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Relações Privadas e Internet Prof. ª Patrícia Borges Orlando de Oliveira patriciaborlando@gmail.com O uso da internet no mundo está crescendo rapidamente em todo mundo; Nos últimos 10 anos ela cresceu cerca de 444% no mundo, chegando a aproximadamente 2 bilhões de usuários, a maioria deles na Ásia. 87% das pessoasconsideram o acesso a internet um direito fundamental para todas as pessoas; 70% daqueles que não tem acesso acreditam que deveriam ter; 75% dos entrevistados no Japão, México e Rússia disseram que não conseguiriam ficar sem ela “Nomofobia” Pesquisa sobre a importância da Internet revela: Preocupação constante com o que acontece na internet quando está offline. Necessidade contínua de utilizar a web como forma de obter excitação. Irritabilidade quando tenta reduzir o tempo de uso. Utilização da internet como forma de fugir de problemas ou aliviar sentimentos de impotência, culpa, ansiedade ou depressão. Mentir para familiares para encobrir a extensão do envolvimento com as atividades on-line. Diminuição ou piora do contato social com amigos e familiares Falta de interesse em atividades fora da rede. Nomofobia, sintomas: 8. Comprometimento das atividades profissionais e acadêmicas, como perda do emprego ou não ser aprovado na escola. 9. Lesões nas articulações dos dedos causadas pela intensa digitação. 10. Duração dos sintomas acima descritos por período maior que seis meses. A psicóloga Luciana Nunes explica que os sintomas descritos podem ser transpostos também para a dependência pelo celular. Um teste para medir a dependência da internet pode ser realizado no site www.dependenciadeinternet.com.br, mantido pelo Hospital das Clínicas de São Paulo. Porcentagem da população com acesso a internet em 2007 Continente Usuários da Internet em 2000 Usuários da Internet em 2010 Porcentagem que usa internet Crescimento entre 2000-2010 Proporção no mundo África 4,514,400 110,931,700 10.9 % 2,357.3 % 5.6 % América do Norte 108,096,800 266,224,500 77.4 % 146.3 % 13.5 % América Latina/Caribe 18,068,919 204,689,836 34.5 % 1,032.8 % 10.4 % Ásia 114,304,000 825,094,396 21.5 % 621.8 % 42.0 % Oriente Médio 3,284,800 63,240,946 29.8 % 1,825.3 % 3.2 % Europa 105,096,093 475,069,448 58.4 % 352.0 % 24.2 % Oceania 7,620,480 21,263,990 61.3 % 179.0 % 1.1 % Total no mundo 360,985,492 1,966,514,816 28.7 % 444.8 % 100.0 % Porcentagem da população com acesso a internet em 2007 Idioma Oficial da Internet: 45% em inglês; 6,3% em russo; 5,9% em alemão; 4,41% em francês; 3,8% em espanhol; 2,66% em italiano; 1,39% em português; 0,28% em romeno; 0,14% em catalão e 36,54% em outras línguas Embora a maioria dos acessos à Internet venham da China, grande parte da páginas estão em inglês; Área Militar Auge da Guerra Fria; Criação da Agência DARPA; Em fevereiro de 1955; Ligando vários sistemas de radares espalhados por todo o território americano; Na década de 60, passou para as universidades; Origens: Maior conglomerado de redes de comunicação; Dispositivos Interligados pelo protocolo TCP/IP que permitem a transferência de dados. Possui uma infra estrutura de: correio eletrônico, comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos Internet Passou a ser um conjunto de redes universitárias interconectadas em 56kbps; A popularização da rede veio somente no início da década de 90 no EUA; Desenvolvimento Entre 2008 e 2010, segundo o MEC, 56 mil escolas brasileiras ganharam acesso a internet permitindo a 2,4 milhões de crianças o acesso a internet. 51,2% dos brasileiros conectados, média mundial é de 49,1% Brasil ocupa 72º entre 156 países, no Ranking global de inclusão digital, pesquisa da FGV em 31.07.2012. No Brasil: No Brasil, maior impedimento era o custo do “modems”; Em 1995, passou a ter uma redução do custo no modems, por isso o crescimento passou a ser exponencial; Dial up Banda Larga Fibra Ópticas Wi Fi Telefones Celulares 3G ou 4G Tipos de Conexão Significa discagem, seja em internet ou uma simples discagem para outro telefone; é uma tecnologia de acesso remoto que está disponível como parte do Roteamento; Dial up FORMAS DE CONEXÃO A INTERNET: CONEXÃO DISCADA CONEXÃO À CABO No Brasil não uma velocidade mínima para considerar