por que não adquirimos fobias de praticamente tudo que está emparelhado com o que nos provoca algum mal? Ex: tomadas e martelos
 predisposição
estamos biologicamente predispostos para aprender algumas associações altura, cobras e escuridão
em nosso passado evolutivo, o medo a esses perigos nos forneceu uma vantagem de sobrevivência e a aptidão para criar tais medos pode ter ficado "armazenada" em nossa espécie
O Condicionamento Clássico é seletivo
Porque existe maior probabilidade de pessoas desenvolverem fobias a cobra que a flores?
 Se as pessoas são capazes de desenvolver fobias a partir do condicionamento clássico, como aconteceu c:>m o pequeno Albert, por que não adquirimos fobias de praticamente tudo que está emparelhado com o «rue nos provoca algum mal? Por exemplo: muitas pessoas levam choques em tomadas elétricas, mas çjase ninguém desenvolve fobia a tomadas. Por que isso ocorre? Por que razão os carpinteiros não têm à:>bia dos martelos, já que muitos deles machucaram seus dedos com eles?
 O psicólogo Martin Seligman apresentou uma resposta a essas perguntas. O segredo, diz ele, reside no conceito de predisposição. Algumas coisas imediatamente se tornam estímulos condicionados a reações de medo porque estamos biologicamente predispostos para aprender essas associações. Entre os motivos comuns de fobias estão a altura, as cobras e a escuridão. Isso porque, em nosso passado evolutivo, o medo desses perigos em potencial nos forneceu uma vantagem de sobrevivência, e a aptidão para criar tais medos pode ter ficado "armazenada" em nossa espécie.
 A predisposição também subjaz à aversão condicionada ao sabor, uma associação aprendida entre o sabor de uma determinada comida e uma sensação de náusea e aversão. As aversões condicionadas ao sabor são adquiridas de maneira muito rápida. Geralmente é necessário apenas um emparelhamento de um sabor característico e um subsequente mal-estar para que se desenvolva uma aversão aprendida a tal sabor. Seligman chama essa aversão de "efeito sauce béamaise", porque certa vez ele sentiu uma forte náu->ea depois de comer sauce béamaise e desde então abomina o sabor do molho. Em um estudo, mais da me-Lade dos estudantes universitários pesquisados relatou pelo menos um caso de aversão condicionada ao >abor (Logue, Ophir e Strauss, 1981). A aprendizagem rápida de conexões entre determinados sabores e jma sensação de mal-estar tem benefícios óbvios. Se formos capazes de aprender rapidamente quais co­midas são venenosas e pudermos evitá-las no futuro, aumentamos muito nossas chances de sobrevivên­cia. Outros animais que possuem o sentido do paladar muito desenvolvido, como os ratos e camun­dongos, também desenvolvem com rapidez a aversão condicionada ao sabor, exatamente como acontece ;om os seres humanos.
 Mesmo sabendo que o emparelhamento de uma certa comida com a náusea não é a causa do mal- estar, não deixamos de desenvolver a aversão. Seligman, por exemplo, sabia que sua náusea decorria de uma gripe estomacal, e não de algo que ele comeu, mas adquiriu aversão a sauce béamaise mesmo assim. De maneira semelhante, é comum que pacientes de câncer desenvolvam forte aversão aos sabores de co­midas ingeridas imediatamente antes de sessões de quimioterapia, as quais lhes provocam náuseas, em­bora saibam que a responsável por tais reações é a droga. Esses pacientes não conseguem evitar a aprendizagem automática de uma associação que estão biologicamente preparados para aprender (Jacob-1994).
