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Enzimologia clínica Cíntia M. F. Rezende cintia.rezende@prof.unibh.br Enzimologia clínica Estudo das enzimas para diagnóstico e tratamento das doenças As atividades das enzimas nos líquidos biológicos refletem a integridade dos órgãos: lesão tecidual libera E características de cada órgão • Inflamações leves e reversíveis: ↑ permeabilidade da membrana E citoplasmáticas liberadas p/ sangue • Necrose: E mitocondriais também liberadas Conhecer a localização intracelular das enzimas ajuda a determinar natureza e gravidade da lesão Sítio ativo Enzimas • proteínas altamente específicas, estrut tridimensional: subunidades • velocidade das reações em até 1014 x • fornecem ambiente específico p/ reação ser energetica// favorável • parte hidrofóbica: sítio ativo • Coenzimas ou cofatores: – íons (Mg++, Cl-, Ca++) ou moléc orgânicas (vitaminas, NAD...) – favorecem ligação E-S ou aceptores/doadores de grupos químicos Classificação e nomenclatura das enzimas Nome da reação + ase + substrato • amilase, lipase • quinase (transferência de Pi do ATP) • fosforilase (liga grupo fosfato) • desidrogenase lática (lactato piruvato) Oficial: EC2.7.3.2 – creatino quinase (CK) Creatina + ATP ADP + creatina-P 2. classe: transferase 7. subclasse: fosfotransferase 3.2 sub-subclasse: fosfotransferase com grupo N como receptor Classificação e nomenclatura das enzimas • União Internacional de Bioquímica: EC (Enzyme Comission): 6 grupos (subdivididos classes/ subclasses) 1 Oxido- redutases reações de oxidação-redução ou transferência de elétrons. Ex. LDH (EC 1.1.1.27): Ácido pirúvico + NADH + H+ ácido lático+ NAD+ 2 Transferases transferem grupos funcionais como amina, fosfato, acil, carboxil Ex. AST (EC 2.6.1.1): Aspartato + cetoglutarato glutamato + oxalato 3 Hidrolases reações de hidrólise de ligação covalente nos substratos Ex. Amilase (EC 3.2.1.1): 1,4 glucano hidrolase Amido dextrinas + maltose + glicose 4 Liases Adição de grupos a duplas ligações ou remoção de grupos do substrato deixando dupla ligação Ex. Aldolase (EC 4.1.2.13): Frutose 1,6-DP diidroxiacetona-P + gliceraldeído 3-P 5 Isomerases reações de interconversão entre isômeros óticos ou geométricos (rearranjos intermoleculares) Ex. glicose-6-P isomerase : Glicose-6-P Frutose-6-P 6 Ligases Condensação de 2 moléculas pela hidrólise de 1 lig de alta energia (ATP) Ex. piruvato carboxilase: Piruvato + ATP oxaloacetato + ADP + Pi Classificação e nomenclatura das enzimas Reação enzima-substrato Atividade enzimática Unidade de medida: UI 1μM/min/L = Quantidade de enzima que catalisa a transformação de 1micromol (quantidade) de substrato ou a formação de 1 micromol de produto, por minuto (tempo) e por litro (volume) de material biológico, nas condições-padrão recomendadas Enzimas não são dosadas diretamente: baixa concentração no soro e dificuldade para sua purificação determina-se a atividade Fatores que afetam a atividade enzimática 1. pH obs. reações processadas com um tampão Fatores que afetam a atividade enzimática 2. Temperatura Fatores que afetam a atividade enzimática 3. Concentração da enzima Velocidade é proporcional à [E] até certo limite: se ↑ [E] há perda de linearidade substrato consumido + rápido que o tempo estipulado pela metodologia diluir a amostra 4. Presença de efetores: inibem ou ↑ velocidade da reação Ex. Cl- ativam amilase; Mn++ ativam peptidases; Mg++ ativam E que convertem ATP EDTA inibe a PAL; oxalato inibe transaminases fluoreto inibe via glicolítica Fatores que afetam a atividade enzimática 5. Tempo de reação Velocidade pode ↓ se tempo prolongado (inversão da reação por