como banda larga; Banda Larga Popular acima de 256 kbps; Banda Larga ou Banda Larga FORMAS DE CONEXÃO A INTERNET: CONEXÃO À CABO FORMAS DE CONEXÃO A INTERNET: Mini Modem Via Rádio A pode ser considerada uma nova forma de internet a cabo que permite uma banda larga com velocidade da internet superior; Têm custo mais elevado; Deveria ter uma melhor velocidade e menor oscilação durante a conexão; Fibra óptica FORMAS DE CONEXÃO A INTERNET: Fibra Óptica Não é uma tecnologia para transmitir dados a longas distâncias Tem um papel importante na transmissão de dados a poucos “metros”. Wi-Fi 3G e 4G Armazenamento de Dados Tipos de Armazenamento Disquete 5 1/4 Disquete 3 1/2 Tipos de Armazenamento CD ou DVD Drive Tipos de Armazenamento Pen Drive Cartão de Memória Tipos de Armazenamento HD Externo Nuvem de Dados Capacidade de Armazenamento: Não considerar o valor unitário Segurança Backup Rotina em realizar o backup; Conferir se o backup funciona; Manter os dados atualizados; CONTEÚDO ON LINE: SEGURO INSEGURO Verifique a fonte; Procure sempre os sites confiáveis como Scielo; Tribunais e etc. Evite sites que as fontes não sejam claras; Não use informações sem fazer remissão das fontes; Contratos Maria Helena Diniz ensina: “... o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre as partes, com o escopo de adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial.” Definição de Contrato: “O contrato de comércio eletrônico pode definir-se como o encontro de uma oferta de bens ou serviços que se exprime de modo audiovisual através de uma rede internacional de telecomunicações e de uma aceitação suscetível de manifestar se por meio de interatividade”. Por Oliver Iteanu Conceito de Contrato Eletrônico “... o que importa para a caracterização de um contrato como eletrônico ou não, é se a expressão das vontades se deu virtualmente, ou melhor, através de um computador...” Para Sheila Leal, Os contratos eletrônicos Apresentam algumas características que são comuns a todos os contratos desta espécie, tais quais como: a liberdade de uso; a escassa legislação; a flexibilização dos conceitos de tempo e de espaço; a dispensabilidade, em regra, de documentos físicos, escritos em papel. Art.9. LINDP: “Para qualificar e reger obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. 2º-a obrigação resultante do contrato reputa- se constituída do lugar em que reside o proponente”. Artigo 428, inciso I do CCB Do Local da Contratação: Fontes do Direito Para que um contrato eletrônico seja válido se faz necessário a identificação precisa das partes contratantes. Porém, não há esclarecimentos sobre o momento em que esta identificação deve ser feita, se anterior, posterior ou juntamente com a proposta. Luis Henrique Ventura Princípio da identificação realizados em meio eletrônico, contrato efetivado no mundo virtual; possui as mesmas características e os mesmos efeitos que um contrato comum. As leis existentes conferem validade jurídica da mesma forma que os contratos já regulados possuem. Princípio da equivalência funcional dos contratos Constantes mudanças no ambiente digital; Assim, para (LEAL, 2007, p. 91), “ ... As normas devem ser neutras para que não constituam em entraves ao desenvolvimento de novas tecnologias e perenes no sentido de se manterem atualizadas, sem necessidade de serem modificadas a todo instante Princípio da neutralidade Princípio da conservação e aplicação das normas jurídicasexistentes aos contratos eletrônicos os contratos eletrônicos guardam todas as características básicas do contrato comum; Presentes os elementos essenciais do contrato, não há porque dar tratamento diverso ao contrato eletrônico; A internet não cria espaço livre, alheio ao Direito. As normas legais vigentes aplicam-se aos contratos eletrônicos basicamente da mesma forma que a quaisquer outros negócios jurídicos. Princípio da boa-fé objetiva Devido à vulnerabilidade do mundo virtual, os contratos eletrônicos expõem os participantes a maiores riscos, com grandes possibilidades de fraudes; É nesse cenário que se justifica o uso da boa-fé objetiva nos contratos eletrônicos; Princípio de forma expressa foi o Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista a hipossuficiência do consumidor