 
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Generalização e discriminação no condicionamento clássico
Pequeno Albert rato máscara de papai Noel, casaco de pele, algodão, coelho branco
Cães de Pavlov campainha buzina, tique-taque do metrônomo 
Ansiedade em relação a matemática na infância qualquer tarefa relacionada a números, até mesmo para conferir o talão de cheques 
Generalização e discriminação no condicionamento clássico Existem muitos exemplos de generaliza­ção do estímulo no condicionamento clássico. Um deles é o caso do pequeno Albert, condicionado a sen-j tir medo de ratos brancos. Mais tarde, quando os pesquisadores lhe mostraram um coelho branco, ele| chorou e tentou engatinhar para longe — apesar de não ter sido ensinado a temer coelhos. Ele também demonstrou sentir medo de outros objetos brancos e felpudos — bolas de algodão, um casaco de pele e até mesmo uma máscara de Papai Noel com barba. De maneira semelhante, Pavlov percebeu que, depois que seus cães eram condicionados a salivar ao som da campainha, eles frequentemente ficavam com água na boca ao ouvir uma buzina ou o tiquetaque de um metrônomo. Tanto os cães de Pavlov quanto o pequeno Albert passaram a generalizar as respostas que haviam aprendido a ter em relação à campainha e aos ratos, respectivamente, para estímulos semelhantes. De modo parecido, uma pessoa que tenha aprendido a se sentir ansiosa em relação à matemática na escola primária pode vir a ficar ansiosa quanto qualquer tarefa relacionada a números, até mesmo para conferir o talão de cheques.
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sujeitos podem ser treinados para manifestar uma resposta condicionada apenas diante de um tipo específico de estímulo sem que ocorra generalização
 apresentar diversos estímulos semelhantes mas associar o estímulo não-condicionado a apenas um deles
Ex. Pequeno Abert poderia ter sido apresentado rato, um coelho, bolas de algodão, outros objetos brancos e felpudos, mas apenas o rato seria acompanhado por um ruído estridente
 resposta de medo não teria se generalizado
eliminação do estímulo
Entretanto, a generalização de um estímulo não é inevitável. Por meio de um processo chamado eliminação do estímulo, os sujeitos podem ser treinados para manifestar uma resposta condicionad apenas diante de um tipo específico de estímulo, sem que ocorra generalização. Esse processo consiste en apresentar diversos estímulos semelhantes, mas associar o estímulo não-condicionado a apenas um dele Por exemplo: poderiam ter sido apresentados ao pequeno Albert um rato, um coelho, bolas de algodão < outros objetos brancos e felpudos, mas apenas o rato seria acompanhado por um ruído estridente (ENC> Por meio desse procedimento, o menino teria aprendido a diferenciar o rato de outros objetos, e a ré posta de medo não teria se generalizado conforme ocorreu.
Aprender a perceber diferenças é essencial na vida diária. Por meio da discriminação do estímulo, o compor mento fica mais ajustado às demandas do ambiente.
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A
partir dos anos 60, o behaviorismo radical foi quase sinônimo de B.F. Skinner. 
 todo comportamento (personalidade, doenças mentais... ) é fruto de aprendizagem e podem ser explicados pelas relações estímulo-resposta
Em grande parte por causa da influência de Skinner na psicologia americana, o behaviorismo dominou por várias décadas
B.F. Skinner (1904-1990)
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A partir dos anos 60, o behaviorismo radical pare­ceu quase sinônimo de B.F. Skinner (1904-1990). Para Skinner, pratica­mente todo o comportamento humano podia ser explicado pelas relações estí­mulo-resposta, as quais podiam ser estudadas eficaz­mente por meio da observação do comportamento animal. 
Skinner nasceu em Nova York em 1904. Formou-se em literatura inglesa e seu objetivo era tornar-se escritor 
Depois da faculdade Skinner passou um ano tentando escrever, mas concluiu que naquele momento de sua vida nada tinha a dizer
Embora Skinner não tivesse cursado psicologia, começou a desenvolver um interesse pela área após ler os trabalhos de Pavlov e Watson. Foi aceito para pós-graduação em psicologia, em Harvard
 explicou sua mudança de objetivos como se segue: "Um escritor poderia retratar o comportamento humano com precisão, mas poderia não entendê-Io. Eu continuava interessado pelo comportamento humano, mas o método literário me falhara; eu me voltaria então para o científico" (Skinner, 1967) 
Quando criança ficou fascinado pelo comportamento complexo de pombos malabaristas de uma companhia teatral. Escolheu inicialmente esse animal para desenvolver suas pesquisas.