acúmulo do produto, inativação da E, formação de inibidores) metodologias limitam p/avaliar atividade E: tempo ótimo qdo há consumo de 10% do substrato Fatores que afetam a atividade enzimática 6. Concentração do substrato Cinética enzimática Velocidade de reação é concentração de reagentes (S) E + S ES (1ª) ES E + P (2ª) Qto > [S] : > velocidade da reação (forma ↑ES, ↑P) – >> [S] : 100% das E ligadas V máxima – acima disso: não adianta ↑ [S] Cinética enzimática de Michaelis Menten KM: é a [S] em mol/L na qual metade das E estão livres e metade E-S, ou seja, metade da v máxima característica para cada E-S Reações de 1ª ordem: A v ↑ linearmente com o ↑da [S], indicando que havia moléculas de E livres A v fica constante (vmáx) apesar do ↑[S], indicando que todas as E estão ligadas Cinética enzimática KM indica a afinidade da E pelo substrato: reações com alto Km significam que a v máx só ocorrerá com alta [S] afinidade baixa da E com o S Ex. Hexoquinase aceita dois açúcares: glicose e frutose KM p/ glicose é menor frutose (afinidade ES maior) A [glicose] p/ chegar ao vmáx é menor (“mais rápido”) Em bioquímica clínica trabalhamos com pH e temperatura constantes, tempo limitado e excesso de S (~10x o valor do Km) Erros nas determinações enzimáticas • Anticoagulantes: podem inibir enzimas • Hemólise: Hb inibe lipase; LDH das Hm contaminam o soro • Estase venosa: hipóxia ↑permeabilidade membranas liberação de E (ex. transaminases, LDH) • Coagulação: desintegração de pqt e Hm liberação conteúdo contamina soro separar rapidamente após coleta • Conservação amostra: correto 4ºC, análise rápida – CK: instável – PAL e GGT: estáveis – PAC atividade decresce poucas horas – Envelhecimento do soro provoca proteólise (perda estrutura) Metodologias para a determinação das atividades enzimáticas A. Métodos colorimétricos: Possibilitam a determinação da atividade enzimática através de uma reação colorimétrica: • medida da quantidade de produto formado ou • medida da quantidade de substrato consumido Metodologias para a determinação das atividades enzimáticas A. Métodos colorimétricos: Metodologias para a determinação das atividades enzimáticas A. Métodos colorimétricos: Metodologias para a determinação das atividades enzimáticas B. Métodos cinéticos: Realiza-se várias medidas da absorvância, em idênticos intervalos de tempo, para a obtenção da velocidade da reação química: • variação da concentração da coenzima que participa da reação • variação da concentração do produto corado formado Metodologias para a determinação das atividades enzimáticas B. Métodos cinéticos: • variação da concentração da coenzima que participa da reação Formas reduzidas das coenzimas NADH ou NADPH absorvem luz a 340nm (UV) e formas oxidadas (NAD+, NADP) têm baixa absorção neste Metodologias para a determinação das atividades enzimáticas B. Métodos cinéticos: • variação da concentração do produto corado formado Aspectos biológicos das enzimas 1) Origem das enzimas circulantes Cada célula é equipada com enzimas relacionadas a sua função Enzimas produzidas nas células fluidos corporais • Enzimas específicas do plasma: Síntese hepática lib para sangue onde há substratos específicos Ex. Colinesterase e fatores de coagulação • Enzimas plasma-inespecíficas: Síntese e função nas diferentes células e só aparecem no plasma em grandes quantidades quando liberadas após transtornos funcionais Ex. Secretadas (AMS, lipase, tripsinogênio); Intracelulares (AST, ALT, GT,CK) A lesão dos tecidos de origem ou a proliferação aumentada das células de onde surgem essas enzimas levarão a um aumento da atividade dessas enzimas no plasma. Aspectos