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AULA 04 AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NEURO

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AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO 
NEUROPSICOPEDAGÓGICA NAS 
DIVERSAS DIFICULDADES E 
TRANSTORNOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Luciana Trad 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, teremos a oportunidade de conhecer o passo a passo da 
avaliação neuropsicopedagógica. Antes de começar, relembremos os pontos 
principais da avaliação: funções, disfunções, questões éticas, rapport, modelos de 
entrevistas, testagens e relatório diagnóstico final, sugestões e encaminhamentos. 
Os temas abordados serão a avaliação neuropsicopedagógica nas 
dificuldades e transtornos, ressaltando a diferença entre dificuldades e transtornos 
de aprendizagens; como preparar as primeiras sessões de avaliação, ou seja, 
condições de ambientais, rapport e modelos de entrevistas; o histórico de vida e 
sua relevância como instrumento e fonte de dados para o neuropsicopedagogo; 
sessões de testagens, avaliação qualitativa e quantitativa; em seguida, sessão de 
entrevista devolutiva/laudo, sugestões de intervenção e encaminhamentos. 
CONTEXTUALIZANDO 
Para excelência de uma avaliação neuropsicopedagógica, o estudo 
aprofundado nas bases teóricas da neurociência aplicada à educação, com base 
na pedagogia e psicologia cognitiva, o conhecimento, aplicação e correção de 
instrumentos de avaliação e a ética profissional são elementos indispensáveis. 
Segundo Russo (2015), 
O plano de avaliação é estabelecido com base nas perguntas o 
hipóteses iniciais, definindo-se os instrumentos necessários, além de 
estabelecer como e quando utilizá-los. Selecionado e administrado o 
protocolo de avaliação, obtem-se os dados que devem ser 
interrelacionados com as informações obtidas pela família, escola e 
equipe multidisciplinar , dos dados obtidos sobre o desenvolvimento 
neuropsicomotor, quadro de saúde geral do paciente e da família, do 
contexto social em que vive o paciente, da vida escolar entre outros 
aspectos que possam ajudar no diagnóstico voltado a questões 
relacionadas a aprendizagem. 
Vamos, então, nos aprofundar nos aspectos fundamentais da avaliação 
neuropsicopedagógica. 
TEMA 1 – AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA NAS DIFICULDADES E 
TRANSTORNOS 
A avaliação neuropsicopedagógica objetiva a avaliação da aprendizagem, 
portanto é essencial retomar aspectos importantes sobre a diferença entre 
dificuldade de aprendizagem e transtorno de aprendizagem. 
 
 
3 
A dificuldade de aprendizagem pode ser temporária ou permanente, se 
apresenta por meio de dificuldades de origem ou ordem pedagógica e ocorre por 
fatores ambientais; já o transtorno de aprendizagem se dá por uma disfunção no 
sistema nervoso central, não se justifica por fatores externos como, por exemplo, 
falta de chance de aprender ou doença adquirida. Os transtornos de 
aprendizagem, segundo o Código Internacional de Doenças, 
são transtornos nos quais os padrões normais de aquisição de 
habilidades são perturbados desde os estágios iniciais do 
desenvolvimento. Eles não são simplesmente uma consequência de 
uma falta de oportunidade de aprender nem são decorrentes de qualquer 
forma de traumatismo ou de doença cerebral adquirida. Ao contrário, 
pensa-se que os transtornos se originam de anormalidades no processo 
cognitivo, que derivam em grande parte de algum tipo de disfunção 
biológica (CID – 10,1992: 236). 
O diagnóstico de transtorno de aprendizagem é feito por meio de avaliação 
multiprofissional que envolve profissionais da educação e da saúde. O 
neuropsicopedagogo também deve se inteirar sobre causas e sintomas de demais 
transtornos do neurodesenvolvimento e, quando necessário, trabalhar junto à 
equipe multiprofissional. 
Segundo a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp), em 
sua Nota Técnica n. 02/2017, em se tratando de desenvolvimento e 
aprendizagem, o neuropsicopedagogo, tanto clínico quanto institucional, pode 
avaliar linguagem, compreensão leitora, escrita, habilidades matemáticas, 
atenção, funções executivas, memória de aprendizagem, motivação intrínseca e 
extrínseca, desenvolvimento neuromotor e habilidades sociais. Por isso, a seguir, 
vamos tratar, brevemente, sobre cada função indicada e algumas disfunções que 
podem comprometer o processo de aprendizagem, mas é importante ressaltar 
que cabe ao neuropsicopedagogo se aprofundar sobre as causas, sintomas e 
tratamento. 
1.1 Linguagem 
Os distúrbios da fala mais comuns são: mudez, atraso no desenvolvimento 
da linguagem, problemas de articulação, dislalia, distúrbio de ritmo ou fluência e 
gagueira. Segundo Gil (2010, p. 21), 
A Linguagem é ao mesmo tempo, o instrumento privilegiado da 
comunicação inter-humana e o veículo privilegiado do pensamento. A 
linguagem é expressa sob forma de línguas, que podem ser concebidas 
como instituições sociais construídas pelas comunidades humanas e 
formadas por um “sistema estruturado de signos que exprimem ideias” 
das quais “a fala é a manifestação”. 
 
