Exercício 5

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U N I V E R S I D A D E
 ESTÁCIO DE SÁ	
 Penal IV 
 Professor: Antônio José Martins Gabriel
Aula 5 / Exercícios:
1.ª Questão: José percebeu que seu conhecido João havia cometido crime de desobediência e estava fugindo a pé, sendo perseguido por policiais. Em vista disso, despistou os milicianos e colocou João no interior de seu veículo, deixando o local e impedindo, dessa forma, a prisão em flagrante deste. Nesse caso, José responderá pelo crime de:
a) favorecimento pessoal privilegiado.
b) favorecimento real.
c) favorecimento pessoal em seu tipo fundamental.
d) arrebatamento de preso.
e) facilitar a fuga de pessoa presa.
2.ª Questão - assinale a alternativa correta:
a) O agente que auxilia pessoa acusada da prática de crime a furtar-se à ação da autoridade, pratica o delito de favorecimento real.
b) O agente que auxilia pessoa a tornar seguro o proveito do crime, pratica o delito de favorecimento pessoal.
c) O agente que auxilia pessoa acusada pela prática de crime a furtar-se à ação da autoridade, pratica o delito de favorecimento pessoal.
d) O agente que auxilia pessoa a tornar seguro o proveito do crime, é considerado coautor do fato em qualquer caso.
3.ª Questão: forme opinio delicti a respeito da conduta do perito que limpe as impressões digitais encontradas no cenário do crime, com o manifesto propósito de induzir em erro o juiz (resposta justificada).
perito: falsa perícia (art. 342, § 1.º do CP). O princípio da especialidade afasta o crime de fraude processual (art. 347 do CP).
4.ª Questão: forme opinio delicti a respeito da conduta do sujeito que auxilia alguém que, em legítima defesa, tenha causado a morte de seu agressor a escapar da ação da autoridade policial (resposta justificada).
Fato atípico. Não é favorecimento pessoal, pois “autor de crime” = fato típico + antijurídico. A legítima defesa excluí a ilicitude da conduta.
5.ª Questão: Forme opinio delicti a respeito da conduta do advogado que orienta seu cliente a fugir para outro Estado até a extinção da punibilidade (resposta justificada).
Fato atípico, erigindo-se apenas em infração administrativa a ser resolvida perante a OAB. Não é favorecimento pessoal, porque este crime ostenta como ação nuclear, tão somente, o verbo/elementar “auxiliar”, que pressupõe um comportamento comissivo que importa na própria execução material do delito (fazer algo, como p. ex., dar dinheiro para a fuga, dar fuga ou esconder o autor de um crime). Repare-se que o advogado cingiu-se a atuar sobre a mente/psique do autor do delito anterior, convencendo-o a fugir para outro Estado. A conduta do advogado somente se amoldaria ao crime de favorecimento real, se na definição legal deste delito fossem utilizados, igualmente, além de “auxiliar”, os verbos/elementares “induzir” e “instigar”, como é o caso do crime do art. 33, § 2.º da Lei 11.343/06 (Lei de drogas). 
6.ª Questão: Caio consegue convencer Tício a esconder Mévio, procurado pela polícia em razão do cometimento de um crime, em sua casa. Classifique as condutas de Caio e de Tício (respostas justificadas).
Tício: favorecimento pessoal (art. 348 do CP).
Caio: partícipe moral (induzimento) do crime de favorecimento pessoal (art. 348 c/c art. 29, ambos do CP).
7.ª Questão: É possível a aplicação analógica da escusa absolutória prevista no art. 348, § 2.º do CP, se o pai auxiliar o filho, ocultando num galpão eletrodomésticos por este subtraídos? (resposta justificada). 
Não. Conquanto se trate de norma penal não incriminadora que comporta, em tese analogia, as hipóteses em tela não são análogas (semelhantes).