desde criança teve fascínio por máquinas 
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B. F. Skinner nasceu em Nova York em 1904. Skinner (1967) descreveu sua casa durante os primeiros anos de vida como sendo um ambiente estável e cordial. Ele revelou amor pela escola e demonstrou um interesse precoce, que perdurou, em construir coisas. A aptidão e o interesse em construir coisas constituíram uma notável semelhança entre Watson, Hull e Skinner. Isto é particularmente interessante quanto à ênfase dada pelos teó­ricos da aprendizagem a equipamentos de laboratório em ambientes experimentais e porque contrasta com. a ausência de tal interesse nas vidas de teóricos clínicos da personalidade ou em suas pesquisas.Skin­ner foi para o Hamilton College e formou-se em literatura inglesa. Nesta ocasião, seu objetivo profissional era tornar-se escritor e, em determinada época, enviou três contos a Robert Frost, de quem re­cebeu uma resposta encorajadora. Depois da faculdade, Skinner despendeu um ano tentando escrever, mas concluiu que naquele mo­mento de sua vida nada tinha a dizer. Ficou então seis meses mo­rando em Greenwich Village em Nova York. Neste período, leu Conditioned Reflexes, de Pavlov, assim como uma série de artigos de Bertrand Russell sobre o behaviorismo de Watson. Embora Russell pensasse que havia demolido 'Watson nestes artigos, eles tiveram o efeito de suscitar o interesse de Skinner pelo comportamento. Embora Skinner não tivesse feito nenhum curso de psicologia durante a faculdade, ele começou a desenvolver um interesse pelo setor e foi aceito para pós-graduação em psicologia, em Harvard. Ele explicou sua mudança de objetivos como se segue: "Um escritor poderia retratar o comportamento humano com precisão, mas pode­ria não entendê-Io. Eu continuava interessado pelo comportamento humano, mas o método literário me falhara; eu me voltaria então para o científico" (Skinner, 1967, pág. 395)., A psicologia pare­cia s.er a ciência relevante, embora ele não estivesse muito seguro sobre o que ela tratava. Além disso, estivera por muito tempo in­teressado pelo comportamento animal (sendo capaz de relembrar seu fascínio pelo comportamento complexo de pombos malabaristas deuma companhia teatral) e haveria agora muitas oportunidades para pôr em prática seu interesse em contruir aparelhos. Durante os anos de pós-graduação em Harvard, Skinner desen­volveu seu interesse pelo comportamento animal e por explicar este comportamento sem referências ao funcionamento do sistema nervo­so. Depois de ler Pavlov, discordou dele' em que, ao explicar o comportamento, se iria "dos reflexos salivares para importantes questões do organismo na vida cotidiana". Entretanto, Skinner acreditava que Pavlov lhe dera a chave para a compreensão do compor­tamento. "Controle suas condições (o ambiente) e você verá or­dem!" Durante esses anos e os subseqüentes, Skinner (1959) de­senvolveu alguns de seus princípios da metodologia científica:(1) Quando deparar com algo interessante, deixe tudo o mais de ladQ e estude isso. (2) Alguns modos de fazer pesquisa são mais fáceis que outros. Um aparelho mecânico torna sempre a realiza­ção da pesquisa mais fácil. (3) Algumas pessoas têm sorte. ( 4 ) Uma peça do aparelho se quebra. Isto pode apresentar pro­blemas mas também pode levar à (5) serendipidia - a arte de descobrir uma coisa enquanto se busca outra. No seu estudo de caso do método científico, Skinner descreve sua excitação ao encon­trar ordem no comportamento animal apés uma falha do aparelho:Entrei finalmente em contato com Pavlov! Aqui havia uma curva não contagiada pelo processo fisiológico de ingestão. Era uma mudança ordenada devido a nada mais que uma contingência espe­cial de reforçamento. Era puro comportamento! Eu não estou di­zendo que não tivesse conseguido curvas de extinção se o aparelho não houvesse quebrado. .. Mas não é exagero dizer que alguns dos resultados mais interessantes e surpreendentes apareceram primeiramente por Causa de acidentes similares. Depois de Harvard, Skinner mudou-se primeiro para Minnesota e depois para Indiana para então voltar a Harvard em 1948. Durante este período ele se tornou, em essência, um treinador sofis­ticado de animais - era capaz de fazer organismos exibirem com­portamentos específicos em horas específicas. Descobriu que a imagem média da aprendizagem baseada em muitos animais não re­fletia o comportamento de um único animal, interessou-se pela ma­nipulação e controle do comportamento animal individual. Teorias especiais de aprendizagem e explicações indiretas do comportamento não seriam necessárias caso se pudesse manipular o ambiente" demodo a produzir ordem no caso individual. Nesse intervalo de tempo, como Skinner aponta, seu próprio comportamento estava se tornando controlado pelos resultados positivos dados a ele pelos ani­mais "sobre seu controle" (Fig. -8. 