 
4 
1.2 Escrita 
 Com relação à escrita, os distúrbios mais comuns são: disgrafia, 
disortografia e erros de formulação e sintaxe. Como explica Gil (2010, p. 61): 
A escrita é um gesto motor que precisa da integridade, da sensibilidade 
e da motricidade. Como qualquer gesto motor ela necessita de uma 
organização que usa as competências do tipo “práxicas”. A escrita 
também é uma atividade visuoconstrutiva que faz uso da importante 
atividade de espacialização: escrevemos da direita para esquerda e de 
cima para baixo. Essas são as condições que permitem a escrita por em 
ação a função da língua que ela representa e a qual convém acrescentar 
suas dimensões motivacional e emocional. [...] A escrita, é um modo 
particular, e mais tardiamente adquirido de expressão da linguagem. 
1.3 Compreensão leitora 
No que diz respeito à compreensão leitora, há um transtorno específico, 
que é a dislexia. 
Nos modelos interativos o leitor é considerado como um sujeito ativo que 
utiliza conhecimentos de tipo muito variado para obter informação do 
escrito e que reconstrói o significado do texto ao interpretá-lo de acordo 
com seus próprios esquemas conceituais e a partir de seu conhecimento 
do mundo. A relação entre o texto e o leitor durante a leitura pode ser 
qualificada como dialética: o leitor baseia-se em seus conhecimentos 
para interpretar o texto, para extrair um significado, e esse novo 
significado, por sua vez, permite-lhe criar, modificar, elaborar e 
incorporar novos conhecimentos em seus esquemas mentais. 
1.4 Habilidade matemática 
O distúrbio de aprendizagem relacionado à habilidade matemática é 
denominado discalculia. Sobre a habilidade matemática, Gil (2010, p. 91) 
descreve que: 
Habilidade matemáticas- Os números são feitos de algarismos 
repertoriados num léxico (doze, 12) e unidos por regras sintáticas 
(trezentos e vinte e um, 321) e que tanto, no nível da compreensão 
quanto da produção, se beneficiam com vários tipos de significantes (ou 
notações), dos quais dois deles são essencialmente usados: a notação 
verbal utilizada no oral e na escrita e a notação árabe, usada na escrita. 
Esses dois tipos de notação usufruem de uma transcodificação mútua 
que permite passar de um sistema para outro. Os números possibilitam 
os cálculos, expressos em forma de sinais aritméticos, que podem ser 
ditos (multiplicar), lidos ou escritos verbalmente (menos, mais...) ou 
simbolicamente (-,+, =,...), permitindo assim a realização das quatro 
operações básicas. Essas operações podem ser efetuadas mentalmente 
ou por escrito, usando-se uma disposição espacial rigorosa, como o 
alinhamento sequencial, da direita para esquerda, das unidades, 
dezenas e centenas... reunidas, na adição, num alinhamento vertical decada classe lexical numérica. 
 
 
 
5 
1.5 Funções executivas 
Segundo Rommelse (2010), déficit de funções executivas (FE) constitui 
uma das principais características de transtorno do déficit de atenção com 
hiperatividade (TDAH). 
As funções executivas (FE) correspondem a um conjunto de habilidades 
que, de forma integrada, permitem ao indivíduo direcionar comportamentos e 
metas, avaliar a eficiência e adequação desses comportamentos, abandonar 
estratégias ineficazes em prol de outras mais eficientes, desse modo, resolver 
problemas imediatos, de médio e de longo prazo (Malloy-Diniz et al., 2014, p. 115). 
Santos (2015) destaca que o termo FE, a princípio, estava circunscrito à definição 
de metas, iniciação da ação, inibição, planejamento, alternância, monitoramento, 
entretanto estudos recentes de Godefroy (2010), citado pela autora, têm 
incorporado a essas funções, também, cognição social, teoria da mente, 
processos estratégicos da memória episódica, insight e metacognição. 
1.6 Memória 
A memória é essa aptidão que, ao possibilitar que a pessoa se lembre, 
permite também a todo ser humano reconhecer-se no presente, produto 
de sua história e a raiz de seu futuro. [...]. Portanto a memória é múltipla. 
A ação da memória supõe: - a recepção, a seleção (consciente ou 
inconsciente) e, de um modo mais geral, o tratamento das informações 
recebidas pelos órgãos dos sentidos; - a codificação e a estocagem 
dessas informações sob forma de “engramas”, que seriam no seio do 
conjunto de neurônios, as redes que representam o suporte da 
informações estocadas; - a capacidade do acesso a essas informações 
(Gil, 2010, p. 173). 
1.7 Desenvolvimento neuromotor 
A experiência motora propicia o amplo desenvolvimento dos diferentes 
componentes da motricidade, tais como a coordenação, o equilíbrio e o 
esquema corporal. Esse desenvolvimento é fundamental, 
particularmente, na infância, para o desenvolvimento das diversas 
habilidades motoras básicas como andar, correr, saltar, galopar, 
arremessar e rebater (Medina-Papst; Marques, 2010, p. 36). 
1.8 Motivação 
Motivação - intrínseca e extrínseca: em relação à aprendizagem escolar, 
a motivação intrínseca se dá pela curiosidade para aprender, a 
persistência dos alunos nas tarefas - mesmo frente às dificuldades - o 
tempo despendido no desenvolvimento da atividade, a ausência de 
qualquer tipo de recompensa ou incentivo para iniciar ou completar a 
tarefa, o sentimento de eficácia em relação às ações exigidas para o 
desempenho, o desejo de realizar aquela atividade particular e, 
finalmente, a combinação de todas as variáveis apontadas. Por outro 
 