em relação ao fornecedor; Visa a proteção da parte mais fraca da relação jurídica, esperando que a parte que possui mais vantagens em relação à outra; A boa-fé objetiva em seu artigo 422 do CCB; Identifica-se com a eficácia probatória e segurança no meio virtual; Devem ser autenticados, por meio de sistemas criptográficos. Princípio da Autenticação: Princípio do Impedimento de Rejeição: “as partes não podem alegar invalidade do contrato alegando, simplesmente, que aquele foi celebrado por meio eletrônico”. Para Luis H. Ventura falta de legislação proibitiva ou regulamentadora do comércio eletrônico Contratos são regidos pelo princípio da liberdade da forma contratação; O objeto contratual ou suas cláusulas não devem ser expostos no ambiente virtual; Garantindo-se a privacidade aos contratantes; Princípio da privacidade: Artigo 104 do CCB Artigo 107 do CCB – Validade dos Contratos Artigo 427 do CCB – Proposta entre Presentes Artigo 428 do CCB – Proposta entre Ausentes Artigo 428, inciso I do CCB Princípios Gerais dos Contratos: Os aplicadores do Direito, portanto devem fazer uso das formas interpretativas da legislação, como a analogia e a integração, para solucionar as situações que venha a surgir e que encontrem corresponde na legislação contratual em vigor. LAWAND, apud LEAL, 2007, p. 93 Uso da Análogia: Contratos Eletrônicos e o CDC Patrícia B Orlando de Oliveira Artigo 2º e 3º do CDC: Destinatário Final do Produto ou do Serviço; Artigos do CCB: Quando não for possível a aplicação do CDC; Conceitos: Fornecedores: As regras para conceituar o Fornecedor são as regras gerais do CDC; Artigo 12 e 14 do CDC; Conceitos: Projeto de lei n° 1589/99 (OAB/SP) Artigo 13: "aplicam-se ao comércio eletrônico as normas de defesa e proteção do consumidor". Projetos de Legislação: Regra Geral do CDC Oferta e apresentação de produtos e serviços feitas através da Internet devem: assegurar informações corretas claras Precisas Ostensivas e Língua portuguesa; Publicidade: sobre suas características; Qualidades; Quantidade; Composição; Preço; Garantia; Prazos de validade; Origem; Deixar claro, eventuais riscos que apresentem à saúde e segurança dos consumidores Art. 31 da Lei 8078/90 Informações devem conter: a) enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer serviço, considerando-se caso ocorra, como amostra grátis, não sendo obrigado a pagar; b) descumprir o prazo de entrega do produto ou de execução do serviço; c) deixar de informar previamente das despesas de remessa do produto; É proibido através da Internet : d) executar serviços sem a prévia autorização expressa do consumidor; e) cobrar quantia indevida, que uma vez paga, deverá ser devolvida em dobro corrigida monetariamente e com juros legais. É proibido através da Internet : Regra geral, vincula o anunciante; Verificar a Boa Fé; Erro flagrante não vincula para os Tribunais; Exemplo: Caso do Ponto Frio Anúncio Equívocado: Clonagem do cartão de crédito; Risco da loja virtual: a loja responde; Formas de Pagamento: Proteger da abordagem agressiva; Falta o prazo de reflexão; Compra ocorre por impulso; O site não é um estabelecimento comercial; Divergência Doutrinária sobre o cabimento ou não o artigo 49 do CDC. Do Arrependimento: Para o Min. do STJ Ruy Rosado é perfeitamente aplicável aos negócios realizados através da rede mundial de computadores, a cláusula de arrependimento, em que o consumidor tem o direito de voltar atrás em sua decisão, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial. Art. 49 CDC – Do Arrependimento "O site da empresa ofertante não pode ser considerado dependência do estabelecimento. O consumidor está em casa, conectado ao computador, realizando um negócio a distância e pode estar recebendo influências externas para fazer a compra.” Des. Ruy Rosado do STJ ensina: Conceito: Artigo 56, inciso XII do CDC Aplicação Efeitos: Artigo 60. § 1º do CDC Contra Propaganda Estabelece que são nulas de pleno direito as cláusulas abusivas que impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vício de qualquer natureza dos produtos ou serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. art.51, I do CDC “A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo...” Art. 4º do CDC: Privacidade