1 ) .A base do procedimento de condicionamento operante de Skin.. ner consiste no controle do comportamento através da manipulação da dispensa de reforçamentos no ambiente. Há uma ênfase do com­portamento manifesto simples em um ambiente de laboratório em­pobrecido a fim de obter as leis elementares do comportamento. Sua convicção em relação à importância dessas leis e seu interesse em construir coisas, entretanto, levaram Skinner a ampliar seus pensa­mentos e pesquisas para muito além dos limites do ambiente de la­boratório. Ele construiu uma caixa para bebê a fim de mecanizar os cuidados dispensados a um bebê, desenvolveu máquinas de ensi­nar, que usavam esquemas de reforçamento no ensino de assuntos escolares, e des.envolveu um procedimento pelo qual pombos pode­riam ser utilizados militarmente para lançar mísseis em alvos. Ele escreveu uma novela, Walden Two, descrevendo uma utopia basea­da no controle do comportamento humano através do reforçamento positivo, e adotou a posição segundo a qual a ciência do comporta­mento humano e a tecnologia dela derivada devem ser desenvol­vidas a serviço da humanidade. ' "O medo de controle, generalizado para além de qualquer garantia, levou a uma interpretação errônea de práticas válidas e à rejeição cega do planejamento inteligentepara um modo de vida melhor. . . Vencendo este medo, devemos nos tomar mais maduros e melhor organizados e iremos então nos realizar mais inteiramente. " (Skinner, 1956, pág. 1066).Em 1971, o Beyond freedom and dignity, de Skinner, foi pu­blicado, e tomou-se um best-seller nacional. Neste livro, Skinner ex­plicou claramente os fundamentos
lógicos para a sua posição se­I gundo a qual a tecnologia do comportamento, na qual as condiçõesambientais são manipuladas para moldar o comportamento humano, oferece a maior esperança de- resolver os problemas da sociedade.~te livro gerou bastante controvérsias e críticas tanto a Skinner quanto ao behaviorismo. Além do ultraje causado pela concepção de uma sociedade na qual virtualmente todo comportamento era sis­tematicamente controlado por forças externas, o trabalho de Skinner foi criticado por seu descaso para com aspectos essenciais dos seres humanos - herança inata, processos cognitivos e sentimentos ou outros estados internos do organismo. Esta crítica deu origem ao livro de Skinner, About Behaviorism (1974), no qual ele admitiu a aceitação da herança genética e dos processos internos, maS conti­nuou a argumentar sobre a importância das condições controladorasno ambiente externo: "A exploração da vida emocional e motiva­cional da mente é descrita como uma das grandes conquistas da his­tória do pensamento humano, mas é possível que seja um de seus maiores desastres. O mentalismo, em sua busca de explicações in­ternas, fortalecido pelo falso sentido de causa associado a senti­mentos. e observações introspectivas, obscureceu os antecedentes am­bientais que levariam a uma análise muito mais eficiente" 
( 1974, pág. 165).
Ele rejeitava os mecanismos mentais e, em vez disso, acreditava que o condicionamento operante, en­volvendo o fortalecimento ou o enfraquecimento do com­portamento, contingente a presença ou a ausência de reforço (recompensas) ou de punições, podia explicar todas as formas de comportamento humano. Skinner aplicou o modelo estímulo-resposta a quase tudo, da aprendizagem à aquisição da linguagem e à resolução de problemas, bem como até o controle do comporta­mento social. Em grande parte por causa da presença eminente de Skinner, o behaviorismo dominou, por vá­rias décadas, a disciplina de psicologia, inclusive seus métodos e áreas de interesse.
“” A exploração da vida emocional e motivacional da mente é descrita como uma das grandes conquistas da história do pensamento humano, mas é possível que seja um de seus maiores desastres
 
O mentalismo, em sua busca de explicações internas, fortalecido pelo falso sentido de causa associado a sentimentos e observações introspectivas, obscureceu os antecedentes ambientais que levariam a uma análise muito mais eficiente" ( Skinner, 1974).