 
6 
lado, a motivação extrínseca apresenta-se como a motivação para 
trabalhar em resposta a algo externo à tarefa ou atividade, como para a 
obtenção de recompensas materiais ou sociais, de reconhecimento, 
objetivando atender aos comandos ou pressões de outras pessoas ou 
para demonstrar competências e habilidades. O aluno extrinsecamente 
motivado busca uma tarefa escolar para melhorar suas notas ou receber 
recompensas e elogios e/ou evitar punições (Martinelli; Bartolomeu, 
2007). 
TEMA 2 – PRIMEIRAS SESSÕES DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA 
Nas primeiras sessões de avaliação neuropsicopedagógica, será feita a 
exploração da demanda inicial por meio de entrevistas com a pessoa avaliada e 
os responsáveis, bem como feito o contato com a equipe, institucional ou 
pedagógica. Devemos lembrar sobre a importância do ambiente adequado onde 
será realizada a avaliação, ou seja, iluminação, mobiliário proporcional às 
necessidades do avaliando (altura, peso, idade etc.), assim como acessibilidade 
quando for o caso de atendimento de pessoas com necessidades especiais, como 
um cadeirante, rapport entre avaliador e avaliando é fundamental. 
2.1 Ficha de identificação 
A ficha de identificação facilita o contato do neuropsicopedagogo com o 
avaliando ou a família, a escola ou a instituição. Esse documento, geralmente, 
reúne informações como o do modelo na Figura 1. 
Figura 1 - Modelo de Ficha de Identificação 
Nome: ................................................................................ Sexo: ........................ 
Idade:......... anos ............meses Data de Nascimento ..... /......./............. 
Naturalidade.......................................... Nacionalidade......................................... 
Escolaridade do avaliando: .............................. série .............. Período.................. 
Nome do Pai/ Responsável .................................................................................. 
Idade: .................. Escolaridade:........................................................................ 
Profissão: ............................................................................................................. 
Telefone: ( )................................................. Celular ( ).......................................... 
Nome do Mãe/ Responsável................................................................................ 
Idade: .................. Escolaridade:...................................................................... 
Profissão: ........................................................................................................... 
Telefone: ( )................................................. Celular ( ).......................................... 
Irmãos da criança: 
Nome:...................................... Idade:............... Escolaridade........................ 
Nome:...................................... Idade :............... Escolaridade........................ 
 
 
7 
Nome:...................................... Idade:............... Escolaridade........................ 
Endereço Residencial:........................................................................n º................. 
Bairro:.................................CEP.................... Cidade:................. Estado......... 
Telefone Residencial: ( )................................. 
Escola: ......................................................................... Pública ( ) Particular ( ). 
Nome do Professor................................................................................................ 
Nome Coordenador ou Assessor Pedagógico....................................................... 
Telefone de contato ( )................................../ ( )............................................ 
Queixa principal: .................................................................................................... 
Quem fez o encaminhamento: .............................................................................. 
2.2 Entrevistas 
Os tipos de entrevista mais comuns na avaliação neuropsicopedagógica 
são a entrevista inicial, a entrevista com o avaliando e entrevista com a escola. A 
seguir, conheceremos um pouco sobre cada uma delas. 
2.2.1 Entrevista inicial 
A entrevista inicial, normalmente, é semiestruturada e serve como roteiro 
para que o avaliando, ou responsável, possa discorrer sobre a queixa 
apresentada. O neuropsicopedagogo deve usá-la de maneira flexível, observando 
as respostas, expressões verbais e não verbais emitidas pelo respondente 
durante a entrevista. 
Chamat (2004, p. 53-55) apresenta um modelo de técnica de entrevista 
inicial para ser aplicada com os responsáveis, em avalição clínica, o qual 
apresentamos, a seguir, de forma adaptada. 
1. Queixa livre: em que posso ajudá-los? Ou o que os trouxe aqui? 
2. Quando começou o problema? Quais fatos associam ao problema? 
3.Quais as atitudes tomadas diante desse problema? 
4. Como se sentem diante dessa problemática? 
5. Como a equipe pedagógica se posiciona com relação à situação? 
6. Como a situação se apresenta em casa? 
7. Comente sobre a rotina diária do avaliando (nome). 
8. Fale-me sobre a rotina dos fins de semana. 
9. Como a pessoa (nome) se comporta diante das tarefas escolares? 
10. Como vocês reagem? 
11. Existe algum outro problema? 
12. Quais as qualidades, habilidades e eficiências de seu filho? 
 