e Intimidade A intimidade é o âmbito exclusivo que alguém reserva para si, sem nenhuma repercussão social, nem mesmo ao alcance da sua vida privada que, por mais isolada que seja, é sempre um viver entre os outros (na família, no trabalho, no lazer comum). Não há um conceito absoluto de intimidade, embora se possa dizer que seu atributo básico é o estar só, não exclui o segredo e a autonomia. Nestes termos, é possível identificá-la: o diário íntimo, o segredo sob juramento, as próprias convicções, as situações indevassáveis de pudor pessoal, o segredo íntimo cuja mínima publicidade constrange. (Ferraz, 1993, p. 449) Tércio Sampaio Ferraz Conceito de Intimidade: São características dos direitos fundamentais, em síntese: a imprescritibilidade, segunda a qual estes não se sujeitam a decurso de prazo; inalienabilidade, que consiste em vedação à transmissão onerosa ou gratuita do direito; irrenunciabilidade, pela qual o titular não pode dele abdicar; inviolabilidade, que é a vedação a terceiros de interferirem nestes direitos sob pena de responsabilidade civil e criminal; universalidade, que traduz sua abrangência geral; efetividade, que caracteriza o dever do poder público de viabilizar o exercício de tais direitos; interdependência, que denota o fato de os direitos fundamentais relacionarem-se entre si; e, por fim, a complementaridade, que consiste na necessidade de interpretação conjunta dos direitos fundamentais. (MORAES, 2011, p. 22) Magna Carta de 1215 dada pelo Rei João Sem Terra aos bispos e barões ingleses, que representa uma primeira limitação ao poder soberano do monarca, por prever, em suas cláusulas, as liberdades eclesiásticas, limitações ao poder de tributar, direito de ser submetido a um julgamento por seus pares, direito à propriedade e à vida; a “Petition of Rights” de 1628, o “Habeas Corpus Act” de 1679 e o “Bill of Rights” de 1689, asseguravam direitos aos cidadãos ingleses como a proibição de prisão arbitrária, o habeas corpus e o direito de petição e limitavam de algum modo o poder do Estado. Tais direitos eram considerados fundamentais, embora não fossem constitucionalizados; Revolução Francesa, século XVIII; Evolução Histórica: Estão em risco os nichos mais preciosos da privacidade. Contas-correntes, declarações de Imposto de Renda, números e operações dos cartões de crédito, dados do passaporte, nomes e endereços de contatos comerciais e pessoais poderão ser devassados e alterados por qualquer pessoa.O mais grave: isso poderá ocorrer em qualquer lugar do mundo. (PAESANI, 2012, p. 43) Internet e privacidade: Se o Poder Judiciário parece não ter compreendido bem os aspectos tecnológicos do caso Cicarelli, a sociedade civil parece não ter compreendido bem os seus aspectos jurídicos. Não foram poucas as vozes que se ergueram para afirmar que o comportamento desinibido da modelo implicava ‘autorização tácita’ para a divulgação do vídeo. A divulgação fio defendida como uma espécie de sanção à conduta da moça. [...] Sob o prisma jurídico, tal pena seria flagrantemente inconstitucional. Sob o prisma ético, representaria um contrassenso, pois acabaria por propagar o mal causado. (SCHEREIBER, 2011, p. 122) Caso Cicarelli A “Lei Carolina Dieckmann” é como ficou conhecida a Lei 12.737/2012, sancionada em 03 de dezembro de 2012, e que promoveu alterações no Código Penal Brasileiro, tipificando os chamados delitos ou crimes informáticos. Caso Carolina Dieckmann: Se os sites de relacionamentos são criados com o objetivo de entretenimento e lazer par quem se inscreve, devem servir a esse, e não uma forma a mais de armazenar, comercializar informações sem o conhecimento do usuário e obter lucro de forma irregular. (MORESCHI DE MEIRA, 2012) [...] o internauta deve ter a segurança de que ao excluir a conta de determinada rede social, seus dados forma realmente excluídos do sistema das redes sociais de forma a preservar sua honra e o seu direito de escolha, pois a partir do momento que o usuário se desvincula de determinado site ou exclui informações é porque não deseja mais que estas estejam disponíveis para que outros membros vejam. (MORESCHI DE MEIRA, 2012) Sites de Relacionamento e Redes Sociais:
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