"A exploração da vida emocional e motiva­cional da mente é descrita como uma das grandes conquistas da his­tória do pensamento humano, mas é possível que seja um de seus maiores desastres. O mentalismo, em sua busca de explicações in­ternas, fortalecido pelo falso sentido de causa associado a senti­mentos. e observações introspectivas, obscureceu os antecedentes am­bientais que levariam a uma análise muito mais eficiente" ( 1974, pág. 165).
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 Skinner elabora o conceito de condicionamento operante
 a aprendizagem operante (que opera no ambiente) não se dá por contigüidade como no condicionamento clássico de Pavlov, mas sim por contingência entre o estímulo e a resposta
 contingência há uma relação entre uma resposta e um estímulo. É a emissão da resposta de um organismo que produz um estímulo 
o organismo aprende principalmente ao produzir reforços (estímulos) como conseqüência do seu comportamento (resposta)
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Uma das propriedades do comportamento deixadas de fora das primeiras explanações era a emissão de respostas, a ocorrência de respostas na ausência de estímulos eliciadores. As respostas emitidas receberam o nome de comportamento instrumental ou operante, porque eram estudadas em termos de quanto eram instrumentais para mudar o ambiente ou como operavam no ambiente. Elas derivavam sua importância não de suas relações com os estímulos eliciadores, mas de suas conseqüências. Por contraste o comportamento eliciado era denominado comportamneto reflexo ou respondente.
 o condicionamento operante se refere aos estímulos que seguem a resposta, isto é posterior a ela, ao contrário do condicionamento respondente em que o estímulo antecende a resposta; 
c) o condicionamento operante permite modelar um determinado comportamento pretendido através da administração dos reforços; 
b) há várias formas de modelagem através do condicionamento operante. 
________________________
(***)
Em sentido geral, contingência pode significar qualquer relação de dependência entre eventos ambientais ou entre eventos comportamentais e ambientais (Catania, 1993; Skinner, 1953; 1969; Todorov,1985). Embora possa ser encontrado nos dicionários com diferentes significados, esse termo é empregado, na análise do comportamento, como termo técnico para enfatizar como a probabilidade de um evento pode ser afetada ou causada por outros eventos (Catania, 1993, P.368).
    O enunciado de uma contingência é feito em forma de afirmações do tipo se..., então ... A cláusula "se" pode especificar algum aspecto do comportamento ou do ambiente e a cláusula "então" especifica o evento ambiental conseqüente (Todorov, 1989, p.354). Assim, os enunciados se apresentam como "regras" que especificam essas relações entre eventos.
    Os exemplos anteriores poderiam ser reescritos para especificar melhor as relações que, na fala quotidiana, muitas vezes estão apenas implícitas:
    Se você fez a tarefa de casa (comportamento), então pode sair para o recreio (mudar de ambiente e ter acesso a lanche, companhia, brincadeiras, etc.); se não, fica em sala...
    Se você fez reserva para o vôo das 15:00 horas (comportamento 1) e se se apresentar para embarque até as 14:00 horas (comportamento 2), então seu lugar estará assegurado (o que, com certeza, alterará seu ambiente, tanto imediato como nas horas subsequentes); caso contrário, outro passageiro poderá ocupar sua reserva.
    Mas se você é o passageiro da lista de espera, então terá que esperar o horário limite para saber se poderá ou não embarcar (não adianta perguntar antes do referido horário).
    Você poderá ter seu telefone instalado (consequência) se tiver se inscrito (comportamento) há mais de dois anos (intervalo entre a ação e a consequência): algo que você fez há muito tempo está gerando consequências hoje...
    No exemplo "Horário de funcionamento: das 9:00 às 12:00 horas", pode-se considerar que a frase não indica qualquer comportamento. Ela foi incluída de propósito, para evidenciar o quanto relações de contingências podem estar "embutidas" no ambiente ou nas regras que as especificam.
    Este exemplo requer dos usuários do agente que estabeleceu as contingências, várias discriminações condicionais. Quando precisa da agência, terá que consultar o relógio:
    Se estiver dentro do horário de funcionamento (qualquer hora entre 9 e 12), então será atendido (se for até lá, obviamente).
    Se o horário for qualquer outro, então terá que esperar. Haverá horários limite em que outros aspectos terão que ser considerados (outras discriminações condicionais terão que ser feitas). Por exemplo, se são 11:55 e o usuário está a dois minutos de caminhada do local, então ainda há possibilidade de que seja atendido, mas se estiver a uma grande distância, será melhor desistir e esperar pelo dia seguinte...