 
8 
13. Com relação aos irmãos, como são? 
14. O que esperam do atendimento (levantar fantasias de cura ou transferência de 
responsabilidade). 
15. Esclarecimentos sobre avaliação diagnóstica, importância da parceria família e 
escola. 
16. Questionar sobre o entendimento da família com relação à proposta 
apresentada. 
17. Se houver concordância quanto à proposta de trabalho apresentada, esclarecer 
as responsáveis sobre a possibilidade de orientações quanto organização da 
rotina, uma vez que algumas dificuldades podem ser advindas de rotinas mal 
estabelecidas, formas de recompensa ou punição, falta de estratégias de 
organização e estudo. 
18. Estabelecimento de dias, horários e honorários referentes ao trabalho que será 
efetuado, assim como a cobrança de faltas sem justificativas. Cabe, ainda, 
ressaltar sobre a importância do contato com a escola e sobre a autorização da 
família para esse contato. 
19. Informar à família que, ao fim do processo, será feita uma entrevista devolutiva, 
apresentando os resultados da avaliação, assim como sugestões de 
intervenção, orientação para a escola e encaminhamentos para outros 
profissionais, caso seja necessário. 
20. Gostariam de acrescentar algo? 
21. De acordo com o encaminhamento desta entrevista, o examinador poderá 
decidir se, na próxima sessão, fará a entrevista do histórico de vida da criança 
ou fará a entrevista com a criança ou ainda a entrevista com a escola. 
 
Segundo Chamat (2004), essa entrevista deve ser interpretada de acordo com 
os objetivos iniciais propostos na referida técnica, caso surja algum aspecto 
obscuro, poderá ser esclarecido em outro momento. 
2.2.2 Entrevista com o avaliando 
Neste momento, devemos lembrar a importância do rapport, ou seja, a 
relação entre avaliando e avaliador, como já vimos anteriormente. Ele pode 
interferir no resultado da avaliação, por isso, quando estivermos trabalhando com 
crianças muito pequenas, poderemos estabelecer a vinculação por meio de um 
momento lúdico, com o uso de brinquedos, jogos ou tarefas adequadas para 
criança (Hutz,2015). 
 
 
9 
As perguntas deverão ser adaptadas de acordo com a faixa etária do 
avaliando para que ele tenha condições de compreender o que está sendo pedido. 
Nessa entrevista, será possível conhecer o ponto de vista do avaliando sobre suas 
dificuldades, a relação com a aprendizagem e seus vínculos relacionais. É uma 
entrevista semiestruturada que permite o aprofundamento conforme o repertório 
de respostas do avaliando. 
A seguir, apresentamos algumas orientações que podem servir de modelo 
para a entrevista com o analisando: 
1. Explorar sobre o conhecimento do avaliando. O que disseram que você viria 
fazer aqui? 
2. Por que você acha que veio aqui? 
3. Fale-me um pouco sobre você? Está tudo bem? Você acha que tem alguma 
dificuldade? 
4. Fale sobre seu desempenho na escola. 
5. Quais as disciplinas de que mais gosta? Por quê? 
6. Quais as disciplinas de que gosta menos? Por quê? 
7. Questionar sobre os vínculos. O que acha de sua professora? 
8. Tem muitos amigos na escola ou fora dela? Tem problemas com colegas? 
9. Como é sua rotina de estudo? 
10. Quem estuda com você? O que seus pais acham de suas tarefas? 
11. É fácil ou difícil fazer as tarefas de casa? Demora ou é rapidinho? 
12. Como estão suas notas? Se estiverem baixas, perguntar o que tem feito para 
melhorar. 
13. Aqui, o neuropsicopedagogo se mostra disponível para iniciar a avaliação. 
Gostaria de fazer um trabalho, aqui, para verificarmos em que posso lhe ajudar. 
Faremos algumas tarefas diferentes da escola, para podermos conhecer melhor 
suas facilidades e dificuldades e, assim, pensar em caminhos para diminuir suas 
dificuldades. O que acha? 
2.2.3 Entrevista com a escola 
 Essa entrevista deverá ser autorizada pelos responsáveis e esse contato 
pode ser feito mediante uma entrevista semiestruturada, com o professor, ou 
responsável pedagógico, mediante agendamento. Caso não seja possível, devido 
ao custo, à disponibilidade da escola, ou a outro motivo, sugere-se o 
encaminhamento de um questionário padronizado para o neuropsicopedagogo 
coletar informações sobre desempenho pedagógico, comportamentos, atitudes do 
 
 
10 
avaliando no âmbito escolar e sobre as estratégias da escola diante da situação 
apresentada. 
TEMA 3 - ANAMNESE – HISTÓRICO DE VIDA 
Segundo Weiss (2006), a anamnese deve conter histórico familiar, 
gestacional, do nascimento, do desenvolvimento neuropsicomotor, quadro de 
saúde atual, desempenho escolar, comportamento em casa, no ambiente escolar 
e em convívio social. 
A seguir, apresentamos um modelo de questões para compor o histórico 
de vida do avaliando. 
Nome do avaliando: Data de nascimento: Idade: Sexo: 
Nome do entrevistado: Grau de parentesco: 
Escolaridade: 
Queixa: 
Quem fez o encaminhamento? 
Acompanhamentos: 
Pediatra ( ) Fonoaudiólogo( ) Psicólogo( ) Neurologista( ) Psiquiatra ( ) Outros 
Profissionais ( ) Faz uso de medicação ou outro tratamento? Quais? 
1. Antecedentes pessoais: 
A criança foi planejada? Filho(a) Biológico(a) ( ) Adotivo(a) ( ) 
A mãe apresenta históricos de abortos naturais? Quantos? Abortos provocados? 
Quantos? Natimortos? Filhos mortos? Causa mortis? Filhos vivos? 
Quantos? Idades? 
2. Gestação 
Quanto tempo após o casamento? Intercorrências? Quais? 
Quais as sensações psicológicas durante a gravidez? 
Sentimentos durante a gestação? Sofreu algum traumatismo? Qual? 
Doenças durante a gestação? Quais? Observações: 
3. Condições de nascimento 
Desenvolvimento do parto:( ) Natural ( ) Fórceps ( ) Cesariana 
Descrição do parto: 
Posição do nascimento: ( ) Cabeça ( ) Ombro ( ) Nádegas ( ) Transversal 
Primeiras reações: Chorou logo ( ) Ficou roxo demais ( ) Quanto tempo? 
Precisou de oxigênio? Apgar? Observações: 
4. Alimentação 
Quanto tempo após o parto recebeu a primeira alimentação? Mamou logo? 
Engoliu logo? Alimentação natural? Até quando? Mamadeira? Até quando? 
 