biológicos das enzimas Aspectos biológicos das enzimas 2) Localização intracelular • Enzimas uniloculares: Ocupam somente uma posição dentro da célula. Ex. só organela: glutamato desidrogenase (GLDH) • Enzimas biloculares: 2 ou + locais: Ex. AST: 60% citoplasma e 40% mitocôndrias Membranárias: PAL, 5’NUT, GT Citoplasmáticas: LDH, ALT, CK, AST (60%) Mitocondriais: GLDH, AST (40%), CK Lisossomiais: PAC Aspectos biológicos das enzimas 2) Localização intracelular Enzimas indicadoras de uma lesão aguda: • presentes nas membranas celulares e no citoplasma • liberadas precocemente quando ocorre uma lesão celular • ex: elevação da GT, PAL e ALT (hepatite aguda) Enzimas indicadoras de uma lesão crônica • presentes em organelas • liberadas mais tardiamente • ex: elevação da GLDH e AST (hepatite crônica) Aspectos biológicos das enzimas 3) Localização tecidual Enzimas são marcadores teciduais, mas nem sempre são exclusivas de um só tecido: • AST (TGO) e LDH: coração, músculo esquelético e fígado em quant = • ALT (TGP): hepática • CK: músculo cardíaco e esquelético Atividade das enzimas no soro e nos tecidos: Enzimas Soro Eritrócitos Fígado Coração Músculo esquelético AST 1 x15 x7.000 x8.000 x5.000 ALT 1 x7 x3.000 x400 x300 LDH 1 x300 x1.500 x1.000 x700 CK 1 x <1 x <10 x10.000 x50.000 Aspectos biológicos das enzimas 4) Liberação celular das enzimas e difusão para corrente sanguínea Alterações energéticas altera permeabilidade: libera parte do conteúdo se há necrose: liberação de todo conteúdo difusão: 5) Aumento da atividade enzimática • Alterações da membrana, ↑permeabilidade Ex. hepatites agudas: ALT, PAL; distrofia muscular: CK • Necrose celular Ex. IAM: CK, AST, LDH; pancreatite: AMS, LPS • Procedimentos médicos/ cirúrgicos Ex. injeções intramusculares: CK • Redução excreção (retidas no plasma) Ex: Colestase: elevação plasmática de PAL, γGT Insuficiência renal: elevação plasmática de amilase Aspectos biológicos das enzimas 6) Diminuição da atividade enzimática no plasma • Redução na síntese Ex. doenças hepáticas crônicas: ↓CHE • Aumento da excreção Ex. nefroses Aspectos biológicos das enzimas Aspectos biológicos das enzimas 7) Formas das enzimas: Isoenzimas: formas múltiplas da mesma enzima, com subunidades diferentes, determinadas geneticamente, capaz de catalisar reação característica : estrutura primária, reações químicas, afinidades pelo substrato e distribuição quantitativa pelos tecidos Ex. LDH: tetrâmero, com 2 tipos de subunidades H e M CK: dímero, com 2 tipos de subunidades M e B Aspectos biológicos das enzimas Isoformas Arranjo das subunidades Presença nos tecidos LDH1 HHHH músculo cardíaco > rins > Hm LDH2 HHHM músculo cardíaco > rins LDH3 HHMM músculo esquelético > cérebro LDH4 HMMM fígado > cérebro LDH5 MMMM fígado > músculo esquelético CK1 BB cérebro, estômago, intestino CK2 MB músculo cardíaco CK3 MM músculo esquelético H H H H H H H M H H M M M M M H Aspectos biológicos das enzimas Isoformas Arranjo das subunidades Presença nos tecidos LDH1 HHHH músculo cardíaco > rins > Hm LDH2 HHHM músculo cardíaco > rins LDH3 HHMM músculo esquelético > cérebro LDH4 HMMM fígado > cérebro LDH5 MMMM fígado > músculo esquelético CK1 BB cérebro, estômago, intestino CK2 MB músculo cardíaco CK3 MM músculo esquelético Marcadores cardíacos Enzimas de interesse clínico: diagnóstico, prognóstico e acompanhamento de tratamentos de doenças pancreáticas, cardiovasculares, hepáticas, musculares, ósseas, renais e outros tecidos, como doenças malignas Enzimas de interesse clínico 1) Pancreáticas (pancreatite aguda) Amilase, lipase, tripsina, quimiotripsina, elastase Obs. crônicas: elevações inconstantes e pouco significativas As principais enzimas usadas no diagnóstico de doenças são: Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH Enzimas de interesse clínico Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH Fosfatase Ácida • Maiores concentrações: próstata, no fígado, na medula óssea, nos eritrócitos e plaquetas. • ↑ fração não-prostática: crianças em fase de crescimento e patologicamente aumentada em condições em que existe um hipermetabolismo ósseo. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH Fosfatase Ácida • Utilidade Diagnóstica: diagnóstico e monitoramento da resposta ao tratamento e no aparecimento de metástases no câncer de próstata. Fosfatase Alcalina • Maiores Concentrações: presente em praticamente todos os tecidos do organismo, especialmente nas membranas das células dos túbulos renais, ossos (superfície dos osteoblastos), placenta, trato intestinal e fígado. • Função: transporte de lipídios no intestino e nos processos de calcificação óssea. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH Fosfatase Alcalina Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH • Utilidade Diagnóstica: doenças ósseas que cursam com aumento da atividade osteoblástica e na investigação de doenças hepatobiliares. A resposta hepática a qualquer tipo de agressão da árvore biliar é sintetizar fosfatase alcalina principalmente nos canalículos biliares. Fosfatase Alcalina Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH Obs.: recém-nascidos e crianças, mas especialmente adolescentes, apresentam valores significativamente mais elevados do que os adultos, devido ao crescimento ósseo. AST Aspatato aminotransferase • Maiores Concentrações: é encontrada em diversos órgãos e tecidos, incluindo coração, fígado, músculo esquelético e eritrócitos. • Está presente no citoplasma e também nas mitocôndrias, e, portanto, sua elevação indica um comprometimento celular mais profundo. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH • Utilidade Diagnóstica: hepatites virais agudas, hepatites alcoólicas, metástases hepáticas e necroses medicamentosas e isquêmicas, infarto agudo do miocárdio (IAM). AST Aspatato aminotransferase ALT Alanina aminotransferase • Maiores Concentrações: fígado, rim e em pequenas quantidades no coração e na musculatura esquelética. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH • Sua origem é predominantemente citoplasmática, fazendo com que se eleve rapidamente após a lesão hepática, tornando-se um marcador sensível da função do fígado. • Utilidade Diagnóstica: patologias que cursam com necrose do hepatócito, como hepatites virais, mononucleose, citomegalovirose e hepatites medicamentosas. ALT: um marcador hepatocelular. ALT Alanina aminotransferase Fosfatase Ácida FosfataseAlcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH ↑ [ ] recém-nascidos: é atribuído à imaturidade dos hepatócitos nos neonatos, que apresentam as membranas celulares mais permeáveis. Os valores se igualam aos níveis do adulto em torno dos 3 meses de idade. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH ALT Alanina aminotransferase Apresenta-se freqüentemente elevada em alcoólatras, mesmo sem hepatopatia, na obesidade e no uso de drogas como analgésicos, anticonvulsivantes, quimioterápicos, estrogênio e contraceptivos orais. • Utilidade Diagnóstica: lesões hepáticas ligadas ao álcool, colestase (bloqueio do fluxo biliar) crônica e outras patologias hepáticas e biliares. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH GGT (-GT) Gama Glutamil Transpeptidase Tumor hepático: PAL e GT Alcoolismo crônico: GT Amilase • Maiores Concentrações: a amilase presente no sangue e na urina de indivíduos normais é de origem pancreática e das glândulas salivares. • Função: catalisar a hidrólise da amilopectina, da amilose e do glicogênio. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH Amilase • Utilidade Diagnóstica: doenças do pâncreas e na investigação da função pancreática. Na pancreatite aguda, cerca de 20% dos casos podem cursar com valores normais de amilase (dosagem concomitante dos níveis de lipase). As causas não- pancreáticas de aumento da amilase incluem lesões inflamatórias das glândulas salivares, como parotidite, trauma pancreático, entre outras. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH Lipase • Maiores Concentrações: pâncreas • Função: hidrolisar as longas cadeias de triglicerídeos no intestino delgado (lipólise). • Utilidade Diagnóstica: sua avaliação é essencial no diagnóstico das patologias pancreáticas. Seus níveis estão aumentados em pacientes com pancreatite aguda e recorrente, abscesso ou pseudocisto pancreático, trauma, carcinoma de pâncreas, obstrução dos ductos pancreáticos. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH Amilase vs. Lipase O uso combinado da avaliação sérica da lipase e de amilase permite um melhor diagnóstico. • Cerca de 20% dos casos de pancreatite aguda cursam com níveis de amilase normais e com a lipase isoladamente elevada. • Nas parotidites agudas, em que a amilase pode se apresentar elevada, os níveis séricos de lipase não se alteram, auxiliando no diagnóstico diferencial. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH Amilase vs. Lipase A lipase, cujos níveis elevam-se quase que paralelamente aos da amilase, é, portanto, um marcador mais específico de doença pancreática aguda do que a amilase. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH CK Creatinoquinase • Maiores Concentrações: vasta distribuição tissular, está principalmente na musculatura estriada, no tecido cardíaco e no cérebro. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH • Utilidade Diagnóstica: lesões da musculatura esquelética e infarto agudo do miocárdio. CK Creatinoquinase • São encontradas no citosol ou associadas com estruturas miofibrilares e são liberadas no sangue posteriormente um dano ao tecido. • Possui 3 isoenzimas: CK-1 (CK-BB), CK-2 (CK-MB) e CK-3 (CK-MM). Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH TECIDO CK-BB / CK-1 % CK-MB / CK-2 % CK-MM – CK-3 % Musculatura Esquelética 0 1 99 Miocárdio 1 22 77 Cérebro 97-98 2 a 3 0 Estômago, íleo e cólon 96 0 4 CK Creatinoquinase AVC, tumor no cérebro Infarto, miocardite Distrofia muscular de Duchenne, miosites, traumas musculares, injeções intramusculares recentes Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH CK Creatinoquinase Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH CK Creatinoquinase • Seus níveis séricos podem estar diminuídos em situações nas quais ocorra perda de massa muscular. • A faixa de referência para a CK total é bastante ampla, variando com idade, estatura, atividade física e volume da massa muscular. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH LDH Lactato Desidrogenase • Maiores Concentrações: é amplamente distribuída em todas as células do organismo, concentrando-se mais especialmente no miocárdio, rim, fígado, hemácias e músculos. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH • 5 diferentes formas: Distribuições de isoenzimas diferem entre tecidos H4 (LDH1), H3M1 (LDH2), H2M2 (LDH3), H1M3 (LDH4) e M4 (LDH5). Diagnosticar eventuais danos aos tecidos Análise da atividade total da LDH Perfil das isoenzimas Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH LDH Lactato Desidrogenase Isoenzimas da lactato desidrogenase O conteúdo da isoenzima LDH varia por tecido. A figura mostra as formas específicas de LDH em tecidos adultos de rato. LDH 1 LDH 2 LDH 3 LDH 4 LDH 5 Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH LDH Lactato Desidrogenase • Utilidade Diagnóstica: seus valores encontram- se elevados em todas as situações em que ocorre grande destruição celular. Ex.: anemia hemolítica, infarto agudo do miocárdio, infarto pulmonar, doenças musculares, lesões hepáticas, neoplasias primárias ou secundárias (metastásicas), hepatites. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH LDH Lactato Desidrogenase Padrões de densitometria das isoenzimas LDH no soro normal e em condições patológicas A atividade sérica total da LDH também se encontra aumentada nesses pacientes. Fosfatase Ácida Fosfatase Alcalina AST ALT GGT Amilase Lipase CK LDH LDH Lactato Desidrogenase Outros Marcadores de lesão cardíaca Determinação de proteínas estruturais da musculatura cardíaca A) Mioglobina (marcador precoce do IAM) • localizada no citoplasma dos músculos esqueléticos e cardíacos • Começa a elevar-se entre 1 a 2 horas após o início dos sintomas • elevação após 4 horas de 10 a 20x o valorde referência • entre 12-24h é retirada da circulação pela filtração glomerular • metodologia disponível não a mioglobina cardíaca da esquelética Outros Mv vf xrcadores de lesão cardíaca B) Troponinas (marcador precoce do IAM) • Localizadas nas fibras musculares esqueléticas e cardíacas • Troponinas: C, T e I • Diagnóstico do IAM: determinação de Troponina T e I Troponina T: • Elevação: 4 a 8 horas após o início da dor • Pico máximo: 48 horas • Retorno: 7 a 14 dias Troponina I: • Elevação: 3 a 6 horas após o início da dor • Pico máximo: 10 a 22 horas • Retorno: 7 a 10 dias Nomes e siglas EC Objetivos diagnósticos Amilase (AMS) 3.2.1.1 Pancreatite aguda Aldolase 4.1.2.13 Doenças musculares Alanina aminotransferase (ALT) ou Transaminase glutâmico pirúvica (TGP) 4.1.2.13 Doenças hepáticas Aspartato aminotransferase (AST) ou Transaminase glutâmico oxalacética (TGO) 2.6.1.2 IAM, doenças hepáticas e musculares Colinesterase (CHE) pseudocolinesterase (sCHE) 2.6.1.1 Exposição a organofosforados Creatinoquinase ou fosfotransferase (CK) 2.7.3.2 IAM, doenças musculares Desidrogenase lática (LDH), lactato desidrogenase 1.1.1.27 IAM, doenças hepáticas e musculares Fosfatase ácida (PAC, PACP) 3.1.3.2 Câncer de próstata metastático Fosfatase alcalina (PAL, ALP, FALC) 3.1.3.1 Doenças hepáticas e ósseas Gama glutamil transferase (GGT) ou transpeptidase (GGTP) 2.3.2.2 Doenças hepáticas (colestase) 5 Nucleotidase (5’NT) 3.1.3.5 Doenças hepáticas Lipase (LPS) 3.1.1.3 Pancreatite aguda • Gaw, Allan. Bioquímica Clínica. 2. ed. Guanabara Koogan. • LOPES, HOMERO JACKSON DE JESUS. Enzimas no laboratório clínico: aplicações diagnósticas. Belo Horizonte: Analisa diagnóstica. 28p. s.d. •BAPTISTA, JANE MACIEL ALMEIDA. Enzimologia clínica. Disciplina de Bioquímica clínica. Belo Horizonte: Faculdade de Farmácia da UFMG. s.d •Devlin, Thomas M.. Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas. 5. ed. São Paulo: Edgard Blücher Ltda. 2003. 1084 páginas. • XAVIER, R.M. et al. Laboratório na Prática Clínica: consulta rápida. 2ª edição. Editora Artmed, 2010 •MOTTA, V.A. Bioquímica Clínica para o Laboratório. 5ª edição. Editora MedBook, 2009. • Smith, Colleen / Marks, Allan D. / Lieberman, Michael. Marks´ Basic Medical Biochemistry – A Clinical Aprroach. 2. ed. EUA: Lippincott Williams & Wilkins. 2005. 977 páginas. Referências bibliográficas
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