    Uma relação de dependência não existe quando alguém abre a janela e um relâmpago corta o espaço. Os dois eventos podem ocorrer temporalmente próximos, mas de modo totalmente independente: o relâmpago teria ocorrido quer eu abrisse ou não a janela...
    No comportamento operante, por meio do qual o organismo modifica o ambiente, contingência se refere "ás condições sob as quais uma consequência é produzida por uma resposta, isto é, a ocorrência da consequência depende da ocorrência da resposta" (Catania, 1993, p.368). No exemplo do relâmpago, abrir a janela pode produzir uma consequência: não a ocorrência do relâmpago, mas a oportunidade de vê-lo...
http://www.buk.xpg.com.br/textos/contingencia.htm
Condicionamento Clássico
Comportamento
eliciado
Condicionamento Operante
Comportamento emitido
São centrais no condicionamento operante os seguintes conceitos:
Reforçamento Positivo Um reforço positivo aumenta a probabilidade de um comportamento pela presença de uma recompensa ex.elogios por uma tarefa bem realizada
Reforçamento Negativo também aumenta a probabilidade de um comportamento pela retirada de um estímulo aversivo (que cause desprazer) ex O pai reclama até que o filho cumpra uma tarefa: ao cumpri-la, o filho escapa às reclamações 
Punição reduz a probabilidade do comportamento através da apresentação de um estímulo aversivo ex. a criança apanha porque está fazendo birra
 Controle Aversivo reforço negativo e punição 
 a educaçao deve abolir o controle aversivo e ser elaborada tendo em vista a utilização do reforco positivo
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A punição é diferente do reforço negativo. Em termos conceituais, a punição se refere a um desprazer (estímulo) que se faz presente após um determinado comportamento não pretendido por aquele que a aplica, enquanto que o reforço negativo se caracteriza pela ausência (retirada) do desprazer após a ocorrência de um comportamento pretendido por aquele que o promove.
Reforço negativo: 
“ O pai reclama do filho até que cumpra uma tarefa: ao cumpri-la, o filho escapa às reclamações . ...Um professor ameaça seus alunos de castigos corporais ou de reprovação, até que resolvam prestar atenção à aula; se obedecerem estarão afastando a ameaça de castigo.
 De um ou outra forma, o controle adverso intencional é o padrão de quase todo o ajustamento social - na ética, na religião, no governo, na economia, na educação, na psicoterapia e na vida familiar(Skinner, 1971, pp. 26-27) Ilustrações
reforçamento positivo e negativo
reforçadores positivos comida, elogios, dinheiro
reforçadores negativos ruído incomodo, bronca, tarefa tediosa
 animais aprendem a pressionar barras não apenas quando desejam obter comida e água (reforço positivo), mas também quando desejam desligar uma campainha elétrica estridente ou evitar um choque elétrico (reforço negativo). Ambos os casos aumenta o pressionar a barra
Uma criança poderá tocar piano pelo fato de receber elogios (reforço positivo) ou porque isso representa para ela um intervalo em meio às tediosas tarefas de casa (reforço negativo). Ambos os casos aumentam o comportamento de tocar piano mais vezes.
Um exame mais detalhado do reforçamento
Qual é a diferença entre reforçamento positivo e negativo? Quais são os efeitos não-intencionais
do reforçamento?
Temos falado do reforçamento como se todos os reforçadores fossem iguais, mas isso não é verdade. Pense nos tipos de consequências que encorajariam você a desempenhar determinado comportamento. Entre elas certamente estarão consequências que resultam em algo positivo, como elogios, reconheci­mento ou dinheiro. Mas a ausência de alguns estímulos negativos também representa um bom reforçador do comportamento. Quando pais de primeira viagem descobrem que embalar um bebê fará com que seu choro persistente pare, eles se sentam e embalam o bebê até altas horas da noite; a ausência do choro do bebê é um poderoso reforçador.
Esses exemplos mostram que há dois tipos de reforçadores. Os reforçadores positivos, como co­mida, elogios ou dinheiro, acrescentam algo recompensador a uma situação, ao passo que os reforçado­res negativos, como fazer com que um ruído incomodo pare, eliminam algo desagradável da situação. Talvez você ache útil escrever um sinal de adição (+) quando se referir a um reforçador positivo que acres­cente algo recompensador a uma situação, e um sinal de subtração (-) quando se referir a um reforçador negativo que subtraia algo nocivo dela. Os animais aprendem a pressionar barras e a abrir portas não ape­nas quando desejam obter comida e água (reforço positivo), mas também quando desejam desligar uma campainha elétrica estridente ou evitar um choque elétrico (reforço negativo).