 
11 
Atualmente rejeita alimentação alguma vez? ( ) sim ( )não. Atitude tomada? 
Quais são as refeições que a família faz no decorrer do dia? 
Quais os tipos de alimentos que fazem parte do hábito familiar? 
Em que momentos os membros da família fazem a refeição juntos? 
Observações: 
5. Desenvolvimento psicomotor 
Quando engatinhou? Quando ficou em pé? Quando andou? Quando 
começou a falar? Falou corretamente? Trocou letras? Quais? Falou 
errado? Até quando? Gaguejou? 
Idade de controle dos esfíncteres: Anal diurno: Vesical diurno: Vesical noturno: 
Destro ou sinistro: (Dominância) 
Dentição: 
Observações: 
6. Manipulações e tiques 
Usou chupeta? Até quando? Chupou o dedo? Até quando? 
Roeu ou roí unha? Até quando? Puxa a orelha? Arranca os cabelos? Morde 
os lábios? Outros? Atitude tomada ante esses hábitos: 
Observações: 
7. Conduta, comportamento no desenvolvimento sono 
Dorme bem? Pula enquantodorme? Desde quando? Baba à noite? 
Desde quando? Sudorese durante o sono? Desde quando? Fala dormindo? 
Desde quando? Grita durante o sono? Desde quando? É sonâmbulo? 
Desde quando? Acorda quando teve um sonho ruim à noite e torna a dormir 
facilmente? Faz outros movimentos sem acordar e sem se lembrar no dia 
seguinte? 
Dorme do lado da cabeceira e acorda nos pés da cama? 
Dorme em quarto separado dos pais? Até quando dormiu no quarto dos pais? 
Qual a atitude tomada para separá-lo? 
Tem cama individual? Dorme com outra pessoa? Acorda e vai para a 
cama dos pais? Atitude dos pais? 
8. Desenvolvimento da sexualidade 
Curiosidade sexual? Atitude dos pais? Foi feita educação sexual? Por 
quem? Quando? Observações: 
9. Desenvolvimento da sociabilidade 
Tem companheiros? Prefere brincar sozinho ou com companheiros? Faz amigos 
facilmente? Quais são os companheiros da criança? Quem os escolhe os 
amigos? Dá-se bem com eles? Que tipo de brinquedos prefere? Desinteressa-se 
logo pelos brinquedos? É excessivamente cuidadoso com seus brinquedos? É 
 
 
12 
excessivamente descuidado com seus brinquedos? Brinca com crianças de sua 
idade, mais velhas ou mais novas? Adapta-se bem ao meio? Frequenta parques 
infantis? Observações: 
10. Doenças 
Sobre doenças: (cirurgia, convulsões, desmaios, acidentes, outras)? Ficou 
hospitalizado? Quando? Atitudes da família? Observações: 
11. Antecedentes familiares 
(As questões abaixo devem ser respondidas considerando-se: pai, mãe, avós 
paternos e maternos, tios, primos maternos e paternos). 
Nervosismo? Quem? Como? 
Doença psiquiátrica? Quem? Diagnóstico? 
Doença neurológica? Quem? Diagnóstico? 
Dificuldades de aprendizagem? Quem? Diagnóstico? 
Observações: 
12. Família 
Quantas pessoas compõem a família? Mora mais alguém além dos pais e filhos 
na casa? Quem? Por quê? 
13. Relacionamento familiar 
Entre os pais? Entre a mãe e a criança? Entre o pai e a criança? Entre os 
irmãos? 
Entre os avós e os pais da criança? Entre os avós e a criança? Observações: 
14. Escola 
Gosta de ir para a escola? Os pais acompanham as atividades da escola? Gosta 
dos professores? É irrequieta na classe? Já esteve em outra? Por que mudou? 
Observações finais: 
Essa entrevista, histórico de vida/anamnese, é indicada para o trabalho 
clínico. Segundo a SBNPp (2017), o emprego da anamnese no contexto coletivo 
requer cuidado, portanto o neuropsicopedagogo deve ter o cuidado de não 
adentrar na atuação de outros profissionais, como assistente social, ou psicólogo 
da instituição. 
TEMA 4 – SESSÕES DE TESTAGENS 
 O protocolo de avaliação neuropsicopedagógica é composto de 
instrumentos de leitura, escrita, aritmética, funções executivas, memória de 
aprendizagem e de destreza motora (Russo, 2015). De acordo com a SBNPp 
(2017), o neuropsicopedagogo clínico fará uso de instrumentos (testes e escalas 
 
 
13 
de uso não restrito) padronizados para a população brasileira, por área de 
investigação, sexo, grau de escolaridade, faixa etária adequada; utilizará a 
observação clínica, a hora lúdica e a investigação do material escolar para a 
elaboração da hipótese diagnóstica. 
4.1 Avaliação qualitativa 
Para realização da avaliação qualitativa, o neuropsicopedagogo, clínico ou 
institucional, poderá utilizar as provas piagetianas (Piaget, 1987) e as etapas 
psicogenéticas no processo de alfabetização (Ferreiro; Teberosky, 1999), hora 
lúdica, observação de materiais escolares (SBNPp, 2016). 
O neuropsicopedagogo, durante as atividades lúdicas e espontâneas, deve 
observar o comportamento do avaliando, isto é, se demonstra aceitação, 
oposição, inquietude ou motivação. A hora lúdica deve ser planejada e estruturada 
para que se faça uma boa observação. 
De acordo com Russo (2015), o material para avaliação qualitativa e para 
investigação pedagógica, inclui desenhos, exercícios de criatividade, leitura, 
interpretação de textos, escrita e cálculos, sequência de movimentos, jogos 
educativos e interativos, para explorar funções cognitivas e aprendizagem. A 
análise do material escolar é imprescindível, pois traz muitas informações sobre 
organização, planejamento, realização da tarefa, sobre a grafia, qualidade do erro, 
capricho e vínculo com a aprendizagem. 
4.2 Avaliação quantitativa 
A seguir, vamos apresentar alguns instrumentos de avaliação, de uso não 
restrito, que poderão ser utilizados durante a avaliação neuropsicopedagógica. A 
SBNPp, em sua Nota Técnica n. 02/2017, indica listagem de instrumentos 
apropriados para avaliação clínica e institucional. 
4.2.1 Sondagem para habilidades para alfabetização 
 IAR – Instrumento de avaliação do repertório básico para alfabetização 
(Leite, 2015), faixa etária de 5 a 6 anos. Esse instrumento pode ser 
aplicado individual ou coletivamente 
 
 
 
14 
4.2.2 Linguagem 
 Confias – Consciência fonológica instrumento de avaliação sequencial 
(Moojen, 2003), faixa etária a partir de 4 anos. 
 Teste de discriminação fonológica (Ferracini et al., 2009), faixa etária 
entre 3 e 6 anos. 
 TIN - Teste infantil de nomeação (Seabra; Dias, 2012), faixa etária de 3 a 
14 anos. 
 Prova de consciência fonológica por escolha de figuras (Seabra; 
Capovilla, 2012), público: 1ª a 4ª ano do ensino fundamental. 
 Avaliação neuropsicológica cognitiva: linguagem oral. (Seabra; Dias, 
2012), faixa etária de 3 a 14 anos. 
4.2.3 Leitura 
 Teste de competência de leitura de palavras e pseudopalavras (Seabra; 
Capovilla, 2010), público 1º a 4º ano do ensino fundamental. 
 Avaliação da compreensão leitora de textos expositivos (Saraiva et.al., 
2005), público: 2º ano do ensino fundamental até o ensino médio, e 
adultos. 
4.2.4 Leitura, escrita e matemática 
 Teste de desempenho escolar (Stein, 1994), público-alvo 1ª a 6ª série 
[terminologia antiga]. Avaliação da escrita, leitura e aritmética. 
 Avaliação neuropsicológica cognitiva: leitura, escrita e aritmética (Seabra; 
Dias, 2013), faixa etária de 6 a 11 anos. 
4.2.5 Atenção e funções executivas 
 Avaliação neuropsicológica cognitiva: atenção e funções executivas 
(Seabra; Dias, 2012), faixa etária de 5 a 14 anos. 
4.2.6 Avaliação motora 
 Manual de avaliação motora (Neto, 2014) avalia o perfil motor de 2 a 11 
anos. 
 
 
15 
 Protocolo de observação psicomotora. Relação entre aprendizagem, 
psicomotricidade e neurociências (Borghi et.al., 2010), faixa etária de 4 a 
12 anos. 
4.2.7 Motivação escolar e estratégias de aprendizagem 
 Escala para avaliação da motivação escolar infanto-juvenil (Martinelli, 
Sisto, 2011), faiza etária de 8 a 11 anos. 
 Escala de avaliação das estratégias para o ensino fundamental (Oliveira; 
Boruchovitch; Santos, 2010), faixa etária de 7 a 16 anos. 
As normas, especificações, formas de aplicação e correção encontram-se nos 
manuais dos testes. 
TEMA 5 – SESSÃO DE ENTREVISTA DEVOLUTIVA 
Uma entrevista devolutiva deve ocorrer ao final da avaliação. Nesse 
momento, será apresentado um laudo técnico contendo os resultados obtidos 
durante a avaliação. No laudo/relatório neuropsicopedagógico apresentado aos 
pais, responsáveis, ou avaliando adulto, serão comunicados os procedimentos 
realizados, resultados dos instrumentos aplicados, sugestões de intervenções e 
encaminhamentos necessários. 
Esse documento poderá ser encaminhado a outros profissionais de saúde 
e de educação, sempre com a autorização dos responsáveis. A devolutiva com a 
escola tem por objetivo informar os resultados e, também, sugestões pertinentesao encaminhamento escolar (adaptações, metodológicas, avaliativas etc.), 
visando à melhora do desempenho do aluno. 
Figura 2 – Modelo de Relatório Avaliação Neuropsicopedagógica 
I - Identificação 
 Interessado: Data de nascimento: 
 Idade: Estado civil: 
 Escolaridade: 
 Data da avaliação: 
II - Descrição da Demanda: (Advinda da entrevista inicial) 
III - Procedimento: Descrever técnicas, entrevistas, testes e outros procedimentos utilizados: 
 Anamnese 
 TDE – Teste do desempenho escolar 
 Xxxxxxxxxxx 
 