Tanto o reforço positivo quanto o negativo resultam na aprendizagem de novos comportamentos ou na intensificação de comportamentos preexistentes. Lembre-se: nas conversas cotidianas, quando dize­mos que "reforçamos" algo, isso significa que intensificamos, fortalecemos algo. O "concreto reforçado" é fortalecido pelo acréscimo de hastes ou de uma malha de aço; generais fortalecem seus exércitos en­viando "reforços" para batalhas; argumentos são fortalecidos quando são "reforçados" por fatos. De ma­neira semelhante, no condicionamento operante, o reforço — seja positivo ou negativo — sempre intensifica ou fortalece um comportamento. Uma criança poderá tocar piano pelo fato de receber elogios (reforço positivo) ou porque isso representa para ela um intervalo em meio às tediosas tarefas de casa (re­forço negativo), mas em ambos os casos o resultado final é o fato de ela tocar piano mais vezes.
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Punição
Não sabemos se algo é um reforçador ou um punidor até que vejamos seu efeito no aumento ou na diminuição da ocorrência de uma resposta
Ex. doces para cçs; brincar sozinho
 reforçadores para homens e mulheres
 diferentes culturas
Professores devem conhecer seus alunos individualmente
O que é punição? Não sabemos se algo é um reforçador ou um punidor até que vejamos se seu efeito no aumento ou a diminuição da ocorrência de uma resposta. Poderíamos supor que doces, por exemplo, são reforçadores para as crianças, mas algumas crianças não gostam de doces. Poderíamos supor também ter de brincar sozinho em vez de brincar em meio a um grupo de amigos seria um punidor, mas algumas crianças preferem brincar sozinhas. Os professores precisam compreender seus alunos individualmente antes de decidir como recompensá-los. De maneira semelhante, aquilo que é um :orçador para os homens pode não significar o mesmo para as mulheres, e o que é um reforçador para •5>oas de uma determinada cultura ( morris e maisto)
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Punição
 a punição é um poderoso instrumento controlador do comportamento
recebimento de uma multa alta diminui a probabilidade de nova infração
recusa grosseira de uma pessoa a quem pedimos um favor diminui a probabilidade de que lhe peçamos outro favor 
 uma consequência desagradável reduz a probabilidade de que venhamos a repetir comportamento. Essa é a consequência da punição.
Um exame mais detalhado da punição 
Que problemas a punição pode gerar?
a
 Embora todos nós odiemos nos sujeitar a ela, a punição é um poderoso instrumento controlador do comportamento. O recebimento de uma multa alta por deixar de declarar rendimentos extras para a receita Federal diminui a probabilidade de que cometamos esse equívoco novamente. A recusa grosseira de uma pessoa a quem pedimos um favor diminui a probabilidade de que lhe peçamos outro favor, ambos os casos, uma consequência desagradável reduz a probabilidade de que venhamos a repetir comportamento. Essa é a definição de punição.
 A punição é diferente do reforço negativo. O reforço de qualquer tipo fortalece (reforça) o compor mento. O reforço negativo fortalece o comportamento ao remover algo desagradável do ambiente, contrapartida, a punição adiciona algo desagradável ao ambiente e, como resultado, tende a enfraquecer o comportamento que gerou consequências indesejáveis. Se você for esquiar no fim de semana em vez de ficar em casa estudando e acabar tirando uma nota baixa em uma prova, a nota baixa é uma consequência indesejada (um punidor) que diminui a probabilidade de que você volte a dar mais importância ao esqui que aos estudos.
 
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A punição é um método eficaz? Funciona sempre? 
As vezes as crianças voltam a se portar mal, mesmo que já tenham sido punidas diversas vezes por um comportamento
 
motoristas insistem em dirigir de modo imprudente a despeito de receber repetidas multas
.O cão da família poderá dormir à noite no sofá, apesar de ser punido todas as manhãs 
 Por que existem essas aparentes exceções? 
A punição é um método eficaz? Funciona sempre?

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