 
16 
 Xxxxxxxxxxxx etc. 
 Análise de materiais 
 Observação clínica 
IV - Análise: 
 Breve relato sobre histórico de vida, baseado na anamnese. Entrevista com equipe 
pedagógica e entrevista com a criança. 
V - Resultados 
 Descrição procedimentos realizados e respectivos resultados. 
VI- Conclusão 
 Conclusão/Hipótese diagnóstica. 
VII - Sugestões 
 À família e a escola 
VII – Encaminhamentos 
 Para outros profissionais 
 
Ao finalizar o relatório/parecer/laudo, insira sua identificação profissional, 
formação e especialização e data, pois a avaliação representa a situação do 
indivíduo nesse momento de vida. Não se esqueça de fazer constar no documento 
que o sigilo ético deve ser resguardado entre os profissionais que tiverem acesso 
ao documento. 
5.1 Sugestões 
As sugestões pertinentes aos resultados poderão ser direcionadas ao 
avaliando, à família e à escola. O acompanhamento do indivíduo poderá ser 
feito com o objetivo de orientação de estudos e rotinas, estimulação e reabilitação 
juntamente com equipe multiprofissional. Orientações à família quanto à rotina de 
estudos, a importância da continuidade do trabalho de intervenção e o 
acompanhamento multiprofissional, se necessário. também são importantes. 
De acordo com os resultados da avaliação, o neuropsicopedagogo poderá 
sugerir alguns procedimentos à escola, como adaptações metodológicas e 
avaliativas, a fim de promover a aprendizagem e integração, dentro de uma 
proposta inclusiva. 
 
 
 
17 
5.2 Encaminhamento 
 O encaminhamento poderá ser feito a outros profissionais (médicos, 
psicólogos, fonoaudiólogos etc.), para complementação diagnóstica ou para 
trabalho conjunto de intervenção. 
 Nas próximas aulas, estudaremos sobre intervenção e reabilitação. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, conhecemos um pouco sobre o transcorrer da avaliação 
neuropsicopedagógica nas dificuldades e transtornos, bem como a diferença entre 
dificuldades e transtornos de aprendizagens; as primeiras sessões de avaliação, 
as condições de ambientais, o rapport e modelos de entrevistas. 
Também conhecemos mais sobre a importância do registro do histórico de 
vida, sobre as sessões de testagens, avaliação qualitativa e quantitativa e a 
conclusão ou hipótese diagnóstica exposta em sessão de entrevista devolutiva, 
com apresentação do laudo, de sugestões de intervenção e de encaminhamentos. 
Esses procedimentos durante a avaliação neuropsicopedagógica, 
fundamentados nas bases teóricas da neuropsicopedagogia, na ética, na 
dedicação e no estudo aprofundado resultarão em trabalho de excelência e 
respeito junto a outros profissionais da educação e da saúde. 
LEITURA OBRIGATÓRIA 
Texto de abordagem teórica 
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto 
Alegre: Artes Médicas, 1999. 
PIAGET, J. O Nascimento da Inteligência na Criança. 4ª ed. Editora LTC, 
1987. 
RUSSO, R.M.T. Neuropsicopedagogia Clínica: Introdução conceitos, 
teoria e prática. Curitiba: Juruá, 2015. 
WEISS, M.L.L. Psicopedagogia Clínica. Uma visão diagnóstica dos 
problemas de aprendizagem escolar. 11ª ed. Revista Ampliada. Rio de Janeiro. 
DP&A, 2006 
 
 
 
18 
Texto de abordagem prática 
CHAMAT, L.S.J. Técnicas de Diagnóstico psicopedagógico: o diagnóstico 
clínico na abordagem interacionista. 1.ed. São Paulo: Vetor. 
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto 
Alegre: Artes Médicas, 1999. 
PIAGET, J. O Nascimento da Inteligência na Criança. 4. ed. Editora LTC, 
1987. 
RUSSO, R.M.T. Neuropsicopedagogia Clínica: Introdução conceitos, 
teoria e prática. Curitiba: Juruá, 2015. 
Saiba mais 
Conheça orientações importantes para a conduta do profissional de 
neuropsicopedagogia, elaboradas pela Sociedade Brasileira de 
Neuropsicopedagogia – SBNPp. 
 1. Código de Ética Técnico dos neuropsicopedagogos 
Disponível em:<http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2014/09/ 
C%C3%B3digo-de-%C3%89tica-e-T%C3%A9cnico-Profissional-da-Neuropsi 
copedagogia-SBNPp.pdf>. Acesso em: 7 jul. 2018. 
 2. Nota Técnica n. 01/2016 
Disponível em:< http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2016/11/ 
Nota-T%C3%A9cnica-01-2016-agosto.pdf>. Acesso em: 7 jul. 2018. 
 3. Nota Técnica n. 02/2016. 
Disponível em:<http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2017/05/ 
Nota-T%C3%A9cnica-n.02-2017.pdf>. Acesso em: 7 jul. 2018. 
Artigo sobre as implicações e contribuições do desenvolvimento 
psicomotor. 
Disponível em:<https://www.webartigos.com/artigos/o-desenvolvimento-
psicomotor-suas-implicacoes-e-contribuicoes-para-o-aprendizado-escolar/ 
112952#ixzz5G4dLzVh2>. Acesso em: 7 jul. 2018. 
 
 
 
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
CHAMAT, L. S. J. Técnicas de diagnóstico psicopedagógico: o diagnóstico 
clínico na abordagem interacionista. 1. ed. São Paulo: Vetor, 2004. 
COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Tradução: 
Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1999. 
GIL, R. Neuropsicologia. 4. ed. São Paulo: Santos Editora, 2010. 
LEITE, S. A. A. Instrumento de avaliação do repertorio básico para 
alfabetização. 3. ed. São Paulo: Edicon, 2015. 
MALLOY-DINIZ, L. F. et al. Neuropsicologia das funções executivas. In: 
Neuropsicologia: Teoria e Prática. DIAZ FUENTES, D.; MALLOY-DINIZ, L.F.; 
CAMARGO, C.H.P. (Org.). 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
MARTINELLI, S. C., BARTHOLOMEU, D. Escala de motivação acadêmica: uma 
medida de motivação extrínseca e intrínseca. Avaliação psicológica. 2007, v. 6, 
n. 1, Porto Alegre, jun 2007, p. 21-31. Disponível em:< http://pepsic.bvsalud.org/ 
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712007000100004>. Acesso em: 07 
jul. 2018. 
_____; SISTO, F.F.(Org.). Escala para avaliação da motivação escolar infanto-
juvenil. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. 
MEDINA-PAPST, J.; MARQUES, I. Avaliação do desenvolvimento motor de 
crianças com dificuldades de aprendizagem. Revista Brasileira Cineantropom. 
Desempenho Humano, v. 12, ano 1, p. 36-42, 2010. 
MOOJEN, S.; LAMPRECHT, R.; SANTOS, R. M.; FREITAS, G. M.; BRODSCZ, 
R.; SIQUEIRA, M.; COSTA, A. C.; GUARDA, E. Confias: consciência fonológica 
- instrumento de avaliação sequencial. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. 
OLIVEIRA, K.L.de; BORUCHOVITCH, E.; SANTOS, A. A. A. dos (Org.). Escala 
de avaliação das estratégias de aprendizagem para o ensino fundamental. 
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010. 
OLIVEIRA, A. M; CAPELLINI, S.A. Compreensão da leitura de palavras e 
frases. Rio de Janeiro: Wak, 2014. 
 
 
20 
PIAGET, J. O Nascimento da inteligência na criança. 4. ed. sÃO pAULO:Editora 
LTC, 1987. 
POPPOVIC, A. M. Alfabetização: disfunções psiconeurológicas. 3. ed. São 
Paulo: Vetor, 1981. 
ROMMELSE, N. Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade e cognição. 
Enciclopédia sobre desenvolvimento na primeira infância. Disponível 
em:<http://www.enciclopedia-crianca.com/sites/default/files/textes-experts/pt-
pt/2526/transtorno-de-deficit-de-atencao-com-hiperatividade-e-cognicao.pdf>.Acesso: 7 jul. 2018. 
RUSSO, R. M. T. Neuropsicopedagogia clínica: Introdução conceitos, teoria e 
prática. Curitiba: Juruá, 2015. 
SANTOS, F. H. Funções executivas. In: SANTOS, F.H. dos; ANDRADE, V.M.; 
BUENO, O. F.A. (Org.). Neuropsicologia Hoje. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. 
SARAIVA, R. A.; MOOJEN, S. M. P.; MUNARSKI, R. Avaliação da compreensão 
leitora de textos expositivos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. 
SEABRA, A. G.; CAPOVILLA, F. C. Teste de competência de leitura de 
palavras e pseudopalavras. São Paulo: Memnon, 2010. 
_____. Prova de consciência fonológica por produção oral. In: SEABRA, A. G; 
DIAS, N. M. (Org.). Avaliação neuropsicológica cognitiva: linguagem oral. 1. 
ed. São Paulo: Memnon; 2012. p. 117-122. 
_____. Avaliação neuropsicológica cognitiva: leitura, escrita e aritmética. 
São Paulo: Memnon, 2013. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROPSICOPEDAGOGIA. Código de Ética 
Técnico Profissional as Neuropsicopedagogia. Resolução 03/2014. Disponível 
em:<http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2014/09/C%C3%B3digo-de- 
%C3%89tica-e-T%C3%A9cnico-Profissional-da-Neuropsicopedagogia-SBNP 
p.pdf>. Acesso em: 7 jul. 2018. 
___. Nota Técnica n. 01/2016. Joinville, 2016. Disponível em:< http://www.sbnpp. 
com.br/wp-content/uploads/2016/11/Nota-T%C3%A9cnica-01-2016-agosto.pdf>. 
Acesso em: 7 jul. 2018. 
___. Nota Técnica n. 02/2017. 22 maio 2017. Disponível em:<http://www.sbnpp. 
 
 
21 
com.br/wp-content/uploads/2017/05/Nota-T%C3%A9cnica-n.02-2017.pdf>. 
Acesso em: 7 jul. 2018. 
WEISS, M. L. L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas 
de aprendizagem escolar. 11. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

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